Transformada A Saga Carmim 1°Livro escrita por MareMorrow


Capítulo 6
Capítulo 6 - A mansão?


Notas iniciais do capítulo

O reencontro delas, emocionante.
Amo esse capitulo.
Boa leitura.



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Estou pasma e feliz por ouvir aquela voz, encostei o rosto no ombro dela e chorei por tudo o que tinha passado até agora. Ela me abraçou de volta e me consolou, o que só fez piorar o meu choro por ter feito eu me lembrar das minhas mães.
—July... – Perguntei com a voz embargada, abraçada a ela – O que houve com a minha mãe?
—Ô pequena. – Ela disse serena – Você não se lembra?
—Não tudo... – Digo me recompondo – Só me lembro de algumas coisas e as que lembrei não são nada agradáveis.
—Tudo bem, você vai se lembrar de tudo de pouco em pouco. – Ela fez carinho em meu rosto – Agora, a Senhorita tem que descansar um pouco.

Confirmei e ela me levou até o meu quarto antigo, o que estava do mesmo jeito, brinquedos para cá e para lá. E tinha até a mamadeira de sangue vazia em cima da penteadeira. Fui até a penteadeira e a abri e lá tinha um colar com um pingente em forma de coração, o peguei e me sentei na cama e o olhei. Ele abria, então o abri cuidadosamente por já estar bem frágil e dentro tinha uma foto minha com meus pais. O fechei de volta e o coloquei em meu pescoço, e me deitei na cama no meio dos ursinhos de pelúcia.

Acordei com alguém me chamando, me sentei na cama com dificuldade e escutei uma risadinha, abri um sorriso com aquele som maravilhoso. Olhei para ela que estava segurando uma bandeja com comida e percebi que nessa bandeja também tinha um copo de sangue, aquilo fez o meu estômago revirar e ao mesmo tempo com fome. Fiz menção pra ela deixar a bandeja em cima da mesinha e que levasse o copo embora.

—July, leva esse copo embora por favor?
—Claro Senhorita. – Ela disse pegando o copo – Mas não irá tomar primeiro?
—Não, obrigada. – Digo e vejo ela espantada – É que eu não me acostumei com isso de beber segue inda... É tudo novo para mim, você entende?
—Bom, novo não é. – Ela fala sorrindo, o que me fez sorrir também – É só que você tem que se acostumar de novo. Você costumava beber duas mamadeiras cheias e sua mãe sempre te chamava de gulosa.
—Verdade. – Digo me lembrando de minha mãe – Ela sempre dizia isso... Em fim, depois que eu me recuperar disso tudo, vou voltar para a casa dos meus pais humanos e eu quero que você vem comigo July.
—Mas Senhorita, eu não posso ir. – Ela me disse me olhando – E o que a Senhorita irá fazer lá?
—Vou começar um novo semestre em um novo Colégio – Explico a ela, já que não estava entendendo nada –, que eu sempre quis entrar e eu prometi a ela que voltaria antes do próximo bimestre.
— A Senhorita ainda está no Colégio?
—Sim, tenho mais um ano para frente e aí eu vou para a faculdade. – Lhe pego as mãos e a olhando digo – E eu quero que você vem comigo, porque você é muito importante para mim e não quero me separar de você de novo.
—Ô Mary... –Ela coloca o copo na mesinha e me abraça – Tudo bem, eu vou com você.
—Obrigada.

Tomei o meu café da manhã, me dirigi ao banheiro e tomei o meu banho, lavei o cabelo e fiz a maquiagem completa. Sai do mesmo enrolada na toalha e fui até o meu closet na esperança de achar alguma roupa do meu tamanho e adivinha, não achei. Uns segundos depois, alguém entra em meu quarto e me chama.

—Senhorita Mary – July perguntou –, onde está?
—Não closet. – Digo revirando as coisas procurando por alguma roupa.

Assim que ela me vê, vem em minha direção e me entrega umas roupas.
—Trouxe roupas para a Senhorita, já que eu imaginava que não teria nenhuma aqui do seu tamanho. – Me entrega – Essas roupas eram de sua mãe, quando tinha sua idade.
—Obrigada. – Me visto e me olhou no espelho. Estou com um vestido azul-bebê apertado na cintura e arredondado na saia que pegava um palmo acima do joelho. – Que lindo.
—Modéstia a parte – Ela diz me olhando feliz –, mas ele ficou melhor na Senhorita no que em sua mãe.
—Você conhece minha mãe desde quando?
—Desde quando ela nasceu, eu a vi crescendo. – Ela começou a contar e estava perdida em pensamentos – Mas eu não podia chegar perto dela, pois eu ainda era uma criança e sua mãe a princesa vampira. Minha mãe era uma das empregadas dela, aí de vez em quando eu ia brincar com ela. Quando sua mãe completou os seus quinze anos, sua avó lhe deu esse vestido e ela o usava todo final de semana, mas nunca o estragou, sempre cuidava dele como se fosse ser rasgado ou cortado por alguém. Algum tempo depois, ela se encontrou com seu pai e os dois se apaixonaram e durante as saídas dos dois, ela acabou engravidando de você e então ela contou para sua avó, alegando querer casar com Júnior e como sua avó a amava muito, aceitou. Os dois se casaram alguns meses depois, e eles me contrataram para cuidar de sua mãe enquanto estava grávida de você e quando você nasceu, ela não quis mais me deixar ir embora.
   "Se eu saísse de perto de uma de vocês duas ela começava a dar um chilique e colocava praticamente todos os guardas para me procurarem. Só não colocava todos, porque seu pai a obrigava a ficar com pelo menos uma dúzia com ela. W quando me achavam, eles avisava ela e depois de alguns segundos ela estava no local onde eu estava com um bebê no colo, já que ela não deixaria a filha amada sozinha em um quarto e ainda mais sem proteção alguma. Sempre quando ela me via, saia correndo e me abraçava aliviada, como se tivesse tirado um peso de suas costas.  Eu achava até engraçado ver ela daquele jeito com um bebê no colo, nunca teria imaginado sua mãe com um filho.
   Quando você completou o seu primeiro aninho, ela fez uma festa tão grande que teve rebuliço por meses sobre essa festa. Ela ficou muito contente por ver sua pequena crescendo saudável e forte. E principalmente amada por todos. Só que ai quando você já tinha três anos, começaram os ataques na mansão e sua mãe começou a ficar protetora de mais, e por causa desses ataques ela começou a fazer um feitiço que sela-se sua parte vampírica, mas o que ela não contava é que você ficaria adormecida por alguns instantes e quando acordasse não se lembraria de nada e nem de sua própria mãe. Júnior tentou a fazer mudar se ideia, mas só de lembrar dos ataques ocorridos, ela se firmava naquela maluquice de te selar e ela perder sua vida.
   Aquele dia foi o pior para todos de Shimmering Blood, todo o reino ficou inconformado com a morte dela e para se vingarem te procuraram, mas como você não se lembrava de nada e que nem estava mais no Reino, te deixaram em paz e voltar a viver suas vidas. Mas todo ano, no mesmo dia, Shimmering Blood se pinta de preto e faz suas homenagens a Lilian todo dia 20 de dezembro..."

Eu não consegui mais ouvir mais nada, já estava totalmente fora de mim, quando me levanto da cama e vou até a porta do quarto. Ela me olha curiosa e preocupada comigo.
—A Senhorita vai a algum lugar?
—Vou andar pela mansão. – Digo fora do ar – Vou ver se me lembro de mais alguma coisa. Qualquer coisa eu te chamo July.
—Sim, Senhorita.

Sai do quarto e fui andar pela mansão. Passei pelo corredor onde eu e a Jenny brincávamos de pega-pega, desci as escadas e me deparei com um salão imenso. Andei por ele alguns minutos e depois fui para a cozinha, onde tinha algumas pessoas e quando me viram, ficaram surpresos e me cumprimentaram, fui até a geladeira e a abri, vi um bolo lá dentro, me virei para eles e pedi um pedaço dele, uma cozinheira veio e me serviu um pedaço com uma taça de sangue, comi o bolo e tomei o sangue sem pestanejar.

—Obrigada pelo lanche.
—Não à de que – Uma das cozinheiras falou sorrindo –, Senhorita.
—Para que estão fazendo tanta coisa – Perguntei curiosa –, se somos só nós?
—Teremos visita hoje. – O chefe de cozinha me explicou – Elas de vez em quando vem aqui, para visitar a Madame July.
—Ata... Obrigada, agora estou indo. – Me levanto e vou até a porta da cozinha – Vejo vocês na hora da janta.

Fui para o andar de cima e sai andando pelo corredor, até entrar no quarto de minha mãe e meu pai. Fechei a porta e fui até a cama deles e me deitei nela e me veio alguns fragmentos de memória.

—Mamãe – Digo pulando na cama –, vamos blincal.
—Agora meu amor? – Ela perguntou com alguns papéis nas mãos e eu confirmei.
—Sim.
—Tudo bem, você venceu.– Ela disse colocando os papéis na mesa e veio até mim e me jogou na cama e começou a fazer cócegas em mim – Agora quero ver você falando que o papai é o seu preferido.
—Haaaa!!! Pala mamãe... – Pedia rindo para ela parar de fazer cócegas em mim– hahahaha.... Pala... 
—Só depois de falar que eu sou a sua preferida. –Minha mãe disse fazendo cócegas.
—Tá, a mamãe é a minha plefelida!! – Digo rindo – Pala... hahaha... pala...

Ela parou de me fazer cócegas e me puxou para o seu colo, me enchendo de beijos, abraços e carícias. Me levantei e fui para o seu closet, peguei um vestido dela e o vesti, uma sandália e um chapéu com um echarpe, sai de lá e fui desfilar para a mamãe. 
Ficamos lá no quarto brincando de desfile e de modelos, até o papai chegar. Como eu estava com o salto da mamãe, acabei caindo no chão e abri a boca a chorar, meu pai me pegou no colo e me consolou falando que estava tudo bem e que logo passaria. Dei ouvido ao ele e voltei a brincar com eles. No almoço, a July me deu sopa de macarrão com legumes, o que eu sinceramente não sei para que isso, é horrível essa sopa!, más já que tenho que tomar ela, paciência. 
July me deu um banho, colocou o meu pijama, escovou meus dentes e me deitou na cama, me entregou a mamadeira. Tomei todo o meu sangue com leite entreguei a ela e fui dormir. Ela me contou uma história para dormir, após que adormeci ela saiu do quarto me deixando lá.

Abri os olhos e me encontrei deitada no quarto de meus pais, me levantei e olhei a hora em meu celular, já eram seis e vinte da tarde, já estava atrasada para o meu primeiro dia na minha própria casa, vê se pode uma coisa dessas. Sai do quarto, fechando a porta em seguida e me dirigi até meu antigo quarto. Entrei nele e fiquei surpresa em ver que ele estava totalmente diferente de primeiro, ele estava todo lilás e roxo, com alguns detalhes em vermelho e preto, a minha cama agora era de casal com um edredom vermelho sangue e púrpura com uma rede ao redor para não deixar os mosquitos me picarem, os ursinhos de pelúcia estavam todos em um canto e organizados por tamanho, o meu closet continuava o mesmo mas recheado de roupas do meu tamanho e do meu estilo, a penteadeira era nova e da cor preta igual a mesinha de centro e a cama. Resumindo, um quarto renovado em menos de quatro horas, impressionante.

—Gostou do quarto – Ela me perguntou com a mão em meu ombro–, Mary?
—Muito, July. –A agradeci olhando encantada para o quarto. – Obrigada, de verdade.
— Não precisa agradecer. – Ela disse sorridente se explicando – Já estávamos pensando em mudá-lo já faz um tempinho, mas não sabíamos se você iria voltar para casa. Então deixamos do jeito que estava.
—Vocês realmente se superaram – Digo a olhando –, eu adorei. 

Ela sorriu contente por ter feito eu ficar feliz com o trabalho que ela teve, pediu-me para mi arrumar e depois descer para a janta, concordei e ela saiu de meu quarto fechando a porta logo em seguida. Fui para o closet e fiquei chocada com todas aquelas roupas maravilhosas, com certeza ali também iria ter minhas criações, á se ia. Peguei um vestido curto apertado na cintura vermelho vinho, roupas intimas, uma meia longa transparente e a sandália preta de quinze centímetros e a toalha com o roupão e fui para o banheiro.

Vinte minutos depois estava pronta, fechei o quarto e desci para a sala de jantar. Passei pelo corredor até chegar as escadas, onde parei por um instante assim que ouvi uma voz estranha mas familiar, me recompus e as desci. No meio das escadas escuto alguém gritando e barulho de saltos vindo na direção das escadas, olho para baixo e vejo uma garota de cabelos loiros e olhos verdes, literalmente pulando em cima de mim e por pouco não saímos rolando escada a baixo. Mas só não rolamos, porque um ser muito amado nos segurou a tempo, olhei para ela e vi que ela estava chorando, eu não sabia o que fazer. Eu nem conhecia aquela garota.

—Mary...– Ela perguntava chorando –Por que você foi embora?... Por que?
—Desculpa– Tentei falar, mas não via as palavras–, mas eu... 

Ela me olhou se separando de mim o suficiente para me olhar. Aquele olhar, eu me lembrava dele, mas não sabia de onde. Ela começou a balançar a cabeça freneticamente negativamente e falando que não era verdade, eu estava começando a ficar sobrecarregada quando alguém fala, eu nem conseguia mais a distinguir a voz de quem era quem.

—Querida se acalma, ela acabou de voltar. – Tentavam a tranquilizar – Ela ainda não se lembra de tudo.
—Não, não pode ser verdade... E tudo o que a gente passou!?– Ela praticamente gritava indignada –Ela vai deixar isso passar, como se nunca tivesse acontecido?
—Eu... Desculpa... Não queria...– Digo sobrecarregada e zonza com a aquela situação– Vou me retirar... Desculpa...
—Mary... – Ouvi alguém me chamando, me virei na direção da voz – Está tudo bem, não precisa ficar assim... Ela vai entender o seu lado...
—Tudo bem, eu entendo. – Digo já voltando a subir as escadas– Desculpa, mas vou me retirar. Não estou me sentindo bem.

Subo as escadas e vou para meu quarto. 


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Notas finais do capítulo

Reencontros e mais reencontros.
Passado voltando e se misturando com o presente.
Varias coisas estão para acontecer com nossa amada Mary Julietta Morrow.



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