O capitão rubro escrita por Guilherme139


Capítulo 1
Capítulo 1 - os piratas do Horizonte.




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No dia 18 de Outubro de 1750, a população da pequena cidade pesqueira de Asticcoti acordou ao som de um poderoso estrondo que irrompeu por todos os cantos da cidade
Aqueles que residiam em bairros nobres, próximos ao porto foram os primeiros a contemplar o que acontecia no lago Riaj, principal meio de acesso a cidade.
Os piratas que ali ancoram a uma semana, estavam sendo bombardeados por uma frota que, apesar de ser composta por navios diminutos em tamanho e resistência, possuíam um impressionante poder de fogo, de forma que, após uma simples saraivada de tiros, obliterou os canhões do Galeão, principal navio da frota e refúgio do capitão.

Cada navio asteava uma bandeira completamente vermelha, com o navio principal, um nau, ostentando a herdica de um gavião real.
Em oposição a frota pirata, composta por 3 fragatas, um Galeão alguns brigues, que ocupavam todo o porto de Asticcoti, a frota da bandeira vermelha, como fora apelidada pelos moradores e abreviada de frota vermelha, era composta de Caravelas e barcos de tamanho reduzidos, o propósito era atravessar mais facilmente a estreita e pedregulhosa baía do Riaj, local perfeito para naufrágios de grandes navios comerciantes e principal empecilho no desenvolvimento do comércio da cidade.
O tamanho dos navios proporcionava maior agilidade e facilidade para desviar dos disparos inimigos, enquanto eles não podiam manobrar seus navios com medo de colidir com uma rocha e naufragar.
Não demorou muito e os piratas substituíram seu Jolly Roger pela bandeira branca, indicando sua rendição. Alguns poucos navios de apoio seguiriam na batalha, mas com seu fraco poder de fogo acabaram por serem facilmente destruídos.

Como de costume, ao incapacitar os navios inimigos, a frota vermelha deu início a uma abordagem, achavam que, em virtude da rendição das embarcações, a tripulação seguiria pelo mesmo caminho.
Ledo engano.
Os piratas jaziam em maior número, e acreditavam ser possível virar a situação, derrotando a tripulação da frota vermelha e tomando seus navios, canhões e suprimentos.
Entretanto, assim como a artilharia naval da frota vermelha era mais poderosa que a pirata, sua tripulação usava armas de fogo mais potentes, estrearam eles as espingardas com 3 canos, em virtude da básica usada pelos piratas.
Contavam ainda, é isso foi algo que um azarado marujo só descobriu ao tentar desferir um golpe de espada contra um dos atacantes, que eles contavam com uma cota de malha, proteção dos cavaleiros medievais.
Foi, autor de inúmeras vítimas da batalha, o capitão da frota vermelha, condutor do gavião real. Há apenas um relato o descrevendo, feito por um dos piratas poupados que mais tarde se juntará a frota vermelha e seria o cronistas da maioria de suas aventuras.

Foi descrito como um homem relativamente jovem, na casa dos 30 anos,uma curta barba de cor negra, assim como seus olhos e cabelos. Trajava um capote avermelhado e com ele uma espada parcialmente coberta e um revólver sob o capote.
Teria matado 5 homens sozinhos, com incrível agilidade, de forma que saiu da batalha sem um único arranhão.

Vendo tal situação, o capitão pirata tomou uma ação que seria diretamente a causa de seu fim, segundo nosso cronista, o capitão vermelho planejava deixar todos os piratas vivos, mas ao ver um covarde liderando uma tripulação, chegou a conclusões de que todos os seus homens, a qual seguem as ordens e os exemplos de seu capitão, não deveriam valer nada também, assim, ordenou a execução de todos, o cronista fora poupado porque, segundo ele

"Viram em mim a chance de registar suas batalhas, ganhos e glórias, a chance de entrar para a história, de fato, muitos ali não sabiam ler ou escrever, almejavam fama e a grandeza, deixariam tais registros para a prosperidade, para que soubessem deles, para tornarem-ss lendas, além disto, há o fato de não ser eu um pirata, mas um simples refém, de forma que, ao que eu não participaria das batalhas, minha morte tornou-se desnecessária. "

O cronista, a qual jamais revelou seu nome, narra após isso a chegada do capitão, de nome Fenton, -desconhece-se se esse era seu nome real ou se o cronista o estava ocultando atrás deste apelido - que conta ter caçado o capitão até o porão do navio, onde se encontravam os escravos, mas estes teriam sido todos mortos por medo de uma rebelião, e lá o degolado quando este ofereceu toda sua tripulação como refém em troca de piedade.
A ordem de enforcar cada pirata veio logo em seguida, enfrentando forte resistência dos tripulantes, que acreditavam poder lucrar entregando os piratas a justiça e tomando a recompensa para si, mas, segundo o próprio Fenton

— é sabido por toda a gente do império que os inquisidores não pagam tal recompensa e que sua intensa corrupção acaba por deixar tais homens livres, e esses eventualmente voltarão em busca de vingança. Saquearemos cada navio e seus bens e os enforcaremos na praça da cidade, seus navios serão queimados com seus corpos dentro.

Apesar da oposição, não fora contestado, pois era um homem que inspirava e emanava força, respeito e autoridade apenas com sua presença, alguém que dificilmente era questionado, poderia muito bem ser um oficial do império e, pelo que fora escrito, está era uma dúvida pertinente do cronista.

Após, Fenton emitiu um alerta a cidade, subiu no mastro e, olhando para a multidão que se aglutinava próximo ao porto exclamou:

—A todos aqui presentes! Que venha a mim, ouvqie tragam a mim, o governador da cidade! Pois, com ele, e só com ele, que discutirei o futuro desta cidade!

E após isso retirou-se para sua cabine.
O povo atônito tratou de retirar-se, debandando-se para a mansão do governador.
Não demorou muito para eles voltarem com notícia, e quem os recepcionou foi Jônia, descrita como:

"A mais formosa dama que já tive o prazer de ver, longos cabelos ruivos, belas curvas que impressionaram até a multidão em terra, olhos castanhos claro, um rosto angelical, de ternura incomparável, bem farta e carnuda, indicando sua alta estirpe social. Só me pergunto o que faz em um navio rodeada de gente tão depravada.

—Ordenamos falar com o capitão! —exclamou um comerciante escolhido para representar a população da cidade.
—O capitão está ocupado, falo por ele.
—Queremos o capitão, do contrário não terão em suas mãos a mensagem do governador.
—Falam como se não fossemos capazes de tirar tais informações a força.
—e são?
—Estamos com 6 navios e quase 200 homens, fortemente armadas e contra uma cidade sem exército. Sugiro que não tentem a sorte.
—Pode então repassar esta mensagem a ele?
—Cumprindo meu dever de quartel mestre, irei com toda certeza.
—Muito bem, pois aqui está.

Uma carta fora entregue para ela e repassada para o capitão, está fora reproduzida pelo cronista quando este, bisbilhotando a cabine do capitão teve acesso a ela.

"Vossa excelência, sabeis que refere-se a Hayisen Olmark, governador da cidade de Asticcoti e região pela graça de Deus e vontade do imperador, quem vos sois para exigir uma audiência? Pois sei que não és um oficial imperial, de tal qual só pode ser um pirata? E eu não me sujeitarei a vossas exigências. Se uma audiência é o que queres, compareça pessoalmente em minha mansão"

Fenton não se irritou aparentemente, já esperava t resposta e, quando perguntando do porque mandar uma comitiva se sabia da resposta do governador,ele simplesmente respondeu, "porquê é falta de educação entrar numa casa sem ser convidado. "


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