Heaven escrita por Any Sciuto


Capítulo 2
Hell.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/776322/chapter/2

O jatinho da BAU era diferente dessa vez. Diferente de certas viagens que eles fariam regularmente entre cidades. Eles estavam literalmente cruzando oceanos agora.

Strauss estava realmente pleiteando uma promoção de emprego ou não teria aceitado tão rapidamente esse "empréstimo". Todos trouxeram roupas suficientes para um mês, já que era o Hawaii, quente e ensolarado.

Todos resolveram dormir um pouco antes de se reunirem para o briefing aéreo.

Morgan estava com Penelope deitado nas poltronas de trás. Apesar dela ser ainda apenas uma amiga, ele tinha esperanças de pedir a ela que se juntasse a ele pela vida restante. Ele a amava.

Seu rosto estava diretamente em seus cabelos loiros e sua mão em seu estomago. Ele imaginou Penelope grávida de seu bebê durante quase dois meses. E aquelas imagens o deixaram com vontade de casar com ela.

Hotch estava com Emily em seus braços. Era apenas dois meses que Haley havia sido assassinada e ele ainda estava de luto, mas sua paixão pela colega morena vinha de alguns anos já. Talvez do primeiro dia em que eles se viram, mas ele era casado e sabia seus limites na época.

Quem sabe, agora ele poderia ser feliz com a mulher.

JJ, Reid e Rossi dormiam no restante das poltronas. JJ enviou uma mensagem de vídeo para Henry dizendo que traria lembranças para ele de lá e Will disse que aproveitaria para visitar seus parentes em New Orleans e que assim que ela voltasse, eles teriam um dia só deles.

Reid ligou para o hospital da mãe para atualizações e Rossi para seu advogado. Ele precisava dos papeis para o dia que o caso acabasse.

Sede da Five 0...

— Penelope Grace Garcia. – Kono clicou e a imagem de Penelope apareceu na tela. – Ela é uma ex hacker contratada pelo FBI depois de ser pega hackeando uma companhia farmacêutica. Ela era um hacker do bem que se juntou ao FBI.

— Acho que ela não é uma ameaça. – Danno sorriu. – Ok, talvez se alguém machucasse um cachorrinho na frente dela aí sim teríamos um problema.

— Não se machuca cachorrinhos. – Steve concordou.

— A seguir, temos o agente Aaron Hotchner. – Chin continuou. – Líder da BAU e chefe de todos. Apesar de parecer que chupou um limão azedo, ele tem seus momentos fofos. Sua ex esposa foi assassinada há dois meses por um inimigo.

Ele fez uma pausa, pensando em quanto parecidos eles eram. Mas no seu caso era pior. Malia era sua esposa e não tinha nenhuma participação na prisão de Delano. Ainda assim, ela havia morrido. 

— Agente Especial Derek Morgan. – Lou continuou. – Ex policial de Chicago. Se tornou agente da BAU. Ele e a senhorita Garcia tem uma relação fora do comum, mas profissional o suficiente.

— Dr Spencer Reid e Jennifer Jareau. – Eles continuaram. – Dr Reid é um daqueles gênios que sabe até a cor das meias que alguém pode estar usando ou qualquer fato aleatório. E Jennifer Jareau é a ligação com a mídia.

— Os últimos dois são Emily Prentiss e David Rossi. – Danno riu. – Emily sempre foi agente e filha de uma embaixadora. O agente Rossi é um escritor famoso, que cansado de escrever, resolveu voltar a prender bandidos.

— Certo. – Steve olhou para as fotos. – Eles parecem muito aleatórios.

— Sim, mas dão conta. – Demming entrou. – Comandante, isso chegou para mim, eu achei melhor você abrir.

Steve pegou a carta e olhou para o conteúdo. Havia outro bilhete e a foto das quatro mulheres mortas, elas estavam mortas a poucos segundos no momento das fotos e pareciam foto de celular.

"Se você acha que pode me deter sozinho, você está enganado. Eu posso ver sua cara de frustação quando o idiota do governador disse sobre a BAU. Achou mesmo que eu não os queria? Eu não vou ser apenas palavras em breve."

— Filho da puta! – Steve gritou. – Ele está nos provocando. 

— Acho que precisamos realmente da BAU aqui. – Danno finalmente falou. – Somos bons, mas ele claramente quer jogar um jogo de horror conosco.

— Certo. – Steve admitiu. – Kono, volte as fotos de Penelope e Jennifer para mim?

— Certo. – Ela voltou as fotos. – O que está procurando?

— As duas são loiras. – Steve os viu olhando para as fotos. – Kono, qual a idade de cada uma?

— Jennifer tem 41. – Ela suspirou. – Penelope tem 35.

A compreensão chegou a todos. Talvez ele soubesse o que queria.

— Precisamos proteger ambas. – Steve falou. – Mas algo me diz que não é uma coincidência.

Eles se olharam claramente com medo.

Faltando quase quatro horas para chegar ao Havaí, a equipe toda começou a acordar e a dividir um bule de café. Penelope não conseguia tirar uma sensação do estomago. Algo ruim poderia estar chegando. E ela temia por todos e por si mesma.

— Muito bem. – Hotch afivelou o cinto. – O que sabemos?

— Além das quatro mulheres mortas? – Emily resmungou. – Seus pescoços foram cortados com precisão. Inclusive Ana, a primeira mulher morta.

— Ele nem hesitou. – Reid notou. – Ele só foi e cortou.

— Então ou ele é um ex médico ou alguém que treinou antes. – JJ suspirou. – Onde se aprende isso?

— Qualquer jovem com internet e uma conta na Netflix saberia. – Reid começou. – Séries do universo policial são muito famosas. Ele com certeza sabe contramedidas forenses então eu diria que CSI pode ser uma escola.

— O não tão maravilhoso mundo da internet. – Rossi revirou os olhos. – Nem todos podem ter uma Penelope Garcia com eles.

Penelope estava, no entanto longe de lá em pensamentos. Ela não queria alarmar Derek, mas sentia algo de errado desde que Hotch a chamou para o caso.

— Ei Baby. – Derek a tirou de seus pensamentos. – O que essa sua linda mente está pensando?

— Apenas coisas boas, Hot Stuff. – Ela mentiu. – Estou cansada, nunca viajei tanto.

— Além de ir para Londres para as olimpíadas. – Ele a abraçou. – Deite-se em mim, Baby. Não precisa se preocupar. Eu não vou deixar nada acontecer com você.

O jato se preparou para a aterrissagem, fazendo Penelope acordar. Ela estava deitada sob as pernas de Derek e sentia uma leve dureza. Ela corou quando ele a olhou, sorrindo seu melhor sorriso.

E então eles estavam no Havaí, em busca de alguém que os provocou.

Steve e Danno estavam esperando pela equipe no aeroporto e na pista de pouso. Eles sabiam que o jato voltaria assim que deixasse a equipe e reabastecesse.

Sete pessoas, diferentes umas das outras desceram com suas bagagens.

— Se eu soubesse, teria trazido um ônibus. – Steve reclamou. – Eu fico com Penelope, Derek e Rossi. Algo me diz que Derek Morgan me mataria se eu o separasse de Penelope.

— Então isso me deixa com JJ, Emily, Reid e Hotch. – Danno olhou para Steve. – Leve Reid com você também.

— Certo. – Eles deram alguns passos até a equipe. – Agente Hotchner? Steve McGarrett.

— Aaron Hotchner. – Hotch exibia sua carranca. – Eu vou ser claro, senhores, eu estou liderando esse caso agora.

— Espere um momento. – Steve começou a ficar irritado de novo. – Meu caso, minha força tarefa e aqui é o Havaí. Eu vou liderar isso.

— Eu quero falar com seu superior. – Hotch começou a suspirar. – Eu tenho o número do seu governador aqui e no intuito de não atropelar outra repartição, eu não liguei até agora.

— E com todo o respeito, agente. – Steve zombou. – Eu respondo a deus e ao governador. E nenhum deles pode te ajudar agora.

— Tempo por favor. – Danno interveio. – Acho que os dois podem liderar sem se agredir fisicamente. Só precisamos chegar a um consenso de cavalheiros.

— Certo. – Steve deu o braço a torcer.

— Está bem. – Hotch revirou os olhos. - De qualquer forma, esses são os agentes Morgan, Rossi, Jareau, Dr Spencer Reid, Agente Prentiss e aquela linda dama é nossa analista técnica Penelope Garcia.

— Steve McGarret. – Steve suspirou. – Esse é o investigador Willians, de New Jersey.

— Olá! – Danno cumprimentou. – Bem-vindos ao Havaí. Eu acho que estão todos cansados da viagem, então vamos levar vocês para o hotel.

— Nós alugamos SUV's. – Hotch viu Steve suspirar feliz. – Não nos levem a mal, mas preferíamos dirigir até lá, deixar nossas malas e dormir.

— Começamos pela manhã, então? – Steve falou.

— Se não for um incomodo. – Hotch sorriu.

— Não, precisamos dormir também. – Steve admitiu que estava começando a gostar deles. – Ligamos se algo acontecer.

— Com certeza. – Hotch deixou seu cartão. – Não hesite em ligar.

Ambos trocaram apertos de mão e foram para o hotel descansar. Danno e Steve, no entanto, forma beber algumas cervejas.

— O que você achou deles? – Danno perguntou. – Achei que você e Hotch iriam fazer um clube de luta.

— Eles não são tão ruins. – Steve sorriu. – Eu gostei de Penelope, mas ela estava assustada.

— Você também notou? – Danno suspirou. – Vamos para casa.

Eles saíram do bar.

A equipe da BAU chegou ao hotel Sheraton em alguns minutos e fiz Derek. Isso já assustava o suficiente.

Ela sorriu inconsciente de um homem a fotografando de longe. Quando ela beijou a bochecha de Morgan, ele se virou e atirou uma faca na foto dela pregada na porta.

Ela era seu alvo dois. Ela e Steve fodido McGarrett iriam pagar por tudo. Era uma promessa.

Uma que ele cumpriria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Heaven" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.