D.r.e.a.m escrita por Miya The Neko


Capítulo 2
Pobre Menina Rica - Parte Um




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— Vamos. - Calix me acordou do "transe" em que eu estava, tentando entender tudo aquilo, o fato de eu estar dentro da minha própria mente e o meu irmão morto estar na minha frente.

Calix atravessou as portas da sala e eu o segui, passamos por um corredor de hospital longo e aparentemente abandonado. Após atravessarmos uma segunda porta, fomos parar em um cenário totalmente diferente, parecia uma... Escola?

— Você deve acalmá-los - Disse Calix. - Fazê-los descansar em paz. Basta achar objetos que estão escondidos, objetos que pertenceram aos fantasmas em vida e que foram bons para eles, depois entregue-os aos seus respectivos donos. - Explicou.

— E o que eu tenho que fazer aqui? - Perguntei.

— A primeira vítima do papai foi sua primeira paixão, Cassidy, filha de um político. Mas, ao declarar-se, ela o humilhou na frente da escola toda e, irado, foi acertar as contas com ela. Papai a levou até o banheiro feminino e lá a esquartejou, depois jogou as partes dela nos vasos sanitários. - Respondeu meu irmão, essa história me fez arrepiar e me sentir incomodado, nunca imaginei meu pai como um assassino... A ideia ainda me era estranha, mas o que eu podia fazer? - A Cassidy sempre foi apegada às suas amigas igualmente arrogantes, por incrível que pareça. Eram duas. Você terá de encontrar algo que pertença à elas.

Eu ouvi um grito vindo do banheiro, corri até lá e vi um menino ajoelhado, parecia ter a minha idade, com cabelos cor-de-palha caindo como cortinas sobre seu rosto, ele estava de costas e parecia cortar algo.

Quando ele se levantou, eu vi... Vi uma garota já esquartejada, os olhos inexpressivos e inconscientes colados no rosto pálido e gelado separado do pescoço, bem como seus braços e pernas estavam separados do tronco. Eu vi o garoto (com certeza era meu pai criança) pegar as partes, entrar em cada banheiro, a cada visita era um pedaço da garota a menos em seus braços.

Quando ele pareceu que ia sair do banheiro, saí do seu caminho e fingi olhar para um cartaz que estava pregado na parte próxima. Meu pai olhou para os lados, desconfiado... Ele tinha a mesma cara de mau que sempre teve e as olheiras leves embaixo de seus olhos, passou quieto por mim, suas roupas não estavam mais ensanguentadas.

Após meu pai passar por mim, eu senti uma dor nauseante no estômago, como se alguém tivesse me esfaqueado. Quando algo saiu de dentro de mim, eu olhei para trás...

Lá estava Cassidy, os membros esquartejados pareciam terem sido colados de volta por nervos invisíveis, sua pele pálida e gelada, seus cabelos ruivos cheios de sangue, assim como seu vestido azul cheio de bolinhas brancas.

— Que bom que veio aqui! - Disse ela, com sua voz estridente e arrogante ecoando pelo local, todos os alunos que passavam agora pareciam cadáveres congelados. - Que gentileza sua se juntar a mim!


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