A corte do Ministério escrita por seoIa


Capítulo 1
Tribunal da magia


Notas iniciais do capítulo

Por favor se você ler e gostar, ou nao gostar, comente! A sua opiniao significa muito pra mim, essa historia é algo q eu estou colocando muito capricho e atenção, e iriei ir até o fim, quem me acompanhar ao longo dessa jornada, é nada alem de bem vindo.



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— Como pronuncio seu nome filha? – Indagou o Juiz, fitando á sobre o olhar doce repleto de confusão mediante uma menina tão jovem, em uma situação tão hedionda.

— Vlad. – Pronunciou com os lábios cerrados e a cabeça baixa, quase inaudível, até ser cutucada pelo guarda obrigando a verbalizar mais alto. – Vladline, se pronuncia Vladline Ivanov senhor.

— Certo, Vladline Ivanov você se encontra mediante o conselho das leis da magia, do ministério da magia de Londres, acusada de conspiração contra o parlamento, assassinato, roubo de propriedade privada e tentativa de exposição do mundo bruxo, ao dos trouxas. – Foi preciso um tempo durante a fala, tantas acusações juntas a só uma pessoa, tanto ocorreu nas últimas semanas, desde que essa menina de cabelos loiros chegou a cidade. – Como o réu se declara?

Se contassem a ela quando mais nova, enquanto se escondia em baixo dos cobertores tapando os ouvidos após os irmãos assustarem a com histórias sobre como a Babayaga pegou sua mamãe e ela seria a próxima, que um dia estaria diante do ministério, em Londres inteiramente deslocada de sua narrativa, se propondo a construir uma nova, mas essa, tomaria tais rumos, ela ficaria empolgada. Como nos contos de Agatha ela diria, um crime, uma garota e uma cidade.

— Eu me declaro inocente Meritíssimo.






Retornando algumas semanas, Vladline embarcava em uma navio em direção a Londres, a Rússia foi uma terra que a preencheu de histórias, lhe moldou com costumes, estabeleceu conceitos, tais como preconceitos, a sua maneira Moscou ensinou a pequena a amar, mas somente com contos do Leste ela aprendeu a sonhar, palavras anos atrás escritas por uma Trouxa, em papeis gastos de tanto revirados, um lugar com mulheres inteligentes e mistérios insolúveis como o chá mal feito do pai, recheados de boa intenção e mentiras.
Cada capitulo uma nova possibilidade para tudo mudar, nascida em um berço de magia foi com o olhar mundano que entendeu que a vida pode realmente ser surpreendente, caso você se permita.

A forma como você é criada na Rússia, te encaminharia o máximo possível para uma visão de mundo meramente pontual, um dia de cada vez, assimile seu lugar e busque formas de ficar confortável nele, ninguém vai lutar sua luta por você, então, não compre-a. Vladline cresceu uma idealista, quando o primeiro cacho loiro bateu na altura dos olhos e assimilou que tinha cabelo, gritou para a mãe rápido perguntando se aquilo era ouro.
 Yahanysc Ivanov, deu à luz aos dezesseis anos de idade, interrompeu os estudos na escola de magia e bruxaria de Koldovstoretz para cuidar da filha, como era esperada pela sociedade, o pai se formou um Auror renomado, agressivo, alcoólatra e oras, doce, péssimo marido, pai esforçado. Apesar de tudo, Yaha fora feliz, nunca oferecia algo a filha além de sorrisos, contou naquela noite no pé de seu ouvido que sim, cada fio que nascia na cabeça da pequena, era um fio de ouro precioso e inestimável, e ainda assim a parte mais valiosa de Vladline consistia emaranhada nos fios, fundo dentro de sua cabeça, dizia a mãe com o indicador firmado em sua testa. – Aqui, mesmo que roubem todos seus fios, machuquem todo seu corpo, não deixem roubar o que você guarda aqui, porque é o que te torna valiosa, mais valiosa que ovo de dragão da montanha gelada. Mais valiosa que tudo babusca.



No horizonte, alguns dias de viagem a fundo, se via moldar a silhueta da cidade, casa de histórias e oportunidades, berço de bruxos lendários e para ela, mais importante ainda, berço da literatura que despertou a magia que há além de varinhas e encantamentos, o feitiço das histórias que a mente Trouxa consegue elaborar. Existia um plano traçado já, encontrar a casa de sua tia Hilda, onde irá se estabelecer e então, conseguir um emprego no Profeta Diário e se permitir, acumular experiências, todas aquelas cujas quais fora privada em casa, a capacidade para imaginação e criação de histórias era limitada para Vladline, mas sua fome por contar histórias não, então bastava a jovem apenas, não somente criar tais historias, mas sim, vive-las.



Menos charmosa do que aparenta nos livros, e até mesmo por fora, Londres choca e ora intimida com sua grandiosidade e considerável diversidade, para uma jovem russa, tudo é novidade ali, desde os becos sujos, pedintes,  artistas realizando malabarismo por um trocado e até vendedores de lojas ao berros ofertando seus produtos para quem pudesse ouvir. Apenas com um pedaço de papel em punho a menina caminhava pelo paralelepípedo tortuoso e úmido buscando alguma orientação em busca do endereço escrito no mesmo.

— Com licença, o senhor saberia me informar como eu faço para chegar nesse endereço? – Questionou a menina a uma criança acanhada no meio fio. Criança essa que se pôs de pronto acompanhando-a fitando o papel com o endereço.

— O moça é pertinho daqui, eu te levo lá, ce não é daqui né? Sotaque forte esse. – Retrucou a criança demonstrando interesse.

— Eu vim de Moscou, é minha primeira vez tão longe de casa, é tudo tão diferente e grande aqui, de onde eu venho as pessoas são tão menos barulhentas, menos diferentes também. Ver tudo isso de perto é magico, sinto a cidade viva e agora, me sinto parte dela sabe. – O olhos brilhantes da menina a medida que dizia com doçura, sentindo cada palavra na ponta da língua tentando conter o sorriso nas bochechas rosadas, o senso de novidade torna cada coisa bonita a sua maneira, mesmo Londres no seu pico industrial, suja e poluída, cinza em sua grande maioria, conseguia encantar uma forasteira ingênua como ela. - EI, MINHAS COISAS! – Bravejou Vladline quando a criança se aproveitou do momento de deslumbre da garota, para arrancar a mala do punho da mesma e sair correndo esgueirando-se pelo beco a esquerda, deixando para trás somente os sons dos passos apressados no piso molhado.

A menina correu atrás junto espaçando uma coxa da outra rápida como fazia nas aulas de ginastica, ganhando velocidade e, se chocando vendo o garoto escorregadio subindo nos latões de lixo para escalar as paredes rachadas dos prédios suburbanos, com a mala junto de si. – Ah fala sério. Accio Mala. – Pronunciou empunhando a varinha alaranjada entre os dedos, apontando-a para o garoto.

A mala repentinamente se moveu tremendo e sendo puxada em direção a sua dona, como se uma mão invisível firme a trouxesse no ar, desequilibrando o garoto da janela do prédio em que subira, quase caindo. Vladline fitou o menino franzindo suas sobrancelhas em um senso de raiva, mas, desapontamento com a atitude do jovem. Deu de costas retornando à rua principal com a mala novamente em punhos, deixando a criança para trás gritando ´´ Ei moça! Como você fez isso? Me ensina, Qual é! ´´ .
Confiança sempre foi uma temática conflituosa na criação de Vladline, Como duas forças em uma balança em sua casa, a mãe dizia para sempre buscar ver o melhor nas pessoas, e mais cínico, o pai a avisava dos perigos de cultivar sua ingenuidade.

— Os outros vão reparar o quanto você é boazinha babusca, você vai vir com suas histórias e caraminholas de sempre, eles irão fazer de tudo para te agradar e te fazer se sentir confortável e quando você não estiver olhando, vão roubar a sua carteira e você irá ficar devendo por anos a máfia dos Elfos os juros de uma dívida que estava prestes a quitar. – Resmungava Dimitri, enquanto caminhava o punho com a colher tomada de sopa oferecendo a pequena Vladline.

— Sua filha não vai cometer os mesmos erros estupidos que você Dimitri, ela vai saber que não pode pedir dinheiro emprestado para os Elfos, não crie nossa garota para ser uma turrona feito você. – Yahanysc alisava os dedos na testa da criança, retirando o cabelo do caminho da boca da mesma enquanto comia. – Seu papa só está tentando dizer, que você precisa ser atenta, mas se permita confiar nas pessoas também, elas podem te surpreender com coisas maravilhosas as vezes, sempre tente ser boa babusca, mas nunca falhe em ser gentil.


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