Red Angel - Os Vingadores escrita por Izzy Dracula


Capítulo 3
Nas últimas 24 horas


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura



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A cabeça de Sarah criava imagens onduladas, o álcool da noite anterior queimava o estômago, e o corpo nu simboliza que algo a mais havia acontecido entre ela e Clint Barton.

O homem ainda dormia pesado na cama com o abdômen musculoso à mostra, e ao correr os olhos pela imagem ela abriu os lábios incrédulos. Com as mãos sobre a cabeça, ela encontra a camisa dele e a veste segundo cambaleante até o banheiro.

Ficar embaixo do chuveiro ajudou um pouco com a ressaca, mas as lembranças chegavam à memória Clint era gato, sexy e um bêbado divertido. Enrolada na toalha de banho, ela sai do banheiro e encontra o homem sentado sobre a cama com as mãos enterradas no cabelo loiro.

— Eu bebi para caramba… - Clint resmungava gemendo balançando a cabeça. — Minha cabeça vai explodir!

Vestindo parte das roupas ele se arrasta até o banheiro, enquanto ela se troca. Na cozinha Sarah prepara o café da manhã, ignorando as horas do relógio, recordando que o casal foi como um furacão por toda a casa. Esfregando o rosto, Clint enche um copo d'água e apoia o quadril na lateral da pia, olhando para ela.

— O meu carro ficou no estacionamento do restaurante? - Ele sentou junto a mesa, enquanto ela enchia uma xícara de café. — Esse álcool vai me matar!

— Eu não sei onde está o carro.  - Sarah toma o gole de café sem açúcar e faz uma careta amarga. — Reclamar agora não vai adiantar, tome um café!

— Eu estou morrendo! - Clint resmunga e coloca a mão na barriga aumentando o drama. — Minha cabeça está girando.

Ela sorriu e revirou os olhos, balançando a cabeça em negação.

— Quando drama, nem parece um herói! - Passando a mão nos cabelos ruivos molhados, ela vê o homem a olhar com a testa enrugada. — O que foi?

— Eu nunca falei que sou herói, estou mais para o cara  que limpa a sujeira dos outros! - Ele trazia irritação na voz. — Estou cansado de heróis com escudos brilhantes.

Sarah fez uma careta e se calou, comendo. Um celular na mesa de centro da sala começa a chamar, fazendo Clint reconhecer o toque. Uma chamada do trabalho. 

— Eu chego em meia hora! - Clint encerra a ligação e começa a vasculhar a casa bagunçada a procura de algo. — Preciso achar minha arma.

— O mundo está sendo atacado outra vez? - Com tom de preocupação  ela o olha enquanto ele remexer na sala. — Sua arma está ao lado da cama junto ao abajur.

O rosto dele estava marcado de linhas firmes de preocupação, e parada na porta de entrada ela o esperava já sabendo que aquilo seria um adeus.

— Não, o mundo está bem.  Desculpa o mal humor, você é linda, sexy e  uma tremenda gata. - Ele para na porta olhando nos olhos a uma distância mínima. — Mas eu não sou herói. Sou só um cara com flechas!

Os olhos azuis dele se cruzaram com os dela, e  sem despedidas o homem deixa o apartamento correndo para pegar um táxi.

Todos os lugares da casa estavam bagunçados,e mesmo com a maior ressaca da vida, ela precisava dar um jeito naquele lugar, olhando o seu celular haviam muitas chamadas perdidas, todas do ex namorado, e isso fazia as pernas de Sarah tremerem, uma zona estava instalada em seus pensamentos, uma mistura de vergonha e libertação. No tapete vermelho, felpudo uma caixinha de veludo assustou Sarah de início, mas nada assustou mais ela do que o documento que estava embaixo da caixinha de alianças.

— Eu não fiz isso! - Com os olhos arregalados, ela lia atenta cada linha do papel. — Casada, não.

A letra que estava no papel era realmente a dela, junto com a assinatura de Clint Barton.  A aliança dourada junto com o belo anel de rubi dava mais realismo para toda a situação. A ressaca desapareceu como mágica enquanto ela lia repetidas vezes a certidão de casamento, Sarah procurava insistente alguma forma daquele documento ser falso, mas tudo parecia verdadeiro.

 

Dentro do elevador, Clint Barton procurava nos bolsos a caixinha com o anel de noivado, deparando-se apenas com uma aliança fina em seu dedo. O rosto ficou pálido, e os olhos azuis sem piscar olhavam para a aliança até a porta do elevador ser aberta na sala de Maria Hill.

— Barton, não temos muito tempo! - Maria Hill segurava um tablet nas mãos e mal olhou para o gavião. — A Sheld precisa de você em uma missão na Coreia do Norte, o helicóptero está chegando para te levar ao local de embarque… e suas malas vão estar lá quando você chegar.

— Coreia do Norte? - Ele concentrava os olhos na agente enquanto escondia as mãos nos bolsos da calça. — Eu posso pelo menos saber o que eu vou fazer ?

— O relatório da missão vai estar disponível para você ler no caminho! 

O som do helicóptero pousando, fez com que Clint Barton deixasse de lado por alguns instantes a imagem da aliança em seu dedo, esquecesse a loucura da noite anterior. 

 


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