For You escrita por Biantrix


Capítulo 4
Inferno, aqui estou


Notas iniciais do capítulo

Um comentário iria me fazer super feliz :')



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3 meses e 8 dias antes da merda acontecer

Adam Pov.

Depois daquela bela recepção de meu querido primo, resolvi subir as escadas indo pro "meu" quarto. Quando era mais novo e meus pais tinham que viajar, eles sempre me deixavam aqui, logo o quarto de hóspedes sempre foi meu.
As vezes eles viajam apenas por uma semana, as vezes uns três dias e outras vezes ate meses.
Mas isso acabou quando eles se separam. Os dois tinham um escritório de advocacia, com a separação, cada um seguiu seu próprio caminho.
Então, se um deles viajava, eu ficava com o outro, logo tia Edna não precisava mas cuidar de mim.

Entrei no meu novo/antigo quarto fechando a porta logo em seguida. Joguei minha mochila em cima da cama, tratando de me jogar também.

Infelizmente minha mãe também estava viajando, então tenho que ficar aqui... É esquisto, mesmo depois de tanto tempo esse lugar parece não ter mudado nada, exceto eu.

Euzinho hihi.
Bom, depois que meus pais se separaram, eu não lidei bem com a situação, eu não entendia o porquê deles estarem se separando, então me rebelei. O doce e ingênuo Adam, se foi junto com o casamento dos meus pais, e com a chegada da separação, trouxe eu! O novo e fantástico Adam! Mas mesmo assim ainda não deixei a mania de ser quieto em algumas coisas.

Okay, não foi uma grande mudança ... Talvez um pouco. Eu só não sou mais uma criança boba. Confesso que tenho alguns traços de narcisista, mas não tenho culpa de ser tão bonitinho!
Eu tenho apenas uma amiga, Jéssica. Conheci ela com 12 anos, ela era novata e não falava com ninguém, igual eu! Então teve um trabalho de duplas e como só sobrou nós dois, o jeito foi termos que nos juntar.

Desde então, somos melhores amigos. Mas eu sempre fui muito na minha, já Jéssica gosta de se enturmar, então eu opto por ficar com meus livros quando ela não está por perto.

Senti meu celular vibrando, olhei a tela vendo que era Jéssica quem me ligava. Revirei os olhos. Não podia pensar nela que ela aparecia.

— Oi.- Atendi.

— Você é muito idiota sabia?! - Parecia brava.

—Não sabia. - Respondi segurando o riso ouvindo ela rosnando. -Mas por que mesmo?

— Na quela hora! Você me deixou sozinha com o Johnny! - Ela gritou indignada. - Eu fiquei super nervosa!

Jéssica tinha um pequeno crush no John e... Francamente hein... Tem gosto pra tudo.

— Fala sério... -Revirei os olhos. - Nervosa o caralho, vocês estavam super de boa me ignorando, então decidi fazer o mesmo.

— Ah! Não fiz de propósito! - Rebateu.

— Foda-se minha irmã. - Bocejei sentando na cama.

— Nossa Adam...

Ficamos em silêncio durante 5 segundos antes de cairmos na gargalhada.

— Você gosta mesmo desse animal? - Perguntei parando de ri.

— Adam! Já falei pra parar de chamar os outros de animais! É feio e sem educação!

— Quem? O John?

— Não! Seu comportamento em relação as pessoas. - Ouvi ela suspirando do outro lado.

— Verdade, não gosto como ele trata as pessoas. - Falei me levantando da cama e indo até a janela.

— ADAM! Você sabe muito bem que estou falando de você!

— Tá bom, tá bom... Eu sei que não é certo chamar os outros de animais, mas é força do habito.

Ela riu do outro lado da linha.

— Que animal acha que eu sou? - Eu ate conseguia visualizar ela enrolando a ponta do cabelos ruivos no dedo.

—Uma raposa. - Respondi prontamente.

— Eh? Uma raposa? Por quê?

— Você perguntou que animal eu achava que você parecia e eu respondi. - Dei de ombros. Ouvi ela resmungando me fazendo ri. - Escuta, tenho que te contar um babado.

Ouvi ela rindo, uma risada anasalada. Ela sempre ria quando eu falava assim.

— Me conta!

— Então, meu pai viajou. Só volta daqui a dois meses e... - Fui cortado por seu uivo de comemoração.

— Uhuuuuuul! Festa na casa do Adaaam! - Cantarolou animada.

— Nos seus sonhos, minha filha. - Falei amargurado a fazendo parar de cantarolar. - Ele me deixou aqui na minha tia... Junto com o idiota.

— Que idiota?

— Você sabe, o John.

— O QUE? - Afastei o telefone do meu ouvido. - E você só fala isso agora?!

—Hãaaa... Dãa! Não é importante. - Dei de ombros.

— É claro que é importante! Você está morando na casa do garoto mais gato da escola! - Ela gritou animada.

— Gato onde? Pra mim ele não tem nada de mais. - Olhei minhas unhas tirando a pelinha.

— Helloooou! É claro que você não vê nada demais! É seu primo, normal. - Concordei com a cabeça sobre o que ela disse.

É verdade, eu não vejo nada demais em John.

— Mas não podemos negar que ele tem olhos lindo! Aquele cabelo perfeito... - A baba dela devia está escorrendo pela boca. Revirei os olhos. - E aquele sorriso? Ah aquele sorriso molhador de calcinhas...

Dei um berro rindo alto. Poxa se John era isso tudo, ou eu era cego ou Jessica estava louca. Eu acredito mais na segunda opção.

— Ah meu Deus você ta caidinha por ele! -ela riu. - Olha, eu não vejo nada disso que você ta falando.

— Cheguei! - Ouvi a voz da minha tia lá em baixo.

— Olha vou ter que desligar, minha tia chegou! Beijo me liga!

— O que? Não! Esp... - Desliguei na cara dela guardando meu celular.

Sai do quarto e desci as escadas dando de cara com minha tia que estava indo na direção da escada.
— Você chegou! - Me deu um forte abraço quase me deixando sem ar. - Olha só como você cresceu, está tão bonito.

— Obrigado, a senhora também tá.

— Você já comeu alguma coisa? Tá com fome?

— Só um pouco mas não... - Antes que eu pudesse terminar, minha tia me arrasta até a cozinha onde Johnny já se encontrava comendo um sanduíche.

— Querido você pode fazer um sanduíche pro seu primo?

— Poder eu posso, mas não quero. - Ainda de boca cheia deu um sorriso debochado.

— Johnny, faça a porra de um sanduíche pro seu primo ou você vai a pé pra escola todos os dias! - Eita, essa era a primeira vez que eu via minha tia gritar com John.

— Eu nem to com tanta fome assim, deixa pra lá. - Falei tentando quebrar aquele clima tenso.

— Você vai comer sim. - Johnny bufou e foi fazer meu sanduíche. Eu confesso que estava morrendo de medo de ele colocar alguma coisa pra me envenenar. Quando Johnny me entregou o sanduíche percebi um certo olhar de raiva direcionado pra mim.

Coitado!

Minha tia não havia percebido e subiu pra tomar um banho.

— Obrigado. - Respondi indiferente.

— Você acabou de assinar sua sentença de morte, teve sorte de eu não ter envenenado você.

— Você tenta ser cretino ou já é de natureza? Desde que eu cheguei você não para de me ameaçar, você não tem uma namorada ou namorado pra irritar? - O provoquei me sentando na mesa.

— Eu não sou gay e eu tenho namorada.

— Todo homem diz que não é gay, mas espera só até ficar bêbado ou drogado. -murmurei sorrindo.

— E você é?

— Eu sou livre. - Sorri orgulhoso de mim.

— E o que isso significa?

— Que não coloco rótulos nas coisas como você faz e nem escolho minha sexualidade, eu gosto de homem, de mulher, de tudo! Menos desse seu sanduíche... é horrível. - Me levantei da mesa deixando Johnny parecendo que estava perdido porém ele veio ate mim me encurralando na parede da cozinha.

— Você não acha que é muito abusado? - Eu não sabia qual era o problema do Johnny em relação a sempre me imprensar nas paredes.

— Me solta. Agora! - Falei virando o rosto pro lado.

— Acha mesmo que pode falar essas merdas pra mim e sair andando como se simplesmente não tivesse dito nada?

— Acho. - Segurei uma risadinha.

— Então deixa eu avisar. - Aproximou seu rosto do meu, e colocou seus lábios perto do meu ouvido. Fechei os olhos tentando encontrar a paz interior e me impedir de dar uma cabeçada nele. - Só porque você é o meu primo e protegido da minha mãe, não significa que eu não posso te punir toda vez que agir como uma criança mimada, então fica esperto porque eu não esqueci essa confusão que você fez só pra ter um sanduíche.

Virei meu rosto o olhando nos olhos. Nossos narizes se tocarem me causando ... Sei lá. Raiva.

— Se você é burro eu não sei, mas eu avisei na sua frente que era pra esquecer esse negócio do sanduíche.

— Sempre bancando o inocente, mas comigo não cola. - Assim que me soltou me deu uma última olhada, deu um tapa na minha cabeça e saiu da cozinha me deixando bufando de raiva.

Realmente não sei o que as meninas vêem nesse troglodita. Ele pode me ameaçar o quanto quiser... Mas espere só. Não revidei hoje porque fui pego de surpresa, mas espera pra vê.
Mordi meu sanduíche arracando sua massa na força ódio.

A vontade que eu tinha era de ir atrás dele esfregar essa merda na cara dele. Quem ele pensa que é pra me tratar daquele jeito? É típico de um animal da raça dele.
Entre uma escala de 0 a 10 pra dá a pontuação de quem é pessoa mas babaca do planeta, eu tenho certeza de que ele ganharia. Além de ser babaca também é uma pessoa que age como uma criança.
Mas tudo bem, quer brincar? Vamos brincar.

[...]

Já estava anoitecendo e desde aquela hora da minha quase briga com o mala do meu primo eu estou trancado no quarto. Eu me pergunto como duas pessoas boas como minha tia e meu tio tiveram o filho do Diabo?... Acho que até o Diabo se ofende com o que falei, mas enfim aquele garoto é o pior ser que já foi criado na face da Terra.

— Adam querido? - Ouço minha tia batendo na porta. - Você ainda tá vivo?

— Sim estou. - Respondi olhando pro teto deitado em minha cama.

— Eu e o John vamos sair pra comer pizza você quer ir junto? - Me levantei com tudo e abri a porta, se tem uma coisa que amo é pizza.

— Sim eu quero! - Sorri animado.

— Saímos em 5 minutos se for fazer algo faça agora.

Peguei meu celular que estava carregando, meu livro e meu moletom azul escuro de guerra, e saí do quarto esbarrando com Johnny que estava abotoando sua camisa. Ai ... Por que Deus?

— Como sempre fica bancando o cego né pequena princesa. - Falou John sem tirar os olhos dos botões da camisa.

— Como sempre bancando o cuzão né alma penada.

— Se eu sou uma alma penada, devo ser a mais linda de todas. - Ele sorriu sem olhar pra mim. Credo.

— Falando desse jeito...- pensei melhor. - Vou nem dizer porque falar com você é perda de tempo. - Cruzei os braços o deixando sozinho.

— Você começou então termine. - Assim que andei Johnny me puxou pelo ombro e rapidamente revidei pegando seu braço o derrubando no chão e coloco um joelho em suas costas para impedir que levante.

— Qual a parte que você não entendeu de que eu não quero perder meu tempo falando com você? - bufei irritado. Égua parece que não entende!

— Saí de cima de mim agora. - Ele mandou ameaçador tentando se soltar.

— Quem diria, Johnny o cara que sempre se achou poderoso acabou de ser derrubado pelo seu primo mais novo. Como esse mundo dá voltas. - falei rente ao seu ouvido.

— Deixa eu só me soltar daqui!

— Quando você se soltar não vai fazer nada porque dá próxima vez que tentar algo contra mim eu quebro seu braço entendeu.- Sorri meigamente beijando seu rosto. - Pelo visto as aulas de karatê que meu pai pagou valeram muito a pena. - Assim que me levantei olhei a cara de John que chegava a ser engraçada por sua raiva e por sua possível derrota.

— O que é seu tá guardado. - Falou passando por mim e indo em direção as escadas.

— Mal posso esperar... -Falei sozinho pras paredes.

Quando desci vi aquela garota da escola... Acho que é a tal de Olívia, a que a Jéssica não gosta, sentada no sofá com uma cara de quem tinha provado e não gostou. Assim que me viu ficou me encarando e levantou uma sobrancelha ou seja ela estava fazendo cara de deboche pra mim e eu não gostei disso. Imitei a cara dela e cruzei os braços.

— Perdeu alguma coisa aqui garoto? - Perguntou em um tom meio abusivo... Meus pais me ensinaram a não bater em mulheres por isso tenho que me controlar pra não pular na cara dessa abusada.

— Você entrou na casa certa?

— Ah você é o empregado daqui ? Então, pode me trazer um copo de água que estou morrendo de sede. - Então pode morrer. - Vai ficar me encarando ou vai trazer minha água?

— Se quiser água vá pegar você mesma, você tem pernas pra andar até a cozinha e se servir sua folgada!

Nos olhamos e senti as faíscas pularem de meus olhos.

— Mas que abusado você é hein!

— O que tá acontecendo aqui? - John entrou na sala, provavelmente deve ter ouvido alguma coisa.

Revirei os olhos.

— Esse seu serviçal é muito arrogante e imprestável, nunca fui tão humilhada assim em toda minha vida. - Não pude evitar de dar uma risada irônica.

Bem, nossa família é meio rica e esse bairro é meio rico, então Olívia tambem é rica mas ao contrário dela, nossa família não tem "serviçais". Uma ou duas vezes uma mulher vem fazer a faxina na casa, mas é só.

— Ele não é serviçal, ele é da família é meu primo Adam. - Assim que John falou... Espera essa cria de demônio falou algo que preste? To pasmo agora. - E você que foi meio arrogante do jeito que falou. - Será que ele bateu a cabeça na hora que eu derrubei ele? Será que ele foi pego por aliens e substituído nesse meio segundos que estivemos separados?

— Ai desculpa Alan é que estou acostumada aonde sempre vou ter algum serviçal.

— Meu nome é Adam e não Alan.

— Ai nossa que cabeça minha é que eu não gosto de decorar nomes de pessoas desinteressantes.

— Então como consegue lembrar seu nome? - Perguntei fingindo surpresa.

Ela cerrou os dentes se levantando. Sorri satisfeito.

— Vamos pessoal... Tem alguma coisa errada? - Minha tia perguntou interrompendo um possível MMA.

— Não tia está tudo bem aqui né Olympia?

— Meu nome é Olívia. - Ela respondeu me olhando ferozmente.

— Ai nossa que cabeça minha! Acho que eu também não gosto de decorar nomes de pessoas desinteressantes. - Falei em tom de deboche já fazendo Olívia mudar para uma cara de raiva. - Podemos ir? - Agora a pergunta que não quer calar, quem convidou essa garota?

Johnny passou o braço pelo ombro dela e ela sorriu pra ele.
Oh... É claro. Ela é a tal namorada que ele havia citado...
Não sei porque, mas aquele pensamento me fez ficar muito, muito irritado. Mas isso é besteira! Só estou irritado porque é ela! A perfeita e patricinha Olívia. Entendi o porquê de Jéssica não gostar dela.

Ao sairmos de casa, Tia Edna trancou a casa e começamos a andar em direção a pizzaria. Como minha tia era a única pessoa agradável ali, fiquei o caminho todo conversando com ela. No momento estávamos conversando sobre a novela, logo desviamos pra jardinagem e daí pros atores de novelas.
Engraçado, ela me lembra muita a Jéssica, haha.

Chegamos na pizzaria e nos sentamos. Sentei na cadeira a frente de minha Tia e John ao meu lado, coisa que me fez levantar a sobrancelha. Olívia me olhou feio antes de sentar ao lado da minha tia.

Eu não sei qual é a dela e muito menos sei o porquê de Johnny ter sentado ao meu lado, mas confesso que... A cara de raiva de Olívia me deu grande satisfação. Acho que so o fato de Jéssica não gostar dela, eu gosto muito menos.

— Adam? - ouvi uma voz conhecida ao longe. - Adam!

— Hein? - Olhei ao redor procurando aquela doce voz. Me levantei pra vê melhor, antes de um furacão ruivo pular nos meus braços. - Jéssica! O que... ta fazendo aqui? - Perguntei meio sem ar com o abraço de urso que ela me dava.

Ela me apertou mais um pouco antes de me soltar. Suspirei aliviado.

— Olá! - Ela cumprimentou todos na mesa, mas assim que seus olhos caíram sobre Olívia, sua expressão mudou. - O que ela faz aqui?

— Desculpe, quem é você mesmo? - Olívia indagou com um ar de superioridade a olhando de cima abaixo.

— Sou a melhor amiga do Adam! - Ela deu bastante ênfase. - E você?

— Sou a namorada do Johnny, querida. - Olívia fez questão de sorri e segurar a mão de Johnny, coisa que me fez querer vomitar.

— E eu sou a mãe e tia desses dois jovens! As duas poderiam parar de discutir pra ver quem tem o melhor brinquedo?! - Tia Edna olhou severamente para as duas que coraram.

— S-Sinto muito! - Pediu Jessica tão vermelha quantos seus cabelos. - De qualquer forma... - Jéssica olhou pra mim e segurou minhas mãos. - Estou jantando com meus pais ali na outra mesa.

Dei uma olhada vendo os pais de Jéssica mais ao fundo da pizzaria.

— Diga oi a eles por mim! - sorri timidamente.

Ela beijou a minha bochecha e sussurrou.
— Se precisar de ajuda, é só assobiar! - Ela sorriu. -Boa noite a todos! - Ela acenou indo pra sua mesa, mas não antes de dar um olhar fulminante a Olívia.

Me sentei novamente evitando o olhar de todos.

— Então você é amigo da garota mais sem sal da escola? - Olívia perguntou me olhando com cara de deboche.

— Sem sal? Não está a confundido consigo mesma? - Perguntei inocentemente, porém ela me ignorou continuando.

— Fala sério! Já viu as roupas que ela usa? Parece as cortinas da casa da minha vó. - Ela apoiou o queixo com a mão.

— Melhor do que essas suas roupas de carnaval! - Retruquei me irritando.

— Pelo menos não me finjo de santa! Você vai vê! As quietinhas são as piores, pelo menos não finjo ser o que não sou. - Ela passou a língua por seus lábios me olhando divertida. - Não se surpreenda se ela começar a fazer certas coisas...

Bati a mão na mesa fazendo todos saltarem de espanto.

— Não fale assim dela sua...

— Já chega vocês dois! - Tia Edna me cortou antes que eu conseguisse xingar aquela puta. - Adam, por favor não dê ouvidos a ela! - Me encolhi ao ser repreendido. - E Johnny, controle a sua namorada, porque ela acabou de ganhar muitos pontos negativos comigo!

Johnny abriu a boca, mas logo a fechou olhando feio pra Olívia que estava vermelha de constrangimento.
Dei um longo suspiro.
Foi uma péssima ideia ter aceitado vir comer pizza, ainda mas quando vi essa garota! Eu deveria ter desistido assim que vi que ela também iria, não por eu ter medo dela ou algo assim, e sim porque ela não merece minha atenção.

Acho que ela é a garota perfeita para Johnny, afinal, os dois são iguaizinhos. Penso até que foram feitos um pro outro! O par ideal! Almas gêmeas!

... Espera ...
Isso é ... Ciúmes ...? Pfffffffff
Eu? Adam McCarter com ciúmes do Johnny? Do meu primo idiota que me maltrata?
Até parece. Só achei que eles são perfeitos um pro outro porque são iguaizinhos! Dois idiotas.
Ciúmes eu tenho de mim! De ter que ficar me degastando com esses animais! Eu sou muito novo e perfeito pra me estressar.
Falando em animais... Já sei que animal Olívia é! Alguém adivinha? Hein? Hein?

Pra quem disse "vaca" acabou de ganhar um super beijo na boca.

Sai de meus desvaneios sentindo alguém tocando minha mão. Arregalei os olhos olhando pra baixo vendo a mão de Johnny segurando a minha. Levantei os olhos o olhando irritado. Quem ele pensa que é pra segurar minha mão? Acaso ele está pensando que eu to chateado ou algo do tipo? Coitado!
Eu não me chateio, eu me vingo!

Tentei puxar minha mão da sua, mas ele a segurou firmemente, me senti corar quando ele a acariciou de leve dando um sorrisinho de canto sem olhar pra mim. Depois de desistir de puxar minha mão, deixei que ele a segurasse. Enfim, ninguém estava vendo mesmo.
Só acho estranho que... Ele queira me reconfortar. Pensei que ele fosse tripudiar também.

— Desculpem a demora, está movimentado e por isso estamos tendo dificuldade em atender! - O garçom (que por sinal muito gato), deu um sorriso sem graça à nós.

— Não tem problema. Só queremos fazer o pedido. - Tia Edna respondeu educadamente. -Bem, queremos... Uma pizza mista? -Ela perguntou olhando pra nós.

—Quero pizza portuguesa! -Olívia disse sorrindo.

— Quero mussarela. - Resmungou Johnny.

— Quero de queijo e presunto. - Tia Edna sorriu.

O garçom anotou tudo em seu bloco de notas, e então olhou pra mim.

— E você neném? — Ele perguntou com um sorriso encantador. Nooossa ele tá me dando mole?

QUERO VOCÊ!

— Uhm... O que você sugere? — perguntei com ares desinteressados.

— Bom, não sei, você parece ter gostos peculiares, mas talvez eu esteja enganado. — Ele deu de ombros sem tirar o sorriso do rosto.

— Calabresa! — Falei na cara de pau com um olhar sugestivo. Senti Johnny apertar minha mão com força. Segurei a vontade de gritar.

— É pra já! — O garçom piscou pra mim antes de sair.

Senti novamente Johnny apertando minha mão.

— Ai! Qual é a sua?! — Me levantei fazendo Johnny me encarar com o olhos arregalados.

Ah mas ele vai vê.


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Notas finais do capítulo

Sério, me deixaria muito feliz apenas um comentário :')



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