Jurassic World - Playing God escrita por Pandora Ventrue Black


Capítulo 4
Capítulo 3: Meninos perdidos




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Um por um os soldados iam morrendo. A sala ficou em um silêncio mórbido. Owen me olha, percebendo o quão triste eu estava. Ele estica sua mão e segura a minha.

— Desocupe a ilha! – Owen fala ainda segurando a minha mão

— Nunca mais reabriríamos! – Claire diz

— Vocês fizeram um híbrido genético criado em cativeiro – ele fala se afastando de mim – Ela está vendo isso tudo pela primeira vez!

— Ela nem sabe o que ela é... – falo em um suspiro -  Matará tudo que se mexe! 

— O animal está contemplando a própria existência? – pergunta Masrani

— Ela está descobrindo onde ela está na cadeia alimentar! – explica Owen – E acho que o senhor não quer que ela descubra.

— Vocês podem utilizar munição letal numa emergência... -falo me aproximando de Masrani – Aqui tem um M134! Ponham no helicóptero e detonem aquela coisa antes que ela detone a gente!

— Há famílias aqui. Vai virar uma zona de guerra! – alerta Claire.

Eu já estava cansada de ficar aqui sem fazer nada. Fuzilo Sr. Masrani com o olhar e depois encaro a ruiva.

— Claire, sinto em lhe avisar, mas isso já virou uma zona de guerra! – falo arqueando a sobrancelha

Owen faz um comentário sarcástico, mas nem estou mais prestando atenção no que estava acontecendo. Estamos lidando com uma situação onde um híbrido de dinossauro está solto e, no momento, estamos discutindo se devemos ou não matar o animal! Nesse tipo de situação a resposta vem fácil: MATE A DROGA DO HÍBRIDO!

— Sr. Grady, se não for ajudar, não precisa ficar! -fala Claire – O mesmo vale para você, Senhorita Jonhson!

Bufo e ando até o Sr. Masrani.

— Gostaria de falar com o pessoal do laboratório! – falo, seriamente – Aquela coisa lá fora não é um dinossauro...

Saio da Sala de Controle com Owen me seguindo. Entramos no elevador.

— Esse povo tem que parar de brincar de Deus! – comento

Cruzo os braços e balanço a cabeça. Sigo até o laboratório. Ando a passos apressados, estava indignada e furiosa!

O que eles criavam no laboratório deve ser uma grande mistura que gerou um animal temperamental e altamente inteligente. Só Deus sabe o que está nos genes do Indominus Rex.

Chego ao laboratório. Sou barrada por um grande guarda.

— Você não pode entrar aqui! -ele fala

— Eu juro para você que agora eu sou o menor dos seus problemas!

Sou pega no colo pelo guarda e arrastada para fora do laboratório. Eu e Owen somos escoltados até o centro do parque.

Vejo Claire, ela parecia perdida, preocupada e desesperada.

— Claire! – Owen a chama

— E-Eu precisa da ajuda de vocês – ela fala

— Ok – Owen diz

— Os meus sobrinhos estão no Vale – ela fala, desesperada – Se algo acontecer com eles...

Puxo Claire para um canto qualquer. Se os turistas descobrirem o que realmente está acontecendo, uma onda de pânico generalizada ia tomar conta do parque.

— Qual a idade deles? – pergunto

— O mais velho está no Ensino Médio... – ela fala – o pequeno... Humm..

— Não sabe a idade deu seus sobrinhos? – pergunta Owen

Vejo uma lágrimas escorrer no rosto da ruiva.

— Da próxima vez... – falo socando o ombro de Owen – Tente ser menos babaca!

 - O que há?! – ele indaga

— Venha – falo me virando para Claire – Vamos achar seus sobrinhos!

Corro até a saída e entro em um carro. Dirijo o mais rápido possível até o Vale. Enquanto isso, Claire tenta ligar para os seus sobrinhos.

Dirijo até o Vale, esperando que pudesse ao menos conseguir salvar esses dois meninos. No caminho para o Vale e vejo um Diplodoco caído no chão, completamente machucado.

Paro o carro e saio sem falar nada. Corro até a cabeça do animal, ajoelho-me e coloco sua cabeça nas minhas coxas. Ela ainda estava viva e eu não podia salvá-la. Ela estava sentindo tanta dor e eu não podia fazer nada...

— Oi, princesa... – falo num sussurro sentindo as lágrimas escorrerem.

O dinossauro geme e meu coração aperta.

—Eu sei, garota. Deve está doendo bastante...

Passo minha mão devagar em sua cabeça, fazendo carinho.

— Shhh... – falo baixinho – Está tudo bem...

Claire se aproxima  e toca o rosto do animal. O diplodoco levanta seu rosto de supetão.

— Ok, ok, calma... – falo – Você vai ficar bem...

Ela se acalma e deita a cabeça nas minhas coxas novamente. E com um último suspiro, ela falece.

Claire chora e eu pisco rapidamente para afastar as lágrimas. Owen aperta de leve o meu ombro e se afasta, andando um pouco mais à frente.

— Ela não os devorou... – ele fala – Está caçando por esporte.

Eu não queria me levantar para ver, então espero Claire e Owen dentro do carro. Os dois entra pouco minutos depois. Owen dirige para um lugar que agora eu não me importava mais.

Sinto a mão de Owen apertando a minha.

— Vai ficar tudo bem, ok?

— Ok – respondo

Sabia que sentia algo por Owen, já que estávamos juntos a tanto tempo. Mas tinha certeza de que o sentimento não é recíproco. Ele é um lobo solitário e prefere transar com uma pessoa por apenas uma noite do que se comprometer com uma pessoas só.

O carro para novamente e me deparo com uma girosfera totalmente danificada.

— Não, não, não... – Claire fala saindo do carro

Saio do carro e analiso a situação e vejo pegados indo em direção a floresta.

— Claire! Ele escaparam – falo apontando para as pegadas

Seguimos as pegadas e chegamos em uma cachoeira.

— Ai meu Deus! Eles pularam! – ela fala

— Garotos corajosos – comenta Owen

— Zach! – ela grita – Gray!

Praticamente me jogo em cima dela e tapo a sua boca com a minha mão, mas a ruiva escapa.

— Shhh! Shh... – sussurra Owen

— Não sou uma dos seus animais idiotas!

— Os garotos ainda estão vivos, mas nos não viveremos se você continuar gritando – Owen explica

— Você consegue farejá-los? – Claire pergunta, desesperada – Seguir as pegadas?

— Ele não é um cachorro, Claire!

— O que faremos? O que sugere?

— Você volta! – Owen fala – Eu e Skye vamos encontrá-los

— Não! – ela sussurra – NÓS vamos encontrá-los!

— Não dura nem dois minutos lá com esse salto agulha! – digo

Claire tira o cinto e desabotoa a camisa, prendendo-a na cintura. Ela dobra as mangas da camisa até ficarem acima de seus cotovelos.

— O que isso significa? – indaga Owen

— Que estou pronta partir – ela responde

— Tá legal! – Owen fala – Mas eu estou no comando! Façam o que eu disser!

— Como é que é ?! – falo, surpresa

Reviro os olhos e arqueio a sobrancelha. “Owen, de vez em quando você se supera!”, penso.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!