Mundos Colidindo escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Uma hospede




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P.O.V. Alec.

Trouxemos ela para o Castelo de São Marcus.

—Caramba! Isso são muitos bebedores de sangue. 

—O Mestre Aro não vai gostar disso.

—Acho que vai.

P.O.V. Desconhecida.

Era uma enorme edificação de pedra, parecia antiga porém estava bem conservada. Um Castelo. De acordo com o banco de dados era onde os nobres moravam. Fortalezas.

Por dentro era cheio de retratos pendurados nas paredes, corredores labirínticos, o teto formado por arcos. E lá dentro haviam vários bebedores de sangue usando capas negras.

—Fique aqui com ela Jane. Eu vou lá dentro.

Disse o garoto.

P.O.V. Alec.

Quando entrei eu sabia que Aro já havia sentido o cheiro dela.

—Trouxe o jantar pra casa?

—Trouxe algo melhor. Algo que eu nunca vi e com todo respeito, creio que o senhor também não, Mestre.

Estendi a mão para ele e ele tocou.

P.O.V. Aro.

Inacreditável. Mas, que tipo de ser é este? Que tipo de armas são estas?

—Eu realmente gostaria de conhecê-la.

—Achei que diria isso.

Quando Jane e a garota entraram ela parecia confusa.

—Como você sabe sobre isso?

—O que?

—Não estava lhe perguntando. Estava perguntando ao seu soberano.

—O meu soberano?

—Ele.

Disse a garota apontando para Aro.

—O que eu sei?

—Sobre mim. Você não me viu matar os Morgs, mas ainda assim a cena está em sua mente. É algum tipo de elo mental que eu desconheça?

—Você está lendo meus pensamentos?

—Estou. 

—Telepata então. O que mais pode fazer?

—Porque eu deveria lhe dizer? Isso não era parte do acordo! O acordo era vocês me fornecerem um lugar para eu passar a noite.

Disse ela cruzando os braços.

—Posso lhe oferecer mais do que um lugar para passar a noite. Posso lhe oferecer um lar.

—Em troca de servidão? Não obrigado. Além do mais, você não seria capaz de derrotar um Morganiano. Ele faria picadinho de você.

—Morganiano? É o que você é? Uma Morganiana?

—Não! Os Morganianos eram as coisas que eu matei em frente a casa noturna.

—E porque eles a querem morta?

—Porque sou um obstáculo no caminho deles. Um serviço inacabado. Morganianos são sanguinários, cruéis e violentos. Eles devastam e seguem em frente. Acreditam que todas as demais raças são... inferiores.

—Eu nunca tinha visto uma coisa daquela e eu tenho quase oitocentos anos. De onde eles vieram?

Ela respirou fundo.

—Bom, suponho que tenham o direito de saber. Já que estão tão em perigo quanto eu e o resto do seu planeta.

—Nosso planeta?

—Morganianos vem de um planeta chamada Morgan. Fica a bilhões de anos luz daqui. No princípio havia uma aliança, entre os Morganianos e o meu povo. Mas, o imenso avanço tecnológico que veio na era de Atlan criou armas. E agentes enviados pelo soberano dos Morganianos roubaram estas armas do cofre Real. Eles violaram o pacto, massacraram o meu povo. Meus pais, deram suas vidas para me salvar.

—Você é uma alienígena?!

—Eu sou a Princesa IO. Eu sou um Iso.

—Iso? O que é um Iso?

—Algorítimos isomórficos. Nós viemos literalmente do nada, bom quase nada. Parte do nosso código, foi escrito pelo Criador, mas a outra parte? Geração espontânea.

—O Criador? Quer dizer Deus?

—Não. Quero dizer o Criador. O meu planeta opera... operava numa frequência diferente da do seu. Seria o que vocês chamam de... virtual. Infelizmente éramos profundamente ingênuos, mas inimaginavelmente sábios. Por eras vivemos em paz, prosperidade, felicidade. O nosso... meu D.N.A. é digital. Posso existir neste seu plano físico e dentro de um programa de computador. É fácil para mim acessar seu banco de dados.

—Nosso banco de dados?

—Internet.

—Também é fácil para nós acessar a Internet.

Ela olhou para mim como se aquilo a cansasse. Então, fez um movimento de mão e uma tela apareceu. No meio do ar. Bem diante de nós. E ela entrou nela.

—D.N.A. Bio-digital.

Ela simplesmente entrou na tela. Literalmente entrou na internet. Depois pulou pra fora.

—Entendeu?

—Fascinante.

—Posso me conectar com qualquer tipo de dispositivo eletrônico deste planeta. Controlá-lo. Através de ondas eletromagnéticas. Posso até controlar o corpo dos outros.

—Pode controlar um vampiro?

—Posso, mas é mais difícil.

—Porque?

—Por causa da frequência.

—Frequência?

—Ondas eletromagnéticas. Cada coisa ou ser opera uma determinada frequência. O seu povo opera numa frequência muito baixa. Vocês são realmente uma forma de existência que... eu não compreendo. Estão vivos, porém não... vivos. Andam, falam, correm, nadam, mas não precisam respirar. Não possuem quase nenhum tipo de fluído corporal. Possuem toda esta energia, porém não precisam comer.

—Nos reconheceu logo de cara na boate. Foi mesmo porque somos... belos demais?

—Não exatamente. Captei a sua frequência. Num mar de frequências... humanas, haviam quatro que eram baixas demais.

—Então já conheceu outros de nós antes?

—Se por conhecer você quer dizer ser atacada. É. Foi isso mesmo.

—Chegou a ser mordida?

—É claro. Mas, não acabou bem para o outro cara.

—Atacou-o com suas lâminas?

—Não. Quando percebi que a criatura estava bebendo meu sangue, fiz ele virar ácido.

—Transformou um vampiro em ácido?

—Não! Não o vampiro, o meu sangue. Posso controlar meu próprio metabolismo, quando ele ingeriu o ácido isto liquefez seus órgãos internos e ele morreu.

—Como transformou seu sangue em ácido e não... morreu?

—Ahm, você sabe o que são cobras, certo?

—Certo.

—As cobras possuem peçonha, veneno. É um mecanismo de defesa natural,  a peçonha sai pela boca o que implica que o animal o produz e o engole, portanto ele é imune á aquela substância. Como eu. Meu sangue tornou-se venenoso para aquele que o consumiu, mas não para mim. É um mecanismo de defesa.

—Magnífico. Poderia demonstrar?

—Quer que eu liquefaça seus órgãos internos? Você vai morrer, Majestade.

—Majestade?

—Você é o rei deles, não é? Este é o tratamento adequado que se deve dar a um soberano.

IO parecia tentar compreender a nossa civilização. O raciocínio dela era ótimo. Mas, ela fez a ligação errada.

—Se você é o soberano e o Rei, imagino que os outros dois sejam seus visires, seus conselheiros. Então, ele é o seu guarda.

Disse apontando para Félix.

—Eles são seus filhos. Seus herdeiros.

Disse referindo-se a Alec e Jane.

—E ele... um pretendente da Princesa talvez? Onde está sua Rainha? Você tem uma Rainha certo?

—Não. Os Mestres Aro, Marcus e Caius governam juntos. Jane, Félix, Dimitre e eu somos seus Guardas.

—Como seus guardas pessoais?

—Algo assim.

—Então é isso o que você protege. Você protege os seus soberanos.

—Sim.

—Você é muito inteligente. IO.

—Você é nobre, sua Majestade. Eu também, a maioria dos seres deste planeta não sabe quem ou o que eu sou. Mas, o senhor sim. Portanto, se vai dirigir-se a mim, vai fazê-lo com o respeito e título que me cabem. Sua Alteza Real.

P.O.V. Jane.

Gente! Estou passada. Ela deu um chega para lá no Mestre Aro. Tipo, se tenho que te chamar de Majestade, você tem que me chamar de Alteza.


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