Mundos Colidindo escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 18
Jantando com um amigo


Notas iniciais do capítulo

N.A. As falas em itálico são do reflexo. E as normais são da Sil



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P.O.V. Thomas.

Ela chegou e estava linda, porém toda de preto.

—Porque preto? Vai a um velório?

—Velórios já não tem mais um propósito á séculos.

A voz era fria, cortante.

—Então, podemos ir?

—Claro.

Sil era estranha, mas eu também.

—E você está usando preto também.

—Está certa.

Caminhamos pela rua e comecei a notar que sempre que passávamos por uma flor, um vaso de plantas ou coisa assim. As flores morriam.

Pensei que era coisa da minha cabeça.

P.O.V. Jared.

Estava indo pra casa quando a mãe de Sil me para.

—Ai Graças ao Criador. Você sabe se a minha filha ficou diante de algum espelho?

—Sim. Na aula de balé. Tenho que admitir que aquele reflexo era uma coisa medonha.

—Você viu?

—Sim!

—E o que houve?

—O reflexo atacou a minha mãe.

—Porque motivo?

—Minha mãe ficou batendo no espelho.

A mãe de Sil fez uma cara...

—Tudo faz sentido agora. Quando o reflexo sombrio foi ativado, não foi ativado pela Sil, foi pela sua mãe. Ela interrompeu o processo de fusão! Ah, humanos!

—Fusão?

—Não temos tempo para perguntas. Temos que encontrar a nossa filha, parar a fusão, colocá-la diante daquele mesmo espelho e recomeçar o processo. E temos vinte minutos. Dimitre, comece a rastrear.

—Já estou rastreando.

—Então vamos!

O garoto de cabelos escuros e olhos vermelhos a carregou e eles foram a uma alta velocidade para leste.

Cheguei bem a tempo de ver uma briga estranha. O rosto de Sil virou o reflexo e o da mãe dela também. Só que a mãe dela era a mãe dela. Versão macabra.

Todas as flores, plantas e bichos num raio de sei lá quantos quilômetros começou a morrer. E aquelas coisas lançavam energia uma contra a outra. Azul contra vermelho.

Até que Sil derrubou a mãe. IO estava terrivelmente ferida, quase morta.

Mas, distraiu-a o suficiente para que o vampiro loiro lhe desse uma paulada na cabeça e a agarrasse.

—Dimitre... tem que ser... o mesmo... espelho. Vai. Encontre o Jered e salve a minha filha.

—Eu estou aqui. Estou aqui.

—Ótimo. Espelho. Agora.

Levei-o de volta para o campus, fomos até a sala de ensaio no bloco de música. Ele a colocou no chão e esperou.

—O que acontece agora?

—Não faço ideia.

—Vocês tem que sair.

—Pensei que estava morta.

—Quase, mas sou mais resistente do que pareço.

A garota ruiva ainda desacordada no chão, com os cabelos esparramados era como uma mistura de Branca de Neve com Merida.

—Porque temos que sair?

—Foi interferência externa que causou toda está bagunça em primeiro lugar. Sil tem de se entender com seu reflexo sombrio sozinha.

—Então, ela tem que matar a coisa?

—Não. Se entender.

—Os batimentos estão aumentando. Ela está acordando.

Disse o pai. E aquela foi com certeza a coisa mais esquisita que eu já vi.

P.O.V. Sil.

Eu acordei e estava de volta ao estúdio de balé. Em frente ao espelho. E a sombra estava lá.

—Olá criança.

—O que é você?

—Eu sou você. Lembra?

—Certo. Lado negro.

—Reflexo sombrio. Sou sua ira, sua mágoa, sua tristeza, sua feiura.

Disse a coisa no espelho.

—Coisa? Assim você me ofende. E consequentemente, se ofende.

—Pode ler meus pensamentos?

—É claro que posso. Estou aqui, dentro da sua mente. Eu sou uma parte de você. Goste ou não.

Ouvi alguém dizer...

—O que...

Mas, não passou disso.

P.O.V. Thomas.

Ela estava falando com a coisa nas sombras, a coisa no espelho.

—O que...

Antes que eu pudesse terminar a minha fala várias mãos frias cobriram a minha boca. Como um cale a boca silencioso.

E o diálogo continuou.

—E o que acontece agora?

—Oh, sempre varia de um Iso para o outro. Alguns sedem, abraçam a escuridão completamente, outros não.

—Eu não quero ser toda boa, se não serei capacho. Bondade demais é ruim.

—Bom. É mais inteligente que os mundanos. Os cordeirinhos, ou você é bom ou é mal. Mas, nós duas sabemos o que acontece com os cordeiros não sabemos?

—São abatidos. Vão de bom grado para a morte. Mas, eu não.

—Você não.

—Eu preciso de você.

—Sim, Sil você precisa.

Disse o reflexo já se animando.

—Mas, você também precisa de mim! Escuridão demais é ruim. Olho por olho e mundo fica completamente cego!

Vi o reflexo sair do espelho, senti-o invadindo meu corpo, penetrando a minha alma. Dói. Dói pra cacete.

Os espelhos quebraram. Estilhaçaram. Acho que eu quebrei. Mas, é difícil dizer.

O mundo começou a girar e de repente... tudo ficou escuro.

P.O.V. Thomas.

Então, a garota no caída no chão começou a mudar. Os cabelos ficaram acobreados, num tom de vinho, a forma do rosto, do corpo.

—Ela está voltando a ser como era antes.

Disse o garoto.

—O código raiz está se reorganizando.

—Isso deveria acontecer IO?

—Sim. Pense naquela outra forma como um casulo de lagarta. Quando a lagarta sai, ela vira borboleta. Nossa filhinha está virando borboleta.

—Vai acontecer de novo?

—Não. Deste ponto em diante se ela mudar de forma, cor de cabelo qualquer coisa vai ser por vontade própria.

—Ai, a minha cabeça. Meu corpo todo dói, parece que fui atropelada por um caminhão.

—Isso é normal. Vamos te arrumar uma licença médica. 

Ela se olhou no espelho e lá estava a sombra, mas era meio Sil, meio sombra.

—Eu sou eu de novo! Legal!

Era como aquele personagem do Batman o duas caras. Mas, só o reflexo no espelho.


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