Girl – Rose May escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 3
Reunion.


Notas iniciais do capítulo

Olá... ♡

Gostaria de agradecer quem comentou e favoritou a Fanfic, isso é muito importante. Obrigada a todos! ♡

Boa leitura, desculpe se houver erros.



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Havia perdido a hora para o colégio. Acordei atrasada, pelo motivo de mal ter dormido a noite passada, pensando no convite de ir ao baile que Guss havia me feito.

Nem o fato de colocar qualquer roupa em tempo recorde e prender o cabelo de qualquer jeito, tirou minha felicidade.
Fui até a cozinha, teria que tomar café em cinco minutos. – Olhei na geladeira e ainda havia um pedaço de bolo que minha mãe havia feito, peguei e coloquei em um prato.

— Comendo besteiras... a essa hora da manhã Rose May?! – minha mãe rompeu pela porta da cozinha como um furacão fitness.

Rachel Casey. – ex Miss Teen. Ela já havia concorrido em inúmeros concursos de beleza. Era uma mulher deslumbrante. – Só havia uma coisa em comum entre mim e ela: O cabelo. – O lindo e escultural corpo dela de capa de revista, eu realmente não havia herdado.

Minha mãe sempre costumava me cobrar em relação a alimentação. – De alguma forma eu sabia que ela não gostava de ter uma filha com o corpo fora do padrão. Mas ela nunca admitia isso com todas as letras.

— Estou atrasada! – informei. Em uma tentativa falha de encerrar aquele assunto.

— Porque não come uma fruta? Ou um pão integral? Não sei porque seu pai insistiu para que eu fizesse esse bolo...! – Ela foi até a geladeira e encheu um copo de suco natural.

— Perdi a fome! – me levantei da mesa e coloquei o prato com o bolo em cima do balcão da pia.

Ela me olhou sem entender. – Como se não soubesse que seus comentários eram horríveis.

— Frutas são mais saudáveis! Isso é uma bomba calórica...

Olhei rapidamente pra ela antes de pegar minha mochila e colocar nas costas.

— Bom dia garotas! – Meu pai se juntou a nós na cozinha.

Finn Casey. – Meu pai era o homem mais gentil que eu já havia conhecido. Diferente da minha mãe, nos tínhamos uma boa relação, ele sempre me compreendia.

— Finn... Bom dia! – minha mãe respondeu sem olhar pra ele.

Algo me dizia que alguma coisa estava estranha entre os dois. Eu não sabia exatamente o que, mas eles não pareciam ser os mesmos um com o outro.

— Bom dia papai, eu já vou indo. – falei.

— Não vai comer nada?! – Ele indagou.

— Perdi a fome! – Olhei em direção a minha mãe que agora mexia em seu celular enquanto tomava seu suco natural.

— Quer uma carona? Eu já já estou saindo para o trabalho... – Perguntou atencioso.

— Não, eu vou caminhando com a Izzie. – me despedi dos dois e sai apressada.

Como eu morava na mesma rua da Izzie, ficava esperando ela em frente à minha casa. – Ela não demorou nem dois minutos para aparecer.

— Você não sabe o que aconteceu! – Izzie falou ansiosa.

— O que, Izzie? – perguntei curiosa.

— O Brian Mendes me convidou para o baile de boas vindas!

— Sério? – indaguei rindo.

Izzie estava extremamente vermelha de vergonha.

— Não tem graça! Você sabe que eu nunca sei o que dizer pra ele.

— Mas você aceitou? – perguntei ainda curiosa.

— Sim. Eu não teria forças pra rejeitar! Meu irmão sabe, só espero que ele não tenha forçado o Brian a fazer isso porque é amigo dele!

— Acha que o Guss faria isso? Claro que não Izzie!

— Você sabe que o Guss é extremamente protetor comigo, e que naquele colégio eu vivo na sombra dele! Não quero que ele force alguém a me levar no baile por pena! – Izzie falou séria.

— É tão difícil acreditar que o Brian te achou interessante e quer sua companhia no baile?

— É claro que é difícil! Ele é popular, eu sou só mais uma garota que passa despercebida pelos corredores. Tem tantas líderes de torcida que ele poderia chamar...

— Mas ele convidou você! Desencana Izzie!

— Tá, vou tentar!

— Também tenho uma coisa pra contar...! – falei sorrindo.

— O que?

— O Guss me convidou pra ir ao baile!

— Até que enfim! – Izzie disse rindo, ela não parecia surpresa. – Ele já tinha que ter feito isso a muito tempo.

Caminhamos mais um tempo até chegar no colégio.

O colégio hoje estava um burburinho de conversas além do normal, com o dia do baile de boas vindas se aproximando, não se falava em outra coisa.

Lindsay e suas “amigas" vinham vindo pelo corredor quando eu e Izzie pegavamos nossos livros no armário.

— Como será a vida dos perdedores?! – Lindsay falou alto enquanto passava por nós, ela me olhou com deboche e depois riu com suas amigas.

— Imagina a cara dessa vadia quando ver você no baile com o meu irmão! – Izzie riu e eu balancei a cabeça.

— Ela vai ficar furiosa, você sabe que a Lindsay é apaixonada pelo Guss!

— Sei que vocês duas são! – Izzie sorriu provocadora e eu revirei os olhos.

Caminhamos pelo corredor até Izzie entrar na sala de aula, eu caminhei um pouco mais e duas salas depois entrei na sala de literatura.

Logo vi um grupo de cinco meninas reunidas perto da janela. Elas pareciam olhar algo lá fora, falavam baixo entre risadinhas.

Uma delas notou minha presença ali e fez um sinal para que eu fosse até elas do outro lado da sala de aula.

Quando cheguei mais perto da janela, consegui ver o que elas olhavam, ou melhor, quem.

O tal Elliot estava do lado de fora, estacionando uma moto que presumir ser dele.

— Ele não é um gato? Meu Deus! – uma delas falou suspirando.

— Nos conte tudo o que sabe sobre ele! – A garota que havia me chamado falou me olhando.

— Não tenho nada pra contar! – respondi. Elas me olharam sem acreditar.

— Fala sério! Nós sabemos que você fez o tour com ele...

— E que vocês chegaram juntos e atrasados na aula. – uma delas disse maliciosamente.

— Eu fiz o tour! Mas foi só isso. Não conversamos sobre nada que não fosse o colégio e pra ser sincera, achei ele bem idiota! – falei grosseiramente. – Agora se me dão licença, eu vou para o meu lugar.

Francamente! Ter que escutar essas baboseiras sobre esse idiota. Se elas soubessem como ele é um babaca, não estariam tão interessadas nele.

As aulas se passaram lentamente, como um dardo sonífero. Mas o intervalo logo veio e eu e Izzie nos sentamos escondidas em um dos corredores da biblioteca.

Contei pra ela sobre as garotas enquanto ela devorava um pacote de salgadinhos e eu terminava um desenho da praia de Los Angeles.

— Essas garotas.... Mas você poderia ter sido mais gentil, chamar o garoto de idiota assim na cara dura! – Izzie riu.

— Ele é um idiota! – afirmei com toda certeza.

— Seu desenho está ficando lindo... Mais um pra pasta que você não mostra pra ninguém?! – Izzie indagou.

— Eu mostrei pra você!

Desenhar era minha paixão, amava registrar imagens na minha mente e depois passar elas para o papel. A lembrança de cada detalhe vinha a minha mente enquanto eu desenhava.

— Deveria mostrar para o mundo! Seus desenhos são incríveis, o que mais me admira é que você só desenha aquilo que acha belo. – Izzie falou admirada me deixando com vergonha.

— Não exagera vai!

As aulas seguintes passaram rápidas também. – Mas a última – de química. – pareceu durar uma eternidade. E como se não bastasse o professor ser um chato, ele ainda manteve os pares de laboratório. Resultando em Elliot Rey sentado ao meu lado.

Como se tudo isso já não bastasse, ainda tive que ver a Lindsay quase pular em cima do Guss.

Assim que terminei aqueles exercícios chatos pra caramba, voltei a atenção para o meu desenho. – Mesmo sabendo que o professor detestava coisas paralelas a aula dele.

Fiquei tão focada no desenho, que me esqueci que Elliot estava ao meu lado. E só me dei conta disso quando a cabeça dele estava tão próxima da minha que se eu virasse para ele, nossas testam bateriam uma na outra.

— O que merda você tá olhando?! – indaguei baixo, fechando meu caderno com pressa.

— Ei, calma irritadinha! – Ele sorriu. Seu olhar pairou sobre meu caderno onde estava o desenho.

— Sabia que é muito feio espionar as pessoas?! – falei irritada.

— Ser mal educada também é muito feio! – Ele retrucou.

Continuei olhando pra ele com irritação, até ele sorrir debochado e eu virar meu rosto bruscamente para o outro lado.

Que garoto irritante! – se eu olhasse por mais dois segundos para aquele sorrisinho dele, tenho certeza que perderia toda minha paciência.

Olhei na direção onde o Guss estava sentado, e percebi que ele já olhava pra mim antes.

Assim que a aula terminou ele veio até mim. – Elliot ainda estava perto arrumando o material na mochila.

— May... Posso falar com você? – Guss perguntou sério.

— Claro... Vamos? – coloquei a mochila nas costas.

— Guss? – Lindsay chamou ele enquanto ela saía na frente.

— Depois eu falo com você, Lindsay!

— Guss falou e ela o encarou não acreditando que ele havia dito aquilo.

Fomos caminhando até sairmos da sala. – Já no corredor a uma distância boa da sala Guss começou a falar.

— Aquele garoto May... Ele tá te incomodando? – Ele perguntou preocupado.

— O que? O Elliot? – indaguei absorvendo a pergunta.

Por mais irritante que o Elliot fosse, ele nunca havia me ofendido... Pelo contrário, eu simplesmente não gostava dele e já havia xingado ele de idiota mais de uma vez.

— É May! Se ele tiver incomodando você, é só me avisar!

— Não Guss! – falei de imediato.

— Eu vi ele bem próximo de você na aula... Tem certeza?

— Absoluta! Ele só estava vendo um desenho meu...

— Desenho? Você mostrou um desenho pra ele? Você nunca mostra pra ninguém.... – Ele ia continuaria a falar até sermos interrompidos por Lindsay mais uma vez.

— Guss?! Eu realmente quero falar com você! – Ela olhou pra ele como se eu nem ao menos estivesse ali.

— Vai Guss! – sorri compreensiva pra ele.

Por mais que eu não gostasse dela, não me rebaixaria ao nível de mendigar atenção do Guss.

— Te vejo depois, May! – Ele apertou minha bochecha com carinho como sempre fazia.

Lindsay me olhou com desdém enquanto via a cena. – Fui até meu armário guardar meus livros, e também com a esperança de encontrar Izzie para irmos juntas pra casa.

— Ainda bem que eu encontrei você! – Sam Scott parou bem ao meu lado ajeitando os óculos nervosamente.

— O que houve Sam? – indaguei fechando a porta do armário.

— Reunião do grêmio! Agora, urgente.

— Ele ajeitou os óculos mais uma vez.

— Tá bom... Eu só preciso avisar a Izzie...

— Não dá tempo. Estamos enrolados com os últimos detalhes do baile, a reunião precisa ser agora!

— Tá bom! – falei e logo saímos daquele corredor indo até uma sala de aula vazia que usamos para as reuniões do grêmio e coisas relacionadas a isso.

Mandei uma mensagem para Izzie no meio desse trajeto.

Reunião do grêmio, pode ir pra casa sem mim!”

Boa sorte com esses malucos!” – Ela respondeu.

— Bom tem duas coisas importantíssimas que preciso anunciar! Na verdade, são duas notícias, uma boa e a outra ruim... Qual vocês escolhem primeiro? – Sam indagou nervoso.

Além de mim e Sam, haviam mais duas garotas e dois garotos que faziam parte do grêmio. Todos nós estávamos sentados enquanto Sam falava agitadamente em pé.

Nós nos entreolhamos e nos decidimos pela notícia ruim primeiro.

— A ruim, pode dizer Sam! – O garoto ao meu lado falou.

— Bom, todos vocês sabem que eu sou presidente do grêmio desde o primeiro ano... – Ele ajeitou os óculos – Nenhum aluno desde então se interessou pelo cargo o suficiente para haver votações no colégio... Bom até esse ano!

— O que? – uma das garotas indagou confusa – Alguém quer o cargo?

— Alguns alunos, que o diretor não quis me dizer quem são, foram até ele e reivindicado o direito de ter uma eleição para o grêmio na escola esse ano! – Sam mexeu tão nervoso em seus óculos que pensei que ele quebraria o objeto.

— Isso é sério?! – perguntei inconformada.

— Não podemos acreditar nisso! – a garota disse.

Um falatório entre nós começou na sala. Todos indignados.

Ninguém nunca quis o cargo de presidente do grêmio, e dificilmente um aluno iria querer fazer parte disso.

— Acalmem-se! Nós vamos concorrer mais uma vez... – Sam falou.

— Temos que descobrir quem foi reivindicar isso para o diretor! Porque provavelmente é essa pessoa quem vai concorrer conosco... – o garoto disse.

— Eu sei... Vamos dar um jeito! Precisamos focar nas nossas campanhas eleitorais e em fazer um baile de boas vindas espetacular! – Sam disse. – Mas agora... A notícia boa!

— Nos conte! Precisamos de uma luz. – a outra garota disse.

— Eu já volto! – Sam saiu da sala e todos nós nos entreolhamos sem entender nada.

Cinco minutos depois ele rompeu pela sala acompanhado de mais uma pessoa. Elliot.

Olhei de Sam pra ele sem entender.

As duas garotas falavam baixinho entre si enquanto riam.

— O Elliot vai fazer parte do grêmio juntamente conosco! – Sam anunciou sorrindo.

— Isso é sério? – indaguei com indignação. – Cadê a notícia boa? – ironizei.

Elliot me olhou sorrindo com deboche.

— Não precisa transparecer tanta satisfação, Rosemary. – Ele disse de maneira irritante.

— É Rose May, idiota! – corrigi meu nome, que eu sabia que ele havia errado de propósito.

— May! – Sam me repreendeu. – O Elliot tem um histórico de notas muito boas no colégio que ele veio! Ele pode ser uma ajuda e tanto para nós, ainda mais nesse momento.

— Concordo com o Sam! – uma das garotas falou se levantando. – Toda ajuda nesse momento será bem vinda! – Ela sorriu para o Elliot.

Olhei pra ela sem acreditar, mas ela estava concentrada demais em olhar para aquele idiota.

— Eu também concordo! – a outra se manifestou concordando e sorrindo também.

— Se o Sam acha uma boa ideia... – o outro garoto concordou sendo acompanhando pelo amigo que estava ao seu lado.

Era só eu em oposição, sabia que havia perdido e que agora teria que aturar ele no grêmio.

Era quase uma perseguição.

— Não tem outro jeito, não é?! – falei insatisfeita.

A reunião logo acabou, e Sam anunciou que íamos nos reunir com mais frequência para fazer a nossa campanha eleitoral.

O colégio já estava vazio quando saímos pelo corredor.

Eu teria que ir caminhando sozinha já que Izzie havia ido embora bem antes e a reunião demorou bastante.

Pensava em como lidaria com aquele idiota agora no grêmio. Tentaria ao máximo evitar ele.

E só foi pensar nele que voltamos a nos encontrar, ele estava com um capacete na mão e parecia se preparar para subir na moto.

— Vai sozinha? – perguntou quando eu já estava a certa distância dele.

— É o que parece, não?! – ironizei.

— Se você não fosse tão mal educada eu te daria uma carona.

— Eu não aceitaria uma carona sua nem que sua moto fosse o último veículo da terra!

Ele sorriu.

Um maldito sorriso, que eu achava bonito demais em alguém tão idiota como ele.

Me virei e voltei a caminhar pra casa. – Esse garoto me fazia perder toda paciência. Sabia que era proposital e que ele gostava de me ver irritada.

Babaca.

 


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Notas finais do capítulo

Faça uma autora feliz, comente! ♡

Ps: gente gostaria de fazer um pedido à vocês. Se vocês estiverem gostando da história, pelo menos favoritem ela, eu sei que nem todo mundo comenta, mas de alguma forma eu preciso saber se vocês estão gostando e querem que eu prossiga.

É isto.

Até o próximo, beijos ♡



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