Girl – Rose May escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 27
Broken hearts.


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, tudo bem?

Lembram de mim? Acho que sumi por muito tempo né? Se alguém ainda estiver por aqui saiba que sou muito grata a todos que acompanharam e acreditaram nessa fanfic. Graças a uma leitora que me chamou no Instagram decidi terminar as minhas histórias que estão em aberto, então se alguém ainda estiver aqui, deixa um comentário ♡
▪︎ desculpa se houver erros, podem passar na hora da edição.



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Meus pensamentos me levam diretamente para ele – estou absorvida dentro dos momentos que vivemos e me perguntando se um dia meu coração vai estar menos partido do que agora.

— Em May? O que você acha? – Izzie indaga me arrancando dos pensamentos. Ela, Briana e eu estamos na lanchonete aproveitando meu último dia de ano letivo.

A formatura já é amanhã e me sinto nostálgica e ansiosa.

— O que? – não consigo disfarçar minha falta de atenção.

— Você realmente tá no mundo da lua em?! – Izzie diz, mas seu tom é leve – Ainda é sobre o Elliot?

— indaga e sinto um desconforto no peito

— Ele ia me dizer algo no dia do trabalho de química... – digo me recordando do momento.

— May se você realmente gosta dele...

— Izzie eu não..

— Você sim! Eu te conheço. Tá apaixonada...

— Eu estou. – confesso sentindo um nó na garganta.

— Uma vez você me disse que eu deveria ser sincera e corajosa sobre os meus sentimentos - ela faz uma pausa e olha para Briana, as duas trocam sorrisos. – Se não fosse você nós não estaríamos aqui!

— Mas ele vai embora... – digo e não sei se vou conseguir segurar as lágrimas.

— Eu sei, mas o que você vai fazer com todo esse sentimento? Vai ficar esperando ele ir e se arrepender?

Sinto uma enorme vontade de levantar e sair correndo. Ir até ele e dizer tudo o que sinto. Falar como estou morrendo de saudades de estar em seus braços, ou como sinto falta do jeito que ele implica comigo. – É no momento que decido me levantar que a porta da lanchonete se abre. Meu peito se enche de uma esperança desconhecida quando imagino que seja ele. – Me recordo da primeira vez que o vi aqui – esbarramos um no outro e foi implicância a primeira vista. – Mas o rosto familiar que eu vejo não é o dele, e sim do Guss.

Ele vem até nossa mesa – Izzie muda o rumo do assunto rapidamente e ficamos por ali mais uma hora. Por vezes meus pensamentos me traem e volto a Elliot.

Guss se oferece para me levar em casa e eu acabo aceitando. – Izzie diz que ela e Briana ainda vão dar uma volta e planejar como contar sobre o namoro para os pais dela. – Guss já sabe e apoiou ela totalmente.

O silêncio dentro do carro é reconfortante, o tempo esfriou e parece que vai chover, Guss nota que tento aquecer minhas mãos esfregando umas nas outras e liga o aquecedor. – Sorrio em agradecimento para ele.

As pequenas coisas é que me fazem ver o quanto ele me conhece. – E nesse momento entendo o porquê me apaixonei por ele. – Mas as lembranças dolorosas do ano letivo me fazem entender o motivo de não estar mais apaixonada.

E por mais que ele tenha me machucado, consigo estar grata por todos esses sentimentos, se não fosse por ele eu não teria percebido o que se passa na minha mente agora: Eu amo o Elliot.
Eu amo. – exatamente assim, simples e ao mesmo tempo complicado. – Com ou sem distância. – E por mais que ele me diga que não acredita no amor, eu não acredito nele. Porque toda vez que ele me olha, eu sei que ele também me ama.

Só quando o carro para na frente da minha casa é que noto o olhar de Guss sobre mim.

— May? – ele me chama carinhosamente.

— Guss. – digo o nome dele e sorrio.

— Sei que talvez você não esteja pronta, mas eu quero que saiba que eu posso te esperar. – ele diz e sinto meu coração acelerar. Mas não por paixão, e sim por medo de partir o dele.

— Eu nunca vou pedir isso pra você.

— Eu estou oferecendo.

— Não posso. – digo e ele pega minhas mãos e coloca entre as suas.

— Eu sei que você vai pra NYC, mas eu vou estar em LA, mesmo distante posso cuidar de você... – ele começa, mas eu interrompo.

— Não é pela distância, e você sabe. – digo respirando fundo.
Tristeza passa pelo seu olhar – nossas mãos ainda estão unidas. – Ele suspira.

— Você gosta dele, não é? – indaga, demoro para responder.

— Sim.

Sinto que nem sempre a verdade nos trás conforto, mas eu tinha que fazer isso. – Guss é meu amigo, desde sempre. – Ser sincera é tudo o que posso fazer por ele agora.

— Eu demorei demais pra enxergar que estava apaixonado por você.

— Não Guss. – digo com suavidade. – Ele só me viu primeiro. Eu sempre estive aqui.

— A culpa é minha.

— Isso não importa. – solto minhas mãos das suas suavemente.

— Acha que um dia...? – Ele diz mas as palavras fogem.

— Não posso te dizer isso. – digo com um sorriso doloroso. – Eu estava apaixonada por você. Mas hoje você é o meu amigo Guss. De infância, desde sempre. – ele sorri e eu o abraço, lágrimas escorrem pelo meu rosto.

— Eu sinto muito por perder você.

— Eu ainda estou aqui.

— Mas não estará pra mim.

Quando saio do carro um sentimento de alívio se apodera de mim. – Ter colocado um ponto final nisso foi doloroso, mas libertador.

Minha audição me trai e penso ter ouvido o barulho de uma moto ao longe. – Poderia ser o Elliot.

— Mas logo me convenço de que é apenas coisa da minha imaginação.

Enquanto caminho até a entrada de casa sinto a primeira gota de chuva cair nas minhas bochechas, como se fosse lavar os sentimentos que já se foram.– Não olho para trás enquanto Guss vai embora. – Ele tem que ir.

“Sei que íamos ao baile juntos, mas preciso fazer isso sozinha.” – Ross May.

“Eu entendo, tudo certo.” – Guss.

Olho o visor do celular entre minhas mãos e respiro fundo. – Ter decidido ir ao baile sozinha pareceu precipitado, mas necessário.

Eu sempre tive medo de ser vista, mas esse é meu último dia naquele colégio, e eu preciso parar de me importar com o que vão pensar de mim.
Quando Guss me convidou no começo do ano letivo para o baile de boas vindas – e ocasionalmente me deu um bolo – eu achei que era culpa minha. Mas não foi. Achei que era insuficiente, mas não sou. – Eu sou suficiente e ir a esse baile tem que ser por mim.

— Acho que fiz a coisa certa.

O dia amanheceu tranquilo. – como qualquer outro. – Exceto pela minha mãe com os nervos a flor da pele invadindo meu quarto.

— Nem acredito que você se forma hoje! Meu bebê cresceu. – os olhos dela estavam cheios de emoção.

— Mãe ainda tá muito cedo! – reclamo enquanto me mexo na cama.

— Mas nós temos tantas coisas pra fazer! Estou ansiosa.

— Parece até que é a senhora que vai se formar. – digo rindo.

— É ainda mais emocionante do que a minha formatura!

Passamos o dia juntas. – ela me convenceu a ir ao salão e ter um dia de “garotas” como ela mesmo chamou. Não poderia negar isso, logo estarei indo embora e sei o quanto vamos sentir falta uma da outra. Nossa relação mudou tanto desde o divórcio dela e do meu pai.

Voltamos pra casa e eu já estava me enfiando dentro do vestido. – Um vestido preto simples, que parava na metade das minhas coxas, era soltinho e de manga média. – Optei por algo simples, pois hoje era apenas a formatura, o baile seria amanhã.

— Filha! – ouvi ela me chamar do andar de baixo – vamos nos atrasar.

Olhei meu reflexo uma última vez no espelho e saí do quarto.

“Contei pra minha mãe sobre meu namoro com a Briana antes do baile. A formatura do Guss vai estar num clima de enterro. Espero que ele me desculpe.” – Izzie.

Recebi uma mensagem da Izzie enquanto eu e minha mãe estávamos no carro.

“O que houve? Estou preocupada” – Rose May.

Toda hora eu olhava o celular pra ver se ela havia me respondido, mas nenhuma mensagem chegou.

Estacionamos no colégio e minha mãe me entregou minha beca – estava bem embalada e passada. – íamos colocar ela no colégio.

— Eu já estou emocionada! – ela disse me abraçando e segurando as lágrimas.

— Mãe! – digo rindo.

Adentramos no colégio e muitos pais e alunos circulavam pelos corredores. – Fomos até o local da formatura e tudo estava perfeitamente decorado como planejamos e fizemos. – Senti orgulho de toda equipe do grêmio e um aperto no peito pensado que não estaríamos mais juntos.

Minha mãe se acomodou no lugar reservado a ela e vi que o outro lugar ao lado estava reservado para o meu pai. – Meu corpo ficou tenso mas ela sorriu pra mim e aquilo me tranquilizou.
Caminhei até o banheiro feminino para colocar a beca e antes que eu pudesse chegar até lá recebi uma mensagem.

Peguei o celular rapidamente pensando finalmente ser Izzie.

“Última reunião do grêmio, na nossa sala AGORA!” – Sam Scott.

O Sam deveria estar surtando – Foi o que pensei antes de sorrir e admitir que sentiria falta até dele.

Caminhei até a sala do grêmio e empurrei a porta. – Estava vazia, fui a primeira a chegar.

Coloquei a beca esticada em cima da mesa e me encostei na carteira. – Olhei em volta e tive certeza que isso tudo me fez feliz.

O barulho da porta se fechando novamente me tirou dos pensamentos, me virei automaticamente pra direção e encontrei os olhos azuis mais intensos e bonitos que eu já tinha visto.

Elliot estava simplesmente lindo. – um suspiro saiu dos meus lábios apenas por olhar pra ele. – Suas roupas habituais foram substituídas por algo mais social, que também ficava perfeito nele.

A calça de alfaiataria preta e a blusa social branca – que ele dobrou até os cotovelos e deixou alguns botões abertos – caiam perfeitamente bem nele.

Ele estava sério, o olhar intenso pairava sobre mim. – Em silêncio ele deixou sua beca posicionada ao lado da minha e ficou de frente pra mim.

Eu queria quebrar aquele silêncio. – Mas não sabia como. – Tinha medo de nos dois termos nos tornamos estranhos um para o outro.

Nossos celulares vibraram ao mesmo tempo. – Nos entreolhamos e focamos nas telas.
“Essa reunião é só pra vocês dois. Se resolvam.” – Sam Scott.

— É do Sam? – perguntou.

— A sua também né?

— Ele tá bancando o cupido agora? – Elliot deu aquele sorriso irônico que eu tanto senti falta.

— Talvez. – digo. – Mas eu acho que preciso te dizer uma coisa...

— Eu já sei. – ele me interrompe bruscamente.

— Mas eu nem falei nada ainda! – digo e noto seu olhar irritado.

Porque ele tá bravo comigo? É ele que vai embora pra outro país!

— Nem precisa dizer! – Elliot me olha com intensidade. – Eu sou um idiota. – Ele passa as mãos pelos cabelos, que agora estão maiores e ainda mais bonitos.

— Do que você tá falando Elliot?

— É sério Rose May?

— Você tá irritado comigo? Foi você quem terminou! – digo sentindo a irritação subir. – Você quem quis assim!

— Eu não queria partir seu coração!

— Não. Você não queria partir o seu coração! Porque estava com medo. Com medo de se apaixonar por mim! – digo e só aí percebo o quão próximo estamos. É como se nossos corpos se atraíssem.

— É verdade! – ele diz finalmente. – Mas você fez isso mesmo assim, porque só você poderia fazer isso, partiu meu coração. – Elliot diz e eu o encaro com tanta intensidade que sinto meu coração bater em todos os lugares do meu corpo.

Ele está confessando que está apaixonado por mim? – Mas porque eu partir o coração dele?

 

— O que...? – digo surpresa.

— Eu vi você e o Guss ontem. No carro. – ele diz e seus olhos estão em tons de azuis mais escuros.
Eu estava certa. Tinha ouvido realmente a moto dele. – Mas ele entendeu tudo errado.

— Você foi atrás de mim ontem?

— Fui. – ele confessa e sinto a distância maior entre nós.

Eu começo a rir. – Elliot me olha irritado e depois sem entender. – devo estar parecendo uma louca nesse momento.

Mas porque isso tem que ser tão complicado?

— Não tem a menor graça Rosa May...! – ele me olha sério. – Eu sei que você vai pra LA com o Guss e... – eu o interrompo.

— Eu não vou pra LA! Nem sozinha e nem com ele. – digo de uma vez, ele me olha surpreso. – Acha que eu poderia estar com ele estando apaixonada por você? – digo sentindo meu rosto esquentar de vergonha.

Ele se aproxima de mim. – Seus olhos procuram os meus atrás da verdade. – Parece que meu peito vai explodir pelo jeito que meu coração bate. – A respiração dele está próxima da minha e eu sinto tanta saudade de estar com ele que chega dói.

— O que você disse? – diz baixinho. Sua voz me envolve. – Tá falando sério? May...

— Sim. – minha respiração é um suspiro. – Não importa se você vai estar em outro país... – começo a dizer e seu olhar sustenta o meu. – a gente ainda tem tempo, e mesmo quando você e eu não estivermos mais juntos, eu ainda vou estar apaixonada por você. Completamente... Eu não posso deixar você ir sem saber disso. – ele não diz nada por um tempo e eu começo a pensar que deveria ter calado a boca.

— Você não faz ideia do que eu fui fazer na sua casa ontem, não é? – ele diz quando eu desvio o olhar.

— O que? – pergunto voltando a fita-lo.

— Eu pensei que mesmo que você fosse pra LA, eu ainda conseguiria te ver... Não vou mais pra Londres, uma garota me fez ver que eu deveria seguir meu sonho.

— Elliot...

— Recebi uma proposta pra estudar e estagiar como fotógrafo em NY. – ele diz sorrindo.

— Você tá brincando...? – meus olhos enchem de lágrimas.

— Eu estava esperando a resposta deles, recebi ontem a noite e assim que sai do trabalho fui contar pra você... – Simplesmente não consegui formular uma frase, me joguei nos braços dele no abraço mais sincero e apertado que eu já tinha dado em alguém.
Suas mãos envolveram minha cintura com firmeza – meus braços estavam entrelaçados no pescoço dele. – Ficamos assim por um tempo, eu não queria soltar ele. – Senti sua respiração na curva do meu pescoço e arfei, ouvi ele rir.

— Sabe o tanto que eu senti a sua falta? – escutei ele dizer. – May, não dá... Simplesmente não dá pra não se apaixonar por você.

Desfiz o abraço e olhei nos olhos dele. – Eu tinha escutado mesmo aquilo? – Me mantive próxima dele.

— Tá querendo dizer...?

— Você ganhou garota. – ele sorriu, e que sorriso. – Eu sou apaixonado por você. – ele me puxou pela cintura diminuindo qualquer distância entre nós.

— Não é você que não acredita no amor, Elliot? – digo sorrindo pra ele.

Sinto que ele vai me beijar, e como eu espero por isso.

 


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Notas finais do capítulo

Falta apenas alguns capítulos + epílogo para a conclusão dessa fanfic. Bom, se você leu e gostou, me avisa ♡
Vamos conversar? @sterszc
Beijos.



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