The Princess and The Warrior escrita por CaptainFangirl


Capítulo 11
An Old Friend




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P.O.V Regina

Aqui estou eu na porta do quarto da Emma esperando ela vestir algo enquanto repasso nosso beijo, se você me falasse no começo da chegada da Emma que eu eventualmente estaria nessa situação eu diria que a pessoa estava completamente louca, eu nunca parei para pensar na minha amizade com a Emma, nunca parei para pensar o porquê eu não gostava de dividir a atenção dela apesar de eu a achar extremamente irritante, mas agora eu sei perfeitamente o motivo que fico irritada com a ideia daquela Elsa roubar a Emma de mim, mesmo que eu ainda não esteja preparada para admitir em voz alta, o meu medo principal ainda permanece, tenho medo de dar errado com a Emma e perder ela de vez na minha vida, mas está ficando cada vez mais difícil negar o quanto gosto da sua presença.

Eu estou no mínimo curiosa sobre a Elsa, mas esse é o único tópico que a Emma faz questão de não falar sobre eu sinto que tem muito mais sobre a história dela do que ela me contou, mas a coisa que eu mais quero saber é o que eu menos tenho coragem para perguntar, não sei se devo ver Elsa como competição pela Emma, não sei o quão próximas elas realmente são.

— Para sua tristeza princesa, estou devidamente vestida. – A voz de Emma me tira dos meus pensamentos, eu jamais admitira em voz alta, mas ela está correta, definitivamente prefiro ela vestindo a roupa de treino do que qualquer outra coisa.

— Muito engraçado Swan. – Falo antes de seguirmos até onde minha mãe está me esperando, o que me faz lembrar de algo. – O que você estava falando com a minha mãe ontem? – Ela parece ter sido pega de surpresa com a minha pergunta.

— Ela veio me falar pessoalmente que eu estava convidada para permanecer aqui até o torneio, que eu sou uma ótima influencia para você claro. – Reviro os olhos com o último comentário, ela pensa um pouco antes de continuar quase como se estivesse debatendo se deveria me contar. – Não sei se eu deveria contar, mas ela também deixou subentendido que gostaria que eu fosse uma das suas conselheiras quando você assumir o trono.

— Por quê? – É a primeira coisa que consigo falar incrédula com a revelação, Emma parece ofendida com a pergunta.

— Bom eu passei os últimos anos como uma das conselheiras da rainha Elsa, não posso falar exatamente o que eu fazia, mas eu era muito boa. – A ideia da Emma sendo uma das responsáveis pelo funcionamento de um reino definitivamente é algo que eu não esperava. – Fora que conforme eu falei eu impedi uma guerra.

— Se entregando como refém. – Eu completo.

— Foi uma jogada política princesa. – Ela fala e eu apenas arqueio minha sobrancelha. – Me diga o que você faria, Zelena, que nesse exemplo ainda é a próxima na linha de sucessão, fez algo com um reino que historicamente é recluso e a frágil relação que vocês tem fica abalada, o reino em questão poderia causar problemas pois são mais especialistas em magia que o seu reino, pedir ajuda de reinos vizinhos levaria tempo e poderia te custar a guerra, ao mesmo tempo que o reino vizinho depende de você para alimentos já que por ser um lugar mais afastado e com um clima mais extremo as colheitas não são tão produtivas quanto as do seu reino, vocês chegam em um acordo, mas mesmo assim tem desconfianças dos dois lados, o que você faria?

— Não sei, mas não sei como me render como refém seria a solução. – Falo frustrada depois de pensar sem sucesso em uma resposta.

— Bom, eu já tinha uma certa familiaridade com a Elsa na época, então eu era o ponto em comum entre os dois reinos, eu ir para Arendelle garantiria que meus pais não atacassem, até porque eu estaria lá, e também teria alguém para ficar de olho na Elsa e reportar caso ela tivesse alguma intenção de seguir com a guerra. – Quando ela explica dessa forma faz sentido, mas ainda me sinto desconfortável com a ideia da Emma presa em outro reino.

— Como você conhecia a Elsa antes de tudo isso? Ou vai me dizer que isso é mais um dos seus mistérios e não pode me contar? – Ela ri com a minha segunda pergunta.

— De certa forma eu conheço a Elsa desde criança, quando os pais dela eram vivos e a relação entre meu reino e Arendelle era, vamos dizer, mais solida do que era em reinados anteriores a gente se encontrava em visitas, mas nada que eu me lembre muito, eu era muito nova. – Me pergunto como eu nunca conheci a Elsa já que ela visitava Emma com frequência, mas quase como se estivesse lendo minha mente Emma continua. – Teve um período que Arendelle fechou, eles não nos visitavam e a corte estava totalmente fechada então perdi o contato com as princesas até que um dia, quando estava caçando com meu pai e meu irmão, encontrei a princesa Anna cercada na floresta um dia, aparentemente ela tinha decidido que iria conhecer o mundo e fugiu do castelo. – Ela ri com a lembrança.

— Foi aí que Graham se apaixonou por ela? – Pergunto curiosa.

— Talvez tenha começado aí, mas não foi esse o momento que deu a confusão. – Ela me responde antes de continuar. – Enfim, ajudei ela com os lobos e a levei de volta para Arendelle, foi a primeira vez que voltei para lá desde que a corte foi fechada, foi durante a viagem que causou a morte dos pais das princesas então era Elsa que estava encarregada do reino até a volta deles, ela ficou agradecida e me convidou a passar alguns dias lá e eu aceitei e foi isso.

— Você lutou contra lobos? – Pergunto ainda surpresa com essa parte.

— Não diretamente, mas sou muito boa de mira. – Ela fala com um sorriso convencido.

— E também muito convencida. – Resolvo provoca-la um pouco. – Como que é a Elsa? – Ela parece surpresa com a minha pergunta. - Bom preciso saber com quem estou lidando.

— Faz sentido. – Ela fala antes de pensar um pouco. – A Elsa pode ser fria e desconfiada com quem ela não conhece, ela acaba sendo assim com a maioria das pessoas porquê ela é bem fechada em relação pessoas, mas conforme você conhece ela percebe que ela é bem legal, em alguns pontos me lembra você em alguns momentos. – Arqueio a sobrancelha e cruzo os braços com a última frase. – Eu acho que ou vocês vão se dar muito bem ou eu vou ter que ficar no meio para impedir que você tente derreter ela e ela tente te congelar. – Ela fala me deixando ainda mais indignada.

— Pode ter certeza que ela nem teria tempo de tentar me acertar antes de virar uma poça de água. – Emma ri com a minha resposta. – O que é tão engraçado Swan?

— Depois eu que sou convencida não é princesa? – Sua resposta me pega desprevenida me deixando envergonhada. – Mas não duvido que você fosse capaz de ganhar. – Ela fala com uma piscada no final.

Nós estamos chegando ao nosso destino e tem apenas mais uma pergunta em minha mente, me acho extremamente boba por estar com isso na cabeça, mas não consigo evitar.

— Ela é bonita? – Pergunto encarando o chão com um pouco de medo da resposta.

— Não tanto quanto você, mas sim ela é bonita. – Ela responde. – Mas quero deixar registrado que você segue sendo a mulher mais bonita de todos os reinos princesa. – Meu coração acelera com a sua resposta.

— Você deve dizer isso para todas. – Falo tentando não deixar mostrar o quanto o comentário da Emma me desestabilizou.

— Que todas princesa? Você sabe que só tenho olhos para você. – Ela fala com o seu sorriso que me deixa completamente derretida.

— Você é terrível Swan, mas agora vai se comportar pois estamos quase chegando e minha mãe não pode desconfiar de nada. – Falo mordendo o lábio para esconder o sorriso.

— Assim você me magoa princesa, eu sempre me comporto. – Olho para ela arqueando a sobrancelha quando paramos na frente da porta. – Ei não esqueça que eu sou uma boa influência para você. – Reviro os olhos antes de abrir a porta.

— Regina, estava me perguntando se ia ter que ir atrás de você. – Minha mãe fala abaixando o livro. – E vejo que trouxe companhia. – Fala assim que vê a Emma.

— Majestade. – Emma fala com uma reverencia. – Me desculpe aparecer desavisada, mas serei breve. – A mudança no tom de Emma me pega de surpresa, eu acho que nunca a vi tão séria, não vou mentir que isso a deixa mais atraente. – Eu só vim avisar que a rainha Elsa confirmou presença para o torneio, sua irmã, a princesa Anna, também virá. – Apesar da minha mãe disfarçar bem ainda é visível a surpresa dela.

— Bom eu não estava esperando por isso, mas obrigada pelo aviso vou fazer os preparativos para acomoda-la. – Minha mãe responde com um sorriso. – Algo mais querida? – Emma parece nervosa com o que vai falar.

— Imagino que nem precisa ser dito, mas só para deixar tudo claro, considerando que eu estou a serviço de Arendelle eu cuidarei da rainha Elsa e da princesa Anna enquanto elas estiverem aqui. – Sinto um nó no estomago com a resposta da Emma, eu sei que isso é o obvio, mas ter a confirmação não me deixa menos desconfortável, não gosto da ideia de ter que dividir a Emma e sei que ela vai ter menos tempo para mim.

— Me parece justo, depois me fale o que vai precisar, quero deixar a rainha e a princesa o mais confortável possível considerando o clima do reino já será desconfortável para elas. – Emma apenas concorda e faz outra reverencia, dessa vez para nós duas, para se retirar. – Emma, espere, antes que você vá me responda uma coisa. – Minha mãe fala antes que Emma possa sair da sala. – Você mandou a mensagem para Elsa ontem e já recebeu a resposta, o quão habilidosa é a rainha Elsa com a magia dela?

— Ela boa, tem um bom controle da sua magia, imagino que aqui talvez não seja tão forte já que aqui é mais quente e não ter neve. – Ela responde de forma simples, como tudo que é sobre Elsa, ela não estende o assunto.

— E ela está completamente no controle agora? – Emma parece confusa com a pergunta. – Sua mãe me contou algumas coisas. – A loira ri com o ultimo comentário da minha mãe.

— Não duvido que minha mãe tenha te contato muitas coisas, guardar segredo nunca foi o forte dela. – Emma responde fazendo minha mãe rir. – Mas sim, agora ela está em completo controle, não tem nada que precise se preocupar. – Tem movimento sutil de desconforto na sua boca que chama minha atenção, mas resolvo ignorar por hora.

— Como assim agora? – Pergunto um pouco confusa.

— Princesa lembra da história que eu te contei uma vez quando a gente era criança que fez você ficar sem falar comigo porque eu te assustei? – Ela pergunta abafando um riso. – Sobre a rainha da neve e os dois irmãos. – Ela me relembra.

— Difícil esquecer, mas não entendo qual relação entre a história de terror para crianças e a sua rainha, além dos poderes de gelo claro. – Minha mãe ri com a minha resposta como se soubesse de algo.

— Arendelle é, ou melhor era um reino amaldiçoado, é dito que essa história é parcialmente real, enquanto na história que é mais conhecida eventualmente a irmã consegue salvar o seu irmão, no Norte nós temos uma outra versão, uma que é menos contada, a pedido de reis e rainhas passados de Arendelle. – Estou prestando atenção na história, mas novamente percebo ela mexer sua boca com desconforto. – Em resumo na versão nortista, a rainha queria Kai como seu marido, porém ele não queria, então ela forçou ele, através de magia, magia negra mais especifico, Gerda até tentou salvar seu irmão mas sem sucesso e acabou sendo morta pelo irmão, no fim a rainha ganhou, mas como você deve saber mais do que eu toda magia tem seu preço e devido a isso a linhagem da rainha foi amaldiçoada, e toda filha primogênita herdaria os poderes e a loucura da rainha da neve, por isso que Arendelle se isolou, a primeira geração sem filhas mulheres resolveu que era o melhor a se fazer e construiu um sistema em que todas as filhas primogênitas seriam mortas no nascimento. – Não consigo esconder meu espanto com a última informação.

— E isso realmente aconteceu? – Pergunto ainda incrédula.

— Sim, por muitas gerações, até que eventualmente parou de nascer primogênitas no reino, pelo menos era o que era dito, até os pais de Elsa, como se passou alguns séculos sem rainhas eventualmente Arendelle se abriu novamente, pelo menos para os reinos do norte, eles ainda se mantinham fechados para o sul, o pai de Elsa, que era o herdeiro do trono se apaixonou por uma mulher de um reino distante e se casou com ela, no momento do parto quando viu sua filha não conseguiu seguir a tradição e indo contra todos seus conselheiros resolveu manter a Elsa viva.

— Você esqueceu esse detalhe quando estava me falando sobre ela hoje mais cedo. – Respondo irritada.

— Se te conforta princesa a maldição já está quebrada. – Ela responde simplesmente.

 - E como ela foi quebrada? – pergunto curiosa.

— Infelizmente isso não posso falar princesa, inclusive acho que já falei mais do que deveria. – Ela fala a última parte mais baixo passando a mão nos seus lábios que parecem um pouco roxos.

— Está tudo bem querida? – Minha mãe pergunta indo em direção a Emma, provavelmente porquê percebeu a mesma coisa que eu.

— Sim, daqui a pouco passa. – Ela fala como se não fosse nada e minha mãe apenas arqueia sua sobrancelha, e vejo Emma fazer a mesma cara que ela faz para mim quando faço a mesma coisa enquanto parece debater internamente se deve ou não falar algo. – Eu tenho uma espécie de selo na minha boca que me impede de falar algumas coisas, por questões de segurança.

— E o que acontece se falar mais do que deve? – Pergunto e Emma da um sorriso sem graça.

— Congela minha língua. – Nem eu nem minha mãe conseguimos esconder a nossa expressão horrorizada com a informação. – No geral não é de imediato, acontece progressivamente então tenho alguns avisos de que estou passando do meu limite. – Ela completa tentando melhorar a situação.

— Isso não torna a situação melhor. – Respondo como se fosse obvio. – Você tem certeza que a maldição foi quebrada? Porque essa Elsa ainda parece louca para mim.

— Regina querida, não podemos julgar a cultura de outros reinos baseado na nossa. – Encaro minha mãe indignada com o comentário.

— E pra ser justa com a rainha Elsa ela ofereceu tirar o selo, mas eu achei mais conveniente manter, considerando o tipo de missões que eu fazia eu preferi a segurança de que não poderiam arrancar informações de mim, além de que se eu consigo usar isso a meu favor. – Estou começando a ficar irritada com a disposição da Emma de defender essa Elsa.

— Eu perguntaria que tipo de missões, mas imagino que você perderia sua língua. – Reviro os olhos e me afasto. – Você deveria ir Emma, tenho coisas para fazer.

— Majestade se puder ficar de olho na Regina para garantir que ela não vai jogar uma bola de fogo em mim eu agradeceria. – Escuto Emma falar para minha mãe, que ri do comentário, antes de se aproximar. – Princesa eu sei que você não vai concordar com todas as minhas ideias, e é isso que faz a gente funcionar tão bem, os opostos se atraem. – Ela fala mais baixo para minha mãe não ouvir, tenho que conter o sorriso, parece que estou perdendo a capacidade de ficar brava com a Emma. – Mas eu preciso que você saiba que não faço nada sem motivo e não conta para ninguém, mas eu finjo ser idiota como disfarce. – A última parte é um sussurro e dessa vez não consigo conter o riso. – Eu sei que você não confia na Elsa, e nem estou pedindo para você confiar, eu só preciso que você confie em mim.

— Você é uma grande idiota Emma. – Está ficando cada vez mais difícil resistir a vontade de beija-la. – Agora vai porque realmente tenho a minha aula, mas a gente se vê mais tarde. – Emma apenas sorri como resposta antes de se retirar.

— Bom, parece que Emma continua sendo seu ponto fraco. – Minha mãe fala com um sorriso divertido nos lábios quando estamos a sós. – A Emma é boa para você querida, deveria ser mais gentil com ela.

— Eu sou gentil, chamo ela de idiota de forma carinhosa, ela sabe disso. – A mais velha ri da minha resposta.

— Se você diz querida. – Ela responde antes de pegar um livro e abri-lo em cima da mesa. – Mas agora sem distrações, como você mesma disse, temos coisas para fazer. – Sinto que a tarde será longa até que eu consiga ver Emma.

 

P.O.V Emma

Depois de sair da sala fico meio perdida, não sei o que fazer com o resto do meu dia, a verdade é que esperava passar meus dias até o torneio treinando com Ruby ou passando tempo com a Regina, eu tinha voltado de uma missão antes dessa viagem então não tive tempo para me adaptar a calmaria ainda então estou agitada.

Decido dar uma volta pela cidade, faz tempo que não venho no reino talvez seja bom estar familiarizada com meus arredores, Anna diria que estou com paranoia pós missão, mas prefiro dizer que é precaução.

No fim das contas a cidade não mudou tanto, gosto daqui porquê as pessoas são bem animadas e calorosas, é um contraste bem grande com Arendelle, durante minha caminhada tenho uma sensação de estar sendo observada, continuo andando calmamente como se não tivesse percebido nada e a sensação continua, quando passo por um espelho consigo ver que tem alguém com um capuz me seguindo, resolvo que o melhor a se fazer é me afastar da aglomeração, começo a entrar em vielas para despistar a pessoa mas ela continua me seguindo, quando estou longe o suficiente entro em um vão para me esconder, felizmente sempre ando com a minha adaga então quando a pessoa finalmente chega onde estou e se distrai tentando me achar eu a pressiono contra a parede.

— Se eu fosse você falava de uma vez porque você está me seguindo. – Falo colocando a adaga em seu pescoço.

— Apenas saudade de uma velha amiga. – Reconheço a voz de imediato.

— Lily!? – Abaixo minha adaga ainda surpresa com a pessoa que está na minha frente.

— Achei que ficaria mais feliz de me ver loirinha. – Ela fala fingindo estar desapontada, mas com um sorriso no rosto.

— E estou, só não esperava te encontrar por aqui. – O choque inicial passa e tudo que resta é a felicidade de encontrar uma velha amiga. – Devo me preocupar com você causando problemas por aqui?

— E quando que eu já te causei problemas Emma? – Pergunta se escorando na parede.

— Quer mesmo que eu responda? – Ela ri com a minha resposta.

— Merida está prestes a voltar das ilhas do sul, e como nós vamos viajar juntas depois que ela reportar a missão resolvi encontrar ela no meio do caminho. – Ela respira fundo antes de continuar. – Inclusive foi bom a gente ter se encontrado tem algumas coisas que tenho para falar com você, mas melhor longe daqui, me siga. – Ela fala antes de sair andando e eu a sigo até uma pousada em um lugar mais isolado da cidade.

— Então, o que precisa me dizer? – Pergunto me sentando assim que chegamos no seu quarto.

— Os rebeldes estão praticamente extintos, porém Merida acredita que os que restaram pode tentar algo. – Ela fala enquanto nos serve vinho. – Talvez seja melhor você voltar para Arendelle. – Ela fala me entregando o como e se sentando ao meu lado.

— Ou não, preciso confirmar com a rainha Elsa, mas considerando que ela vem para o torneio talvez não seja necessário. – Lily me olha curiosa.

— Pensei que você tinha dito que a rainha não era do tipo de socializar. – Ela me pergunta curiosa.

— E não é, a vinda dela foi uma surpresa para todo mundo. – Preciso pensar com cuidado na minha próxima ação, Elsa vim para o sul é um risco muito alto agora, porém não saberem que ela vem é uma vantagem. – Preciso comunicar a rainha e ver como ela acha que deve prosseguir. – Falo virando todo o liquido do meu copo de uma vez, mesmo com o risco maior não consigo deixar de torcer para que ela venha para o torneio, não queria ter que me separar da Regina, mesmo que momentaneamente.

— Bom, você pode fazer isso mais tarde, porque agora sua companhia é minha. – Apenas concordo, posso mandar a carta para Elsa quando voltar para o castelo.

Tive muita sorte de encontrar a Lily, minha tarde passou tão rápido que nem vi o tempo passar, quando me dei conta já estava escurecendo, o problema é que eu deveria me encontrar com a Regina. Me despeço de Lily o mais rápido possível e volto para o castelo na esperança que até eu chegar o efeito da bebida tenha passado.

Chegando no castelo vou direto escrever e enviar a mensagem para Elsa, escrevo a carta o mais rápido possível, eu só espero que essa situação não cause nenhum problema. Assim que termino subo direto para o meu quarto, para tentar ficar o mais decente possível para a Regina.

— Posso saber onde você estava? – Escuto assim que abro a porta e me deparo com a visão da princesa sentada em minha cama fechando o livro que estava lendo.

— Oi princesa, eu vim só me arrumar e já estava indo te ver. – Falo me sentando ao seu lado, ação que faz ela levantar irritada.

— Você não respondeu minha pergunta Swan. – Ela cruza os braços e arqueia a sobrancelha.

— Eu fui dar uma volta na cidade e acabei perdendo a noção do tempo. – Não é totalmente uma mentira, apenas algumas partes sendo omitidas.

— Uma volta tem todas a tavernas na cidade não é mesmo? – Sorrio sem graça, não tem porque tentar negar. – Estava com quem Swan? – Ela diz semicerrando os olhos.

— Realmente passei em uma taverna princesa, eu encontrei uma antiga companheira de algumas missões que tive e acabei perdendo a noção do tempo. – Não é toda a verdade, mas também não é mentira. – Eu ainda estou muito agitada. – Tento desviar a atenção do assunto e a minha fala a deixa intrigada. – Princesa eu estou a acostumada a passar muito tempo fora do reino, as vezes é complicado me ajustar a uma rotina normal, me desculpa? – Falo com o meu melhor sorriso.

— Eu odeio você e odeio esse sorriso que te livra de levar uma bronca. – Ela fala ainda emburrada, mas vindo em minha direção.

— Então quer dizer que eu achei seu ponto fraco? – Pergunto, agora com um sorriso divertido no rosto.

— Não posso fazer nada se seu sorriso é lindo. – Ela imediatamente desvia o olhar corando com o elogio que fez e meu sorriso aumenta.

— Fico lisonjeada com o elogio princesa, pois saiba que você é o motivo dos meus sorrisos. – Falo a segurando pelo queixo pra fazer com que ela me olhe. – E saiba que o sorriso mais lindo do mundo é o seu, mesmo que sejam raros. – Ela sorri tímida e tenta desviar o olhar novamente, mas não permito.

— Que droga Emma, você sempre sabe o que falar. – Esse é um lado da Regina que não conheço muito, mas definitivamente um dos que eu mais gosto. Não falo nada, apenas me aproximo e a beijo novamente, começou lento e foi ganhando velocidade, igual mais cedo nossos lábios estão completamente sincronizados, sinto que beijar Regina já virou um vício.


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