Sou Risa Koizumi, a menina que três anos antes era a dupla cômica do meu antigo colégio. Junto comigo estava aquele gnomo (mas é o meu gnomo... e ele me mataria se ouvisse isso) Atsushi Otani. No começo nós éramos apenas uma dupla do barulho, brigávamks sem ver nem pra quê, mas com o passar do tempo nutri uma paixão por aquele cara...

Explico.

Eu estava de boaça tentando arranjar um namorado, entrei numa disputa com ele, mas acabei me apaixonando por ele. Senti a queimação no peito, uma sensação do amor. O problema é que eu sou uma garota alta e ele baixo. Tenho 1,72 e Otani 1,56. Claro que não somos um casal convencional, porém ele ainda é um homem e sou uma mulher.

Passei por vários sufocos a fim de conseguir o amor dele. Talvez o maior seja o simples fato de começarmos a namorar, porque Otani simplesmente não me via como mulher. Fui dispensada e humilhada por um anã... por ele mais de duas vezes! Ainda bem que eu tive um final quase feliz. Tá certo que ainda namoramos, ele foi para a faculdade e pretendo fazer um curso técnico... mas eu disse QUASE bem enfático. Tá bom, eu tenho medo que alguma mulher dê em cima dele. Não me aguento mais ficar parada, olhando para os cantos sem uma certeza absoluta de não estar sendo traída.

Chamei a minha melhor amiga, Nobu, para irmos a tal faculdade. Quero ter a certeza 100% que não serei traída.

— Não acredito que aceitei isso só por cahsa dos seus caprichos. Eu devia dar nessa sua cara. Como pode desconfiar do seu namorado sem que ele tenha feito nada? E se ele descobre que você está vigiando-o?

— Eu... tenho... medo... de ser pega... mas a minha curiosidade fala mais alto.

— Cara, ajeita essa sua cara. Sério.

Pulamos o muro da universidade, mas o segurança sempre pegava a nós duas com a boca na botija. Horas se passaram e vi Otani conversando alegremente com uma guria. Meus olhos ficaram cheios de  lávrimas. Quem diachos era aquela beldade ao lado dele? E para piorar, ela tinha a mesma altura dele.

Naquela semana, Otani apenas me enviava mensagens. Sequer apareceu aqui em casa. Fiz uma cara feita, deixando Nobu irritada a ponto de me dar uma joelhada nas costas. No final fiquei toda arrebentada. Não dá, não dá pra não ficar com ciúme!

— Já sei. Vou cortar minhas pernas e diminuir uns 20 centímetros.

— Como se fosse uma saída viável! Precisamos saber quem é a moça, e para isso você terá que perguntar pessoalmente.

— EU?!

— O namorado é teu, bebê. Força na peruca.

Fui bolada esperar o At-chan na porta da faculdade. Vi os dois rindo até me verem. A moça era a Nakano Rindo, mas sequer ouvi falar dela antes. Otani me apresentou a essa amiga. Cumprimentamo-nos e decidi ir embora feito uma pateta.

— Koizumi, aonde vai? Não veio me ver?

— Você já tem a Nakano...

— Do que ela tá falando? Pensei que essa moça fosse a sua namorada.

Por fora eu sorria e dizia pra sair dali com a cabeça erguida, por dentro eu chorava e queria salvar o meu amado das garras dessa cobra.

— Olha quem veio.

Uma moto daquelas de motoqueiro aparecdu na porta da faculdade. Um punk retirou o capacete e chamou Nakano. Os sois se beijaram.

— Mas ela...

— Do que está falando. Pensava em que? Posso saber?

— Nada. Vamos indo.

— Você é complicada...

— Querido, você é  mesmo baixinho.

— QUER MORRER?!

Não pude acreditar no quanto eu fui tão idiota a ponto de desconfiar da integridade do Otani. Talvez esse ciúme eu tenha que trabalhar um pouco mais para estabelecer uma relação estável e duradoura. Meu pequeno amor!