Outbreak escrita por snowzzrra


Capítulo 4
Volume 1 - Ato 4


Notas iniciais do capítulo

Quase no fim! 4/5 (desse volume).



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—----- Emma ------ 

  

  Observando a cidade por cima, começo a me lembrar do que ela era antes de toda essa bagunça e acabo me perdendo nos meus pensamentos, todos que viviam aqui tinham família e amigos e eu tenho certeza que a maioria morreu. 

   

  Até que ouço um barulho próximo e fico preparada para sacar a minha pistola, olho para onde o barulho veio e é aquela mesma criatura, homem, não sei dizer, que controlava todos os outros monstros. 

   

—- Você não desiste mesmo? 

  

  Grito enquanto ele está preparado para invocar novamente uma horda de monstros em minha direção, percebo que não tem como voltar para o prédio e que dessa vez ele não pararia até me ver morta ou transformada em um deles, nos encaramos por um tempo enquanto eu penso em uma rota de fuga e o mais importante: Como ele me conhece? 

   

  Fazendo o primeiro movimento então, eu dou alguns tiros nele que não fazem muito efeito e me viro para trás e pulo até o próximo telhado meio desajeitadamente e acabo caindo no chão por causa da chuva, eu me levanto e vejo todos os monstros correndo desesperados para me matar. Eu não perco tempo e corro tomando cuidado para não tropeçar novamente, eu pulo de telhado em telhado sem muita preocupação pois a maioria deles apenas cai do prédio tentando me perseguir, mas sempre tem aqueles insistentes. 

   

  Vejo que eles estão prestes a vir pela minha frente, eu pulo por cima de um deles e chuto o que estava atrás, logo viro para o que eu pulei por cima e acerto a cabeça dele, eu então prossigo a correr até encontrar um prédio comercial e vejo que ele é bem mais alto que o prédio que eu estou, então eu olho para trás e vejo que os monstros estão se aproximando, então eu faço um pulo que muitos considerariam suicida e atravesso o vidro, caindo no chão com a dor. 

   

—- Puta merda eu sou muito burra. - Digo me contorcendo 

  

  Me apoio para me levantar e vejo todos os monstros parados, apenas me encarando, até que aquele cara se aproxima do vidro que eu atravessei e começa a falar. 

  

—- Escolha errada, você não tem saída aí. 

—- Pode jogar quantos monstros você quiser pra cima de mim, seu merda! 

—- Tem certeza? Não quero ouvir você se arrependendo quando estiver sendo devorada. Espera, pensando bem, eu quero sim. - Ele diz se afastando e preparando todos os monstros. 

—- PODE VIR TODO MUNDO! 

  

  Eu grito tentando arranjar um pouco de coragem e pelos próximos segundos havia um silêncio tenso que conseguia me deixar com medo, não tenho certeza de quanto tempo passou mas eu poderia jurar que foi muito mais do que passou de verdade, já me arrependendo eu ouço o barulho dos primeiros monstros chegando e no meio daquela sala de funcionários que tinha até uma pequena cozinha, eu começo a falar para mim mesma que eu superaria aquilo. 

  

  Quando o primeiro monstro vem, eu acerto um tiro na cabeça dele fazendo ele cair morto no chão e já dou meia-volta e acerto outro monstro que estava vindo, olho para a minha direita e chuto um dos monstros no joelho e ele cai e passa por mim deslizando, eu me viro para a direita e mato outro monstro correndo e executo o que estava jogado no chão e já me viro para pegar uma faca e jogar ela pela sala atingindo um dos monstros no meio da testa, outro monstro estava prestes a me morder nas minhas costas e eu uso um dos truques que o Mason me ensinou e o derrubo no chão, no último segundo mato outro deles e executo o que já estava no chão, achando que tudo havia acabado um dos monstros pula em cima de mim e me joga no chão, e a minha pistola acaba sendo jogada do outro lado da sala. 

  

  Eu empurro o monstro e me arrasto um pouco antes de ser agarrada novamente, eu chuto a cabeça dele e pego uma faca e enfio ela na cabeça da criatura. 

  

  Sem folego, eu vou agarrar a minha pistola, mas alguém me impede de pegar ela, quando eu olho para cima estava lá o mesmo homem de antes que conseguia controlar esses bichos. 

  

—- Você não desiste? 

—- Pra que? Eu ganhei garota! 

—- Justo. 

  

  Digo ainda cansada de toda a perseguição e a luta, mas quando eu percebo que ele se distrai eu puxo a pistola e corro, ele vem atrás, quando ele se aproxima eu pulo pela janela e atiro em um botijão de gás, que explode e me arremessa longe. 

   

  Eu bato as costas na parede de outro prédio e começo a me bater com outras coisas enquanto caio no meio do beco, completamente fraca e sem forças para nada além de me arrastar até uma lixeira e me apoio nela, recuperando o folego, penso ter fugido até aquele homem sair do prédio, ainda em chamas. 

   

—- Achou que me mataria assim tão fácil? 

  

  Ele diz rindo e andando lentamente até a minha direção, ainda fraca eu me arrasto para trás com o pouco de vontade que eu ainda tenho e começo a aceitar a minha morte, não teria jeito de fugir dali. 

  

  Eu começo a atirar com a submetralhadora, mas ela rapidamente descarrega e o cara continua de pé, então não foi muito eficiente, ainda me arrastando para trás ele se aproxima de mim e me levanta pelo pescoço, me fazendo ficar sem ar bem rápido. 

  

  Prestes a apagar, eu ouço o barulho de um tiro e quando recobro a visão, o homem estava sem cabeça. 

  

—- Emma! Você tá bem? - Alguém familiar se aproxima de mim. 

  

  Me levanto e vejo o Mason me segurando para eu não cair, ele me ajuda a chegar até o carro dele e me deita no banco de trás, mas eu acabo desmaiando. 

  

—----- Mason ------ 

  

  Novamente aqueles mesmos monstros que eu tinha que enfrentar no passado, mas dessa vez era pra salvar a minha irmã que acabou se envolvendo no meio de tudo isso, agora ela estava deitada na parte de trás do carro e eu não conseguia parar de pensar no que ela havia passado, antes era apenas um laboratório e agora é uma cidade inteira, vejo os arredores e alguns prédios estavam caindo, outros estavam infestados com infectados, mas uma coisa era certa: Não havia muito sinal de vida inteligente. 

  

  Fecho a porta do carro e ouço barulhos de ácido, já preparando a minha espingarda eu olho para trás e vejo o cara que eu havia explodido a cabeça se levantando, toda a parte que antes era seu pescoço e cabeça agora era carne e ossos, ele não tinha mandíbula então a sua língua ficava para fora em uma cena que parecia de um filme de terror, os olhos manchados de sangue dele me encaravam com muito ódio e rancor. 

  

  Quando ele se vira completamente, os seus braços começam a pulsar parecendo que iriam explodir, até que algumas garras saem do braço dele e ele começa a andar lentamente enquanto sofre mutações. 

  

  Aponto a minha espingarda para ele e disparo, mas além do impacto que o desacelera momentaneamente, não parece que faz efeito algum, depois de uns cinco disparos ele solta um rugido que poderia ser ouvido até do outro lado da cidade, ele então pula e tenta usar as garras, mas eu rolo para frente e ele erra, ainda mais irritado ele se vira rapidamente e dá um golpe vertical que eu desvio pela esquerda, seguido de um golpe na horizontal que eu ando para trás levemente, ele segue repetindo esses golpes até eu achar uma brecha para dar um tiro certeiro no joelho dele, fazendo ele cair no chão. 

  

  Disparo bem no meio do peito dele causando um enorme buraco nele, mas de qualquer jeito ele se levanta enquanto se regenera, dessa vez ele pega impulso e se joga apontando as suas garras para mim, mas eu consigo desviar do ataque por pouco. Ele não desiste e se vira atacando de todos os lados com a esperança de me acertar, eu consigo desviar dos ataques mas ele utiliza o outro braço para me dar um soco que me arremessa longe, eu me levanto e ele me encara por alguns segundos enquanto eu faço o mesmo, eu reconheço aquele cara de algum lugar mas é meio difícil saber exatamente quem por causa da falta de pele em diversas partes do corpo dele. 

  

  Percebo que alguns infectados comuns começam a caminhar em minha direção, provavelmente todos na cidade ouviram o grito e estão vindo no momento, então eu devo agir rápido. O infectado controlador então dá aquele mesmo ataque de impulso e eu puxo um infectado e o boto na minha frente, fazendo ele ser empalado pelo ataque e consequentemente demorar mais tempo para remover o corpo do infectado de suas garras, ouço um helicóptero se aproximar e logo depois um tiro de fuzil. 

  

—- Me deve essa, Mason. 

  

  Reconheço essa voz, Elizabeth. 

   

  Eu não poderia me distrair e volto a matar monstros e desviar dos ataques da garra, até que eu vejo Emma abrir a porta do carro. 

   

—- Não! Volta! 

  

  Ela me ignora e joga uma granada de fragmentação e eu percebo que deveria usar aquilo para impedir ele de se regenerar, eu aproveito um ataque horizontal e desvio por baixo e pego a granada de mão enquanto rolo, eu pego a minha espingarda com a outra mão e dou um tiro certeiro na cabeça dele, no pouco tempo que tenho eu me aproximo e tiro o pino da granada e jogo no buraco onde devia estar sua garganta. 

  

  Ele começa a se debater no chão enquanto se regenera e se levanta, me encara, e então explode. 

  

  Não sobrou nada dele, nem pé, nem nada, eu então me dou um tempo para respirar e olho para onde deveria estar Elizabeth, ela já foi embora. 

  

  Sempre assim. 

  

—- Acabou? - Ouço minha irmã falar. 

—- Acabou. 

  

  Entro no carro enquanto me livro dos poucos infectados restantes e ligo o motor, olho para trás e vejo a multidão de infectados que logo nos alcançaria, eu então acelero e volto por onde tinha vindo. 

  

—----- Peter ------ 

  

  Acordo lentamente, ainda sentido um pouco de dor dos meus ferimentos, eu olho para a minha perna e vejo ela enfaixada e por alguma razão eu não sentia que ela havia acabado de ser perfurada, estranho pois não lembro de ter cuidado dela, especialmente porque eu não sabia como. 

  

  Me levanto com um pouco de dificuldade e olho pela janela, devia ser quatro horas da manhã ou algo assim, o sol já estava começando a aparecer. 

  

  Pego a minha pistola que estava jogada no chão e desço as escadas do prédio lembrando de tudo que estava acontecendo naquela noite, eu havia perdido muito sangue, mas estava perfeitamente bem, quem será que havia cuidado de mim? 

   

  Emma? 

   

  Boto a mão no meu bolso de trás para pegar o rádio, mas não sinto ele lá, que droga, tinha deixado cair quando? Ou quem quer que tenha cuidado de mim o roubou pra si? Não sei dizer. 

   

  Sigo andando até sair do prédio e me encontro novamente nas ruas, muitos monstros que antes estavam infestando as ruas agora não estavam mais lá, apenas o rastro de destruição que eles causaram anteriormente. 

   

  Consigo não ser notado até chegar no estacionamento do departamento de polícia, eu então entro no salão principal e vejo todo tipo de coisa que havia passado ali, mas nenhuma saída em lugar algum, exceto um buraco na ala leste que pelo cheiro que eu senti vindo de lá me levaria de volta para os esgotos, e não era o que eu queria no momento. 

   

  Volto para as ruas então, dessa vez utilizando a saída principal e vejo Emma correndo, eu estava aliviado que ela havia sobrevivido, mas logo percebo a quantidade de monstros perseguindo–a, incluindo o monstro que havia ferido a minha perna antes, eu então saco a pistola e dou um tiro certeiro nas costas dele. 

   

  Emma não me vê, mas todos os monstros sim, eu recuo e começo a correr de volta ao estacionamento enquanto o monstro maior me seguia, ele estava derrubando todas as paredes e visivelmente irritado por eu estar vivo. 

   

  No salão principal eu estava prestes a abrir a porta pra chegar o estacionamento, mas outro deles derruba a parede na minha frente e agora eu estava cercado. 

   

  Quando eles se aproximam ambos atacam ao mesmo tempo, eu passo por baixo deles e consigo correr até o estacionamento, mas não havia saída, mesmo se eu corresse por onde tinha vindo antes, eles me alcançariam. 

   

  Me viro de costas e vejo os dois monstros lado a lado, caminhando lentamente em minha direção. 

   

  Agora isso acaba. 

   

—----- Emma ------ 

  

  Sentada agora ao lado do meu irmão, eu me lembro de Peter, ele AINDA estava lá! 

  

  Havia esperança, certo? Ele também poderia fugir! 

  

  Eu me viro de costas para olhar pra aquela cidade uma última vez e eu vejo uma explosão enorme acontecendo no centro da cidade, e ela começa a desmoronar completamente e cair em um buraco profundo, a cidade INTEIRA! 

  

—- NÃO! - Eu grito aterrorizada. 

—- O que aconteceu? 

—- PARA O CARRO, PARA! 

  

  O Mason freia o carro como eu pedi e desliga o carro. 

   

—- Não é possível, o Peter não, o Peter não! 

  

  Mason então se vira para a cidade e vê ela caindo em um buraco que parecia não ter fundo, e logo entende o meu desespero. 

  

—- Emma, calma, ele pode ter fugido. 

—- Ele ainda estava lá Mason! O rádio dele tava quebrado, ele morreu! 

—- Calma, calma, ele ainda tá vivo! 

—- Não tá Mason! Não tá! 

—- Não desista dele assim, não pensa no lado ruim. 

   

  Eu começo a chorar incontrolavelmente e abraço Mason, internamente agradecendo por eu ainda estar viva, mas já sentindo a perda do Peter. 

  

—- Vem, a gente tem que ir pra um lugar. 

  

  Ele me ajuda a ir para o carro e eu continuo pensando no Peter, rezando pra ele ter fugido a tempo. 


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Notas finais do capítulo

Mudei as notas finais do Ato 1, inclui umas coisinhas lá.

MASON:
Data de nascimento: 22/11/1970
Altura: 1,80
Peso: 79,3kg
Aparência: Cabelo escuro, olhos castanhos, cicatriz na parte esquerda do pescoço, atlético.

ELIZABETH:
Data de nascimento: 14/01/1971
Altura: 1,73
Peso: 62,2kg
Aparência: Cabelo escuro, olhos azuis, atlética.



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