O Fantasma da Ópera escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 14
Adaptação




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P.O.V. Clarissa.

Fui levada á um salão de cabeleireiros. Era um dia de meninas como ela chamou.

—Olá senhorita Mikaelson. Quem é sua amiga?

—Esta é Clarissa Moreau, minha amiga. 

—Olá. Oh, minha nossa querida, o que fizeram com o seu cabelo? Parece uma vassoura.

Disse o rapaz de estatura mediana que segurava uma daquelas máquinas de secar. As barulhentas.

—Por isso marquei para ela o tratamento completo. Um corte, uma hidratação profunda e manicure e pedicure.

—Uma transformação total.

—Isso ai.

Ela me estendeu uma revista.

—Pode escolher.

—O que é isto? 

—Cortes de cabelo.

Folheei a revista, até encontrar um interessante.

—Muito bom. Parece uma cascata.

—Posso ver?

Mostrei a ela.

—Um repicado em camadas. Um clássico. Muito bom.

Depois que escolhi o corte, o profissional começou o procedimento. Ele lavou meus cabelos num tanque, encheu-os de creme e os colocou numa touca.

—É só isso?

—Daqui a vinte minutos nós vamos tirar e lavar, para depois cortar. A Kim vai fazer as suas unhas.

A mulher cortou minhas unhas com equipamentos, lixou e então pintou. Francesinha.

—Nossa! Que pé é esse menina? Você é jovem demais para ter tanto calo.

Não sei quanto tempo levou para a senhora lixar os meus calos, tratar minhas unhas, mas... finalmente ficou pronto.

—Nossa! Parece que essa menina nunca fez o pé na vida.

—É porque é verdade.

—Caramba! Olha, menina vai com calma pra não borrar o esmalte. 

O cabeleireiro me colocou novamente no tanque e lavou meus cabelos, secando-os delicadamente com a toalha.

—Aqui, pode sentar.

Sentei-me na cadeira acolchoada. Então, ele começou a dividir meu cabelo em sessões, prendê-lo. Depois dele estar preso e dividido o homem pegou uma tesoura. E as tesouradas começaram, lateralmente.

Quantidades exorbitantes do meu belo cabelo louro começaram a cair no chão do estabelecimento. E quando o senhor Leonard finalmente acabou de cortar, pegou uma das máquinas de secar e uma escova que parecia feita de espinhos.

Puxando, secando fazendo minhas madeixas soltarem fumaça. E então... finalmente acabou.

—Pronto. Bela!

Quando vi o resultado final fiquei muito contente. Meus cabelos pareciam macios, cheios de ondas, com o corte repicado em camadas como uma cascata. Fiquei muito parecida com minha mãe, Clary.

—Acabou? Nossa! Olha só que Princesa. Agora só falta o guarda-roupa.

Fomos á modistas. Mas, as roupas não eram mais feitas sob medida, haviam milhares de peças exatamente iguais em vários tamanhos diferentes.

—O que fazemos agora? Não há uma modista.

—Não querida. A gente, pega o que gosta, leva ao provador, experimenta e se ficar bom... a gente compra.

Eram tantas combinações possíveis que até fiquei um tanto perdida. 

—Calças?

—Acredite, uma vez que você se acostuma a usá-las... é muito difícil ter que usar espartilho e saias e todas aquelas peças de vestuário.

Os vestidos eram... muito curtos.

—Falta pano neste vestido.

—Falta não. Você tem curvas, se orgulhe delas.

Coloquei aquelas calças apertadas e apesar de ser... sodomia, eu gostei.

—Gostou né?

—Eu... eu não...

—Tudo bem. Não tem nada de errado em gostar do que você herdou da mamãe.

Logo pensei na minha mãe.

—Ainda não acredito que ela morreu.

—Sinto muito querida.

Sutiãs, calcinhas, calças apertadas, vestidos curtos, casacos. Várias peças de roupa que combinavam. Sapatos dos mais variados tipos, com os mais variados tipos de salto, sem salto, com brilho, sem brilho.

Após uma verdadeira maratona dentro daquela loja fizemos uma pausa e tomamos chocolate com uma guloseima qualquer.

—Isso é tudo?

—Ainda não. Só mais uma parada. Cosméticos. Você precisa ter o seu shampoo, seu condicionador, seus perfumes e cremes. A sua fragrância.

Nos dirigimos para a  loja e haviam atendentes.

—Victoria's Secret. O Segredo de Victória. Que nome mais curioso.

Escolhi de ameixa negra e baunilha.

—Baunilha bem doce porém suave. É a sua cara.

Cremes, loções, perfume, body-splash era uma espécie de perfume para o corpo. Terminada esta última compra eu tinha tudo o que necessitava para ser uma garota do século XXI, ou ao menos me parecer com uma.

Deixei minhas compras no quarto e nós jantamos frango com arroz. Ver meu pai beber sangue de dentro dum copo durante a refeição ainda me era estranho.

Depois de uma boa noite de sono, no dia seguinte, algo aconteceu.

—O que foi isto?

—Isso foi você. O feitiço supressor está acabando. Logo, você terá acesso á sua magia, ao seu total potencial. E vou te ajudar a controlar.

Foi um árduo treinamento, muitas vezes ocorriam explosões e os feitiços não saiam como planejado. Felizmente, o teletransporte consegui dominar rapidamente. Com o tempo, o feitiço que me impedia de acessar minha magia foi enfraquecendo. Aprendi a falar aramaico e francês de bruxa. 

A voar, a gerar fogo. Porém quanto a voar não é como pensei que fosse. Nada de vassouras, éramos capazes de voar e levitar sem necessitar de qualquer tipo de objeto para nos auxiliar. Perdi a conta de quantas vezes cai nos colchonetes. Mas, consegui.

P.O.V. Alec.

Nunca mais ouvi falar dela, nunca mais a vi. Clarissa Moreau simplesmente sumiu. O irmão, o pai e a mãe faleceram e ela sumiu.

Mas, jamais a esqueci. Procurei por ela, mas não encontrei.

P.O.V. Clarissa.

Tive que aprender sobre genética, matemática entre outras disciplinas e foi surpreendentemente fácil.

—É fácil.

—Fácil para você. Porque é uma bruxa. Você usa cem por cento de sua capacidade cerebral, por isso tudo é tão fácil para você. A maioria dos humanos usa apenas três por cento de sua capacidade cerebral. Enquanto eles buscam a resposta para o problema, você já resolveu e está formulando outro.

Amanhã vou ter aulas, num liceu, uma escola.


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