KuroNeko PetHotel escrita por Haruyuki


Capítulo 1
KuroNeko PetHotel ~ Completo


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, após dois meses sem poder digitar nada, eu estou de volta. Comecei essa história na minha coleção de aniversário e agora lhes apresento a continuação. Irei postar novos capítulos de KuroNeko Hotel assim que eu estiver tudo escrito e pelo menos uns três capítulos digitados.
Um dos meus gatos têm mania de me acordar me mordendo. Com meu marido, ela fica olhando até ele despertar e como ela é preta e o quarto fica no escuro, ele só vê o par de olhos dela.
Espero que gostem dessa história super fofa.
Ma-chan = Mari
Yuu-chan = Yuuko
A-chan, Ru-chan e Ro-chan = Axel, Lutz e Loop
Hi-chan = Hiroko
To-chan = Toshiya
Phi-chan = Phichit
Kuri-chan = Chris



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/775425/chapter/1

[Previamente, na minha coleção de aniversário...]

Yaaawn~ olá pessoal! Sejam bem vindos ao KuroNeko Katsuki PetHotel. Meu nome é Yuuri e eu sou o verdadeiro dono desse estabelecimento.  Ano ne, meu trabalho é deixar tudo aqui em ordem para a satisfação dos clientes e seus humanos. Minha lista de afazeres consiste em:
Não permitir a interrupção das horas de (minha) sonecas;

Não permitir bagunça nos (meus) brinquedos no playground;

Não permitir marcação de território no (meu) estabelecimento;

Não permitir brigas dentro do (meu) estabelecimento;

Não permitir roubo de (meus) brinquedos;

Não permitir que critiquem (Meu) Katsudon.
Hmm… eu sei que tem mais, mas acabei me esquecendo. E se você viu certas palavras escondidas nessa lista, então você está bêbado ou delirando. Eu sou um gato bastante responsável, entendeu?
Essa moça preguiçosa ao meu lado no balcão  é minha serviçal número um, que se chama Ma-chan. Eu não gosto muito dela por causa do cheiro forte causado por aquele estranho palito que ela coloca nos lábios. Eu tentei fazer ela parar mas ela pensou que eu queria brincar com a coisa de papel que ela carrega no bolso contendo mais palitos.
...
“Yuuri, você quer leite?” Escuto e olho para ela, que coloca uma tigela com leite na mesa…
“Leite?! Nyaaa! Eu amo leite!!! Ma-chan, eu adoro você!” Digo, e devoro tudo. “Nyaa!! Que delícia!”
“Boa tarde, Mari-san, Yuu-kun!” Uma moça chamada Yuu-san, que trabalha na arena de gelo da esquina, se aproxima de nós com suas 3 filhas.
“E aí, Yuuko?” Ma-chan diz, completamente entediada.
“Você tem vagas para esta tarde?” Yuu-san pergunta, e eu passo a brincar com A-chan, Ru-chan e Ro-chan, que adoram tirar fotos minhas.
“É claro que temos.” Mari-chan diz, erguendo a sobrancelha para ela.
“É que alguns patinadores virão fazer um show no nosso ringue e decidiram trazer seus pets também.” Yuuko-san explica, excitada. “Serão dois cachorros e três gatos e 1 hamster.”
“Quanto tempo?” Mari-chan pergunta, com uma risada se formando no rosto.
“Uma semana.” Yuu-san responde, e então ela se aproxima de mim. “Escuta só, Yuu-kun. Sabe aquele gato que você gosta de ver na televisão quando as garotas te mostram vídeos de patinação artística?”
Eu olho para ela, inclinando o rosto e balançando meu rabo peludo.
“Pois é. Victor e uns amigos dele virão passar uns dias aqui. Legal, não é?”
Vi-ki-to-ru? Ela quer dizer… Vicchan? O gato de pêlo claro como a neve que eu sempre vejo na tv com as trigêmeas? Ele vai vir para cá?
“Meeeeeeeow!” Eu faço, me colocando de pé, sério. “Ok. Eu vou cuidar de Vicchan.”
Salto da bancada para o chão e me espreguiço, indo até o playground e olhando em volta para ver se está tudo em ordem. Vejo minha bola preferida no chão e me aproximo dela rapidamente, usando minhas patas dianteiras e meu focinho para brincar com ela. Ergo minhas orelhas ao escutar minha música favorita - Neko-san de Suga Shikao— e paro de brincar. Saio do playground e volto até o balcão onde Ma-chan continua sentada, pulo e me deito perto de onde vem a música, balançando minha cauda e fechando meus olhos.
“Você gosta mesmo dessa música, não é?” Escuto e sinto os dedos de Ma-chan me acariciar atrás da minha orelha, o que me faz ronronar de alegria.
“Nyaaaa! Isso é tão bom.”

Yuu-san aparece, trazendo consigo outras pessoas e conversando em uma língua estranha. Imediatamente me coloco de pé e vou para detrás do balcão, olhando para aquelas pessoas com desconfiança.
Quem são elas? Por que Yuu-san as trouxe para cá?
Observo Ma-chan, Hi-chan e To-chan também conversando com eles e abaixo minha cabeça, chateado por não ter mais a atenção de alguém.
“Olá.” Escuto e levanto meu rosto, vendo uma estranha  caixa feita de barras de metal, e um pequeno ser me olhando com o rosto inclinado enquanto come uma espécie de semente. “Meu nome é Phichit e eu sou um hamster. Prazer em conhecê-lo.”
“Yuuri.” Digo, me aproximando dele lentamente.
“O quê?!” Escuto e olho para o lado, onde um filhote de gato de pelagem amarelada começa a silvar na minha direção. “Eu sou Yuri. Não pode haver outro Yuri por aqui. Eu não aceito isso.”
Dou dois passos para me aproximar dele, mas eu paro ao ver uma pata dele se erguer, com as garras dele amostra.
“Mude seu nome, Gato-Porco.” Ele ordena, e eu me assusto com isso.
“Ah, Yuri. Algum problema?” Uma outra voz diz, e finalmente percebo que mais um gato se aproxima, subindo no balcão por conta própria e olha para mim. “Oh?”
“Nyaaaaaa? É Vicchan!”
Oh não...
Volto para o meu esconderijo, embaraçado por ter sido visto por ele e pelo que eu disse. Oh, ele é tão bonito e a pelagem dele parece ser muito macia. Sinto que ele continua olhando para mim, e sinto um arrepio ao escutar ele rindo.
“Fu fu. Qual é o problema, Kotenok (bebê gato)?”
“Cala a boca, Gato Velho. Eu não aceito que haja um outro Yuri por aqui. Ele precisa mudar de nome urgentemente.” O filhote diz, furioso.
Eu olho para os dois atentamente, principalmente o filhote.
Como ele ousa chamar Vicchan de Gato Velho?
“Yuri, não seja tolo. Que eu saiba nós somos os hóspedes e aqui é a casa dele.” Me assusto ao escutar isso, pois não.esperava que ele soubesse disso. “Então seguindo essa lógica, você é quem teria de mudar de nome durante nossa estadia.”
Oh? Além de ser bonito, ele é esperto.
“Nem fudendo…” O filhote começa a dizer, mas se cala quando decido que já escutei o suficiente.
“Ei.” Digo, subindo em cima de um dos meus lugares favoritos, o que me dá.uma certa altura diante deles. “Eu sou o verdadeiro dono deste local e por isso, tenho autoridade em dizer que se você continuar com a boca imunda, eu posso fazer meus servos humanos não te aceitarem por aqui.”
“Você está mentindo.” O filhote diz, ficando com o rosto rubro.
“O nome desse estabelecimento é KuroNeko PetHotel. Kuro neko em japonês significa gato preto, e eu sou o único gato preto por aqui. “ Digo, orgulhoso de mim mesmo.
“Isso é baboseira…” O filhote começa, mas é interrompido por Vicchan e Phichit.
“Que legal!” Ambos exclamam, me deixando com vergonha.
~x~
No primeiro dia deles, optei por deixar eles descansarem depois de mostrar os locais mais importantes, como o playground, o quarto de soneca e o banheiro. Também os apresentei a Hi-chan e To-chan, que cuidam da limpeza e da cozinha do PetHotel.
“Cozinha?” O gato chamado Chris pergunta, com um olhar de travessura.
“Isso mesmo.” Digo, afirmando com a cabeça. “Apesar de termos ração, To-san serve diariamente comida balanceada que ele mesmo prepara. Eu principalmente adoro quando ele serve Katsudon.”
“Katsu-o quê?”
“Katsudon. Tem porco, arroz e é uma delícia.” Eu digo, já ficando com água na boca.
“Olha só. O gato-porco gosta de comer porco.” O filhote, que Mari-san decidiu apelidar de Yurio para não causar confusão comigo, comenta e eu abaixo a cabeça, triste.
“Yurio.” Vicchan diz, se aproximando dele e usando uma das patas para bagunçar sua pelagem. “Peça desculpas.”
“Está tudo bem, Vicchan.” Digo, e me afasto deles, sem perceber que o gato de pelagem branca me olha seriamente.

Como é de se esperar, Toshiya-san serviu a todos Katsudon. Com um sorriso no rosto, fico a observar os pets devorando a comida. Apesar do cheiro delicioso, eu decido não comer minha parte e me esconder no alto do armário que fica atrás do balcão de entrada..
~x~
“Yuuri?”
Victor para de comer e olha para a humana de nome Mari, que olha em volta com a testa franzida.
“Qual é o problema, Mari?” Hiroko-san pergunta, se aproximando dela.
“Yuuri não quis comer Katsudon.” Ela responde, preocupada. “E eu não estou encontrando ele.”
“Você acha que…”
Victor se levanta, olhando para as duas mulheres humanas seriamente. Ele havia percebido que Yuuri passou o resto do dia triste depois do comentário de Yuri, mas nunca pensou que resultaria em algo assim. Aproveitando a desatenção dos humanos, ele pega pedaços de porco na boca antes de sair pela porta aberta e vai andando pelo corredor enquanto olha de um lado para o outro, curioso. Ele se vê de volta à entrada do hotel, onde havia encontrado o gato preto super fofo horas atrás.
Ele escuta miados abafados vindo do alto e imediatamente encontra Yuuri no topo de uma estante, deitado com as patas cobrindo o rosto, choramingando. Victor, sentindo algo estranho ao ver isso, percebe que quer entender melhor aquele outro felino.
“Yuuri.” Ele mia, depois de depositar o porco no chão e assustando o gato preto, que o olha com surpresa.
“Vicchan?” Yuuri diz, se erguendo.
“Hm? Você me chamou com esse nome antes.” Victor diz, inclinando o rosto. “Parece muito com meu apelido.”
“Me desculpe. Eu vou parar de te chamar assim.” Yuuri diz, notando o porco que está no chão.
“Você pode continuar. Eu até gosto de ser chamado assim, se for só por você.” Victor ronrona, para a sua própria surpresa.
“Vicchan.” Yuuri sussurra, timidamente.
Victor imediatamente pega o porco e sobe até onde ele está. Ele se aproxima de Yuuri, e se deita ao lado dele, usando o focinho para empurrar a comida para perto do gato preto.
“Você não comeu nada. Então trouxe isso para você.” Victor diz, se sentindo estranhamente tímido.
“Obrigado.”
Victor observa Yuuri beliscar a carne, e comer o porco com gosto. Algo peculiar para quem não quis comer um prato de comida. De fato, quando Yuuri termina de comer, sua barriga ronca alto. O gato preto imediatamente fica embaraçado, pedindo desculpas.
“Por que você não comeu?” Victor pergunta, o lambendo para limpar parte da boca que estava suja de óleo.
“Oh.” Yuuri diz, surpreso.
“Você não precisa…” Victor começa mas é interrompido por Yuuri, que o lambe no rosto.
“Sim, eu não preciso revelar para você. Mas eu quero.” Yuuri ronrona, se aconchegando em Victor. “Eu na verdade não sou o gato desta família. Eu nasci de uma gata que pertencia a uma outra família, mas fui abandonado quando ainda filhote. Criticado por ter nascido e por tudo o que fazia, deixado sem comida e água, sozinho. Por isso fiquei tão chateado com o que ele me disse. Quem me encontrou naquela época foi Yuu-san, e ela me trouxe para cá.”
Oh, Yuuri…
“Eu tenho muito medo de ficar sozinho de novo. De ficar preso naquela caixa, no calor, na chuva e no escuro. Eu sei que parece ser algo estúpido, e que eu sou um gato fraco…”
“Não, você não é fraco e não tem nada de estúpido nisso.” Victor o interrompe. “Mesmo que eu tenha a minha fama por causa do meu dono, eu entendo muito bem o que é ser deixado sozinho por ele. Eu odeio, mas não posso fazer nada.”
“Vicchan, eu…” Yuuri começa a dizer mas é interrompido por Mari, que o chama carregando a tigela de comida dele
Quando a barriga dele ronca, ele não vê outra alternativa se não miar para Mari, que se assusta ao ver Victor ao lado dele. Yuuri pega um pedaço de porco com a boca e o coloca perto de Victor, que o olha com surpresa.
“Aceite isso como meu agradecimento pelo pedaço de antes.” Yuuri diz, sorrindo.
E Victor imediatamente percebe que adora ver Yuuri sorrindo...

~x~

Que aconchegante. E macio. E cheiroso. Estou tão feliz que poderia comer muito Katsudon com Vicchan. Mas Vicchan está bem longe. Tudo não passou de um sonho.

Sinto algo me tocar e me sacudir. Eu começo a despertar e estranhamente, recebo uma lambida no rosto.

“Ei.” Uma voz ranzinza diz e eu abro minha boca, dando um longo bocejo. “Estou com fome.”

Volto a me aconchegar naquela almofada branca super fofa, ronronando de repente. Espera um pouco… Almofada branca fofa?

“Nyaaaaaaaaaaaaah!!!!” Exclamo ao sentir uma forte mordida no meu rabo.

Instintivamente, me escondo de meu agressor pulando para o outro lado da almofada branca, que dá risada.

“Yura, isso foi rude. Peça desculpas.” Escuto e congelo. “Bom dia, Yuuri. Dormiu bem?”

Nyah? Vicchan… é real? E… oh não. Ai meu deus neko! Não vai me dizer que a almofada branca fofa era Vicchan?!

“Me desculpe!!” Eu mio alto, tampando o meu rosto com minhas patas dianteiras.

Que vergonha!! Não acredito que eu confundi Vicchan com uma almofada.

“Para de chorar e me dá comida, Katsudon!” Escuto e imediatamente me ergo, olhando de um lado para o outro com água na boca.

“Katsudon? Onde? Cadê?” Pergunto, farejando para ver se sinto o cheiro da carne de porco.

“Cala a boca, gato estúpido!” Escuto, finalmente percebendo Yuri, o filhote de gato ranzinza.

“Oh, é você.” Digo, me coçando atrás da orelha direita.

“Eu quero comida.” O filhote exige e eu juro ver uma veia saltando da cabeça dele.

“Comida? Ok.” Digo, dando um novo bocejo. “Ração?”

“É claro!”

Me espreguiçando, desço para o chão e sigo pelos corredores até onde os quartos de Ma-chan, Hi-chan e To-chan. Na porta do quarto da humana, abro um sorriso é agito meu rabo antes de respirar fundo.

“Maaaaaaaaaaaaaaaaaaa-chaaaaaaaaaan!” Eu mio bem alto, ainda agitando meu rabo.

3...2..1…

“Cala a boca, Yuuri! São 4 da manhã!” Maria grita de dentro do quarto.

Pisco, notando mais nenhum barulho. Oh? Acho que terei que tomar medidas extremas. Nekos, não façam isso em casa.

Ergo minha pata dianteira direita, com uma unha em destaque. Com um único movimento, abro a porta do quarto dela, recebendo aplausos dos outros pets, que ficam me observando com admiração.

“Fiquem em silêncio.” Digo, entrando no quarto escuro.

Sigo para a cama, onde Ma-chan está dormindo e dou um pulo, indo me deitar de cara para ela. Gostaria de lembrar aos nekos que estão vendo isso que sou um gato preto de olhos dourados e.estou neste exato momento em um quarto escuro. Começo a brincar com os cabelos dela com minhas patas frontais, puxando os fios de cabelo e os mordendo até que finalmente ela abre os olhos e me nota.

3...2...1…

“Kyaaaaaaaaaaaah!” Ela grita, como sempre. “Yuuri, seu maldito!”

Imediatamente eu pulo para o chão, me aproximando dos outros pets e a vendo piscar ao notar a presença deles,abrindo um bocejo. Ela se levanta, resmungando sobre mim e sai do quarto.

“Ela vai colocar comida para vocês.” Eu os aviso, sorrindo.

Imediatamente os pets, exceto Vicchan, vão correndo atrás de minha serva para comer ração.

“Yuu?” Vicchan se aproxima de mim e eu o olho com o rosto inclinado, surpreso por ele me dar um apelido. “Você não vai comer?”

“Eu vou sim. Mas não ração.” Digo, dando risada. “Vem comigo.”

Começo a correr até o balcão de entrada e indo para o interior do balcão de recepção. Atrás da estante fica meu esconderijo secreto, onde eu guardo meus tesouros, retirando um pacote vermelho de lá e o amostrando.

“Isso é… para ser uma piada?” Vicchan pergunta, me fazendo rir.

“Mas é engraçado!” Exclamo, largando a embalagem no chão. “Kit. Kat. Kitty. Cat.”

Vicchan fica em silêncio por um tempo, até finalmente dar risada. Eu me junto a ele, rindo até ficarmos sem ar.

“Bem vindo ao meu esconderijo de lanches secreto. Não conta pra Ma-chan que fui eu quem peguei os doces dela, tá?” Digo, usando minhas unhas e dentes para rasgar a embalagem.

Noto que ele me olha com surpresa e começo a me preocupar ao não ter nenhuma resposta dele. Timidamente, eu quebro com a boca um pedaço do chocolate e me aproximo dele, o colocando no chão.

“Para você.” Digo, me sentindo triste.

“O quê?” Eu escuto mas me viro, retornando para guardar meu chocolate no esconderijo. “Yuu, isso é incrível!”

“Eh?” Pergunto, o olhando comer o pedaço de chocolate que eu dei e se aproximar de mim com um brilho nos olhos.

“É delicioso! Muito obrigado, Yuu! Estou tão feliz!” Ele diz, me dando uma lambida no rosto.

Oh. Isso… é bom. Eu timidamente pego mais chocolate com a boca e estendo para ele, que morde também é fazendo com que o chocolate se parta. Nós dois comemos o resto até ficarmos satisfeitos. Percebo que focinho dele está sujo de chocolate e, num estranho ato de coragem, eu dou uma lambida nele.

“Desculpaaaa!” Exclamo, entrando em pânico.

“Eu gostei.” Vicchan diz, e passa a me lamber também.

Dando risadas, nós nos limpamos usando nossas línguas.

“Sempre que você quiser, você pode vir aqui e comer meus lanches.” Eu me sento ao lado dele, o olhando.

“Só se você estiver junto comigo.” Ele se senta e me olha com seus belos olhos azuis.

“Ok.” Digo, abrindo um largo sorriso.

~x~

“Yuuri, é hora do banho!” Hi-chan fala, se aproximando de mim.

“Banho? Ebaaaa!” Mio, me aproximando dela e sendo pego nos braços. “Quem quer tomar banho?”

“Você é insano? Nós gatos não tomamos banho!” Bebê Yuri diz, me fazendo rolar os olhos.

“Tudo bem então.” Digo, abrindo um sorriso maroto. “Vocês não vão poder curtir o nosso onsen.”

“Onsen?” Phi-chan pergunta, e eu afirmo com a cabeça ao notar Vicchan me olhando com interesse.

“Vocês nunca se perguntaram como meus pêlos são brilhantes e macios?” Pergunto, observando Hi-chan pegar um balde pequeno. “Hi-chan vai me dar banho. Vocês podem ver e decidir depois se querem ou não se juntar a mim.”

Hi-chan primeiro me dá banho na torneira, me ensaboando com shampoo e depois ela sai com o balde e volta com água quente nele. Lentamente ela me coloca na água e eu começo a relaxar.

“Nyaaaaaaaaaaaaah, isso é tão bom.” Eu mio, ficando com a cabeça do lado de fora.

Imediatamente a maioria dos pets se aproximam de Hi-chan, que dá banho de um em um. Ela põe Vicchan, um outro gato e Phi-chan comigo. Makka-chan e o outro cachorro ficam em uma bacia maior. Apenas bebê Yuri se afasta de Hi-chan, não querendo tomar banho.

“Isso é maravilhoso.”

“Tão bom!”

“Estou no paraíso!”

“Não durmam na água!” Eu os aviso. “Se começarem a se sentir tontos, me avisem para eu chamar ajuda.”

Quando começo a ficar sonolento, eu me levanto e pulo para fora do balde.

“Pessoal, é melhor sairmos da água.” Digo, sorrindo ao vê-los me obedecer.

Me aproximo para ajudar Phi-chan, que escala no meu pescoço para sair do balde. Hi-chan nos enxuga, com um sorriso animado no rosto.

~x~

“Vamos brincar nos jardins!” Exclamo, após o café da manhã.

“Jardins? Que jardins?” Phi-chan pergunta, ao meu lado.

“Já eu estou mais interessado em que tipo de brincadeira você tem em mente. Espero que haja um local seguro o suficiente para nós dois possamos brincar, Yuuri.”

Eu inclino meu rosto, náo entendendo o que ele quis dizer com aquilo. Ao meu lado, Vicchan fica mal humorado.

“Hisssss! Náo comece, Chris!” Ele diz, me assustando.

“Desculpa, desculpa.” O outro gato, que decido chamar de Kuri-chan na minha mente porque o nome dele é super difícil de dizer, não me parece estar nenhum pouco arrependido.

Eu os levo para a porta do quintal, que está aberta porque To-chan está do lado de fora, coletando coisas para servir no jantar.

“Tooooooooooo-chaaaaaaaaan, vim brincar no jardim.” Eu mio, atraindo a atenção do humano.

“Vai passear, Yuuri? Oh, estou vendo que os outros pets estão seguindo você. Vão e voltem com cuidado.” To-chan diz, voltando a se concentrar na tarefa dele.

“Ok!” Olho então para os pets e ergo minha pata direita. “Vamos, venham comigo!”

Com Phi-chan na minha cabeça e os outros pets logo atrás de mim, eu os mostro a parte favorita de Hi-chan, que contém diversas flores diferentes. Noto que bebê Yuri está ficando cada vez mais para trás do grupo e eu me preocupo, pois ele claramente não gosta de mim.

Chegando em um grande espaço aberto, com apenas areia, um pouco de mato e uma grande árvore, eu me animo e saio correndo.

“Vamos brincar de pega-pega?” Pergunto, balançando o meu rabo. “Vocês podem correr de mim e eu tentarei alcançar e tocar em vocês.”

“Oh? Estou dentro.” Kuri-chan diz primeiro.

“Eu também.” Vicchan diz, empolgado.

“Eu quero participar também.” Phi-chan fala, descendo de mim imediatamente.

“Eu também.” Makka-chan late e o outro cachorro, Seung-chan, afirma com a cabeça.

“Tanto faz.” Bebê Yuri mia por último, e eu abro um sorriso.

“Muito bem. Quando eu começar a contar, vocês podem correr.” Eu os aviso, os olhando atentamente. “Um neko. Dois nekos. Três nekos…”

Os vejo começar a correr, e continuo a contar nekos até que…

“Dez nekos! Aí vou eu!” Eu os aviso, imediatamente começando a correr.

Decido que meus primeiros alvos são os cachorros. De fato, não levo muito tempo para pegar os dois. Pego Kuri-chan logo depois, rolando os olhos quando ele solta um gemido só porque toco no rabo dele. Pego Phi-chan, apesar dele ser pequeno e ágil e por fim, pego Vicchan, pulando e me enrolando com ele no mato, ambos rindo muito…

Mas um miado longo e alto me faz congelar. Imediatamente me ponho de pé e olho em volta procurando por bebê Yuri, que ainda não peguei. Me assusto ao perceber ele em cima da árvore, brigando com um pássaro…

“Shimatta! Tori-san tem um ninho naquele galho!” Exclamo e saio correndo. “Nekoooooooo… BURST!”

Rapidamente escalo a árvore e me coloco entre tori-san e bebê Yuri, recebendo as bicadas que o pássaro estava dando no filhote, com raiva por ver ele perto do seu ninho.

“Tori-san, gomenasai!” Mio alto, fazendo o pássaro parar com os golpes.

“Yuuri-chan?” O pássaro pergunta, surpreso.

“Hai.” Respondo, ignorando meus machucados e me sentando firme no galho. “Gomenasai. Este neko é meu cliente e é um filhote. Ele não sabia que tinha um ninho aqui. Tama-chans, ok?”

“Por muito pouco!” Tori-san responde, voltando para o ninho onde se encontram 3 ovos. “Ele quase um do ninho!”

“Soka… eu assumo a responsabilidade por ele. Vou deixar pedaços de Katsudon na janela esta noite para você se alimentar e caçar minhocas para você dar para seus Kotori-chans.” Eu digo, o olhando seriamente.

“Aceito o Katsudon, mas não precisa caçar minhocas.” Tori-san diz, se aconchegando no ninho. “Agora tire esse pivete do meu galho, por favor.”

“Ok. Até mais tarde.” Digo, me curvando para ele.

Imediatamente eu me viro e me aproximo do bebê Yuri, que me olha assustado. Eu o pego por detrás do pescoço, o sentindo congelar e desço da árvore, o carregando. No chão, eu o solto e percebo os outros pets se aproximando.

“Yuu, você está machucado.” Vicchan diz, se aproximando de mim e me lambendo onde fui atingido.

“Só um pouco.” Digo, olhando dele para o bebê Yuri. “Você está bem?”

“Por quê?” Ele pergunta, com raiva. “Por que você me salvou? Por que você ofereceu Katsudon para aquele pássaro?”

Noto que a raiva dele é para esconder o medo que estava sentindo por causa dos olhos dele.

“Yura…” Vicchan começa a dizer, mas eu me aproximo e lhe dou uma lambida no rosto para o acalmar.

“Porque é assim que eu sou.” Eu respondo para o filhote, o olhando.

É claro que por causa da brincadeira, eu e os pets tomamos outro banho com Hi-chan, que também passa remédio em mim e no filhote, depois de relaxarmos no onsen. Sim, desta vez bebê Yuri se juntou a nós.

~x~

Hiroko, Toshiya e Mari percebem que o gato chamado Victor e Yuuri estão sempre juntos. Victor passa a dividir seu Katsudon com Yuuri, que divide também os lanches que pega para si toda a vez que Toshiya e Mari vão fazer compras. Nem mesmo quando Axel, Lutz e Loop Nishigori visitam para brincar, eles nunca se separam. Isso pode causar problemas, pois Victor e os outros pets só tem mais dois dias no Japão. Além disso, Yuuri parece ter percebido isso pois neste exato momento, ele come o que Victor divide com ele e finge comer de sua tigela.

O dia da partida chega. Quando Victor percebe os pets serem preparados para viajar, ele entra em pânico e corre pelos corredores, miando. Ele encontra Yuuri encolhido no esconderijo dele é percebe que ele está choramingando.

“Yuu!” Ele mia, assustando o gato preto que o olha com surpresa.

“Vicchan?” Yuuri pergunta, se levantando.

“Yuu, eu…” Mas Victor é interrompido quando seu dono o ergue.

“Vicchan!” Yuuri exclama e tenta correr atrás dele, mas é agarrado por Mari.

E eles se foram.

Yuuri passou a comer pouca comida, ração e água. Apenas o suficiente para sobreviver. Ele passa o tempo no esconderijo, deitado e desanimado. Dias depois, os Katsukis receberam uma ligação do dono de Victor, que revela que seu gato também está deprimido. Yuuri, quando escuta Toshiya dizer o nome de Victor, se aproxima e mia alto.

“Vicchan!”

Os Katsukis se assustam quando escutam outro miado vindo do outro lado da linha.

“Yuu!”

“Vicchan!”

“Yuu!”

Quando Hiroko encerra a ligação, Yuuri volta para o seu esconderijo. E então…

“Minako-sempai, foi isso o que aconteceu?” Hiroko diz, tomando chá com Okukawa Minako, sua sempai no tempo da escola e agora é uma bailarina famosa.

“Entendo.” Minako diz, olhando para sua kohai. “Ele está preparado para viajar?”

“Hai. Nós já preparamos tudo quando decidimos com o dono de Victor o que fazer com os dois gatos.” Hiroko responde, olhando triste para onde fica o esconderijo de Yuuri.

“E como pretendem fazer isso?” Minako pergunta, finalizando seu chá.

“Nikiforov-san se ofereceu para vir para cá com os gatos quando estiver de férias. Ele os deixará aqui até depois do ano novo. Após isso, ele virá buscar os dois e os levará consigo para a Rússia e passar mais 6 meses com eles. Nesse meio tempo, manteremos contato diariamente pela internet para saber como andam os gatos.” Hiroko responde, séria. “Nikiforov-san se ofereceu para arcar com as despesas de Yuuri. Nós decidimos não cobrar por Victor enquanto estiverem aqui e Toshiya decidiu passar a receita do Katsudon para ele.”

Minako dá risada, sabendo que a receita é algo que Toshiya odeia revelar. E então, dias depois, Minako Minako viaja para a Rússia levando Yuuri, que acorda confuso e assustado assustado.

“Não se preocupe, Yuuri.” Minako diz, ouvindo ele miar da gaiola ao seu lado.

No aeroporto, após pegar sua bagagem, Minako abre a gaiola e pega Yuuri nos braços. Ele fica olhando ao redor confuso, e então escuta.

“Yuu!”

Imediatamente as orelhas dele se levantam e ele ergue o rosto, olhando na direção da voz. Minako se assusta quando ele pula dos braços dela é correr pelo aeroporto. Victor faz o mesmo e o público passa a filmar e assistir os dois gatos, que mais parecem um casal se reencontrando depois de um tempo afastados um do outro.

“Vicchan!”

~ Fim ~


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "KuroNeko PetHotel" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.