She's Not Afraid escrita por Loretha


Capítulo 1
Shes not afraid of all the attention


Notas iniciais do capítulo

Estou respostando essa one que fiz em 2013, no Tumblr, porque estou treinando minha escrita, estou usando fanfics e imagines antigos, reescrevendo-os e tentando torná-los melhor. Eu amo tanto essa banda, apesar de ter passado uns anos que eles estão em "hiatos" e ver a volta dos Jonas Brothers me deu muitas saudades. Além de She's Not Afraid, estou reescrevendo Catching Feelings, que tem o Niall, Justin Bieber e Shawn Mendes (fanfiqueira be like).



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— Louis, me espera. Eu não consigo te acompanhar usando esses saltos! — Diana reclama e eu paro de puxá-la.

Olho para trás, para ela. Parece aflita, abanando o rosto com suas mãos, olhando por cima do ombro a todo instante. Os cabelos estão soltos, balançando levemente com a brisa da noite. O vestido apertado, com um grande decote me faz sorrir, pensando no quanto aquela mulher é linda.

— Você acha que alguém ouviu a gente? — Sua voz me desperta do devaneio e eu balanço a cabeça.

— Não, alguma das suas amigas já teriam ligado.

Ela faz uma careta para o chão e eu ainda estou sorrindo, porque sei o que significa.

— Você deixou o celular em casa, não deixou? — Pergunto, arqueando uma sobrancelha.

Diana assente, depois me olha e nós dois rimos. Ela dá alguns passos para mais perto de mim e pega minha mão. Seus olhos brilham e eu sei que ela está empolgada.

— Essa sensação não é ótima? — Pergunta, nossos dedos estão apertados. Estamos caminhando lado a lado. — Eu acho que nunca vou me cansar de fazer isso!

— De fugir de casa pra passar a noite num pub, com um cara que suas amigas odeiam? — Franzo as sobrancelhas, fingindo que estou curioso pela resposta.

— Louis, elas não te odeiam de verdade… — A olho quando ouço o tom divertido em sua voz, que me deixa realmente curioso. Diana está sorrindo. — Elas só odeiam homens em geral, eu acho.

— Uau, eu me sinto bem melhor.

Ela ri e me dá um beijo na bochecha. Os saltos a deixam alta o suficiente para não precisar se esticar.

— Você entendeu — Fala ela, olhando para os carros estacionados na rua. — Cara, é melhor deixar seu carro mais perto da próxima vez.

O carro está um pouco mais à frente. Quando entramos, ligo o aquecedor. Diana está com as bochechas coradas da nossa pequena caminhada e acho que é do frio da noite, mas ela recusa quando ofereço meu casaco.

— Você é tão… — Franze o nariz, ajeitando o cinto de segurança.

— Tão o quê? — Incentivo, ligando o carro e saindo da vaga, concentrado.

— Tão Louis! Você parece um clichê de namorado.

— Eu poderia ser um clichê de namorado melhor ainda se eu fosse um namorado. — Arqueio a sobrancelha em desafio. Quero que ela responda.

Diana sabe o que eu quero dizer, mas apenas ri, como se eu tivesse contado alguma piada boba e ela só tivesse rido para não me deixar parecendo um idiota. E eu sinto um idiota. Reviro os olhos e sorrio, olhando de relance para ela, fascinado.

— Para onde hoje, senhorita?

— Para o lugar mais badalado da noite, senhor!

Obedeço, seguindo para onde eu sei que Diana vai gostar. E enquanto conversamos sobre tudo, sobre o dia, sobre as aulas da faculdade e qualquer outra coisa, eu me pego pensando no quanto eu queria fazer parte da sua rotina e no quanto dói não poder.

Porque eu sei que ela é viciada na sensação de não me deixar ir. Ela gosta de me ter por perto, mas não o suficiente para me pedir para ficar. Ela gosta disso e ela sabe que me tem na palma da mão sempre que quiser.

***

— Ei, Diana!— Grito, tentando ser ouvido acima da música alta. — Você já quer ir mesmo?

Ela segue, meio dançando, meio desviado das outras pessoas. O lugar está lotado e tento não perdê-la de vista, é difícil e ela não facilita. E eu sei que é um jogo que ela faz comigo. Eu quero alcançá-la e sentir seu beijo de novo, mas se quiser, tenho que jogar.

Diana se vira para mim e para. Alguém esbarra em seu ombro, mas ela ignora. Está sorrindo.

— Louis, já estou cansada — Diz quando a alcanço. Estou perto o suficiente para ouvi-la bem.

Ela puxa minha mão e volta a dançar, me levando junto. Eu a giro e ela ri quando termina em meus braços. Seus olhos brilham maliciosamente e eu me sinto perdido. Diana me beija e quando sente que estou retribuindo, se solta dos meus braços e continua andando em direção à saída.

— Espera! — Corro atrás, mas a perco de vista.

Procuro, olhando em volta e desviando das pessoas ao meu redor, é quase impossível. Continuo andando para a saída, pensando que talvez ela esteja me esperando lá.

Quando a encontro perto da porta, há um homem grande impedindo que ela saia. Ele parece jogar charme, mas é estranho a forma como olha para o decote do vestido.

Diana diz alguma coisa, visivelmente constrangida e o homem ri em desdém. Eu detesto aquilo e me adianto até ela.

—  Achei você! — Digo, pousando braço protetoramente em seus ombros, fingindo não notar o homem. — Vamos?

— Sim, vamos — Responde aliviada, enrolando minha cintura com os braços.

— Ah, o seu namorado — O homem fala desinteressado, saindo da porta.

  Diana acena com a cabeça para o estranho e ele logo se mistura as outras pessoas na boate. Ela se vira para me olhar.

— Obrigada — Diz, piscando. Ela me abraça forte e sinto seu coração acelerado — Podemos ir agora?

— Claro, vamos.

Estamos no carro, sua cabeça está apoiada no vidro e seus olhos estão fechados. Uma música toca baixinho rádio e quero deixá-la quieta. Sei que não bebeu tanto, mas também sei que ela dançou muito e talvez esteja cansada, por isso dirijo em silêncio.

— Achei tão fofo como você chegou em mim na saída da boate — Comenta, num sussurro.

Desvio a atenção da rua por um segundo, para poder olhá-la, na mesma posição.

— Só fiz meu dever de namorado. — Respondo rindo fraco, ora olhando a rua, ora olhando para ela.

— Você não é meu namorado.

— Eu sei — Suspiro, parando de rir.

Diana afasta a cabeça do vidro e me olha curiosa. Finjo não notar seu olhar em mim, mas me sinto nervoso.

Quando paro em frente a casa dela, descemos do carro juntos. Não preciso me preocupar com suas colegas de quarto, não aquela hora.

Diana tira os saltos e os segura nas mãos. Saltita um pouco, sentindo o chão. Sorri para mim quando estico a mão e ela segura meus dedos nos seus.

— Não está com medo das megeras? — Pergunta enquanto subimos a pequena entrada da sua casa.

Eu rio, a puxando para mim. Seus braços nus estão frios e ela treme, aninhando a cabeça em meu peito. Estou sentindo seu perfume, distraído, quando sinto seus lábios em meu pescoço e o arrepio corre pela minha coluna.

Com uma mão em seu queixo, ergo seu rosto para o meu e a beijo. Sem os saltos ela está mais baixa e eu preciso me curvar um pouco, mas ela também se estica, retribuindo.

É um beijo quente, sei disso porque sempre que estou com ela, sinto como se estivesse em chamas. Eu amo a sensação, poderia queimar o dia todo nisso.

Cedo demais ela se afasta e há um sorriso malicioso em seus lábios e então eu sei que perdi.

— Até amanhã, Louis — Diz, abrindo a porta e soprando um beijo antes de sumir dentro de casa.

Fico olhando a porta fechada à minha frente. Eu odiava aquela parte, mas ainda sim continuo sorrindo.

***

Deitado na cama, não consigo dormir. Há pensamentos demais, que me fazem revirar na cama ao ponto de fazer eu me sentir sufocado. Estou pensando em Diana e em como ela faz eu me sentir.

Na mesa de cabeceira, meu celular vibra. Eu sei que é ela, mas demoro a atender porque estou indeciso, porque o pensamento mais frequente é o que mais me assusta. E é Diana.

Não resisto e atendo no terceiro toque.

— Eu estava pensando — começa ela, a voz rouca através da ligação — que talvez você estivesse com medo do filme que vimos mais cedo, no cinema, e então quis ligar pra fazer você esquecer esse medo bobo.

Balanço a cabeça rindo. Eu me sento na cama, apoiando as costas na cabeceira.

— Tem certeza que não é você que está com medo? — Pergunto, ouvindo minha voz ecoar no quarto silencioso.

Absoluta certeza que não sou eu!

— Aposto que você está toda encolhida debaixo do cobertor, tremendo de medo, talvez até já tenha pensado em correr pra cá só pra poder dormir abraçada comigo, em segurança.

 Há, eu aposto que se qualquer assassino da serra ou, sei lá, fantasma assustador, que aparecesse aqui,  ele sairia correndo da Amanda. Você tem que ver a máscara de hoje! — Ouço a risada abafada dela.

— Espera, então já sei do que você está com medo, é da máscara que ela está usando! — Implico, rindo.

Idiota! — Ela gargalha do outro lado da linha — Já disse que eu não tenho medo de nada.

Ouço Diana suspirar e sinto que ela está pensando em algo sério, mas não quero perguntar o que é.

— Não consegue dormir?

Não.

Fecho os olhos e passo a mão que não está segurando o celular no rosto, pensando em como falar em voz alta o pensamento mais gritante da minha cabeça.

— Eu gosto de você, Diana. — Digo finalmente.

Eu sei, Louis. — Responde depois de uma pausa e então depois há mais silêncio. Respiro fundo, já achando que ela vai desligar — Eu só não quero me magoar… — Ela completa, tão baixo que eu quase não entendo o que diz.

Assinto, mesmo sabendo que ela não pode ver.

— Eu acho que não consigo mais, Diana.

O quê? — Sua voz estava mais alta, curiosa.

— Eu… — Tentei, mas não sabia como continuar.

Você o que, Louis? — Sua voz parecia aflita e eu me senti mal. — Ei? Tá ai?

— Estou… É que eu fico mal, sabe, com o que fazemos… Quer dizer, eu amo tudo, essa brincadeira nossa, essa aventura…

Louis, do que você está falando?

É doloroso amar você.

Silêncio novamente. Eu só ouvia nossa respiração descompassada, nós dois estamos ansiosos.

Eu preciso desligar, tenho que fazer umas coisas... — Ela diz, voltando a sussurrar. — Podemos resolver isso?

— Sim, podemos. Boa noite, Diana.

Ela desliga antes de mim, sem falar nada. Mais uma vez ela me deixou sozinho. Bloqueio a tela do celular e me ajeito na cama. Está frio, mas o quarto ainda parece abafado demais. Demoro a relaxar, mas quando estou quase dormindo, ouço a campainha.

Sento na cama alarmado, pensando em quem poderia ser. A hora no celular marca três e dezessete. Franzo o cenho sonolento e me levanto esfregando o rosto com as mãos, para despertar.

— Quem é? — Pergunto irritado enquanto procuro as chaves.

— Só abre a porta, idiota! — Ouço Diana falar, sua voz treme um pouco.

Quando acho as chaves eu me atrapalho ao abrir a porta, pensando em todas as coisas ruins que possam ter acontecido para ela aparecer à minha porta quase às quatro da manhã.

— Diana, o qu… — Paro, olhando para ela. — O que você está fazendo?

Diana está segurando uma mangueira sobre sua cabeça, molhada até os pés e está fazendo uma cara exageradamente triste. Ela não aguenta e sorri, mas continua segurando a mangueira. Quando vê minha cara surpresa, fica séria, pelo menos o mais séria que ela consegue.

— Bem, se você não entendeu eu estou encenando uma cena triste, na chuva, onde a pessoa vai a porta da outra pedir desculpas e declarar seu amor. — Explica, baixando a mangueira, parecendo frustrada.

— Não está chovendo — Digo, juntando mais ainda as sobrancelhas, sem entender.

— A mangueira é pra isso, dã!

Fico olhando para ela, sem dizer nada. Quero rir, mas quero perguntar o que exatamente está acontecendo. Lembro do que ela disse, da frase toda.

— Declarar o amor? — Cruzo os braços, desafiando ela a continuar.

Vejo suas bochechas corarem, mas ela abaixa a cabeça e se vira, anda até a torneira e desliga. Volta a ficar de frente comigo e sorri, saltitando de frio.

— Sim, Louis. Isso mesmo. O que estragou meus planos foi o tempo, não está chovendo — Diana olha para o céu parcialmente nublado, dá de ombros. — E eu estou nervosa.

— Você é maluca, Diana, sério. — Rio, baixando os braços.

— Sim, eu sou… — Diz e vejo aquele brilho em seus olhos no momento que ela se precipita em minha direção.

Sua boca está na minha e seu corpo molhado está colado ao meu. Minha blusa agora também está molhada e eu sei que está frio, mas eu me sinto quente. Diana sorri enquanto me beija e eu gosto da sensação.

Ela separa nossos lábios, mas mantém as mãos em minha nuca. Os dedos estão gelados. Ela me olha apreensiva, ansiosa.

— Eu gosto de você, pra caralho. — Ela diz, tirando o cabelo molhado do rosto, sem deixar de me olhar nos olhos. — Eu só tenho medo disso. É tão novo pra mim essa coisa de me apaixonar ou sei lá…

Abraço-a o mais perto que posso, porque ela está tremendo de frio e também porque a quero mais perto. Puxo Diana para dentro de casa, onde é mais quente. Ela se afasta do meu abraço sorrindo e fecha a porta atrás de si.

— Sem portas para bater… — Sussurra, o rouco da sua voz ecoa até mim e seu sorriso se torna malicioso.

— É, acho que sim — Digo, mas minha testa está franzida porque não entendo o que ela quer dizer.

— Louis, querido, agora não posso bater a porta na sua cara, ou te enxotar do meu quarto depois de transar, ou fugir de você. Sabe por quê?

Suas mãos se agarram as minhas e ela começa a balançar, feliz, como se dançasse uma música lenta comigo. Ela se aproxima mais, me abraçando e logo nós dois balançamos juntos. Ainda não sei a resposta que devo dar, mas ela espera alguma coisa.

— Hum, tudo bem, eu não sei. Por quê? — Desisto, sorrindo enquanto continuamos dançando pela sala, lentamente.

— Porque eu quero ficar dessa vez, quero namorar você e te apresentar pra todo mundo e sair com você sem minhas amigas acharem que a gente vive em pecado ou sei lá o que aquelas malucas pensam.

Sinto o sofá atrás dos meus joelhos, mas não consigo me segurar antes de cair sentado. Diana está me olhando com um sorriso imenso e eu sei que estou com cara de idiota.

— E então? O pedido ainda está de pé? — Pergunta, me olhando de cima. Suas mãos agora estão apoiadas na cintura, o queixo erguido em desafio.

Reviro os olhos, mas há um sorriso. Agarro sua cintura e ela senta em colo, as mãos apoiadas em meu peito. Nos olhamos profundamente, o calor dela me queima e eu amo a sensação.

— Posso refazer agora — Digo me inclinando para roubar um beijo, mas ela segura meus ombros e não consigo alcançar sua boca.

Ela ergue uma sobrancelha, desdenhosa, mas há uma hesitação. Ela quer algo concreto, quer uma certeza do que eu também quero.

— Diana, quer namorar comigo? — Pergunto, pressionando meus lábios para não deixar o sorriso sair.

— Que pergunta idiota. — Responde séria, o que me deixa preocupado, mas então sorri e me beija lentamente, depois se afasta para me olhar, com diversão nos olhos e no sorriso maldoso. — É claro que eu quero.

E me beija de novo. Sua boca se gruda a minha com intensidade. Minhas mãos estão espalmadas em suas costas, apertando-a contra meu corpo, sentindo que não estamos perto o suficiente. Quero estar além disso e ela deixa claro que queremos a mesma coisa.


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Notas finais do capítulo

Eu não descrevi os personagens, a aparência física em detalhes, porque gosto que imagem uma pessoa, quem quiserem. Eu gosto de fazer isso. Bem, outra coisa, o nome da personagem: inicialmente eu usava o clássico (S/N), onde supostamente, a gente deveria preencher com nosso nome, mas eu mudei e nome da personagem, agora é Diana, que é uma música dos meus meninos. Quem ainda se aventura atrás de fanfics e imagines de 1D, vou deixar o link do Tumblr onde as originais estão guardinhas. Sério, vocês vão se surpreender tanto quanto eu com a evolução da escrita hehe. Obrigada, beijos da Mari.
(http://umdiariodebordo.tumblr.com/)



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