Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 52
Elliot


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de Recomeçar espero que gostem.
Beijos e até segunda.



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Ter Leah de volta, havia sido o maior presente que podia ganhar, ela havia me escolhido de novo e iria honrar a sua escolha. O último mês e meio havia sido o verdadeiro inferno, não conseguia me concentrar em nada ou viver, era como se faltasse um pedaço de mim e sabia muito bem quem era.

Sem Leah eu não conseguia ser feliz, mas agora que ela havia voltado, e era como se tivesse ganhando um novo sopro de vida. Uma nova chance de fazer tudo certo e faria.

—Pai, porque não contou a verdade para a mamãe? - Ária questionou enquanto cortava alguns legumes para a canja que estava fazendo para Leah.

Decidi fazer uma canja, pois era algo mais leve para ser a sua primeira refeição depois de um mês e meio agindo como uma loba, tanto no comportamento como na alimentação. Então seria melhor começar com algo leve, mas nutritivo.

—Porque não quero perde-la filha, dessa vez não iria aguentar, e a sua mãe está assustada com tudo, vamos dar um tempo para ela se acostumar e ai conto tudo. - disse colocando os temperos na panela antes de começar a mexer.

—Sei que você não me pediu um concelho, mas vou dá-lo mesmo assim. Conta logo a verdade antes que alguem conte para a mamãe, ou que ela se lembre da pior forma possível.

—Não quero que a Leah me odeie ou que decida voltar a ser uma loba em tempo integral. - disse apavorado com as hipóteses.

—Então converse com a mamãe, pai. Ela precisa ouvir a verdade de você, assim como ela deixou que você ouvisse a verdade sobre as suas origens da pessoa certa.

—Você tem razão.

—Eu sempre tenho. Já terminei de cortar os legumes, agora vou subir e ficar um pouco com a minha mãe, porque estou morrendo de saudades dela. Tenho tanta coisa para contar a ela. - Ária disse animada e me deu um beijo antes de sair, mas a chamei.

—Carol, vai devagar com a sua mãe, não a bombardeei de uma só vez. - pedi e ela concordou sorrindo antes de subir.

—Estou indo Elliot. - Sue disse aparecendo na cozinha enquanto terminava de arrumar a bandeja com o jantar de Leah.

— Mas já? E eu achando que você não iria desgrudar da sua filha hoje. - disse e ela sorriu suave.

—Você não está errado, mas Leah não precisa de mim agora. Ela precisa do carinho do homem que ama e da filha de vocês. -Sue disse e me afastei da bandeja para ir até ela e segurar as suas mãos.

—Vou cuidar bem dela. - prometi e ela sorriu maternal para mim.

—Nunca duvidei disso nem por um minuto, meu filho. Amanhã venho mais cedo e passo um tempo com a minha filha. E aproveite esse tempo para conversar com ela, antes que alguem conte o que aconteceu de forma errada. -ela recomendou e agradeci antes de abraça-la com carinho.

Depois que me despedi de Sue e a acompanhei até a porta, subi com o jantar de Leah e foi impossivel não sorrir ao ver minha noiva e a nossa filha sorrindo juntas, era como se as duas não tivessem ficado separadas por quase dois meses.

—Não acredito que perdi o seu aniversário de dezesseis anos... Nem te ajudei a escolher seu novo corte de cabelo e ainda não te levei para buscar a sua primeira habilitação. É oficial, sou a pior mãe do mundo.  - Leah disse triste e percebi que ela havia perdido tantos momentos importantes de Ária e por minha causa.

—Se serve de consolo mãe, eu não quis uma festa, por mais que o papai insistisse. Sem você aqui não havia porque comemorar o meu aniversário. E tenho certeza que nos duas ainda teremos muitos momentos juntas. - minha filha disse antes de abraçar a mãe com carinho. - E você não é a pior mãe do mundo, acredite em mim.

—Eu te amo tanto meu filhote. - Leah sussurrou abraçada a nossa filha.

—Eu também te amo muito mãe. - Ária sussurrou com saudade e esperei as duas se separarem para entrar no quarto com a bandeja.

—Agora que o papai chegou, vou para o meu quarto porque amanhã tenho que ir cedo para a escola. - Ária disse dando um beijo na mãe antes de se levantar e vir me dar um beijo.

—Boa noite querida, e a chave do carro está no lugar de sempre. - disse e ela sorriu concordando.

—Pelo jeito, o senhor não vai desgrudar da mamãe tão cedo.

—Não mesmo, já liguei até para o hospital dizendo que não vou trabalhar amanhã. - disse colocando a bandeja na cama antes de olhar para a minha filha. -E, por favor, filha, tome cuidado na estrada. Se estiver chovendo e você não se sentir segura para dirigir, ligue para o seu avô e ele vai te buscar.

— Eu sei pai, e não é a primeira vez que dirijo de La Push para Forks.

—Sei disso, mas não custa nada lembrar. Só estou fazendo a minha função de pai.

—Eu sei doutor Thompson. - ela disse me dando um beijo de boa noite antes de ir até a mãe.

—Eu te amo Ária, e durma com os anjos. - Leah disse suave e deu mais um beijo na filha.

—Eu também te amo mãe, mas desconfio que você irá dormir melhor que eu. - Ária disse maliciosa e as duas riram.

—Vai pra cama Carolina, porque amanhã você tem prova de biologia. E tenta não confundir os grupos sanguíneos dessa vez. -a lembrei e ela sorriu suave antes de ir para o seu quarto.

—Ela está tão grande e linda, está a sua cara, amor. - Leah disse orgulhosa assim que nossa filha saiu do quarto fechando a porta.

—E atrevida. - disse colocando a bandeja mais perto de Leah que sorriu.

—De quem será que ela puxou isso? - ela questionou me olhando e sorri.

—De mim é que não foi, cresci em um orfanato de freiras, amor. - expliquei enquanto me sentava na cama antes de mexer a canja e oferecer a Leah que recusou.

—Você precisa comer um pouco amor, só uma colher. - pedi oferecendo a ela, que negou antes de cobri a boca e o nariz com a mão. Leah tentou se levantar para ir ao banheiro, mas acabou perdendo as forças, por sorte a segurei antes que ela caísse no chão.

Coloquei Leah com cuidado na cama, antes de pegar a bandeja e coloca-la no aparador que havia no corredor e voltei para o lado da minha noiva.

—Me desculpe. - ela sussurrou fraca e ajeitei os travesseiros em sua cabeça, para lhe deixar mais confortável.

—Não me peça desculpas amor, está tudo bem. Você passou muito tempo sem se alimentar como humana, é normal que seu corpo rejeite alimentos no começo, vou te colocar no soro para hidratar um pouco, amanhã você irá se sentir bem melhor. - disse carinhoso e beijei a testa de Leah antes de pegar todos os matérias que iria precisar no criado mudo do quarto.

—Você realmente estava preparado para tudo. - ela disse assim que a coloquei no soro e ajustei o conta gotas para dosar a passagem do soro.

—Não sabia em que estado clinico você voltaria para mim, então tinha que estar preparado para tudo, já que moramos longe. Está confortável? - questionei preocupado enquanto guardava tudo novamente no criado mudo.

—Sim, mas não queria te preocupar tanto. - ela sussurrou suave e me sentei ao seu lado na cama, antes de acariciar seu rosto com cuidado.

—Fico preocupado porque te amo e quero que fique bem. Agora, tenta descansar um pouco, você deve estar exausta.

—Fica comigo até eu pegar no sono? - Leah pediu sonolenta enquanto acariciava seu rosto com carinho.

— Vou velar seu sono como se fosse seu anjo da guarda, agora feche os olhos e tenta relaxar um pouco. - sussurrei e ela fez o que pedi.

—Amor? - Leah chamou sonolenta assim que abriu os olhos novamente.

—Sim querida.

—Tenho medo de adormecer e quando acordar, perceber que tudo isso foi um sonho. Que você não vai estar aqui. - ela sussurrou sonolenta e me inclinei para beijar a sua testa com carinho.

—Não vou a lugar algum, pode dormir sossegada.

—Eu amo você, Elliot. -ela sussurrou fechando os olhos se entregando ao cansaço.

—Eu amo você, Leah. Amo muito. - sussurrei suave enquanto a via respirar profundamente.

Passei a noite em claro velando o sono de Leah e controlando a sua temperatura, que graças a Deus estava normal, o normal para uma transfiguradora, espantando qualquer sintoma de uma possível infecção.

—Elliot? - ouvi ao longe e senti alguem tocando meu ombro antes de abrir os olhos.

—Meu filho, você passou a noite nessa poltrona? Deve estar todo dolorido. -Sue disse preocupada assim que abri os olhos e percebi que já havia amanhecido.

—Na verdade nem dormi, acho que só cochilei meia hora. Mas estou bem. - disse me levantando da poltrona e foi inevitável não sentir meu corpo protestar por ter ficado horas em um lugar desconfortável.

Ignorando a dor, fui até Leah e senti sua temperatura, depois a sua pulsação e estava tudo normal. Agora só faltava conseguir fazê-la comer um pouco.

—Ela parece um pouco mais corada que ontem. - Sue disse suave e concordei.

—Ela não conseguiu comer nada ontem, então decidi colocá-la no soro antes que o quadro se agravasse. Agora, vamos ter que fazê-la comer alguma coisa, porque não quero ter que recorrer a uma enteral, seria doloroso demais para a Leah e para nós. - disse preocupado ao pensar nessa possibilidade.

—Então não pense, meu filho. Porque você não toma um banho e descansa um pouco. Vou descer e preparar um café da manhã para vocês.

—Obrigado Sue, e a Ária já saiu?

—Ainda não, quando cheguei ela estava terminado de tomar café. - ela explicou e logo minha filha entrou no quarto.

—Como a mamãe está? - Ária questionou olhando para a mãe.

—Bem, assim que ela acordar vou tentar fazê-la comer um pouco.

— Qualquer coisa pai, me liga. E diga a ela que mais tarde eu ligo. - ela disse e me deu um beijo de despedida antes de beijar a avó e sair.

Depois que Sue saiu do quarto, me sentei na cama para observar Leah dormir, pois estava com medo dela acordar e ficar apavorada por não me ver ao seu lado.

—Estou aqui amor. - sussurrei suave assim que Leah abriu os olhos e não me viu sentando na cadeira. -Bom dia querida.

—Bom dia, você me assustou. - ela sussurrou suave olhando nos meus olhos e acariciei seu rosto com carinho.

—Eu não vou a lugar algum Leah, prometo.

—Eu sei, mas não sei explicar de onde vem essa insegurança toda. Na verdade, era você que deveria ficar inseguro, afinal fui eu que virei uma loba por quase dois meses. - ela disse e a olhei surpreso por ela saber por quanto tempo ficou fora. - A nossa filha não me contou nada, mas fiz as contas, Elliot e o aniversário da Ária foi mês passado. O que foi que aconteceu entre nós? Porque não consigo me lembrar de muita coisa.

—Qual a sua última lembrança?

—Só lembro de quando salvei você dá Clara, depois disso não lembro mais de nada. E toda vez que tento forças as lembranças minha cabeça dói.

—Vai ficar tudo bem. Nós vamos conversar depois que você tomar um banho e comer alguma coisa.

—Mas isso pode levar o dia todo. - ela disse preocupado e sorri carinhoso para ela.

—Não tem importância, a minha prioridade é você. - disse olhando em seus olhos e Leah concordou antes de ajudá-la a se levantar e fomos para o banheiro.


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