Dramione| Curiosidade. escrita por Srt bad Wolf


Capítulo 1
capítulo único




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Era uma noite tranquila e agradável,  o silêncio pairava pelos cantos da ernome mansão da família Malfoy. Em um quarto infantil, cheios de livros e brinquedos, existia um menino com demasiada obstinação.

Hermione cobria o filho carinhosamente. O garoto de apenas cinco anos estava agitado demais naquela noite, já havia passado da hora de dormir e ele continuava com seus grandes olhos azuis bem abertos, se recusando com teimosia a ir para cama. Hermione fez uma nota mental sobre nunca mais deixar Narcissa entupi-lo de doces, a avó era muito apegado ao único neto, às vezes o garoto até se escondia das mãos apertadoras de bochechas dela. Avós sempre mimandos os netos, não existia exceções, nem mesmo no mundo bruxo.

Scorpius Malfoy era o clone do pai, Hermione chegava até se assustar com tamanha semelhança, até em certos hábitos como um franzir de sombracelhas, um apertar de lábios  e até  aquele meio sorriso típico de Draco Malfoy ele havia adquirido. O garoto era adorável,  herdou a curiosidade e a sede de conhecimento da mãe, era gentil e carinhoso- e como previsto tinha a teimosia dos pais correndo pelo sangue. Ele se mostrava bastante travesso, fazendo Draco e Hermione deixarem suas varinhas bem longe das mãozinhas do mini projeto de Sonserino - ou grifinorio, quem sabe.

— Scorpius Malfoy, já é hora de dormir. - Hermione sentou-se na cadeira ao lado da cama. Cansada de tentar aquietar o pequeno.

— Mas... eu não quero. - Ele choramigou tentando parecer o mais fofo possível. Só faltava os olhos brilharem igual aquele desenhos trouxas.

— Não, eu não vou me derreter com esse seu olhar. Por Merlin, assim fica impossível. - balançou a cabeça rindo um pouco.

O menino riu docemente.

— Certo, agora feche os olhos.

— Mãe...

Hermione iria dizer algo mas sua atenção foi  chamada para a porta do quarto que foi aberta lentamente.

Draco apareceu adentrando calmamente o local, sua gravata estava frouxa  e ele tinha a parte de cima do terno nas mãos. Pensava que o filho já estaria dormindo e que Hermione estivesse o cobrindo, mas se surpreendeu quando o pequeno pulou da cama animadamente correndo em sua  direção e  pendurando-se em sua perna. Ele olhou para Hermione com uma clara interrogação em seu rosto.

— Não me olhe assim... Ele é teimoso igual a você. - Disse  dando de ombros.

Ele ergueu as sobrancelhas, ela também era teimosa tanto quanto ele. Mas não iria discutir sobre isso, apesar de ter muitos argumentos ela sempre ganhava no final - greve de sexo não é legal.

— Ei garoto, por que não está dormindo? - Perguntou tirando o filho do chão.

— Não estou com sono. - Ele disse como se fosse bastante óbvio.

— Você tem que obedecer sua mãe, não é nada legal deixar Hermione brava. - Contou para o filho deixando um sorriso escapar (realmente não era uma ótima escolha deixá-la zangada).

Ele pôs Scorpius de volta na cama e sentou-se na beira da mesma, estava escutando atentamente o que o menino falava. O filho dizia com animação todos os fatos do dia, de como ele tinha se escondido de sua vó Narcissa até o momento em que Hermione o pegou para fazê-lo ir para a cama.

Hermione sorriu ao ver a cena á sua frente, Draco era muito atencioso e carinhoso com o filho, seus olhos se iluminavam todas as vezes que chegava em casa depois de um  dia de trabalho e encontrava o menino. Não parecia nada com o homem sério e frio que era quando estava longe da família.

Se Hermione voltasse no tempo e dissesse para seu eu do passado, para aquela garotinha de cabelos armados, que ela estaria dormindo na mesma cama que Draco Malfoy, que tivesse se casado com aquele garoto ignorante que vivia implicando com ela e que teria um filho encantador com a personalidade de ambos se misturando, provavelmente, seu eu do passado acharia que estivesse louca. Mas o fato é que aquele era seu presente, ela havia se tornado uma Malfoy, tinha se casado com a pessoa que mais discutiu desde a sua infância, surpreendendo todos. Ela era a primeira Malfoy sem sangue-puro, uma nascida trouxa.
Ela se lembra do casamento; Flores para todos os lados, seus amigos ali com seus olhares curiosos( e incrédulos) e Draco Malfoy suando  frio quando pegou na mão dela para dizer seus votos. Até mesmo Lucius estava lá, mesmo desaprovando toda aquele união. Draco não iria voltar atrás, apesar de estar nervoso.

Só o viu nervoso assim quando Scorpius Malfoy nasceu, o fruto da relação mais improvável que já tinha acontecido, a junção de duas pessoas tão opostas em um único ser. Draco estava convencido que seria um menino, como você tem tanta certeza disso ? Ela perguntou depois de decidir só saber o sexo do bebê no dia do nascimento, eu sou um Malfoy, os primogênitos da minha  família sempre são meninos, ele respondeu despreocupado. Hermione pareceu ponderar por uns instantes, se você tivesse se casado com uma sangue-puro, mas não, eu sou uma "sangue-ruim" lembra? Ele tinha um sorriso tranquilo nos lábios quando disse: menino ou menina eu vou amar de qualquer forma. No final ele estava certo, ela havia concebido um lindo bebê, seus finos fios de cabelos tão prateado-branco como o do pai, olhinhos azuis como dois pires e uma risada meiga que derretida todos os corações. Draco se transformou em um pai coruja em pouco tempo, era muito fofo ver ele balançando cuidadosamente o pequeno filho, e incrivelmente Scorpius sempre se acalmava nos braços dele.

O menino cresceu cercado de amor e atenção, os amigos de Hermione e Draco o adoravam, sempre enchendo o menino de mimos, mesmo quando o antigo Sonserino não deixasse que eles segurasse o filho por muito tempo.  Malfoy, um pai superprotetor? Quem diria, Harry zombou uma vez.

Hermione continuava trabalhando, mesmo depois de ter seu filho, e quando tinha que resolver algum problema no Ministério ela sempre deixava o menino com Narcissa ou com a Sra. Molly. Draco não tinha se agradado com a história de que Hermione tivesse que trabalhar, ele tinha dinheiro o suficiente para que ela não o fizesse, ela era uma Malfoy, não precisava. Bem, ela jogou um livro na cara dele quando ele disse isso, só a enfureceu ainda mais. Não importava essas tradições obsoletas da família Malfoy, iria trabalhar de qualquer jeito, porém, ela realmente não queria ficar tão  longe do filho e a solução foi trazer seu trabalho para casa, tendo o próprio escritório e isso também pareceu contentar um pouco - só um pouco - Draco.

De qualquer forma, eles não discutiram mais sobre o assunto.

—... E o tio Rony. - Ele por fim terminou   com um pedido de querer ir visitar os tios.

Scorpius adorava seus tios, Rony e Harry, quando os visita eles sempre contavam várias e várias histórias dos tempos de Hogwarts. O garotinho amava ficar ali os escutando totalmente maravilhado com os relatos. Os únicos que se mantinham imparciais  eram os seus pais.

— Ok. Levaremos você, mas agora você irá dormir.

— Eu vou dormir. - Ele sorriu com um lampejo de uma ideia em sua mente. - Se vocês me contarem uma história.

— História? - Draco indagou.

— Que tal uma história do mundo trouxa? - Hermione perguntou sentindo seus olhos brilharem. Adorava mostrar coisas de seu mundo para o filho, que era mais do que curioso.

— Não. - negou vendo o sorriso da mãe desmanchar. - Uma sobre Hogwarts.

Draco riu levantando as sobrancelhas para  direção de Hermione. Ela serrou  os olhos desconfiada, já sabendo o que ele iria insinuar.

— Ok, então eu vou lhe contar como a Sonserina é  a melhor casa daquele lugar. - O homem loiro cruzou os braços orgulhoso das próprias palavras. Orgulhoso da sua amada Sonserina verde - isso nunca mudaria,  mesmo causando várias trocas de farpas com a antiga grifinoria, com a própria esposa.

Hermione riu sarcásticamente no seu lugar.

— Draco acho que você bateu  a cabeça, não é? Foi obliviado ou algo assim, querido ?

Draco iria retrucar mas foi interrompido pelo pequeno Malfoy que já tinha cruzado os bracinhos em indignação:

— Sobre vocês dois, como vocês se conheceram? Tio Harry sempre fala como conheceu a tia Gina.

O casal se entreolham surpresos com a sugestão do filho. Nunca haviam contado como se conheceram, Scorpius sempre escutava algumas piadinhas entre os pais e os velhos amigos mas nada  fazia muito sentido para ele. Sua curiosidade era bem grande. Para ele, sua mãe e o pai deveriam ter uma história parecida com a dos Potter, um romance clichê sobre os dois serem amigos para depois se apaixonarem. Algo assim.

— Claro. - Draco desviou o olhar de sua esposa e voltou a encarar o menino parcialmente deitado na cama. - Eu vou lhe contar tudo. - sorriu e Hermione conhecia aquele sorriso, mas ela apenas se endireitou na cadeira com os braços cruzados a espera do que viria. - Por onde eu começo? Uhm... ah! - Ele exclamou - Bem, sua mãe era da casa dos leões, a Grifinória e eu da Sonserina. Hermione vivia no meio dos livros, eu suponho que ela suspirava por mim, claro. Então  eu descobri que ela era perdidamente, loucamente, apaixonada por mim e eu a ignorei... Mas ela me irritou bastante com suas insistência então  eu acabei sentindo pena e dei uma chance para ela. Depois nos casamos e você nasceu. Fim.

— Malfoy! Não diga mentiras estúpidas para nosso filho! - Hermione protestou irritada fazendo Draco soltar uma risada provocativa.

— Mas essa é a verdade, querida.

— Idiota. Eu conto a verdadeira história Ok? - Ela olhou para Scorpius que estava com as sombracelhas franzidas claramente confuso.

— Está bem. - deu de ombros com indiferença.

— Scorpius, eu e seu pai nunca nos demos muito bem no colégio. Não fomos  nem um pouco amigos como Gina e o Harry.

— Mas vocês são casados. - O menino constatou, era pequeno mais sabia que só pessoas que se gostavam se casavam. E sempre os via se beijando, apesar de achar nojento.

— Sim, somos. Mas naquela época fomos como... "rivais" - olhou pervesamnete para Draco -, seu pai odiava o fato de eu ser melhor que ele em todas as matérias.

— Granger! - exclamou.

Ela riu divertidamente.

— Ok, ok. - deu de ombros. - Bem, a Sonserina e Grifinória são casas com uma rivalidade que passa de geração a geração, você já sabe disso, e na  nossa época não foi diferente...

Hermione começou seu relato, contando a verdadeira história de como ela e Draco se apaixonaram. De como eles se detestavam no início, que existia uma inimizade insuportável entre eles. O pequeno Malfoy tinha os olhinhos vidrados em seus pais, totalmente surpreso com a história, não era nada parecida com o que imaginava, ele riu da cara carrancuda que o pai fez quando escutou a parte em que sua mãe corajosamente lhe deu um belo soco o fazendo  ter que visitar a ala hospitalar do colégio. O garoto poderia  dizer que essa história não era nem um pouco parecida com a do  Harry Potter e da Gina Potter, era divertido saber que eles foram nada convencionais e apesar de tudo eles se apaixonaram no final.

—... Hermione Granger era a garota mais linda e inteligente de toda Hogwarts, apesar de ser irritante - Draco contou -, eu sempre gostei dela, mas fui muito idiota por bastante tempo para admitir.

Os olhos castanhos de Hermione iluminou-se, Draco podia aparentar ser frio e muitas vezes  indiferente com os outros, mas quando era agradável ele era o melhor. Poucas pessoas tinham esse privilégio de  vê-lo tão descontraído, sorrindo e até mesmo um pouco desalinhado de sua perfeita aparência imaculada.

O pequeno Scorpius acabou fechando os olhos caindo num sono profundo e tranquilo, para a indignação de Hermione e Draco que acabaram se empolgando com todas as coisas que relatavam, ainda tinham  tantas coisas para contar. Recordaram de acontecimentos que há muito tempo não pensavam: de como Hermione se sentiu uma boba quando Draco, no seu terceiro ano,estranhamente, a ajudou a carregar um livro, ou quando ele sentiu um estranho ciúmes quando a viu no baile com o Krum.

Antes de saírem do quarto infantil, Hermione beijou amorosamente a testa do filho adormecido e o ajeitou melhor na cama. Ele tinha a aparência tão tranquila quando estava dormindo, em pensar que  um dia ele chegaria a idade certa para começar sua jornada na escola de magia e que ela  o veria entrar no Expresso  para Hogwarts, fazia  o coração de mãe protetora se apertar.

— É bom relembrar os velhos tempos. - Disse Draco, jogando sua gravata que estava pendurada no pescoço. - Não fique triste quando Scorpius escolher a Sonserina.

— Por favor, não faça piadas. - zombou do jeito convencido dele.

— Duvidando, Granger? Você sabe que eu geralmente não erro em um palpite. - sentou-se na beira da cama de forma relaxada acompanhando com os olhos  a mulher .

Ela revirou os olhos caminhando pelo quarto começando a se despir. Onde ela deixou sua  camisola? Ela se perguntava enquanto saía do vestido que usava logo ficando só de roupas íntimas. Um grunhido foi escutado logo atrás.

— Mas que droga Hermione! - exasperou chamando a atenção da castanha que parou imediatamente o que estava fazendo. Algo de errado?

— Hum? - olhou em volta depois o encarou- Que foi ?

— Pare de tentar me seduzir Granger. Você sabe que não sou bom com autocontrole. Não me provoque.

— Provocar? - Ela sorriu levemente, desta vez ela caminhou lentamente até ficar na frente dele fazendo-o olhar para cima - Eu poderia  zombar de você. - terminou se afastando, mas ele se levantou e a puxou pela cintura. Hermione riu divertida quando ele beijou seu pescoço.

— Granger, Granger. Eu zombei de você e de seus amiguinhos durante nossa juventude - Sorriu provocativo -, então não ache que será a única a provocar aqui.

Ela sorriu quando ele a virou e beijou seus lábios. Etava com saudades, saudades do beijo e do toque provocativo dele.

Eles já estavam na cama e Hermione  estava mais do que ansiosa quando ele parou de repente e a encarou. O que diabos? Ela ainda tentou puxa-lo para voltarem ao ponto.

— Você está feliz? - ele perguntou cuidadosamente.

Hermione não esperava essa pergunta, ele não sabia a resposta?!

— Hã? Que pergunta é essa? - franziu as sobrancelhas. - Claro que estou, Draco.

Ele já estava observando-a há  muito tempo, Hermione parecia um pouco hesitante em lhe dizer algo e isso não passou despercebido. O olhar melancólico que ela lançava as vezes para o filho e alguns comentários sobre a falta que ele faria quando fosse para Hogwarts. Sonserinos são observadores e Draco pegou a dica. Ele a beijou docemente antes de voltar a falar:

— Eu sei que você quer que a família aumente. - foi conclusivo.

Ela caiu em estupor. Sua boca abriu levemente.

— Como você...?

— Eu te conheço - Respondeu estudando a feição surpresa dela. - Acho que isso soa bem, Scorpius vai adorar ter um irmãozinho ou uma irmãzinha.

Ele sorriu ao ver os olhos brilhantes de realização dela. Hermione o abraçou contente, sim, ela adoraria aumentar a família, queria isso.

— Então... - Ele beijou a curva do pescoço dela. - Não acho que ficar aqui parada vai ajudar.

— ... Eu te amo. Muito.

Hermione sorriu e puxou para voltar aos seus beijos quentes e apaixonados. Não poderia estar mais do que feliz com a ironia de ter se casado com Draco, de se sentir contente e completa nos braços dele de poder dizer as palavras mais verdadeiras guardadas em seu coração. Mesmo com as pequenas brigas eles sempre conseguiam se entender, conheciam um ao outro e ambos queriam aumentar sua ligação familiar, algo que ninguém poderia quebrar.


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