Dear Mr. Potter escrita por JubsFeh


Capítulo 41
Capítulo Quarenta: Meninos, Casamentos e Problemas


Notas iniciais do capítulo

Reta final!

BOA LEITURA!



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28 de fevereiro de 1980 

Eu serei padrinho! Recebi a notícia que Lily estava grávida e eu serei o padrinho. Estou muito feliz. 

Frida amou a notícia. Ficou muito feliz pela ruiva estar grávida e vive dizendo que estou todo bobo por ser padrinho. E olha que nunca gostei de crianças. Até já sugeri vários nomes, o que fez todos acharem que eu seria um pai babão. Repudiei a ideia. Só de imaginar uma criança chorando durante a noite não me deixando dormir já me causava ânsia. Ser padrinho pelo menos só me faz ir de vez em quando levar um presente ou outro. 

Alice disse que também estava na hora de eu ter meu filho. Frida surtou. E óbvio que eu também. Sou muito novo para ter um filho agora. Não consigo nem cuidar de mim ou controlar Frida, quanto mais cuidar e controlar uma criança. Vamos adiar essa ideia. Que sabe daqui a uns 30 anos ou mais a gente não resolva pensar a respeito. 

  

1 de março de 1980 

Hoje é o aniversário de Frida. Pela primeira vez desde que nos conhecemos eu estou ciente do seu aniversário. De acordo com ela aniversários são testes e mostram o quão próximo da morte vocês está chegar. Mórbido? Também achei. 

Não fizemos nada de mais a pedido dela mesma. Apenas um almoço onde convidamos apenas os amigos mais próximos. Desses amigos até Marlene fora incluída. Fiquei surpreso, porém contente com a amizade que cresceu entre as duas. 

Eu, muito provavelmente, não ficaria contente em conviver com o ex de Frida. Principalmente em saber que ela ficou toda reclusa e me deu muitos bolos durante a adolescência por conta desse ex que destruiu a vida dela e ela nunca fala a respeito. Ainda bem que Marlene não é uma ex. 

Após o almoço ficamos apenas conversando com sempre fazíamos em Hogwarts até Alice e Frank precisarem ir embora por conta de um ataque de Comensais a um bairro trouxa. Eu fui junto, claro. Frida não gostou muito disso, porém entendeu. 

Ocorreu tudo bem conosco, porém foram encontrados 5 corpos de uma família que apenas um dos filhos era nascido trouxa. Todos assassinados por magia. Algo terrível de se ver. Alice, uma das pessoas mais fortes que eu conheço, passou mal com a cena onde havia uma criança de, no máximo três anos, estirada sobre o chão. 

Quando eu voltei para casa após o Ministério enviar homens para analisar o caso, já era bem tarde. Frida estava dormindo no sofá com a TV liga. Provavelmente havia ficado me esperando até tarde. 

Eu levei ela pro quarto e fui tomar banho. Quando eu saí que eu resolvi pegar esse caderno velho que eu me recuso a chamar de diário. Acho que estou compartilhando isso aqui porque o aniversário da gracinha havia sido estragado graças a essa guerra que está acontecendo por causa de um mestiço preconceituoso metido a sangue-puro. 

Fiquei preocupado com James e Lily que logo serão pais. Ver aquela criança tão pequena que sofreu com as consequências da guerra era extremamente triste. Meu único alívio foi Frida não ter ido junto para presenciar a cena. Iria se sentir culpada, mesmo que por nada. 

Essa cena acabou dando mais incentivo para não dar ouvidos para Alice. Nada de filhos. Acho que ela deveria se preocupar em casar e parar de enrolar o pobre coitado do Frank ao invés de se intrometer na minha vida. 

 

A próxima página estava coberta com um papel dobrado, preso por um clips de papel. Harry retirou o clips enferrujado e abriu o papel, notando se tratar de uma carta. Estava amarelado e manchado, com algumas letras difíceis de se decifrar. Esforçou-se para ler e prosseguiu. 

“Querida Frida, 

Gostaria que não se chateasse comigo pelas escolhas que me levaram para um caminho bem distante do seu. Sei que não teria orgulho do que me tornei, mesmo que isso seja algo que sua família preze tanto quanto a minha. Mas nós dois sabemos que você é diferente e não pensa dessa forma. Eu sim. 

Sinto muito por te decepcionar, mas você está com o Black certo para você. Sirius nunca colocou a família e o sangue em primeiro lugar. Já eu sim. E isso não é o que você espera de alguém, mesmo sendo tão pura quanto eu e ele. 

Espero que compreenda. Quem sabe um dia não perceba que deveríamos estar no mesmo lado da moeda e não opostos. Lord vai trazer a grandeza para nós novamente. Queria que estivesse ao lado dos seus iguais, mas só de saber que você está segura com Sirius já me é o suficiente. 

Sei que ambos são traidores de sangues, mas caso aconteça algo e você precisar que intercedam, irei fazê-lo. Não irão desperdiçar um sangue como o seu. 

Sinto muito por estar te magoando agora, mas é que eu sou. 

Com carinho, 

A. B

 

A testa de Harry franziu em uma ruga após terminar de ler a carta. Lembrou-se que as iniciais se tratavam de Regulus Black, irmão mais novo de Sirius, que morreu ao tentar destruir uma Horcrux. 

Não entendeu qual a relação entre os dois pela carta. Não entendeu direito, mas pela carta parecia que Regulus havia sido trocado. Que Frida havia escolhido Sirius ao invés dela. 

Na carta o mesmo se lamentava por estarem em caminhos opostos. Ela lutando pelo fim de uma guerra elitista e sem sentido e Regulus visando o sangue-puro dos bruxos. 

Dobrou a carta e deixou sobre o sofá ao lado de sua perna. Ficou seus olhos na página que estava escondida pela carta e esperou que ali houvessem algumas respostas que pudesse preencher as lacunas que aquela carta havia deixado. 

 

5 de abril de 1980 

Frida recebeu hoje uma carta de meu irmão. Aparentemente só agora ela descobriu sobre o fascínio de Regulus pelas Artes das Trevas. Talvez fosse ingenuidade demais vindo de alguém tão estupidamente inteligente. Mas Lily diz que Frida apenas vê o melhor em todos sempre e que isso pode a chegar algumas vezes. 

Ela não saiu da cama para nada o dia inteiro. A carta a deixou tão abatida que do não ter forças ou ânimo para fazer nada. Fiquei revoltado com a droga da carta e resolvi ler essa porcaria também. 

Regulus sempre foi apaixonado por Frida. Na última vez que nos falamos foi exatamente por esse motivo. Na carta ele diz estar confirmado com ela tendo ficado comigo ao invés dele, mas diz que, se acontecer qualquer coisa ou se a “causa” deles for bem sucedida, que irá protegê-la. Um imbecil. 

Talvez o idiota nem sabia do que Bellatrix havia feito com a gracinha. Se soubesse não ousaria chamá-la de traidora de sangue ou cogitar a possibilidade dela mudar de ideia e apoiar ele e Voldemort. 

Walburga deve estar muito feliz em saber que o filho predileto se tornou um comensal asqueroso. Se ela soubesse que eu sou uma das pessoas que está lutando contra essa escória, viria pessoalmente até mim tentar me matar.  Seria bem cômico se não fosse trágico. Que exemplo de família eu tenho. 

Eu espero que ele nunca ouse cruzar o caminho dela novamente. Quiçá o meu. E espero de verdade que Frida não se arrependa das escolhas que fez ficando com o único Black renegado. 

  

16 de abril de 1980 

Alice anunciou finalmente quando seria seu casamento com Frank. E sabe por quê? Está grávida. 

Agora não tem como adiar mais ainda o casamento com Frank. E por incrível que pareça, seu filho está previsto para nascer na mesma época que o meu afilhado. Frida melhorou depois da carta de Regulus por receber a notícia que seria tia duas vezes. 

Eles irão se casar no final do próximo mês. Está uma correria muito grande para conseguirem arrumar o casamento a tempo. Alice não quer estar com a barriga muito evidente durante a festa. Deveria ter pensado nisso antes de enrolar tanto o Longbottom. 

Essa semana mais bruxos vieram a óbito. Essa guerra está começando a custar muito caro. Fico com medo de chegar em casa e receber qualquer notícia ruim. E com mais medo de acontecer qualquer coisa com Frida. Alice irá se casar no último fim de semana de maio, para não ter que usar o vestido de noiva estando já parecendo com uma grávida de verdade. 

  

7 de junho de 1980 

Pela primeira vez na minha vida tive que viajar para realmente longe. E eu odeio viajar. Fiquei meio claustrofóbico dentro do avião. A sensação de estar voando dentro de uma lata de sardinha, sem estar em uma vassoura pelo ar, é extremamente horrível e perturbadora. Por que resolvemos usar meios trouxas ao invés da rede de flúor eu não faço a mínima ideia.  

E por que eu tive que viajar? Mais um casamento! Meu Merlin! Parece que todos resolvem se casar quando saem da escola. Isso é tão estranho. 

Ontem nos fomos ao casamento de Avra e Sylvia. Foi algo bem diferente, levando em conta que duas mulheres vestidas de noiva se casaram. Mas foi muito bonito. Pelo menos eu acho. 

A festa foi muito bonita. As famílias das duas eram bem animadas e fizeram uma enorme comemoração. O que foi bem avançado, tendo em vista que estamos em 1980. Frida foi madrinha de Sylvia e não houve padrinhos na festa. Quando eu digo que foi algo revolucionário é porque realmente foi algo muito revolucionário. Talvez nem tanto por se tratar de duas famílias sangue-puro. Apesar de eu e Frida sermos agraciados com tal fato, ainda tivemos que mudar com narizes empinados e olhares tortos. 

No dia do casamento passamos a manhã com Sylvia. Fizemos um pequeno tour pela cidade de Toronto, onde agora elas moravam, e finalmente conheci uma das amigas da Sonserina de gracinha. 

Foi quando percebi que Frida tinha uma mente muito aberta e bem avançada para seu tempo. E muito menos ligava para a opinião dos outros. Ela mesma incentivou o casamento entre as duas amigas e isso que acarretou na minha insuportável viagem de avião. 

Quando estávamos na festa, assistindo a valsa entre as noivas e vendo os pais felizes e chorando de alegria, Frida me contou que nunca se importou com por quem as pessoas se apaixonavam. O que importava era se a pessoa fosse boa. Perguntei o porquê dela pensar dessa maneira e ela me respondeu que, desde criança ela sempre soube que Jacob, seu primo, era gay. 

Eu me espantei. Claro que o rapaz era bem tímido e na dele, mas não esperava por isso. Frey contou que ela foi a primeira em quem ele confiou esse segredo e se sentia honrada por isso. Que o importante não é quem você ama, mas porquê você ama. 

Agora, como uma mulher tão inteligente, evoluída e tão bonita conseguiu se apaixonar por alguém tão imaturo como eu? Para essa pergunta acho que só tem uma resposta plausível: ainda vem que eu sou bonito. 

Depois dessa pequena conversa ela continuou assistindo as noivas e eu a encarando com certa admiração. Depois de um tempo Frida voltou seus olhos para mim e sorriu perguntando: “O que você está olhando?” 

“Você” foi o que eu respondi. 

“Ah é? E o que você vê?” Ela perguntou arqueando uma das sobrancelhas. 

“A mais bela garota que eu já vi” respondi e ela revirou os olhos esverdeados. 

“Você é um maldito clichê” Frida constou. Eu acabei dando de ombros e ela riu, voltando seus olhos para o meio do salão. É. Acho que eu sou um maldito clichê. Mas meus amigos não podem me julgar por estar apaixonado. Muito menos você, que é só um objeto inanimado que não passa de um caderno velho. 

  

1 de agosto de 1980 

Nasceram finalmente os meninos! Alice deu a luz no dia 30 de julho e Lily dia 31. As duas estão ainda no St. Mungus com os meninos. Hoje de manhã eu e Frida fomos visitar as duas. Elas estavam radiantes. Neville Longbottom é o menino de Alice. Harry James Potter de Lily. E claro, os pais estão totalmente felizes. 

Na nossa visita, encontramos todos os amigos lá. Frida resolveu levar chocolate para as novas mamães, que ficaram felizes por comer algo que não seja comida de hospital. Só de lembrar das vezes que tive que ficar na enfermaria de Hogwarts após me arrebentar em algum jogo de quadribol já sinto arrepio na espinha. 

Marlene e Frida competiam entre as duas para saber quem seguraria os bebês primeiros. Eu ainda não estava muito familiarizado com a interação das duas, porém achei bom. Ainda existe a possibilidade de ambas se juntarem para compartilhar todas as merdas que eu já fiz. Essa ideia me assusta. 

Gracinha estava muito feliz com o nascimento dos novos membros de nossa família. Chorou muito quando pode pegá-los no colo. Até se prontificou a ficar no hospital para fazer companhia às duas durante a noite. Lily e Alice recusaram, obviamente. Agradeço por isso. Odeio ficar em casa sozinho. 

Quando voltamos para casa, ela estava tão feliz que estava inspirada para cozinhar. Também quis dançar a noite toda. Acho que, apesar de sermos bem novos, ela deve ter pensado bastante em ser mãe. Não por querer não se sentir excluída, já que todas as amigas estavam casadas, grávidas ou com filhos, mas porque ela amava crianças. 

Acho que ajudaria ela a lidar com a depressão. Muitos dias eu chegava em casa e a encontrava deitada e apática. Suas crises iam e vinham o tempo todo. Aos poucos ela ia melhorando. Já conseguia dormir durante a noite toda, estava mais aberta e mais sorridente, porém ainda tinha algumas crises. 

Lembrei-me até do casamento de suas amigas e como naquela época ela estava bem e sem ter nenhum incidente de crise. Pensei até em pedi-la em casamento, mas achei cedo demais. Acho que esperar o final da guerra possa ser melhor. Já estávamos morando junto mesmo, acho que isso pode esperar. 

Sirius Black continua na pista até lá. Ou pelo menos na teoria apenas. Se Frida ler isso não vai pensar duas vezes antes de me amaldiçoar. Retiro completamente o que disse. 

  

15 de novembro de 1980 

Nesse ano não teve nada muito fora de comum no meu aniversário, graças à Merlin. Apenas passamos o dia em Oxford, passeando pelas mesmas ruas que em anos antes. Até fomos no mesmo pub, onde encontramos o mesmo garçom. Essa parte foi realmente estranha,  que ele nos reconheceu e perguntou se não havíamos nos divorciado. 

Ele disse estar no último ano de sua faculdade de literatura inglesa. Eu e Frida contamos que acabamos desistindo de nosso divórcio e que agora estava tudo bem. E ele nos parabenizou por isso. Esse foi o aniversário mais normal que já tive até agora. E olha que, mesmo assim, foi bem esquisito. 

Daqui a seis dias fará um ano desde que gracinha voltou para a minha vida. Sei que não parece ser grande coisa, mas para mim é muito. 

Se for parar para analisar, talvez tenha válido a pena esperar e passar por todo aquele ano com ela longe onde eu só sabia reclamar da minha vida para Lily e Alice ou escrever melancolias nessa porcaria feita de couro e papel. Claro que eu me odiei e a odiei por me fazer sofrer e sentir coisas que eu nunca quis sentir. Mas talvez eu estivesse em um lugar totalmente diferente agora. Continuaria a sendo o mesmo adolescente que eu era em Hogwarts. É estranho como amadurecemos em tão pouco tempo. 

É complicado às vezes. Mas em outras nem tanto. Como quando eu acordo e a primeira visão que eu tenho é ela me encarando, esperando que eu acorde, fitando-me com seus olhos esverdeados. Acho que essa é uma das vezes que não é nenhum pouco ruim. 

Ou até quando eu acordo durante a madrugada e ela não está. Na maioria das vezes está na cozinha, preparando calda de chocolate para comer com morangos, plena 3h da manhã. Apesar de tudo ter mudado, acho que ela ainda teme que algo ruim aconteça enquanto ela dorme. 

Acho que agora deve temer não pela família, já que sabe que seus amigos estão seguros distantes dela. Mas talvez seja pelos amigos e por mim. Ficar acordada pra ela significa que está atenta a tudo que pode acontecer. 

Quando ela voltou, no começo, não estava tão preocupada. Agora que se juntou a Ordem, teme mais ainda por nós. E por isso ela fica acordada a noite toda algumas vezes. 

Mas quando ela tem suas crises ou quando brigamos por qualquer motivo, o menor que seja, é realmente ruim. Estamos ainda aprendendo a lidar com essas situações. Eu principalmente. Mas ainda assim são dias difíceis os quais precisamos viver um de cada vez. 

  

2 de fevereiro de 1981 

As festas de fim de ano foram comuns. Nada extraordinário ou fora do comum. A única diferença era que, dessa veztínhamos mais membros em nossa família. 

Em janeiro completou três anos desde a morte dos pais de Frida. Houve uma cerimônia na Irlanda, mas ela não quis ir. Ainda não conseguia lidar muito bem com a morte deles, então sempre era triste para ela. Espero que tudo melhore com o tempo. 

  

7 de abril de 1981 

Severo Snape vem ajudando a Ordem secretamente nos últimos dias. Disse que, há algum tempo, ouviu uma conversa entre Dumbledore e outra pessoa, a respeito de uma profecia sobre uma criança nascida no verão. E se arrependeu de contar para o Lord das Trevas, pois na profecia, essa criança destruiria Voldemort e agora ele pretende matar essa criança. 

E sabe o pior? A provável criança é Harry ou Neville. 

Com isso todos entraram em pânico na procura de proteger os meninos. Alice votou para a casa dos pais com Neville e Lily e James se mudaram para Godric's Hollow, abandonando a mansão. Resolveram proteger a casa com um feitiço e, para isso precisavam de alguém que guardasse a sua localização. 

A primeira escolha deles foi a mim, mas achei que seria muito óbvio e que os comensais acabariam indo atrás de mim para conseguir o feitiço. Ou pior, usarem Frida para conseguir isso, apesar de apenas os membros da Ordem saberem de meu envolvimento com ela. Não sei se Regulus seria capaz de entregá-la para os Comensais da Morte. Achei melhor não arriscar  

Apesar disso, não se pode confiar em ninguém. Acredito que Você-sabe-quem pode ter espiões por aí, vigiando a todos. Por isso, indiquei Peter para ser o guardião do feitiço. Ninguém desconfiaria de Rabicho, já que ele tem os aspectos de alguém fraco. Então, quem confiaria em alguém assim? Foi uma ideia mais parecida com psicologia reversa. 

Lily até preferia que fosse Remus, mas ele anda meio evasivo e isso me causou certa desconfiança. Claro que Frida achou que fosse cisma de minha parte, já que eu tinha ciúmes dela e com isso fiquei encrencando com ele, mas eu tenho certeza que tem algo estranho acontecendo. 

Por Lily não sair mais tanto de casa e nem Alice, Frida se afastou um pouco da Ordem para sempre que podia ir passar os dias com elas. Sempre achei meio perigoso, não só para ela, mas para Lily e Alice também. Mas nenhuma delas me escuta, então não é novidade. 

  

20 de maio de 1981 

Não aguento mais essa guerra. 

Hoje Lily me enviou uma carta dizendo que Marlene foi assassinada. Não aguento mais essas perdas. Não aguento mais ter que receber notícias ruins. Não quero mais ter medo de chegar em casa noite e esperar pelo pior. 

  

1 de junho de 1981 

Eu e gracinha resolvemos dar um tempo de toda essa confusão bruxa por um tempo. Resolvemos ir para a Irlanda. Ela não quis no começo, mas a convenci de que seria bom. 

Com a morte recente de Marlene e todos os problemas e óbitos que a guerra está trazendo, a loirinha tem piorado bastante ao ponto de não conseguir abrir as cortinas da casa ou ficar em outro lugar que não seja a cama ou o sofá da sala. E isso vem acabando comigo. 

Espero conseguir fazer com que ela visite o túmulo dos pais e consiga se despedir. Talvez isso tire um pouco do peso que ela carrega. Apesar de ela ter ido ao enterro dos dois, sei que não quis chorar com os parentes por perto e nem deve ter se despedido direito. 

Programei nossa partida para dia 7. Ficaremos apenas cinco dias e vamos com o carro dela, já que, infelizmente não podemos levar malas na minha motocicleta. Só espero que isso seja uma boa ideia. 


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo!



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