Dear Mr. Potter escrita por JubsFeh


Capítulo 31
Capítulo Trinta: Sempre


Notas iniciais do capítulo

Faltam cinco capítulos para iniciar a segunda e última fase da história e, provavelmente, até sexta acaba, já que terminei todas as alterações que eram para ser feitas.

BOA LEITURA!



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No dia seguinte Sirius tentou falar com Frida, porém ela nem saiu de seu dormitório. Tudo o que ele queria era consertar a situação. Droga, por que raios Avra tinha que tropeçar e cair em cima dele? E pior, por que tinha que o agarrar ainda por cima? 

Ele não se sentia culpado, é claro que não. Não havia errado com ela, e afinal, nem eram namorados, não tinha que lhe dá satisfações. Porém, ainda queria arrumar tudo. Mas a situação ficava difícil quando ela simplesmente sumia. 

Sirius conversou com Lily e Alice para pedir ajuda e elas apenas o deram uma bronca por ser tão idiota. Pediram para ele esperar até segunda para falar com ela. Talvez um pouco de espaço ajudasse um pouco. 
No entanto, segunda chegou e ela não apareceu em nenhuma aula. Nem no jantar. Terça foi a mesma coisa. Na quarta os amigos já estavam preocupados de não ter aparecido na aula de Transfiguração. Lily se aprontou para falar com a amiga da Sonserina de Frey durante a aula de Mcgonnal. 

Chegaram perto da morena de cabelos cheios e pontas claras no final da aula. Ela guardava seus livros enquanto conversava com uma garota com uniforme da Corvinal. 

—Ah... Oi _Lily cumprimentou se aproximando. Sirius tratou de seguir a ruiva. A garota se virou para encarar a ruiva que sorriu._ Eu sou amiga de Frey. 

—Eu sei quem você é _Sylvia disse de maneira breve e séria._ Se quer saber de Frida, aviso que ela pediu para não responder nada que ele quisesse. 

Lily olhou para Sirius, para quem a sonserina apontava. Novamente se virou para a garota alta da casa das serpentes. 

—Ela não precisa saber disso _Lily constou._ Só estamos preocupados com ela. Frida não costuma sumir assim. Como ela está? 

Sylvia trocou um olhar rápido com a garota ao seu lado que também usava uniforme azul e bronze, que a incentivou que ela falasse. 

—Frida está bem _Sylvia respondeu._ Só quer ficar sozinha. E ela não quer vê-lo. E está também um ótimo tempo de reflexão. Não se preocupem, quando ela quiser vê-los, vai acontecer. 

Sylvia saiu apressada da sala e sumiu do campo de visão dos dois. Lily olhou para Sirius sem entender, mas notaram a jovem aluna da Corvinal ainda ali. 

—Não entendam mal _a garota começou ajeitando seus livros, atraindo a atenção dos dois._ Ela apenas está assim porque sabe como Frida está mal. Ela quase abriu os pulsos no banheiro das masmorras sábado. Tem chorado bastante. E quem está tomando conta dela é Sylvia. 

—Mas... _Lily tinha uma expressão confusa e pesar transmitido nos olhos.— Por que ela iria querer esconder isso de nós? Somos amigos de Frida tanto quanto ela. 

—Ela só não quer que a situação piore _Melanie pegou os livros e seguiu para a porta da sala após se despedir da professora Mcgonnal. Os dois a acompanharem._ Sylvia não fala muito a respeito disso quando estamos juntas, mas sei que Frida está bem pra baixo. Se eu fosse vocês daria um jeito na situação e depressa. 

A garota baixinha saiu pelos corredores e então Lily começou a puxar Sirius pelo antebraço e o conduzir até as escadarias de Hogwarts. Sabia que seus amigos estariam no salão comunal por ainda estar cedo para o jantar. 
Porém, assim que chegaram a frente ao quadro da mulher gorda, Lily parou e se virou para o moreno. 

—Você pode até estar agindo normalmente, mas sei que também está mal com a situação _Lily constou apontando o dedo para o rosto do moreno. 

—E por que acha isso? _O moreno perguntou arqueando uma sobrancelha, tentando parecer indiferente, mas seu interior gritava o contrário. 

É claro que ele estava mal com a situação, apesar de não admitir nem para si mesmo. Mas saber que a garota estava tão mal o fazia se sentir mais culpado. Tudo o que lhe vinha em mente eram as palavras que Alice e Lily haviam dito há algum tempo. Sirius era o pilar que estava sustentando Frida depois da perda dos pais. E esse pilar desmoronou. 

—Porque eu namoro seu melhor amigo e, ao contrário dele, que está preocupado com você, mas não toca no assunto por medo de você correr, eu estou aqui jogando na sua cara _a ruiva disse em um fôlego só, cruzando os braços. Ela suspirou se acalmando._ Já tentou falar com Remus a respeito? Ele é o melhor amigo dela. 

—Eu e Remus não estamos nos falando direito _Sirius respondeu e Lily massageou as têmporas enquanto bufava indignada. Logo disse a senha para o quadro e, quando a passagem se abriu, entrou sendo acompanhada do rapaz. 

Não encontraram os amigos no salão então Lily deduziu que estivessem no dormitório. Ela resolveu subir o lance de escadas com Sirius atrás de si e invadir o dormitório masculino. Entrou sem bater e logo se deparou com os meninos e uma Alice que se escondeu com o susto, jogando xadrez bruxo. 

—Quer nos matar do coração pelo menos avise antes _Alice esbravejou arremessando um travesseiro na ruiva, que o segurou e jogou em uma das camas. 

Ela caminhou até o grupo de amigos que estavam sentados no chão e se sentou ao lado do namorado, que passou um dos braços em volta da cintura dela. A ruiva suspirou pesadamente e esperou que Sirius se sentasse em algum lugar. 

—Algum problema? _Frank perguntou. 

—Acho que sim _ela respondeu sem saber por onde começar. James sorriu dócil para ela, encorajando-a a dizer. Novamente ela suspirou e encarou os amigos._ Tive notícias de Frey... 

—E como ela está? _Perguntou Remus curioso. 

—Mal _respondeu Lily e alguns olhares discretos foram lançados à Sirius._ Não precisam culpar Sirius. Sabemos que foi um mal entendido que aconteceu e que Frida não quis ouvir explicações. 

—Está bem, mas como ela está? _Alice perguntou ansiosa._ Ela desapareceu. Precisamos saber tudo. 

—Descobrimos que ela quase cometeu suicídio sábado a noite _Sirius respondeu por Lily, jogando em uma das camas e encarando o teto. 

—Espera. O quê? _James perguntou espantado. 

—A única coisa que podemos fazer é esperar que ela volte às aulas _Remus disse o que parecia mais viável._ Você e Alice podem ir se aproximando aos poucos novamente, como quando se conheceram. Isso pode passar confiança de novo para ela. 

—E nada de perguntar se ela está bem _Frank acrescentou e Peter assentiu concordando._ Isso só passa sensação de impotência. 

—Temos que entender que ela está em uma situação delicada pela perda da família _Alice declarou enquanto mantinha uma Faso mãos sob o queixo enquanto pensava._ Ela se isolou porque achou que fosse melhor para ela encarar isso tudo sozinha. Precisamos mostrar que não precisa ser assim. 

—Vamos tentar fazer assim _Peter se pronunciou._ Eu e os meninos cuidamos da animação. Tentamos animá-la, sei lá. Lily e Alice de fazer essas coisas que amigas mulheres fazem. 

—Pode ser _Frank pareceu pensar. 

—A final contra a Sonserina está próxima mesmo, podemos tentar levá-la para o jogo _disse James. 

—Mas... _Lily olhou para o moreno de olhos cinzentos que estava na cama._ Acho melhor que você mantenha distância por um tempo, Sirius. Não é saudável você tentar falar com ela agora. Só fará mal para você e para ela. 

O moreno assentiu cabisbaixo e em silêncio. Enquanto os amigos criavam uma abordagem para ajudar à amiga que estava deprimida, Sirius apenas encarava o teto, tentando lidar com o fato dele mesmo estar deprimido pelo que havia acontecido. 

  

Era madrugada e, diferente de todas as noites que ia até a cozinha, Frida resolveu passar esse tempo no salão comunal, assistindo a lareira queimar e ouvindo o estalar das madeiras crepitando. 

A noite estava um pouco fria, mas nada que exigisse que a loira usasse uma coberta. Sua mente divagação até as memórias do passado até ser interrompida por ouvir passou próximos de si. Não quis se virar para saber quem era, mas sua dúvida foi logo esclarecida ao se deparar com um par de olhos cinzentos a encarando. 

Sorriu fraco para Regulus que se sentou ao lado dela. Frida apoiou a cabeça no ombro do rapaz e suspirou. Regulus afagava os cabelos claros da jovem e encostou a bochecha na cabeça da garota. 

—No que está pensando? _Ele perguntou calmo. Sua voz era marcante e ao mesmo tempo suave, diferente do irmão, que era rouca e sedutora. 

—No passado _ela respondeu sorrindo tristemente._ Você se lembra do seu primeiro ano? 

—E como eu poderia me esquecer se foi o ano em que te conheci? _Ele sorriu e ela deu de ombros. 

—Você não estava nenhum pouco deslocado _Frida se lembrou rindo fracamente._ Parecia que estava em seu lar, como se sempre tivesse pertencido à Sonserina. 

—Eu acho que aqui sempre foi como um lar. Acho que sempre pertenci aqui _Regulus constou ao se lembrar do passado. 

—Eu nunca realmente soube se era ou não. Mas acho que agora, mas do que nunca, se tornou meu lar. 

—Frida _Regulus fez com que a garota olhasse para ele._ Sua vida não acabou. Você tem muitas coisas para fazer ainda, não precisa estar assim. 

A loira assentiu e fechou os olhos suspirando. Encostou sua testa na de Regulus e respirou fundo. 

—Você deveria estar dormindo _ela constatou em um quase sussurro. 

—Você também _ele disse no mesmo tom. 

—Sabe que eu não consigo _Frida suspirou fechando os olhos. 

—E eu só estava preocupado com você. 

Frida então abriu os olhos e se deparou com os tempestuosos do moreno. Era tão parecido com seu irmão, mas ao mesmo tempo tão diferente. Seu rosto era mais dócil e menos marcante, porém ainda assim era lindo como o irmão. 

O olhar do rapaz para ela era penetrante, vidrados nos olhos da loira. As mãos dele estavam no pescoço dela, afagando suas bochechas com os polegares. A respiração dos dois se misturava e Frey mantinha as mãos apoiadas nas pernas do mesmo. Logo Regulus resolveu diminuir a distância entre os dois. Aproximou os lábios aos dela e a beijou, após quase seis anos de convivência. 

Diferente de Sirius, Regulus beijava ternamente a loira, como se tivesse medo de errar algo. Pediu permissão para aprofundar o beijo e Frey cedeu. Em sua mente ela pedia para sentir algo. Seu cérebro gritava para que ela tirasse Sirius da cabeça e aquela foi uma válvula de escape perfeita. 

Então o beijo de Regulus se tornou diferente. A ternura se tornou urgência, como se tivesse esperado por tempo demais. Puxava ansioso a garota para mais perto, enterrando os dedos entre os cabelos loiros. Os lábios dele tinham gosto de tabaco mentolado e chocolate, uma combinação estranha, mas não era ruim. 

Frida se entregou ao beijo na esperança de mudar o que estava sentindo. O seu peito doía com o ato, mas qualquer coisa que não fosse lhe trazer Sirius ou sua família a mente novamente era um ato válido. 

As mãos dela foram para o pescoço de Regulus, puxando-o para mais perto. Ele sorriu com isso e levou uma das mãos até a cintura dela, puxando para mais perto. Com isso chegou um pouco para trás trazendo-a junto, só para então deitar a loira no sofá e ficar sobre ela.  Frey continuava a puxar o rapaz. Ela transformou o beijo em algo urgente, com seu cérebro pedindo por uma sensação nova. Seu corpo gritava contra aquilo, como se estivesse negando toques desconhecidos para ele. 

Porém, um estalo em sua mente foi sentido quando as mãos do rapaz foram para as pernas dela. Foi como se um feixe de luz fosse jogado em sua direção. Aquele não era Sirius. Aquelas não eram as mãos dele. Aquilo não era certo. 

Ela então interrompeu o beijo. Regulus estranhou e então se afastou. A loira ficou olhando para o teto com os olhos vidrados. 

—Está tudo bem? _Regulus perguntou. 

—Eu só... Eu... _Frida não conseguia formular uma frase. O rapaz então se afastou e ajudou a jovem a se sentar. Os olhos esverdeados começaram a ficar úmidos e ela encarou o moreno._ Eu... 

—Irmão errado? _Ele perguntou tristemente. Os olhos da garota começaram a marejar e sua visão ficar turva. Ela soltou um soluço solitário e se encolheu no sofá. 

—Eu sinto muito _Frida disse com a voz embargada. Regulus passou os dedos entre os cabelos e suspirou. Em seguida, sorriu compreensivo para a loira. 

—Sabe que não precisa se desculpar por isso, não é? _Ele perguntou pegando a mão da jovem._ Não precisa se preocupar. Eu vou ficar bem. Não é culpa de ninguém o que aconteceu. Você ama o meu irmão e não posso fazer nada, apenas entender. 

Ela analisou os olhos cinza sinceros do amigo e sorriu fracamente. 

—Deve estar me achando uma idiota, não é? _Frida riu sarcástica._ Uma completa estúpida. 

—E por que eu acharia isso? Por você gostar do cara errado? Isso acontece. 

Regulus deu de ombros e mexeu em seus bolsos, tirando cigarro e fósforo. Levou o cigarro aos dentes e o acendeu. 

—Você deveria ter me beijado antes _Frida comentou e ele assentiu._ Talvez tudo tivesse sido diferente. 

—Eu sei _o rapaz suspirou. 

—Vocês dois são mais parecidos do que parece _ela disse e o rapaz deu de ombros. Pegou a mão dele e levou até seus lábios, beijando-a e fazendo o rapaz olhar para ela._ Obrigada por ser tão bom comigo. 

—Sempre _ele disse e a garota apoiou a cabeça em seu ombro, suspirando. 


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Notas finais do capítulo

Comentem caso tenham gostado! Deixem a autora feliz!

Até o próximo capítulo!



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