Dear Mr. Potter escrita por JubsFeh


Capítulo 29
Capítulo Vinte e Oito: Mundanças


Notas iniciais do capítulo

Curtam um capítulo leve antes de eu começar a massacrar o coraçãozinho de vocês!

BOA LEITURA!



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No dia seguinte à briga de Sirius com Remus e Edward Greengrass foi quando Frida e os primos voltaram. O moreno havia recebido o castigo de ter que tirar a poeira dos livros da biblioteca por uma semana graças ao ocorrido. Não havia mencionado para ninguém sobre o pequeno desentendimento com o irmão caçula e também não estava dentro dos seus planos mencionar. 

A loira voltou durante a manhã de sábado, no dia do aniversário da amiga ruiva. Os rapazes havia planejado passar o sábado juntos em Hogsmeade com a ruiva e as meninas para comemorar e tentar levantar o ânimo da família Ravenclaw. 

Apesar de a situação estar estranha entre Almofadinhas e Aluado, evitaram discutir e apenas ficaram sem se falar, o que era estranho para os dois. O orgulho ferido de Sirius era maior que qualquer coisa e a repulsa do ego do Black por Remus também era grande. 

O grupo de amigos esperava na entrada de Hogwarts pela família. Logo ela apareceu descendo as escadas da entrada, pois haviam viajado com pó de flúor até a sala do diretor. Frida estava com o rosto sem expressão e andava desanimada, porém forçou um sorriso ao chegar até os amigos. 

—Cheguei! _Ela ergueu os braços para eles, sorrindo de maneira tão mecânica e não natural que até que não conhecia a mesma poderia perceber que se tratava de falsidade. 

—Finalmente! _James disse sorrindo e indo até ela, passando um dos braços em volta dos ombros da loira._ Venha, vamos festeja para levantar o ânimo do grupo. 

Alguns riram e começaram o percurso. A loira parabenizou a amiga, porém não conversou muito durante o caminho. Os amigos também não quiseram tocar no assunto de sua perda e compreenderam seu luto. 

Sirius, que estava mais atrás, adiantou o passo e tocou no ombro do amigo para chamar sua atenção. Informou a James que precisava falar com Frida e o amigo assentiu, seguindo pelo caminho enquanto a loira ficava para trás com o Black. 

—Como você está, gracinha? _O moreno perguntou acariciando o rosto da mais baixa. Ela suspirou pesadamente, fechando os olhos enquanto sentia o toque do “namorado”. 

—Melhor, eu acho _ela respondeu sorrindo triste após abrir os olhos e segurar os pulsos de Sirius, que mantinha as mãos no rosto da loira. 

—Tudo vai melhorar, está bem? _Ele tentou lhe consolar e ela assentiu, pegando seu maço de cigarros e isqueiro do bolso da jaqueta. 

O rapaz passou o braço nos ombros dela e continuaram seguindo para Hogsmeade, com a garota em silêncio apenas tragando seu cigarro. 

Ela estava quieta, mas era totalmente plausível. Disse que os primos estavam lidando com a perda e preferiram não sair naquele sábado. Já Frey afirmava que estava bem, mas depois de tantas idas e vindas entre ela e Sirius, o rapaz já a conhecia o suficiente para saber que ela estava mal. 

Ela parecia mais apática, não exibia tantas reações. Sempre fora alguém misteriosa e difícil de lidar, porém Sirius já conseguia decifrar suas reações. E aquela falta de reação era o tanto incomum vindo dela. 

Chegaram apenas cinco minutos depois dos amigos ao Três Vassouras. Escolheram uma mesa grande para caber todos e pediram uma rodada de cervejas amanteigadas para eles iniciarem sua comemoração, o aniversário de Lily. 

  

Um mês e meio. Esse foi o tempo que se passou desde a morte da família de Frida. E foi o tempo que passou desde o dia que havia mudado tanto. 

Alice estava preocupada. O comportamento de Frida a preocupava. Não só a ela, porém era a única que insistia que o luto da amiga tinha que acabar e voltar a ser como era antes. 

Estava mais ríspida e irônica, sempre fumando quando não estava em aula ou no salão principal, vivia com o olhar vazio e distante e parecia uma viciada. 

Não uma viciada em drogas ou algo do gênero, mas o que todos perceberam é que ela havia criado uma certa dependência além do normal a Sirius. Não em relação a estar o tempo todo juntos, mas sempre que podiam viviam se esgueirando por corredores e armários de vassouras como dois coelhos. 

A morena repassava mentalmente tudo o que iria dizer para o melhor amigo, enquanto esperava que Sirius descesse de seu dormitório, durante a madrugada, para se encontrar com Frida. Ela estava sentada balançando um dos pés que estava cruzado sobre uma perna compulsivamente, descarregando toda sua ansiedade. 

Logo ouviu passos se aproximando e ela ficou em uma postura ereta, tentando parecer o mais séria possível. O moreno surgiu então e seguiu até o quadro da mulher gorda, sem notar a presença da amiga. Somente quando ela pigarreou que ele virou o rosto e a viu. 

—Preciso conversar com você _Alice declarou séria. 

—Mas eu... 

—Ela pode esperar _ela o interrompeu, apontando para o sofá a sua frente._ Sente-se. 

O moreno então se deu por rendido e fez o que a amiga pediu. Andou até o sofá e ali se jogou todo largado, o que fez a morena revirar os olhos irritada. Contou até cinco mentalmente para se concentrar em tudo que deveria dizer. 

—Sobre o que quer conversar? _Ele perguntou desinteressado. 

—Você jura _Alice começou, cruzando os braços sobre o tronco— que não reparou na mudança repentina do comportamento de Frey? 

—Mudança repentina? _Ele repetiu as palavras dela sem entender. 

—Sim, Sirius _ela confirmou._ Na manhã da festa de ano novo você me procurou dizendo que a situação de vocês havia ficado estranha após você dizer que estava gostando dela. Agora ela parece não viver sem você. Não acha meio estranho? 

—Está querendo dizer que ela não pode perceber que gosta de mim? _Ele perguntou desgostoso, finalmente se endireitando no sofá._ É isso? 

—Não, seu idiota _a garota esbravejou e percebeu que havia praticamente gritado. Ela então se recompôs, abaixando o tom de voz para logo retomar._ Frida nunca gostou de depender de ninguém. Agora parece que vive apoiada em você. O humor dela está mais instável, ela vive fumando mais e mais, não está mais prestando atenção nas aulas. Agora só vive triste olhando para o nada ou transando com você em algum lugar da escola. Essa não é Frida. 

—Está querendo dizer que ela está me fazendo de boneco? Me usando de balsa ou bote salva vidas? 

—Eu tenho certeza que ela gosta de você _Alice disse suspirando. Em sua cabeça, aquela conversa toda havia ficado bem melhor. Pena que Sirius não seguiu o roteiro imaginado por ela._ Acho que ela está sofrendo muito com a perda dos pais e avós. Está se isolando cada vez mais e isso parece que a está sufocando. E ela está se sustentando em você para não desabar. 

Foram interrompidos quando ouviram um barulho e olharam para o lado. Lily apareceu trajando pijamas e acenando para eles, indo em direção à Alice. 

—Não pude deixar de ouvir _a ruiva sorriu admitindo e se sentou ao lado da amiga de cabelos curtos. Provavelmente o tom de voz alto de Alice em certos momentos da conversa havia chamado atenção.— E acho que Alice tem razão no que diz. 

—Estão querendo dizer que não é para eu ser um pilar para a loira? É isso? _Ele perguntou tentando parecer indiferente, porém com o tom de voz mostrando certa irritabilidade._ Vocês estão me vendo como uma válvula de escape dela? 

—Sirius, apenas estamos preocupadas com ela _Alice argumentou, não sabendo mais como expressar seu ponto. 

—O ponto que a Alice quer chegar é o seguinte _Lily começou então a explicar._ Talvez você tenha finalmente tomado jeito e esteja disposto a deixar de ser um mulherengo por ela. Mas tente entender onde está se metendo. 

—Frida sempre foi uma pessoa muito complicada de lidar e você deve muito bem ter percebido isso —disse Alice e Sirius assentiu, fazendo a morena prosseguir._ Mas agora ela está instável demais. Seu humor. Sabina diz que alguns dias Frida não sai da cama e quem conta isso para ela, sobre o que Frida anda fazendo, é seu irmão, Regulus. Que alguns dias ela fica insuportável, outros que só chora e em alguns vive quebrando as coisas de frustração. 

—Só queremos o seu bem e o dela _acrescentou Lily._ Ela está mal, mas não deixa ninguém ver isso. Às vezes percebemos quando ela está irritada por nada ou dispersa demais, mas ela não está sendo ela. E não queremos que você se magoe no meio dessa confusão toda. Conseguimos notar o quanto você gosta dela. 

—Acham que eu não aguento lidar com ela? _Ele perguntou demonstrando um tom de desapontamento na voz.— Não estou dizendo que vou me casar com ela e estarei junto daqui a 40 anos. Não sei nem se estarei com ela amanhã, mas estou fazendo tudo o que posso. Todos os dias pergunto se ela está bem, se quer conversar sobre como ela está, mas ela nunca quer. Eu tento, mas ela só me procura quando quer sexo. 

—Achamos que essa seja a forma que ela esteja descontando suas frustrações _comentou a ruiva._ Por favor, Sirius. Você está mais próximo dela agora do que nós. Foi a única pessoa que ela não afastou. Tente encorajá-la a desabafar. Talvez isso nos ajude a entender como ela se sente e faça com que a podemos ajudar de alguma forma. 

—Quando ela tentar evitar o assunto, não ceda _Alice ordenou._ Mesmo se ela insistir o contrário. Faça isso. Queremos o melhor para ela. E você pode nos ajudar. 

—Isso vai evitar que ela piore ou que a situação caminhe mais para baixo com relação a você _Lily disse triste. 

O moreno suspirou e massageou as têmporas. Assentiu para as meninas e Alice disse que ele já poderia ir, que as duas voltariam para o dormitório. O moreno então resolveu voltar para o caminho que seguia antes de ser interrompido. 

Os pensamentos iam e vinham na conversa anterior que tivera, enquanto percorria os corredores indo se encontrar com a loira. Não estava prestando atenção no caminho e só percebeu que tinha chegado no lugar de encontro quando as mãos de Frida o puxaram para dentro de uma sala. 

—Demorou para chegar _constou a loira andando pela sala e se sentando em uma mesa de aula. 

—Houve um imprevisto _ele respondeu simplesmente. 

—Espero que tenha sido importante para me deixar esperando _ela sorriu e desceu da mesa, indo até o rapaz. Passou os braços pela cintura do rapaz e começou a beijar o pescoço do mesmo. 

—Gracinha, precisamos conversar _ele avisou. 

—Podemos conversar depois _Frida sussurrou ao pé do ouvido dele e suas mãos foram para a barra da blusa do mesmo. 

—É sério _Sirius continuou, segurando os ombros de Frida e afastando a loira. Ela olhou para o moreno incrédula e voltou a se sentar em uma mesa. 

—Sobre o que quer falar? _Frida perguntou revirando os olhos já sentada, cruzando as pernas. 

—Bem _Sirius suspirou e passou os dedos entre os cabelos, lembrando-se da conversa que tivera em menos de 20 minutos._ Todos estão preocupados com você. Acham que seu comportamento está diferente e vieram falar comigo a respeito. 

—Qual é, Sirius _a loira sorriu de escárnio e voltou a se levantar, andando até o moreno e parando em sua frente, cruzando os braços._ Você sabe que eu estou bem. Claro que sinto muito a perda de minha família, mas sabe que eu estou melhorando. 

—Estão achando que você está distante, só se importando com _ele foi interrompido pela loira voltando a beijar seu pescoço e com as mãos ágeis, desabotoar sua calça._ Frida, estou falando com você. 

—Essa conversa está chata, Sirius _a loira soltou um muxoxo._ Podemos conversar depois? Prometo ouvir tudo o que tem para dizer. 

Frida o puxou pela gola da blusa e o beijou, mordiscando seu lábio inferior e sorrindo. Começou a guiar o moreno até uma das mesas e ela se sentou, deixando as pernas uma de cada lado do corpo dele. 

Claro que era difícil manter a sanidade com ela apelando. "Foda-se" foi a única coisa que ele pensou antes de tirar a própria blusa. Poderia muito bem falar com ela depois. 


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo!



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