We Love You, Olivia! escrita por Sunny Spring


Capítulo 6
ღ CAPÍTULO 05


Notas iniciais do capítulo

Ooi! Como vcs estão?

Obrigada Ana Luisa por comentar ♥

Mais um capítulo. Comentem o que estão achando, please! Bjs *.*



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“Querida, você ilumina o meu mundo como ninguém mais.”

—One Direction

 

O azar é normalmente uma coisa ruim. Para mim, ele me faz passar por situações de puro constrangimento. No entanto, o azar pode ser um grande aliado de vez em quando. Por exemplo, se eu não fosse tão azarada, uma das luminárias do campo da escola não teria despencado e caído bem na minha cabeça, me fazendo desmaiar e escapar daquela situação constrangedora em que eu estava. Abro meus olhos devagar e percebo que estou na enfermaria. Não há sinal da enfermeira, entretanto, e a primeira pessoa que vejo é Rosie, com uma mão na cabeça, visivelmente preocupada. Ao lado dela está Noah e Bash. Rosie vê que estou acordada e suspira aliviada.

—Ai, finalmente. Estava começando a ficar preocupada. - Ela diz para mim. Minha cabeça lateja quando me mexo na maca da enfermaria. Noah dá um meio sorriso para mim e Bash cruza os braços.

—Que bom que você acordou, docinho. - Noah diz gentil. Ah não. De novo não.

—Docinho? - Bash ri com escárnio. - O que você acha que ela é? Um torrão de açúcar? - Pergunta impaciente.

—É uma forma carinhosa de tratamento, seu tosco! - Noah rebate, irritado. Bash estreita os olhos, ofendido.

— Eu não sou tosco. - Murmura. - Também sei ser gentil. - Ele me encara, preocupado. - Você está bem, Liv? - Solto um grunhido. Minha cabeça dói. - A culpa é toda sua! - Ele acusa Noah. - Você a assustou.

—Aquela luminária não teria caído na cabeça dela se ela não estivesse fugindo de você! - Rebateu. Eles estão realmente brigando por mim? Os olhos de Rosie passam de um para o outro.

— Não. Briguem. - Minha voz sai fraca e eu me sento, esfregando o galo dolorido em minha cabeça.

—Desculpa, querida. - Diz Noah para mim. - Você está bem? - Dou um suspiro fraco.

—Mas que merda de brincadeira é essa? - Rosie cruza os braços, confusa. Ela encara Noah, esperando uma resposta, mas ele não diz nada. - Você disse que gostava de mim!

— Eu sei. Me desculpa. - Ele a olha. - Desculpa, Rosie. Mas, hoje eu acordei e percebi que sou louco pela Liv. - Ele me lança um olhar apaixonado e eu desvio o olhar, com vergonha. Rosie fica em silêncio e depois solta uma gargalhada.

—Vocês três quase me enganaram. - Ela ainda está rindo. - Já sei que estão brincando. - Bash e Noah permanecem sérios e Rosie fecha o sorriso.

— Não estamos brincando. - Bash responde com cautela. Minha cabeça lateja novamente.

—Como não? - Rosie arqueia uma sobrancelha. - Bash, você não deveria estar apaixonado por mim? - Ela parece confusa. Bash dá de ombros e depois abre um sorriso. - Sim! Você deveria estar apaixonado por mim!

—Não estou mais apaixonado por você.

—Olivia, o que está acontecendo? - Ela me encara, séria. Ai. Minha. Cabeça. Um baque na porta faz o galo na minha cabeça doer ainda mais. Henry invade a enfermaria de forma espalhafatosa, acompanhado de uma enfermeira.

—Saiam de perto do meu bebê, seus monstros! - Brownie encara Bash e Noah antes de andar até a mim. - Está bem, Liv? Esses chatos estão te incomodando? - Solto uma risada fraca. Só Henry para me fazer rir numa situação dessas. - Olha, ela está pálida! - Ele diz para a enfermeira. - Tem que ir para casa! Está mal! - Exagera. Noah e Bash se entreolham.

—Na verdade, eu estou bem. - Eu tento me levantar, mas Henry me segura, sem tirar os olhos da enfermeira.

— Não está bem nada, Liv. - Henry me encara. - Olha, eu sou vizinho dela. Posso levar ela para casa. - A enfermeira franze a testa. Henry está tentando tirar proveito da situação para poder ir para casa e cabular aula. Cruzo os braços.

— Não sei… Ela parece bem. - A enfermeira responde, relutante.  

— Eu estou bem!

— Não tá não! - Henry me encara com uma carranca. - Está péssima. Tá até delirando. - Ele volta a encarar a enfermeira. - Olha, se ela morrer aqui a responsabilidade vai ser sua. - Ela arregala os olhos.

— Eu vou liberá-los para irem para casa! - Diz apressada. Eu finalmente me levanto da cama.

— Eu estou bem. Tenho uma aula para assistir.

—Ssssh! - Henry sussurra para mim. - Cala a boquinha e não estraga. - Cantarola entre dentes. A enfermeira assina uma espécie de atestado e Henry pega antes que eu tenha tempo de pegar. Antes que eu tenha tempo de protestar ou alguém dizer qualquer outra coisa, Brownie me puxa pelo braço e me tira da enfermaria.

 

ஐﻬﻬஐ

 

Henry me trouxe em casa e ficou desde então. Ele não parou nem um segundo de me fazer perguntas sobre o ocorrido. Mas, nem eu mesma sei o que está acontecendo. Eu não faço ideia do porquê Noah e Bash estarem agindo desta forma tão esquisita. Agarro meu urso de pelúcia bem firme contra o meu corpo. Meu celular está repleto de mensagens da Rosie que eu não consigo nem olhar. Não sei como vou olhar na cara dela amanhã e nem imagino o que vou dizer. Porque a verdade é que eu não sei o que está acontecendo. Minha cabeça está pegando fogo e o galo ainda está dolorido. Já escureceu e meus pais ainda não chegaram do trabalho. Henry suspira ao meu lado.

— Eu não faço ideia do que aconteceu! - Falo por fim. Henry me encara.

—Eles estão apaixonados por você!

— Isso não faz sentido. - Murmuro. Encaro o teto, brincando com pingente do cordão que a misteriosa mulher me deu. Tão bonito e diferente de tudo que já vi.  Encaro o coração delicado do pingente, até que uma luz se acende em minha mente. Arregalo os olhos e levanto-me bruscamente. O cordão! A mulher misteriosa me disse que era “roda do amor”. E, que eu podia girá-la. No momento, eu não entendi, mas agora. - MEU DEUS!

Henry levanta da minha cama, assustado com o meu grito.

—O que foi? - Pergunta preocupado.

— Eu sei o que aconteceu, Brownie! - Começo a andar de um lado para o outro, quase abrindo um buraco no chão. - A culpa é disso! - Eu mostro o cordão para ele, que franze o cenho, confuso. - No dia da festa da Jess, eu encontrei uma senhora misteriosa que me deu esse cordão.

—O que? Do que você está falando?

—A mulher sumiu antes que eu recusasse, mas antes ela me disse que isso era a roda do amor e que eu podia girá-la! - Explico.

Henry se senta na beirada da cama, tentando entender.

— Roda do amor? O que é isso? Alguma espécie de távola redonda?

— Eu não sei. - Respondo. - Mas eu girei esse coração. Foi sem querer, eu não sabia. E, eu juro que eu senti alguma coisa diferente. Na hora eu não dei importância, mas agora…

—O que? - Ele franze o cenho. - Você está me dizendo que o Noah e o Bash estão apaixonados por você por causa de um cordão que uma mulher biruta te deu? - Ele está incrédulo. - Liv, fala pra mim, amor, você andou fumando ervinhas? Pode confiar em mim.

Reviro os olhos. Parece sem sentido. No entanto, eu tenho quase certeza que foi isso que aconteceu. E se for realmente Isso, a culpa é toda minha. Passo a mão na testa, nervosa.

— Eu estou falando sério!

— Isso não faz sentido! - Ele se levanta de novo. - Liv, você tá vendo filme demais! Isso não é possível.

—Brownie, você precisa acreditar em mim!

Ele dá um longo suspiro, lutando contra a própria sanidade para tentar me entender. Nem eu consigo acreditar direito no que eu acabei de falar.

—Tudo bem. - Responde por fim. - Eu acredito! Até porque, eu prefiro acreditar nisso do que pensar que você está ficando doida! - Suspira. - Mas, se você girou é só girar de novo para voltar ao normal, né?

—Não sei. - Respondo nervosa. Mexo no pingente e tento girar o coração, mas isso parece travado. Como se não fosse possível voltar a à trás. - Não funciona. - Choramingo.

—Calma. - Ele tenta me tranquilizar. - A gente precisa achar essa mulher que te deu o cordão!

—Mas como?

—Aí eu já não sei!

Uma voz vinda do lado de fora me faz parar. Eu conheço essa voz. É do Noah. Ele está cantando? Corro até a sacada e Henry me segue. E lá está Noah, lá em baixo. Em frente à minha janela.  Olhando para mim e cantando “Olivia” do One Direction desafinadamente. É! Ninguém é perfeito. E o defeito de Noah é cantar mal. Muito mal, por sinal.

—Ai meu Deus! - Henry diz para mim. - Ele tá cantando One Direction. E tá estragando a música!

—Please believe me, don't you see
The things you mean to me?
Oh I love you, I love you
I love, I love, I love Olivia” — Noah canta lá em baixo.

— Liv, quer que eu pegue o balde de água gelada? - Henry ri.

— Henry! - O repreendo. - Coitado!

”I live for you, I long for you, Olivia
I've been idolizing the light in your eyes, Olivia
I live for you, I long for you, Olivia
Don't let me go
Don't let me go” — Continua Noah completamente fora do tom. Henry faz uma careta.

—O que eu faço? - Cochicho, tensa.

—Faz ele parar, antes que eu fure meus próprios tímpanos!

OLIVIA! OLIVIA! — Noah grita. Eu quero sair correndo. E que meus pais não cheguem agora!

— Olivia, se você quer torturar os seus vizinhos, eu sugiro um método de tortura menos doloroso, tipo uma Berlinda. - Diz Henry me encarando. Dou um suspiro.

— Noah! - Eu o chamo e ele para com a cantoria. - O que está fazendo?

— Eu vim pedir desculpas. Por hoje na escola. Não sabia que você ficaria tão mal. - Ele responde calmo. - Desculpa. Sério. Mas eu estava sendo sincero.

—Tudo bem! Desculpas aceitas. Agora vai embora. - Eu quase sussurro, e Noah não entende.

—O que?

— Você precisa ir embora! Antes que meus pais cheguem!

—Ah! - Noah sorri. - Vejo você na escola amanhã? - Eu hesito. Não. Sim. Não sei o que dizer. Na minha frente está o garoto dos meus sonhos. O garoto por qual eu vivia suspirando pelos cantos por muito tempo. Mas, tem a Rosie, a minha melhor amiga, e  eu não sei o que fazer.

—Tá! - Aceno com uma mão. Ele me lança um sorriso charmoso antes de ir embora. Henry me encara. - O que foi?

—Precisava ser tão seca com o garoto?

—O que? Você que falou pra fazer ele parar.

—Sim. Mas, você despachou o coitado como se ele fosse um pum! - Responde indignado.

—O que você queria?

—Sei lá! Podia ter dado um beijo nele, pelo menos! - Ri.  

— Henry!

—O que foi? O garoto fez uma serenata pra você! A maior declaração de amor e você mandou ele embora. Não ofereceu nem um chá!

— Você mesmo disse que ele canta mal. - Cruzo os braços.

—Cada um tem a serenata que merece!

Faço uma careta. Agora eu tenho uma confusão e tanta para resolver. E eu não faço ideia por onde começar. Talvez, eu deva começar procurando a misteriosa mulher.


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