Um novo amigo escrita por Isa Caan


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Se passa durante a noite do dia que Danny conheceu Freddie.
Espero que gostem! Tenham uma ótima leitura!



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Durante a noite, Steve e Freddie brincavam juntos enquanto aguardavam Danny aparecer com Charlie, Steve estava ansioso, esse seria o primeiro contato com uma criança desde quando ele chegou na ilha, e esperava que fosse tranquilo, porque na segunda, ele já iria a escola.

Não demorou muito para Danny entrar com Charlie pela porta da frente e fazer com que Steve e Freddie levantasse a atenção para eles dois.

— Danno!! Você voltou!! – Freddie disse correndo até Danny

— Voltei sim amigo, eu disse que voltaria, lembra? – Danny ficou a altura do menino e o abraçou – Eu trouxe o meu filho, ele estava ansioso pra te conhecer, esse é o Charlie – Danny falou após se afastarem

— Oi – Charlie disse tímido

— Oi, Charlie! Quer brincar comigo? – Freddie disse animado com mais uma criança ali

— Sim! Eu posso, né papai? – Danny sorriu e assentiu, Charlie cumprimentou Steve e então foi para o meio da sala, onde Freddie e a maioria dos brinquedos estavam, e Danny se dirigiu à cozinha para deixar as coisas do jantar e Steve o seguiu

— Você gosta de brincar de que, Charlie?

— De corrida de carros

— Eu gosto de carros, eles são muito rápidos

— O Danno disse que nunca viu alguém dirigir tão rápido como o tio Steve

— O Danno nunca viu corridas?

— Sim, mas nunca foi dentro de um carro de corrida

— Ah tá. Olha, nós podemos brincar de carro, eu tenho um carro – O menino levantou alegre

— Você não pode dirigir

— Posso, eu tenho um carro igual o do papai, vem ver – Charlie se levantou e seguiu o menino pela escada, eles entraram no quarto e Freddie mostrou uma pequena Silverado (https://bit.ly/2SleFoy) encostada no canto do quarto

— Que legal! Você tem um carro igual o do tio Steve – Charlie disse se aproximando

— Vem, da pra nós dois – Freddie disse entrando e girando algo para ligar pequena caminhonete que respondeu acendendo luzes e fazendo barulhos como de um carro real

— Não dá, sou muito grande – Charlie disse olhando pro carro

— Pode subir, cabe a gente sim, você não é tão grande quanto acha – Freddie indicou

— Você não acha melhor ir para o quintal não?

— Não precisa, vou só te mostrar, depois a gente chama o papai para levar lá pra baixo

— Tem certeza?

— Sobe logo – Charlie subiu desconfiado

— Você sabe dirigir?

— É só pisar no acelerador e mexer o volante – Freddie disse, ele segurou o volante, pisou no acelerador e o pequeno carro começou a se mover pelo quarto e logo estava no corredor

— Cuidado, Freddie, olha a escada – Charlie disse quando Freddie saiu do quarto

— Relaxa, não vou lá – Charlie disse virando para uma sala que da acesso a sacada da casa

— OLHA O EDDIE!! – Gritou Charlie e Freddie virou, acertando uma pequena mesinha com porta retratos, que foram todos pro chão, consequentemente fazendo barulho

— Olha só o que você fez!! – Freddie disse para Charlie

— Você que estava dirigindo, eu não fiz nada!

— Você me assustou e eu bati – Steve já estava na parte de cima da casa, para verificar o que causou o barulho

— Ok, meninos, não façam mais isso, ok? Vocês podem brincar lá fora! E Freddie, o que eu avisei sobre não subir as escadas sozinho?

— Eu estava com o Charlie

— Vocês são crianças

— Tio Steve, eu sei subir a escada sozinho

— Eu também sei, não preciso de ajuda – Freddie disse saindo do carro, e em seguida Charlie também

— Eu preciso limpar isso aqui, vocês dois podem descer, eu vou levar o carro lá pra baixo – Os meninos rapidamente obedeceram e foram para a sala do primeiro andar

— Tudo bem lá em cima? – Danny estava no início da escada quando os meninos apareceram

— Sim! Sabia que o Freddie tem um carro, Danno? Como o do tio Steve! Nós estávamos andando nele! – Charlie disse animado e descendo as escadas

— Ah é?

— Sim, só que o Freddie dirige mal, ele bateu na mesinha

— Eu não dirijo mal, você gritou, e eu me assustei, a mesa que tava na minha frente, e eu não ia atropelar o cachorro – Falou ainda descendo as escadas

— Novidade, não é? Tal pai, tal filho – Danny riu

— Eu não tenho culpa se a mesa estava na frente

— Ele disse que dirigir é só mexer o volante e pisar no acelerador – Charlie disse rindo

Chaaaaz— O menino resmungou

— Chaz? Eu não sou Chaz, meu nome é Charlie

— É sim, você é o Chaz— O menino terminou de descer as escadas – Os amigos tem apelidos

— Charlie é o meu apelido, meu nome mesmo é Charles

— Mas eu quero te chamar de Chaz – Freddie se aproximou de Charlie e o abraçou – Você vai ser meu amigo, né? – Freddie olhou pro menino mais alto

— Eu vou – Charlie respondeu, fazendo com que Freddie sorrisse

— Pronto meninos, vou levar o carro pro quintal, vocês podem brincar por lá, Danno e eu vamos terminar o jantar

— Vamos, Chaz – Freddie disse puxando o menino para fora, enquanto Steve e Danny os seguiam. Steve colocou o carro na grama e voltou pra dentro de casa.

— Deixa eu dirigir? – Charlie perguntou olhando pro carro

— Eu não gosto de não fazer nada

— Mas você já dirigiu lá em cima, por favor, deixa eu dirigir

— Tá bom, eu deixo – Freddie entrou no carona e Charlie do outro lado

— Você gosta de morar no Havai? – Freddie perguntou pra Charlie

— Eu gosto, mas minha irmã prefere a neve igual o meu pai

— Eu nunca fui na neve, mas deve ser bom

— Mas você não morava no continente?

— Sim, mas onde eu morava não nevava, e minha mãe nunca me levou

— Entendi... Um dia, quando tiver nevando, você pode ir em Nova Jérsei comigo, acho que o tio Steve deixa

— Ele é sempre legal assim?

— O tio Steve? Ele é sim, ele é o melhor – Charlie sorriu

— Será que ele gosta de mim de verdade?

— Claro que gosta, eu tenho certeza que o tio Steve te ama

— Eu acho que minha mãe não gostava de mim, ela nunca ficava em casa comigo e ela dizia que o meu pai era da Marinha e não podia estar em casa, e quando eu cheguei, ele não tava na Marinha, porque eles estavam mentindo?

— Eu ouvi o Danno dizendo que o tio Steve não sabia de você, que a Catherine não falou com ele - Charlie disse na inocência 

— Sério? Então minha mãe mentiu quando falou que o papai sabia? – Charlie deu os ombros e olhou pra baixo

— Eu sinto falta da minha mãe – O menino admitiu quase em um sussurro – Sabe, mesmo que ela nunca estava em casa, eu não queria que ela morresse – Freddie já estava à beira das lágrimas – Ela era minha mãe – Freddie disse e as lágrimas escorreram pelo seu rosto

Charlie levantou a cabeça passou um dos braços ao redor do pescoço do menino mais novo, que se aproximou mais do loiro

— Eu tô feliz aqui, ele é legal comigo, mas eu queria a minha mãe também – Tentou falar o mais calmo possível para não chamar a atenção – No dia que ela saiu da última vez, ela nem me deu um abraço, ela só foi embora, eu não pude nem dar um abraço nela

— Porque você não fala com o tio Steve que você tá triste?

— Não posso, ele vai ficar triste comigo

— Você pode falar qualquer coisa com o tio Steve, ele não fica chateado, ele vai querer te ajudar, sabe? Ele não vai ficar triste com você, confia em mim, agora eu sou seu amigo, né?

— Sim – Freddie sorriu fraco

— Então, os amigos confiam uns nos outros, e eu te dou a palavra que o tio Steve não vai ficar triste com você

— Tudo bem – Freddie olhou pro menino mais alto e limpou as lágrimas com as mãos – A gente pode volta a brincar?

— Sim, a gente pode – Charlie sorriu e e se afastou de Freddie.

Os meninos brincaram até Steve e Danny terminarem o jantar e os chamarem. Os quatro comeram e depois foram ver um filme, onde as crianças dormiram em menos de trinta minutos de filme. McGarrett e Danny terminaram de ver o filme exclusivamente porque era a única vez que eles concordaram em algo: que “Spider-Man: Into the Spider-Verse” é um dos melhores filmes de heróis já lançados. No fim, Danny acabou resolvendo passar a noite ali, Steve colocou um colchão no quarto de Freddie para Charlie, e logo os meninos já estavam na cama.

— Estou feliz que Freddie está bem com Charlie, sabe? Eu fiquei com medo de que ele se assustasse com uma nova criança ao redor ou algo assim... Ele vai pra creche, e eu não quero que ele se sinta mal lá, e além disso, gosto da ideia que eles possam se dar bem – Steve disse entregando uma das cervejas em sua mão pra Danny

— Crianças gostam de conviver entre si, é bom pra elas ter com quem brincar, Charlie perdeu Grace rápido, eles tem mais de nove anos de diferença, e a perspectiva de brincadeira é diferente. Já Charlie e Freddie, tem o que? Três ou quatro anos de diferença, não é grande coisa

— Espero que seja positivo assim com todos, na próxima semana, Grace volta, Mary e Joan vem, Chin vem com a família e Kono também estará aqui. Talvez Max e Sabrina, mas não tenho certeza. A assistente social disse que aconteceu algo e ele não consegue confiar em algumas pessoas, mas ela não me disse o que, e isso tá me matando

— O que você acha?

— Eu não sei, Danny. Eu só... Algo aconteceu com meu filho, algo ruim, e eu... Eu não pude evitar

— Você não sabia, não foi sua culpa. Seja o que for, vamos tentar descobrir, ok? E quando descobrirmos, vamos ajudá-lo juntos. Beleza? – Steve concordou

No dia seguinte, Steve acordou mais tarde do que o habitual, o quarto do filho estava vazio e na parte de baixo da casa havia risadas e gritos, Steve desceu as escadas e encontrou os dois meninos ainda dentro de seus pijamas brincando na sala.

— Bom dia, meninos – Steve disse se aproximando

— Bom dia, papai – Steve pegou o filho no colo e o abraçou e deu um beijo em seus cabelos

— Bom dia, tio Steve – Charlie disse abraçando Steve

— O Danno está fazendo panquecas, papai! Ele disse que podemos colocar chocolate nelas

— Ah é? Ele disse? – Os meninos afirmaram com a cabeça

— Vamos lá! Depois vamos brincar na praia! Vem, papai – Freddie disse descendo do colo do pai e correndo junto com Charlie até a cozinha. O dia iria ser bom.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler até aqui! Provavelmente os veremos em breve, até logo!



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