Noite de Natal escrita por Juh11


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Fabfic originalmente publicada no Social Spirit, pois minha internet não me permitiu postar no Nyah na época

Essa história foi escrita para o amigo oculto do grupo ShikaTema, como presente para a HikariMondo, essa menina linda, amorosa e inteligente que tive o prazer de conhecer pessoalmente (e comer um bolinho feito por ela).

Gabi, fiquei super feliz de ter te tirado no amigo oculto, e apesar de todos os problemas que eu tive para escrever, espero que você goste da minha fic. ❤️



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Ela estava nervosa, já ajeitara o vestido vermelho pela quinta vez na frente do espelho o qual acabou embaçando por se aproximar demais ao conferir a maquiagem.
Bufou. Não era nada seu perfil se encontrar nesse estado, mas desde que assumiu seu relacionamento com Shikamaru, novos sentimentos passaram a ser comuns para Temari. E no momento, ansiedade a definia.
Era véspera de Natal, uma data que Temari não comemorava desde a morte da mãe. Ela mal tinha lembranças dos poucos Natais que presenciara, apenas da mãe com um sorriso bonito tentando colocar uma touca vermelha em seu pai mal-humorado. Depois disso, Gaara nasceu e Rasa a afastou cada vez mais dos irmãos, ignorando qualquer data festiva e comemorações em família. Eles nem eram uma família propriamente dita até sua adolescência, e mesmo assim, nunca souberam exatamente o que fazer nessas datas.
Ela sabia que os Naras celebravam Natal. Desde a adolescência, lembrava das decorações com cervos e luzes nas portas das casas do clã, contudo, esse seria seu primeiro Natal com eles. Sendo uma deles.
Ela havia se casado com Shikamaru e se mudado de maneira definitiva para Konoha havia dois meses, e até agora não havia se adaptado completamente. Temari havia se esquecido completamente da data, até Shikamaru comentar sobre comprar presentes para a mãe e foi então que todas as suas preocupações começaram.
Como era a celebração do clã do Shikamaru? Uma vez, ele havia comentado sobre a ceia em meio a praça do clã. E se ela não se lembrasse o nome dos primos dele? Pior, e se ela confundisse? Todos eram muito parecidos com o prefixo Shika e com o mesmo penteado característico dos Naras. Ela deveria preparar alguma comida para levar? Deveria comprar presentes para todos?
Shikamaru a tranquilizara dizendo que ela não deveria se preocupar com nada, que ele se encarregaria de tudo, então bastava ela comprar um vestido bonito. Ela desconfiava se ele havia comentado alguma coisa com Ino, pois a loira apareceu três dias depois se oferecendo a ajuda-la com a escolha. 
E isso a levava a este momento, onde contemplava sua imagem em um belo vestido vermelho de ombros caídos. 
—Está linda. – ouviu o elogio vindo da porta, onde visualizou o marido que já estava arrumado com uma camisa polo verde musgo.
—Podemos ir, estou pronta. – ela respondeu com um tom nervoso que não fazia o seu feitio. Ele riu.
—Você consegue enfrentar dez ninjas de uma vez sem sequer expressar uma nota de medo, mas uma ceia de Natal com a minha família te assusta, vai entender.
—Você sabe que não sei lidar com essas datas comemorativas... – ela resmungou e ele a envolveu em um abraço.
—Eu sei. – ele lhe deu um beijo em sua bochecha. –E é por isso que não ficaremos muito tempo na comemoração do clã, minha mãe resolveu fazer uma pequena ceia para nós na casa dela.
Ela suspirou aliviada. Sua sogra podia ter mil defeitos, sendo 990 deles iguais aos dela de acordo com Shikamaru, mas desde que se mudara para Konoha, Yoshino fazia de tudo para que Temari se sentisse confortável. Ela sempre havia ouvido sobre o quanto mães de homens eram extremamente protetoras com seus filhos e normalmente odiavam suas noras, mas a senhora Nara era diferente das mulheres padrões e tratava Temari como sua própria filha desde seu noivado, e ela agradecia profundamente por isso.
Caminharam de mãos dadas devagar, de modo que ela pudesse apreciar as luzes e as decorações natalinas na vila. Apesar de também comemorarem Natal, em Suna as pessoas não se empenhavam tanto nas decorações de suas casas e nem todas as famílias celebravam a data, enquanto que em Konoha, a vila emanava um clima diferente desde o primeiro dia do mês. Era impossível não se sentir contagiado por aquela atmosfera.
Ao chegarem no bairro do clã Nara, o clima não era diferente. Uma grande mesa com diversas comidas, a maioria desconhecida para Temari, estava posta bem na entrada é uma infinidade de lanternas vermelhas decoravam o ambiente. Não havia sequer uma árvore por perto que não estivesse cheia de bolas coloridas: sejam vermelhas, prateadas ou douradas. Parecia mágico.
Os adultos bebiam e conversavam entre si, enquanto as crianças brincavam de pique a ponto de ficarem ofegantes e com as bochechas vermelhas. Por um momento, Temari imaginou se dali há alguns anos, uma dessas crianças não seria sua. Tentou afastar o pensamento logo, acabará de casar, estava longe das suas prioridades ter um filho nesse momento. Mas ao mesmo tempo, pensou que se puxasse ao pai, certamente seria preguiçoso demais para correr por aí.
Como Shikamaru prometera, eles não ficaram muito tempo nas comemorações do clã. Vinte ou trinta minutos, no máximo, o suficiente para uma prima de Shikamaru insistisse para ela provar uma comida chamada rabanada, que apesar da aparência estranha, era gostosa.
Em seguida, eles rumaram para a casa de Yoshino e por um momento, Temari se sentiu culpada. Todo o clã estava na rua celebrando a noite de Natal, e por um capricho dela, sua sogra estava dentro de casa sozinho os esperando. Preferiu não verbalizar sua preocupação com Shikamaru, tinha certeza que ele responderia que a mãe não se importava e que estava tudo bem, mas e se não estivesse? 
A antiga casa de Shikamaru estava decorada da mesma maneira que ela se lembrava: dois cervos de luzes no quintal e o batente da porta contornado por folhas e luzes. Simples, mas muito bonito.
Ao se aproximarem da porta, Temari ouviu uma risada conhecida. Encarou Shikamaru que também olhava com uma expressão confusa, porém, ele simplesmente deu de ombro e abriu a porta.
—Tadaima! - ele anunciou a chegada dos dois.
—Okaeri! - respondeu Yoshino, se apressando em ir cumprimentar os dois. -Estávamos esperando vocês.
—Estávamos? - Shikamaru perguntou confuso. - Você não me disse que havia convidado ninguém, que seríamos só nós da família.
—E por acaso não somos sua família agora? - respondeu uma voz grave vindo do corredor, deixando Temari em estado de choque. Seu irmão mais novo estava ali, vestindo uma blusa de botões vermelha escura que contrastava perfeitamente com seu cabelo.
—Ei, eu também estou aqui. - disse Kankuro, que estava de rosto limpo e trajava uma camiseta preta simples. Temari sentia um misto de felicidade e incredibilidade.
—Como vocês dois estão aqui? Não era para ter alguém cuidando de Suna? - a loira perguntou preocupada e ainda sem acreditar muito.
—Digamos que o Hokage tenha me convocado para uma reunião de emergência comigo e com a matriarca do clã Nara. - começou Gaara.
—E digamos que o Kazekage precisava de um guarda como acompanhante. - completou Kankuro. - E então estamos aqui. Feliz Natal, irmã!
Ela olhou para os dois ainda incrédula, e em seguida, direcionou seu olhar para Shikamaru e a mãe dele. O marido deu de ombros, demonstrando a ela que também não sabia de nada, enquanto Yoshino abriu um sorriso sincero.
—Para mim, Natal é uma data especial e importante para reunir a família, Shikaku pensava o mesmo. Como esse é o nosso primeiro Natal juntas, queria que fosse especial e pedi ajuda a Kakashi para trazer seus irmãos para passarem com a gente. Feliz Natal, minha filha. - e após dizer isso, Yoshino abraçou Temari.
O calor do abraço da sogra, o cheiro de comida vindo da cozinha e a presença dos seus irmãos ali, faziam Temari ter certeza que esse era o melhor Natal que já havia vivenciado.


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Notas finais do capítulo

Gostaria de agradecer a todos que leram essa história e as meninas do grupo ShikaTema pelo apoio.
Em especial, à KL, por ter se disponibilizado para betar e me fazer me sentir mais segura em publicar essa fic.



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