Amor & Ódio escrita por Flor Da Noite


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Estou aqui, com essa reescrita da história, espero muito que ela fique boa e desse vez espero me esforçar de verdade.

Pretendo postar um capítulo por semana.



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“Eu te odeio, mas por que te amo."- fecho o livro, uma história tão linda. Falava de duas pessoas que se odiavam, mas foram obrigadas a conviver juntas, e no fim descobriram que na verdade se amavam. Eu acho que não aguentaria viver com meu inimigo declarado por um mês inteiro! Já bastava ter de aquenta-lo nos eventos e diariamente na empresa. Levanto-me da poltrona confortável onde estava, aceno pra Julliam e saio da cafeteria.

 Todas as manhãs eu acordava cedo, me arrumava e ia tomar algo em alguma cafeteria de Londres. Gostava de tomar um bom cappuccino ou um chá quentinho enquanto lia um livro. Àquela hora da manha as mesas não eram muito movimentadas, as pessoas estavam mais preocupadas em pegar seu café ou chá e correr pra o trabalho.

 Entro na minha Lamborghini Veneno preta. Admito com muito prazer, amo carros caros, muitas pessoas dizem que é inútil ter um carro mais caro se pode pagar barato em um que tem a mesma funcionalidade, porém não ligo, passamos por poucas e boas antes de erguer a Janes, nada mais justo que aproveitar um pouco o sabor da vitória. Estaciono no subsolo da empresa. Janes era a empresa da minha família, meu pai a fundou quando eu tinha apenas seis anos, no início não era nada, mas agora, é a maior empresa de moda do Reino Unido, junto, é claro, da Jeksfolrds, a empresa vizinha e parceira da Janes. Juntas formavam o império J&J.

 Elas havia se juntado um ano depois da nossa ser fundada, Theodoro Jane e Anthony Jeksforld, sim é muito narcisismo da parte deles por o sobrenome na empresa, se tornaram melhores amigos após essa união e as famílias estavam sempre juntas. Infelizmente. Não que eu não gostasse de tio Thony ou de tia Flora, o meu problema era com o filho do casal. William Jeksforld, ele sim me era um problema.

 - Jane, gostosa como sempre. - Ouço a voz irritante do idiota assim que entro no elevador, dando de cara com ele, ele vestia uma camisa social meio amassada, porém que ainda sim acentuava perfeitamente seus músculos, sua gravata estava solta no pescoço e seu cabelo extremamente bagunçado, definitivamente tinha acabado de acordar. Eu tinha que admitir que o cara era um gato, mas isso não diminuía sua personalidade terrível.

 - Babaca como sempre, Jeksforld. - respondo a altura. William Jeksforld  era a pessoa mais irritante desse planeta, nós somos como cão e gato desde que nos conhecemos.

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 - Filha venha conhecer seu novo amigo. - Minha mãe chama e eu corro até a sala. - Esse é o Will.

 - Ela parece muito chata. – O garoto de cabelos castanhos bagunçados diz para a mãe, em alto e bom som para todos ouvirem.

 - William! - sua mãe o olha feio.

 - Você que é. - lhe mostro a língua e viro a cara. - não vou ser amiga dele.

 - Eu também não vou ser amigo dessa garota idiota.

 - Idiota é o seu nariz!

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 O caminho percorrido no elevador é silencioso, nem mesmo nos olhamos e quando o elevador abre tomamos direções contrárias. Com meus saltos pretos batucando no chão, saltos são outra coisa que amo, vou até meu escritório. Louise, minha secretária e melhor amiga está sentada em sua mesa, do lado de fora de minha sala.

 - Bom Dia.- ela me cumprimenta sorridente.- como foi o final de semana?

 - Tranquilo, meus pais passaram com os senhor e senhora Jeksforld em um sítio, sem nenhuma ligação para encher o saco. E o seu?

 - Perfeito, o shopping inteiro estava em promoção.- ela responde animada e eu rio.- Frankie está aqui hoje?

 - Não sei, ele tem andado meio sumido.- digo e sorrio maliciosamente.- achei que tivesse dito que sua paixonite pelo meu irmão tivesse acabado.- Louise é minha melhor amiga desde os 14 anos, e é apaixonada pelo meu irmão gêmeo Frankie, ou só Frank, porém ela nega constantemente. Queria que meu irmão fosse um pouco menos lerdo e percebesse, já tentei ajudar, mas Lou proibiu.

 - E acabou não tenho interesse nenhum nele, só perguntei por educação. Ela cora.

 - Uhum, sei. - rio. - Tenho algo de importante para hoje?

 - Tem uns contratos na sua sala para você assinar, alguns deles é para antes do almoço ainda, por tanto os coloquei no início da pilha. E também... - ela para e olha a tela do computador- Você e o senhor Jeksforld tem uma reunião em meia hora.

 - William?- pergunto e ela afirma. - Tudo bem, então até o almoço.

 Entro na minha sala. E modéstia a parte, meu escritório é incrível. É moderno, com móveis escuros, as paredes paralelas ao lado de fora são totalmente de vidro a prova de balas, me dando uma linda visão da cidade de Londres, a sala é grande. Me sento em minha cadeira giratória e fico observando a minha tão querida cidade. Meu escritório ficava no vigésimo oitavo andar, e as pessoas dali pareciam minúsculas. Ponho uma música calma e começo a trabalhar nos contratos, lendo um por um mais de uma vez.

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 Acordo com uma loira peituda e uma morena gostosa do meu lado, tento me lembrar o nome das duas, mas nem sei se perguntei. Foda-se, eu nem vou precisar mais delas. Me levanto e sinto imediatamente a dor de cabeça da ressaca. Suspirando cambaleio até o banheiro e tomo um banho gelado pra acordar. Quando saio tomo um susto com o relógio. Droga, eu tinha quinze minutos para a próxima reunião. Coloco um calça social rápido pego uma camisa e coloco sem me preocupar em abotoa-la, pego uma gravata e enfio o sapato no pé com pressa, nem me dou ao trabalho de por meu relógio ou algo assim.

 Quando chego na cozinha as duas estão sentadas na bancada, uma me entrega uma xícara de café, mas dispenso.

 - O que ainda estão fazendo aqui?- digo curto e grosso.- Andem, tenho coisas importantes para fazer.

 Elas me olham chocadas, mas dou de ombros pegando meu celular e a chaves da minha Ferrari preta. A loira me da um tapa indignada e sai.

 - Escroto.- a morena murmura saindo atrás dela. Sei que ela está certa, mas não ligo. Quando vieram pra minha cama na noite anterior estavam bem cientes de que eu só estava pensando em sexo. Por tanto, sou apenas realista.

 Dirijo como louco até a empresa e consigo estacionar no subsolo com cinco minutos ainda. Corro para o elevador abotoando a camisa. E infelizmente me deparo com o diabo em pessoa. Margô apenas me olha como se eu fosse um ser desprezível e se vira, ficando de costas para mim. Analiso seu corpo, e cara, essa mulher é espetacular, quero dizer... de corpo pelo menos, porque seu ego destruiria a empresa em milésimos.

 Ela passa a mão de leve no pescoço, percebo ali uma marca de chupão, que ela não escondeu lá muito bem, já que usava um coque meio bagunçado. Dou uma boa olhada em sua bunda, coberta pelo vestido preto justinho, tão perfeitinha. Paro de prestar atenção nela quando vejo que saiu algo da minha boca, uma provocação é claro, já é quase automático. E é claro, a miss Diabo responde da mesma forma.

Enquanto o silêncio segue ajeito minha gravata, e bem a tempo, pois a porta do elevador se abre. Saímos os dois com pressa, a Jane se afasta batendo os saltos, sua marca registrada, para o seu escritório e eu vou na direção contrária, para o meu. Jogo minhas coisas em minha mesa e corro para a sala de reuniões.

 ....................

— As pessoas tem criticado o preço ao extremo.- digo, era minha terceira reunião do dia, dessa vez só eu e a Jane, para resolvermos uma questão pendente.

 - As pessoas reclamam de tudo, as venda do produto não caíram em nenhum porcento.

 - Mas correm risco de cair. - Digo, eu e Margo discutíamos uma questão sobre um novo produto. Apesar de gostarmos nenhum um pouco um do outro somos ótimos profissionais.

 - Acho que devemos manter o preço atual e daqui a algumas semanas criar uma promoção válida para todas as lojas, as pessoas vão pirar.

 - Não acha que ficarão receosos de comprar após a promoção? Podem querer esperar por uma próxima.

 - Então é bem simples, aumentaremos o preço do produto, em vez da promoção, após algum tempo o baixamos para o preço de agora, os consumidores vão acabar por se dar satisfeitos com o preço.

 - É acho que tem razão, mas e se...

 - Senhor, senhorita. - o secretário do meu pai entra na sala. - O senhor Jeksforld pediu que assinassem aqui, ele precisa do documento urgentemente.

 Distraídos com o assunto anterior assinamos sem prestar muita atenção no conteúdo.

 - Então, vamos ficar por aqui?

— Ok, vamos fazer isso então.  - Suspiro e encaro o vidro, algumas pessoas curiosas encaram a sala de reuniões por alguns segundos antes de continuar o que estão fazendo. Estávamos na sala reduzida, quando a reunião era só entra nós dois, não havia necessidade de uma sala imensa. - E o novo produto?

 - Me informaram que só falta terminaram o comercial, mas isso está por conta do diretor de marketing.

 - Ótimo, deve ficar pronto em umas duas semanas?

 - Por aí. - Ela diz, enquanto termina de anotar alguma coisa em seu Ipad. - Afinal, oque tinha naquele documento.

 - Você não leu?- pergunto.

 - Não. - ela faz uma cara sem graça.- Eu estava distraída

 - Bem, eu também só passei o olho. - ajeito a gravata. - Em cima estava escrito algo como cessamento. Deve ser algum processo ou algo assim.

 - É, só espero que não sege nada importante. - Ela solta um suspiro. - Acabamos?

 - Acabamos por hoje.

 - Ótimo já tava difícil de aguentar ficar na mesma sala que você. - ela diz. Sim, é impressionante a rapidez como voltamos ao normal.

 - É a minha perfeição. - Digo.

 - Não, é só o sua ressaca mesmo. - ela ri.- Se não aquenta, não bebe, fofo, é assim que as coisas funcionam.

 - Eu aquento cinco vezes mais que você. - devolvo, nós nos levantamos e ela fecha sua pasta com toda força enquanto passa por mim, fazendo minha cabeça sacolejar, fechos os olhos por alguns segundos para e recompor. A diaba sorri vitoriosa.

 - Parece que não. - ela ri e sai.

 @@@@@@

  - Vamos sair na sexta?- Lou pergunta dando uma garfada em seu almoço. - Porque miga, eu tô na seca!

 - Por que quer né, Louise!- provoco. - Eu já disse milhões de vezes para você ficar com o meu irmão, da pra ver de longe que você é caidinha por ele. - Dou uma risadinha, e ela abre a boca para retrucar, mas é interrompida com a chegada de Frank.

 - Achei você. - Ele me da um beijo na bochecha e se senta em uma das cadeiras. - Ei, Lou, quanto tempo!

 Seguro o riso quando vejo minha amiga corar fortemente.

 - É você sumiu. - ela responde pelo menos os dois conseguiam conversar.

 - Muito ocupado com as gravações do novo filme.

 - Já estão terminando? O filme parece fantástico. - diz ela. Mentirosa, reviro os olhos com muita vontade de rir. O filme era pura ação, Louise é do tipo que ama romance água com açúcar e que odeia ver sangue, mas, só por Frankie estar como ator principal, isso já o torna seu filme favorito.

 - E modéstia a parte, é sim. - ele diz a fazendo rir, cansada de pagar de vela me viro para ele.

 - Então maninho, o que te trás aqui mesmo?

 - Nossa, quer dizer que não posso só vir ver minha irmã?

 - É claro que pode, mas não foi pra isso que veio, foi? - sou direta fazendo os dois rirem.

 - Direta e indiscreta, a Margo de sempre. - ele fala. - Mas você está certa, vim entregar uma pasta ao pai e resolvi passar aqui pra chamarem vocês para a festa que vai ter lá em casa no sábado.

 - Nós estaremos lá. - minha amiga responde.

 - Na verdade, depende. - digo. - Vão ter aqueles seus amigos atores? Com uns tanquinhos perfeitos?

 - Sim. - ele revira os olhos e eu sorrio.

 - Então eu vou pensar. - os dois riem novamente, revirando os olhos.

 - Frankitooo.- uma ruiva vem até ele e o abraça. O sorriso de Louise some na hora, meu irmão se vira e beija a namorada.

 - Por favor. - digo.- Vocês estão em um ambiente de trabalho.

 - Ah, desculpe cunhadinha, é que eu amo tanto meu chuchuzinho- ela o aperta com força.

 - Interesseira. - finjo uma tosse, e Lou da uma risadinha discreta.

 - Vamos Kay? Tchau meninas. - ele se levanta, me da mais um beijo e segue com sua namorada pelo refeitório. Sim, eu sou a única superior que almoça no refeitório da empresa, eu gosto de praticidade, é claro que ainda sim não é todo dia.

 - Víbora, espero que tropece e quebre as presas.- digo e Lou da uma gargalhada.

 - Minha nossa Mar, ainda bem que eu não sou sua cunhada.

 - Você é um anjo, Louise, Aquela ali não presta nem pra isca. - Bufo e reviro os olhos. - Meu irmão é muito cego.

 - Olha só. - Lou levanta e olha no relógio. - O meu horário de almoço acabou, é melhor eu subir e terminar meu trabalho.

 Minha amiga acelera em direção à saída, claramente tentando fugir do assunto.

 - Como se eu nem fosse a chefe dela. - murmuro e me levanto também.

...........

 - Querida, não vai mais ver sua mãe não?

— Sabe que nem sempre consigo tempo, mãe. - suspiro ao telefone, desenho alguma coisa em meu bloquinho esperando pela próxima reunião.

— Ah é mesmo, e o que está fazendo agora?- ela pergunta sem acreditar em mim.

 - Agora nada, mas em dez minutos terei uma reunião de patrocínio. - respondo.

 - Por favor, Margô, eu esperava isso do seu pai ou do seu irmão. - ela resmunga. - Mas da minha filhinha? Não, eu não esperava nem um pouco. Até o William eu vejo mais que você.

 - Desculpe se te decepcionei, mas sabe que o papai e o tio Tony já vão se aposentar, se eu e o Imbeci... E o William não nos dedicarmos, o império J&J vai cair de vez.

 - Aaah, você e o William formariam um casal perfeito, desde tão pequenos... - ela começa com seu arzinho apaixonado.

 - Eca. - faço careta e sinto o meu corpo inteirinho tremer com a ideia. - Nem morta mãe.

 - É uma pena querida, lembro até hoje quando eu e Flora fomos chamadas na escola por causa de um beijo de vocês...

 ###########

 - Eu não vou beijar ele! Escolha outro Romeu!- a professora teve um sério problema ao escolher eu e William como Romeu e Julieta.

 - Margô, é na bochecha. - a professora suspira.

 - Deixa ela, está dizendo isso só porque esta com medo de me beijar. É uma covarde. - o garoto revira os olhos e me encara desafiador.

 - Do que me chamou?

 - Covarde.

 - Pois enfie seu covarde no meio da bunda.

 - Margo!- a professora repreende. - se acalmem crianças. - Foi totalmente ignorada.

 - Co. Var. De. - o idiota cantarolava. Irritada e incapaz de ser desafiada, aperto forte seu rosto com minha mão e lhe dou um selinho. As crianças soltam escamações. E o que era pra ser um beijo na bochecha se torna meu primeiro selinho e também uma boa ida para diretoria, acompanhada do idiota sorridente ao meu lado.

 ###########

 - Aquele beijo foi uma grande bosta. - digo, mas no fundo tenho vontade de rir. - Tenho de ir, te amo.

 - Também te amo, mas se parar de vir aqui talvez eu ame mais o seu irmão.

 - Ta bom, prometo passar um dia desses aí. Beijos. - e desligo.

 

 


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