Oneshots NCIS'S escrita por Any Sciuto


Capítulo 26
Make Up




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Tony DiNozzo se orgulhava em ser homem. Ele arrotava quando estava sozinho, mas quando sua namorada Ziva estava com ele, seu comportamento era de um anjo.

Nesse dia em questão, ele estava sozinho em casa, arrumando as coisas de sua amada na pia do banheiro. A maquiagem, seus batons e brilhos labiais...

Em um minuto ele estava admirando as sombras e no segundo seguinte, ele fez a barba por completo, aparou as sobrancelhas e começou a se maquiar. Ele sabia que era errado, mas o batom vermelho que ele colocou pareceu tão tentador...

— Espero que ele tenha colocado tudo no lugar certo. – Ziva entrou, com Tim e Abby ao seu lado. – Eu realmente estou feliz por vocês terem vindo comigo no mercado. Eu estava doida em pensar que conseguiria levar todos aqueles sacos para casa sozinha.

— Sem problemas, Ziva. – Abby abriu a porta do apartamento. – Agora que você e Tony estão juntos, fazer a primeira refeição parece uma boa forma de começar.

Ela assentiu e os três entraram na casa, colocando as compras sobre a bancada da cozinha. Tim notou que Tony não estava perto de ser visto e resolveu verificar o banheiro.

— Tony! O que é isso no seu rosto? – McGee sentiu sua inocencia sendo perdida. – Isso é batom nos seus lábios?

McGee apenas sentiu sua mão pegar o celular e bater uma foto. Ziva e Abby vieram correndo quando as palavras maquiagem e seu rosto foram mencionadas.

Quando Abby viu, caiu na gargalhada. Tony tinha sombra azul, blush rosa e batom vermelho. Ela olhou para a maquiagem na bancada e apenas deu um olhar que significa “Eu falo com você depois”.

— Ela vai me matar. – Tony viu Tim assentindo. – Eu vi a maquiagem e quando vi, estava passando em mim.

— Compreendo. – Tim bateu uma última foto antes de Tony limpar o rosto. – Abby, pode vir comigo até a sala?

— Ei, eu vi que tirou fotos minhas, McNerd. – Tony avisaria Tim antes que ele pudesse fazer algo. – Só lembre que eu sou um agente treinado.

Tim assentiu e puxou Abby para fora. Pegando o celular dela, ele passou as fotos para um serviço de nuvem. Era hora de dar o troco.

Trocando apenas seis mensagens, Tim conseguiu que um amigo fizesse um pôster de Tony em tamanho real e colocasse na porta do NCIS. Era hora de pagar o apelido com uma boa e velha provocação.

Quando Gibbs chegou na casa de Tony, viu que o agente tinha alguns pontos de blush em seu rosto. Ele resolveu não comentar nada porque aquela noite era especial. Mas se Tony estava mexendo de novo na maquiagem de Ziva, alguém iria realmente ser morto naquele lugar.

— Eu trouxe um pouco de massa caseira. – Gibbs passou o macarrão com queijo granitado por cima da massa. – É uma receita antiga da minha mãe. E trouxe uma garrafa de vinho brasileiro.

— Valeu Gibbs. – Ziva guardou a comida dentro da geladeira com o vinho. – Eu agradeço por todos os mimos.

— Se precisar de ajuda nos ligue. – Abby abraçou Ziva e depois Tony. – Não use a maquiagem de sua esposa novamente.

— Nunca mais. – Tony olhou para Ziva e esperou todos saírem. – Ziva, eu sinto muito. Eu não queria usar seu batom vermelho.

— Não diga a ninguém, mas eu achei que ficou bom em você. – Ziva passou as mãos pelo pescoço dele e o beijou. – Acho que a comida pode esperar.

Os dois deixaram a comida para trás enquanto faziam amor no quarto.

McGee chegou cedo no prédio do NCIS. Ele deixou Abby deitada na cama e saiu depois de dar um beijo nela. Ele deu uma boa risada vendo o pôster de um Tony montado como drag e sorriu. Mesmo que fosse zoeira, ele ficava bem produzida.

Entrando no prédio, McGee colocou a pasta na mesa e desceu até o laboratório, deixando uma caixa de presentes na mesa de Abby.

Tony e Ziva foram de carro para o NCIS. O celular de Ziva e Tony não parava de receber mensagens perguntando se era verdade.

— Tony, acelera por favor. – Ziva achou que algo de muito grave estava acontecendo na agência. – As pessoas estão me perguntando se é verdade.

— O que é verdade? – Tony finalmente entrou no pátio naval e percebeu os olhares. – O que diabos está rolando aqui?

Chegando perto da porta, Tony encarou um pôster de si mesmo, maquiado e pendurado em uma altura onde muita gente poderia ver.

— TIMOTHY MCGEE EU VOU TE MATAR! – Tony entrou e viu o nerd em questão sorrindo. – POR QUE FEZ AQUILO?

— Vingança dos nerds. – Tim sorriu. – Mas você ficou bonita, Tonya.

— DiNozzo, uma palavra? – Jenny fez o agente olhar para ela. – Agora.

— Isso ainda não acabou McGee. – Tony seguiu Jenny, pronto para qualquer mijada. – Senhora?

— Olha, DiNozzo, eu não me oponho a atividades que envolvam maquiagem depois do expediente. – Jenny estava sendo compreensiva. – Mas na agência há certos protocolos que todos precisam seguir.

— Eu sei, mas não é culpa minha. – Tony cruzou os braços. – Foi McGee. Ele fotografou a mim em um momento muito pessoal e fez aqueles cartazes.

— Momento pessoal? – Jenny realmente queria saber o que diabos Tony estava fazendo com maquiagem.

— Eu estava guardando a maquiagem de Ziva enquanto ela foi ao mercado. – Tony deu de ombros. – Era um vermelho lindo. Eu precisei usar e por mais louco que pareça, eu me amei como mulher.

— Apenas se certifique que ninguém vai descobrir e fazer cartazes com sua foto. – Jenny sorriu e dispensou Tony. – Eu vou recolher os cartazes e queimar.

— Não. – Tony pensou em algo. – Poderíamos usar eles em uma campanha da NCIS contra a homofobia.  Algumas pessoas nos acusam de sermos homofóbicos. Podemos fazer uma limonada com esses limões.

— Boa idéia. –Jenny ligou para uma amiga. – Depois de explicar a situação, Ann vai nos ajudar com a campanha. Eu mando um dos cartazes e ela faz a mágica.

Tony saiu todo feliz do escritório de Jenny. Mesmo que toda a pegadinha sobre ele pudesse pior depois da exposição a mídia, ele sabia que era hora de deixar a masculinidade dele um pouco de lado e combater o preconceito que ainda tinha.

— Eu vou ser estrela de uma campanha, McGee. – Tony jogou algumas notas na mesa do amigo. – E eu tenho que agradecer a você.

— Então não está mais chateado por eu ter feito essa pegadinha? – McGee sabia que fora muito infantil.

— Não e eu vou dizer o porquê. – Tony decidiu dizer uma coisa para todos na sala. – Apesar de certas pessoas nessa sala acharem que um homem vira menos homem por usar batom e sombra, eu realmente lhes digo que ainda sou homem e essa foto não me deixa constrangido.

Todos aplaudiram a iniciativa e prometeram parar de zoar Tony.

A campanha contra a homofobia foi um sucesso. Ela chegou a ganhar um prêmio do governo por ser pioneira na área da marinha. Tony não virou menos homem por isso.


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