Faziam quatro anos que Abby havia testemunhado contra Mike Mauher. Ele havia sido condenado e mandado para prisão perpetua.

Andando pelos corredores da cadeia, ele encontrou alguém que havia ouvido falar. Alejandro Rivera, o mais novo residente preso pelo NCIS também.

— Mike Mauher. – Ele estendeu a mão para o homem. – Você foi preso por Leroy Jethro Gibbs, certo?

— Eu conheço você? – Alejandro ainda estava irritado.

— Fui preso pela NCIS também. – Mike apenas falou e logo viu Alejandro entender o recado. – Talvez pudéssemos nos unir e fazer aquele povo pagar.

— Como? Estamos presos aqui, se você não percebeu. – Alejandro duvidou da capacidade de Mike. – E eu só quero me vingar de Abigail Sciuto.

— Eu também. – Mike deu uma risada malvada. – Por causa daquela vadia eu estou aqui.

— Tenho um plano. – Alejandro respondeu. – Vou estar com ele pronto logo. Não vou decepcionar você.

Quatro semanas depois, uma pequena confusão na prisão e dez mil reais em uma conta bancaria, os dois estavam com o plano em pratica.

— Eu consegui um médico para fazer uma injeção de rotina em nós, porém, no lugar da injeção comum vai ser um betabloqueador, um remédio experimental seguro que faz o coração parar. – Alejandro disse, explicando tudo como se fosse um técnico de futebol. – Depois que estivermos no necrotério, sairemos nos caixões e conseguiremos fugir.

— Não sei se é um bom plano. – Mike sabia que Alejandro era igualmente maluco. – Talvez possamos...

Ele nem acabou de falar antes de receber uma agulhada nas costas. Ele caiu no chão, completamente sem reação e lentamente perdendo o ar.

— Bons sonhos, Mike. – Alejandro sorriu vendo que o jovem estava morto.

Alejandro se fingiu de doente com uma pílula que imitava os sinais de um desmaio. Ele seria levado para o hospital da cadeia e seu amigo o declararia morto. Ele envenenou a comida dele e de Mike e engoliu a pílula.

E do mesmo jeito que ele programou, acabou acontecendo. A polícia so conseguiu prender o amigo de Alejandro, mas Rivera estava longe há tempos.

Jenny desceu as escadas correndo, sentindo que as más noticiais deveriam ser entregues de uma vez.

— Alejandro Rivera fugiu da cadeia. – Jenny olhou para Gibbs. – Acho que devemos cancelar o casamento de Tim e Abby. Nós sabemos do que ele é capaz, Jethro.

— Abby E Tim precisam se casar. – Gibbs respirou fundo e se sentou. – Jen, algo mais?

— Ele matou Mike Mauher. – Jenny olhou para o noivo. – Eu acho que nós sabemos o que significa.

— Ele está atrás de Abby. – Gibbs discou o número de Abby e Tim. – Droga, Abbs. Atenda esse maldito telefone.

— Oi, você ligou para Abby e Timothy McGee. No momento não podemos atender, mas deixe seu nome e telefone e retornaremos depois. – A voz gravada de Abby disse quando Gibbs ligou.

— Tony, Ziva. Comigo. – Gibbs não tinha um bom pressentimento. – Ducky, Jen. Vocês também.

Todos pegaram suas armas. Ducky tinha um bisturi largo o suficiente para cortar as artérias de quem ousasse machucar Abby ou Tim.

Abby olhou para McGee. Sua boca estava completamente fechada com fita isolante, durex e de embalagens. Suas mãos algemadas a cama assim como Tim estava amarrado a cadeira do quarto, ainda desacordado.

— Eu posso dizer que foi um prazer te encontrar nesse prédio. – Alejandro mostrou uma faca e a colocou no meio dos seios cobertos de Abby. – Eu vou ter um gosto de você e depois te matar. Assim como seu namorado idiota.

Abby balançou a cabeça, tentando sair das algemas de qualquer jeito. Ela podia ouvir os passos na escada, uma das coisas que herdou de seus pais adotivos. Ela sabia que precisava resistir por ela e Tim.

Gibbs, Jenny, Tony e Ziva entraram no corredor. Ducky ficou em um dos quartos, pronto para entrar em ação.

— Eu deveria ter matado você no segundo em que eu vi que não entregaria o relatório. – A voz alta de Alejandro se infiltrou no corredor. – Mas não. Eu tive que ser coração mole com você, senhorita Sciuto.

Abrindo a fechadura, Gibbs deu passos fracos até o quarto onde Abby e Tim estavam naquele momento. Ele viu Tim desacordado e Abby sendo quase estuprada pelo babaca Rivera.

— Alejandro! – Gibbs gritou e o viu dar uma risada diabólica. – Que tal brigar com alguém do seu tamanho?

— Gibbs, que prazer. – Alejandro olhou para Gibbs e puxou Abby, a arrancando das amarras a força. – Não dê mais nenhum passo ou eu mato essa vagabunda.

— Deixe Abby em paz e eu fico no lugar dela. – Gibbs não iria facilitar para o homem a sua frente. – Ela precisa de um médico.

— Precisa mesmo. – Alejandro pegou a faca e encravou no peito de Abby.

Soltando a cientista na cama, ele foi em direção a Gibbs, mas Jenny atirou diretamente na cabeça do sádico, vendo seu corpo inútil cair no chão.

Gibbs correu para Abby. Retirando o paletó, ele pressionou na ferida dela.

— Abby, você precisa ficar forte. – Ele percebeu que ela estava quase dormindo. – Vamos Abby. Fique com a gente.

Rasgando a fita dos pulsos e da boca, ele a viu pegar os dedos dele e começar a sinalizar um eu te amo em sinais. Sua mão caiu fraca e Gibbs soltou um grito alto, quase dolorido.

Quatro meses depois...

O dia era de sol e cheio de flores. As cadeiras no jardim estavam decoradas de branco e um altar foi montado no caramanchão do jardim de Jenny Shepard. Era finalmente o casamento de Abby e McGee.

Depois de tudo o que aconteceu com Abby naquele dia, quatro meses atrás, ela precisou de duas semanas. Ela havia perdido sangue significativo e entrado em coma de alguns dias.

Nem McGee nem Gibbs deixaram o lado de Abby naquele tempo. Eles estavam ciente de que Jenny estava fazendo os tramites para dar a Rivera um último lugar, mais para finalmente aceitar que o homem havia sumido do que por pena.

A cerimônia foi linda. Abby tinha um lindo vestido branco de um comprimento sexy, mas perfeito para a ocasião, seu longo cabelo em um coque e batom preto, porque Abby tinha seu próprio toque.

— Abigail Sciuto, você aceita Timothy McGee como seu legitimo esposo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando e respeitando todos os dias de sua vida?

— Sim, ela nem precisava pensar na resposta.

— Timothy McGee, você aceita Abigail Sciuto como sua legitima esposa na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando e respeitando todos os dias de sua vida? – Ele repetiu a pergunta para Tim.

— Sem nenhuma dúvida. – Tim sorriu como se ganhasse um grande prêmio.

— Pelo poder investido a mim pelo estado de Washington, eu os declaro marido e mulher. – O celebrante piscou para McGee. – Pode beijar a noiva.

Todos bateram palmas quando Tim puxou Abby para seus braços e beijou seus lábios doces.

Saindo, Abby pegou o buque de rosas e tulipas e jogou para cima. Jenny pegou o buque e Gibbs a beijou na frente de todo mundo. Algo dizia a todos que logo teriam outro casamento.