Oneshots NCIS'S escrita por Any Sciuto


Capítulo 1
Explosão




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/774660/chapter/1

Uma bomba pode machucar muitas pessoas, incluindo pessoas não próximas do acidente. Gibbs sabia disso no momento em que viu que não poderia desativar a bomba.

Não no momento em que viu Abby ainda sozinha no laboratório. A jovem cientista estava inconsciente do perigo que corria do lado de dentro. A bomba muito próxima de seu laboratório.

— Vai. Tira ela daqui. – O home junto a ele pediu. – É muito perto da explosão. – Outro sorriso enigmático. – Não é o perigo. É a diversão.

Entregando a faca, consciente que estava assinando a sentença de morte desse homem, Gibbs correu por sua vida, mas em especial a de Abby. Ziva e Tony estavam quase longe, Tim estava indo também.

Mas Abby não tinha noção do que aconteceria. A jovem cientista era como uma filha e ela o protegeu durante o caso onde tragicamente descobriu sobre o crime de Gibbs. Ele se arrependeu de não ter dito a ela algo sobre o passado que ele conhecia seus pais verdadeiros.

Abby juntava as últimas coisas e seu hipopótamo de peido. A ligação de Harper Dearing para o celular que explodiria tudo foi feita. Um destino e mais alguns selados.

Gibbs correu pela escada, não se importando com as consequências disso. Manter Abby segura era o que importava. No momento que tudo explodiu, ele se esqueceu de tudo e pulou sobre ela, a levando para o chão, protegendo-a dos vidros caindo.

Seu amado prédio vindo a baixo e ele não sabia o que fazer para manter Abby segura.

— Abby! – Foi a única palavra por quase dez minutos.

Achando que finalmente estavam seguros, Gibbs se levantou e viu Abby chorando ainda no chão.

Ele pegou seu rosto e viu o sangue que corria de um ferimento.

Ela estava muito assustada e incrivelmente quieta enquanto ele olhava o corte. Pegando as coisas dela do chão, ele a puxou com cuidado, a mantendo perto dele enquanto saíam do prédio ainda com risco de desmoronar.

— Por favor. – Gibbs chamou um dos paramédicos. – Eu preciso que você cuide dela para mim, por agora.

— Certo. – Ele pegou Abby e a levou para longe dali. – Sente alguma dor senhorita?

— Não muita. – Abby sentiu um algodão em sua bochecha. – Não.

— Eu vou colocar um pequeno curativo de caveiras nisso. – Ele pegou e colocou. – E lhe dar alguns analgésicos para hoje. Eu recomendaria que ficasse com um amigo hoje.

— Não posso incomodar nenhum deles. – Ela abraçou seu hipopótamo. – Todos têm vidas.

— Eu fico com ela, doutor. – Gibbs a abraçou. – Tem espaço suficiente em minha casa. E sem negativas, Abigail.

Abby apenas assentiu em silêncio e foi com Gibbs. Ele estava usando o quarto outra vez e ela estava feliz.

— Descanse Abby, ok? – Ele deu um cobertor para ela. – Eu vou estar na sala ao lado se precisar de algo.

— Okay. – Ela se deitou e tirou apenas as botas de salto. – Obrigado.

— Não obrigado Abbs. – Gibbs deu um sorriso. – Necessário.

Ela deitou-se sob as cobertas e começou a adormecer. Gibbs desceu até o porão lembrando da conversa que tiveram quando ela descobriu sobre Pedro Hernandez.

— O que quer que eu diga? – Gibbs se virou para ela.

— Diga que eu sou como uma filha para você. – Abby implorou. – E quanto você me ama.

— Isso vai ajudar? – Gibbs perguntou.

— Não. – Ela confessou. – O que vai mesmo é se você me amará. Não importa o que acontecera.

A lembrança daquele dia foi interrompida com um grito vindo do alto. Do quarto onde Abby estava. Pegando a arma, Gibbs imaginou que Harper Dearing estaria machucando Abby e ele o mataria antes que ele a machucasse.

Avançando lentamente, ele abriu a porta e viu Abby se debatendo na cama. Guardando a arma rapidamente, ele entrou e a pegou em seus braços.

Ele sabia que Abby era mais propensa a sonhos e pesadelos e que eles viriam, mas eles chegaram cedo demais.

— Está tudo bem, Abbs. – Gibbs a embalou. – Está tudo bem. Você vai ficar bem.

— Não deixe ele me pegar. – Abby estava de olhos fechados. – Ele quer me matar.

Gibbs apertou o aperto nela e sentiu seu coração quebrar com os soluços de sua filha emprestada. Ele morreria antes de alguém sequer machucar Abby.

Ela também já esteve sob perigo. Primeiro Ari, depois chip, seu ex assistente de laboratório, Mike Mauher, o seguidor fanático de McGee e o carro assassino. Ele não poderia dizer qual era o mais perigo porque todos eram iguais.

A deitando na cama, ela finalmente se acalmou e voltou a dormir. Ele pegou a cadeira e se sentou ali mesmo perto dela.

Ele sabia que Abby tinha um irmão biológico, Kyle. Ele e Tim buscaram isso por ela, mas ela nunca havia ido realmente atrás dele.

— Família é mais que DNA. – Gibbs falou. – São pessoas que amam e cuidam um do outro.

Ela havia sido resistente com Ziva, mas ela ainda estava triste por Kate e acabou tendo uma relação de irmãs com a agente israelense. Pareciam irmãs agora. As duas filhas que ele tinha depois de Kelly.

Tim e ela tiveram um romance, mas pessoalmente Gibbs gostava da combinação que eles faziam juntos.

Ele foi para a cozinha e fez uma sopa para ela. Nada com carne. Ele sabia da moda vegana de Abby e isso a fazia especial.

Ele esperou vendo um de seus faroestes na televisão e adormeceu.

Acordando, Abby saiu para a cozinha, esquecendo-se de onde estava. Ela encontrou Gibbs dormindo e sorriu. Sua cabeça latejou e ela se segurou na mesa o que acordou Gibbs.

A ajudando até o sofá, ele a fez se sentar. Ele pegou a sopa e deu a ela.

— Obrigado. – Abby olhou para a sopa. – O que seria?

— Sopa de abobora. – Ele riu um pouco. – Pedi ajuda a Vance para fazer. Por telefone.

— Como estão todos? – Abby queria saber. – E Ducky?

— Teve uma parada cardíaca. – Ele a viu suspirar. – Ele vai ficar bem. Você pode ver ele na semana que vem.

— Estou com medo de voltar. – Ela confessou. – Tudo por lá explodiu e tem os corpos e tem...

— Ei, calma, ok? – Gibbs a ajudou com a sopa. – Quer me contar do pesadelo?

— Autópsia. – Ela viu Gibbs a olhar. – Eu estava morta na autópsia. Toda aberta e Ducky e Jimmy...

— Tudo bem. – Gibbs a interrompeu. – Você não precisa voltar lá se não quiser, mas precisa contar para alguém.

— Você sabe sobre o que eu penso sobre médicos de cabeça. – Abby apenas fez a cara fofa de sempre. – Eles me dão medo.

— É. – Gibbs riu um pouco. – Eles também me dão medo. Mas você não pode guardar apenas para vocês.

— Então como fica? – Abby o olhou. – Eu não sou do tipo que escreve em diário.

— Todas as vezes que acontecer. – Gibbs a olhou. – Você me liga. Não importa a hora. Eu não vou deixar de te atender. E eu preciso de uma chamada de emergência as vezes.

— Você precisa dormir também. – Abby brincou. – Afinal você carrega uma arma.

— E você carrega o bem. – Ele a beijou singelamente. – Você precisa de um amigo e eu acho que eu posso ser um pai para você.

Abby sorriu com isso. Ela terminou sua sopa de abobora e resolveu dormir até o dia seguinte. Talvez eles encontrassem Dearing no fim de tudo e Ducky estaria lá também.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Oneshots NCIS'S" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.