A conquista - RyD escrita por Débora Silva
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura ♥
Refúgio bufou com as batidas na porta, mas levantou mesmo assim e foi até ela, abriu e um lindo arranjo de flores foi ofertado a ela que agradeceu e o homem se foi. Ela sorriu e cheirou as flores, pegou o cartão e o abriu.
"Reconsidere e aceite a babá ou levamos nosso menino conosco. Preciso do nosso primeiro encontro!!!"
— Vai pensando que vai ser fácil senhor Ferrer!! - começou a rir e levou as flores para a cozinha e a colocou num jarro.
A porta novamente soou e ela respirou fundo parecia que o dia seria bem turbulento, ela abriu e deu de cara Julieta que chorava copiosamente com o rosto marcado e seu bebê nos braços.
— O que aconteceu? - a colocou para dentro de imediato.
— Eu preciso de ajuda!!! - falou com os olhos banhados em lágrimas. - Eu não posso voltar para aquela casa. - tossiu pela dor que sentia e sangue veio em sua boca.
Refúgio de imediato pegou o bebê de seus braços e a sentou no pequeno sofá que ali tinha, pegou o celular e ligou para a ambulância no mesmo momento em que muitos tiros foram ouvidos do lado de fora a fazendo se apavorar e olhar sua amiga desmaiada... O dia só "melhorava" e ela nem sabia o que fazer naquele momento... O desespero tomou conta dela e Edmundo veio do quarto chorando e se agarrou nela que estava abaixada no chão com o bebê nos braços.
— Que ixu mamãe? - falou apavorado e ela o segurou em seus braços e o bebê também chorava.
— Já vai passar amor. - beijou os cabelos dele e balançou o bebê em seus braços. - O que aprontou Julieta? - suspirou e a olhou sangrar na barriga se perguntando como iria sair dali com ela desmaiada e a primeira pessoa que veio em sua cabeça foi Dionísio e ela discou o numero dele.
— Ligando para dizer sim? - falou depois de atender com um enorme sorriso.
— Eu preciso que me ajude!!! - falou aflita e ele ficou de pé no mesmo momento ao ouvir o choro de Edmundo e um bebê.
— O que aconteceu?
— Eu não sei, mas minha amiga chegou aqui baleada e tem homens lá fora atirando... - ouviu mais um tiro e um grito.
— Saia dai agora Julieta... - a voz era grossa e cheia de raiva.
— Por favor... - ela falou em desespero com as crianças chorando.
— Saia dai Refúgio. - foi grosso.
— Eu não posso deixá-la aqui!!! - não iria mesmo deixá-la ali.
— Eu mando gente pra buscá-la, mas saia dai com essas crianças!!! - deu um berro com ela.
Refúgio tratou de levantar com os dois no braço e foi para o fundo da casa e olhou para ver se não tinha ninguém ali e com muito custo saiu da casa com os dois, Dionísio ainda estava na linha e ela segurava o celular para não derrubar, caminhou e saiu por um portão que dava na casa do vizinho. Dionísio com outro telefone pediu que seus homens fossem até lá e sua secretaria ligou para a policia, tudo estava correndo tão rápido que ele saiu de sua sala e foi direto para o elevador.
— Refúgio, me diga aonde vai se esconder que estou indo para te buscar!!! - estava tão nervoso e correu para seu carro. - Refúgio???
Refúgio caminhou o mais rápido possível sem olhar o telefone e quando se escondeu acalmando as crianças ela colocou o telefone no ouvido.
— Eles estão por perto... - falou com temor segurando o filho que estava em completo silencio porque ela tinha pedido.
— Onde está? - já dirigia rumo a casa dela.
— Duas casas pra direita... - parou de falar e desligou o telefone vendo que tinha gente por perto e sirenes de policia foram ouvidas por ela. - Meu Deus, não me desampare... - falou num sussurro beijando seu filho e olhando o bebê que chupava os dedos de fome.
Foram minutos ali escondida e ela ouvindo a troca de tiro que acontecia a poucos metros dali e ela segurava as crianças com forças as protegendo de qualquer coisa que pudesse acontecer até que um silencio ensurdecedor se pairou pelo ar e ela sentiu seu corpo todo tremer. Era hora de sair dali? Ou ficar e esperar por Dionísio e a policia? As mãos tremiam e ela tentou ficar de pé, mas as pernas falharam e ela teve que ficar ali.
Refúgio não sabe quanto tempo ficou ali em alerta com medo de que alguém aparecesse para os machucar, respirava ainda pesado e deu graças a Deus do filho ter voltado a dormir depois de tanto chorar, ela ouviu passos e ofegou olhando para todos os lados procurando de onde vinha a pessoa e sem alternativa falou alto na intenção de intimidar quem viria.
— Eu estou armada e é melhor você voltar!! - se ajeitou melhor no chão.
Os passos ficaram mais próximos e ela ofegou com seus olhos enchendo-se de lágrimas e quanto o viu deu graças a Deus.
— Você está bem? - apressou o passo e abaixou na frente dela tocando seu rosto. - Está machucada?
— Julieta... - foi o primeiro que veio em sua mente e ela deixou muitas lágrimas rolarem por seu rosto.
— Ela está sendo levada para o hospital agora!!! - pegou Edmundo de seus braços que começou a chorar. - Sou eu campeão... - falou com a voz doce e o beijou fazendo que ele voltasse a deitar em seu ombro e Edmundo o agarrou forte.
Dionísio ficou de pé e estendeu a mão para ela que pegou e levantou com calma para não acordar o bebê, ele a ajudou a caminhar até o carro e a colocou no banco de trás sentada e deitou Edmundo com a cabeça em seu colo, sorriu para ela e fechou a porta indo até o policial. Ele conversou por mais ou menos vinte minutos enquanto ela tentava decifrar o que ele conversava, mas nada conseguiu entender e o esperou voltar ao carro.
Ele voltou ao carro e sentou no banco do motorista, ligou o carro e começou a dirigir saindo dali, Refúgio o olhava sem entender o que estava acontecendo e depois de um suspiro profundo disse:
— O que aconteceu com Julieta? - estava preocupada.
Ele suspirou e ficou por mais alguns segundos em silencio e ela bufou já querendo falar umas boas para ele.
— Ela está em estado grave e vai para a cirurgia.
— E o maldito que fez isso? - falou com raiva.
— Ele fugiu, mas está ferido e a policia atrás dele. - falava apreensivo.
— Eu disse pra ela se afastar desse maldito, mas amor é cego mesmo!!! - olhou o bebê tinha apenas três meses.
— Fique calma porque ela vai precisar muito de você!!! - a olhou pelo retrovisor por um momento. - O bebê precisa ir ao hospital?
— Não, o sangue é de Julieta!! - suspirou com tristeza. - Mas eu quero ir ao hospital vê-la.
— Vamos deixar as crianças em casa e depois que passarmos na delegacia, vamos ao hospital. - parou no sinal e a olhou. - Você está mesmo bem? - tocou sua perna.
— Eu estou bem o que me preocupou mais foram eles!!! - acariciou os cabelos de Edmundo. - Eu pensei que não conseguiria... - os olhos ficaram tristes.
— Agora está tudo bem!! - ouviu as buzinas e voltou a dirigir.
Nada mais foi dito e eles seguiram para a casa dele, Refúgio olhava para os dois e somente conseguia agradecer a Deus depois daquele susto. Quando chegou Dionísio a ajudou a descer do carro e depois a levou para dentro, Dora veio de imediato até eles e se preocupou quando viu o sangue na roupinha do bebê e refúgio tratou de explicar a ela que o pegou para dar banho enquanto Refúgio e Dionísio levavam Edmundo para o andar de cima.
Quando o deixaram na cama ele a olhou e ela de imediato agarrou o corpo dele em um abraço apertado e ele sorriu com o coração acelerado, mas sentindo a mesma angustia dela. Ele beijou seus cabelos e a apertou em seus braços.
— Obrigada por ter ido até lá!!! - encheu os olhos de lágrimas e o olhou.
Ele tocou seu rosto acariciando e disse:
— Não precisa me agradecer!!! - falou todo lindo.
— Claro que preciso!!! - tinha os olhos presos nos dele. - Você poderia ter se machucado por minha culpa...
— Não diga uma coisa dessas. - sorriu de leve. - Eu sempre vou estar aqui por você, Refúgio!!!
Ela tornou a abraçá-lo e sem que ele se desse conta ou conseguisse segurar suas palavras completou.
— Estarei aqui porque te amo!!! - e ela o olhou de imediato...
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