Por você - IyV escrita por Débora Silva


Capítulo 8
08


Notas iniciais do capítulo

Bom dia meus amores, olha esse capitulo ta grandão e eu espero ter passado toda a emoção que eu sentir ao escrever, logo a nova fase chega e eu espero estar acertando com você!!! Beijos e boa leitura.



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LONGE DALI...

Victoriano caminhava pela cidade um tanto cabisbaixo, sentia o peso do mundo nas costas e nem percebeu quando o carro de Benigno passou e parou logo à frente, estava com dois amigos e resolveu zombar mais uma vez dele, desceu com seus amigos e parou frente a ele. Victoriano o encarou e ele sorriu como se tivesse ganhado tudo dele.

— Se não é o frango Victoriano. - riu mais com os amigos. - Como esta Inês?

Victoriano estava no seu limite e não permitiu que ele dissesse mais nada e apenas o socou com gosto, bateu nele e nos amigos dele deixando que toda a raiva daqueles dias fosse liberada nos três. Olhou Benigno no chão e sem pena alguma deu uma sequência de seis socos em sua cara e antes que ele desmaiasse disse:

— Isso é por Inês!!! - cuspiu na cara dele e ficou de pé respirando alto. - Maldito porco!!! - e sem mais se foi dali deixando a todos que os viram perplexos pelo que tinha se passado.

Victoriano estava tão transtornado que chutava o ar, foi para seu carro e dali foi pra casa em alta velocidade. Quando chegou em casa foi direto ao bar e pegou duas garrafas se cachaça e saiu novamente para o lado de fora, sentou no chão e começou a beber, era ruim mais nada naquele momento era tão ruim quanto o que se passava no seu coração.

No meio da primeira garrafa ele já estava chorando e se perguntando o que tinha feito de errado para que Inês se entregasse aquele maldito babaca, mas nunca o olhasse além de um amigo. Ele se sentia tão idiota por ter escondido aquele sentimento por tanto tempo que se lamentava não ser um babaca.

— Talvez assim ele me olhasse. - falou para si mesmo e bebeu mais um gole.

— Bebendo sem mim? - falou saindo de casa a mando da esposa.

Victoriano o olhou e bebeu mais da garrafa e o viu sentar a seu, não queria companhia mais também não podia mandá-lo embora.

— Eu não quero papo. - bebeu o último gole da garrafa. - Pode dizer a mamãe que eu tô ótimo. - pegou a outra garrafa e Ronaldo a segurou.

— Quer me contar o que ouve? - o olhou nos olhos. - Estava chorando? - odiava ver o filho daquele modo.

— Homens choram sabia? - grosso arrancando a garrafa dele. - É mais macho sentir assim. - bebeu.

— Ótimo!! - falou bufando e ao mesmo tempo tentando se controlar. - Então pelo menos divide comigo já que sua mãe me obrigou a vir aqui ver essa cena. - foi verdadeiro.

Victoriano entregou a garrafa para ele e sorriu amargo.

— Deveria ir fazer coisas melhores. - quase caiu para trás. - Bem melhores.

Ronaldo naquele momento viu a mão dele ainda suja de sangue e se preocupou e largou a garrafa do outro lado para que ele não pegasse e o fez olhá-lo.

— De quem é esse sangue? - disse firme.

Victoriano viu duas mãos e sorriu se sentindo parcialmente aliviado depois dos socos.

— Eu soquei a cara daquele filho da puta. - olhou o pai. - Soquei e vou socar todas as vezes que eu o ver na rua. - era uma promessa.

— Meu filho, você está me deixando preocupado. - respirou fundo. - Nós últimos dias tenho tentado ser compreensivo e não fazer perguntas, mas olha como está violento. Em quem bateu?

— Aquele merda vai fazê-la sofrer, vai fazer e eu não posso mais fazer nada!!! - passou as mãos no rosto e chorou. - Eu não aguento mais isso!!!

Ronaldo o abraçou e entendeu naquele momento que mais uma vez o problema era com Inês, suspirou e tentou ficar calmo, ele odiava ver o filho daquela maneira ainda mais por uma garota que estava pouco se importando com ele e que já começava a ter uma fama na cidade. Inês era muito querida naquela família, mas fazer Victoriano sofrer daquela maneira estava fazendo com que Ronaldo pegasse uma implicância por ela ainda mais por vê-lo chorar.

— Meu filho, acho melhor entrarmos. - não queria alongar aquele assunto, não com ele daquele jeito.

Victoriano se soltou dele e como pode pegou a garrafa e sorveu mais uma vez antes de ser arrancada de seus dedos e jogada longe por seu pai. Não iria permitir que ele ficasse sofrendo por aquela moleca e ficou de pé o fazendo levantar também.

— Me deixa sofrer pela mulher que amo. - mal conseguia andar.

— Vai sofrer na sua cama que é lugar quente!! - caminhava com ele para dentro.

Valentina os viu e de imediato foi ao filho e ajudou o marido a subir com ele, deram um banho em Victoriano e o colocaram na cama. Ele logo adormeceu por tanta bebida e os dois se olharam.

— Essa garota... - Ele rosnou ficando de pé.

— Ela é uma boa menina só está perdida. - defendeu e foi a ele. - Temos que deixar que eles decidam seus caminhos. - o puxou para fora do quarto.

— Pra ele sofrer mais? - Estava bravo com toda aquela situação.

— Amor, eu não quero nosso filho sofrendo, mas ele a ama e nada que a gente fale vai mudar isso. - segurou em sua mão. - Vamos apenas ficar ao lado dele e seja o que Deus quiser.

— Eu não sei o quanto aguento isso!!! - bufou.

— Apenas vamos esperar. - ela deu um beijinho nele e ele saiu precisava respirar e ela voltou ao quarto para ficar com ele...

Inês depois de algumas horas recebeu alta e foi para casa, Laura não contou nada a Roger, apenas disse a ele que tinha sido por conta do calor e ela se trancou no quarto para chorar o que ainda não tinha chorado e ficou ali sozinha até pegar no sono em meio às muitas lágrimas...

(...)

DIAS DEPOIS...

Os dias que se passaram foram de agonia e desespero para alguns... Mais precisamente para Inês e Victoriano que não voltaram a escola para seus últimos dias de aula. Benigno tão pouco apareceu depois da surra que levou no meio da cidade, Inês ficou sabendo e até tentou falar com Victoriano que não a recebeu deixando-a assim ainda mais deprimida.

Laura manteve a palavra e não contou ao marido sobre a gravidez da filha e Inês prometeu contar depois de sair da escola, queria falar com benigno antes de qualquer coisa e ver no que aquela história iria dar. Mas mau ela sabia que seria mais uma escolha equivocada em sua vida.

Era a noite da festa de formatura e todos estavam bem animados, menos Inês e Victoriano que mesmo sentando próximos não se falaram, Cristina estava ali sentada entre os dois que nem se quer se olharam ou prestaram atenção na celebração. Depois de toda aquela grandiosa celebração todos jogaram seus chapéus ao vento e foi uma gritaria só a festa estava só começando.

Num canto Victoriano bebia com seus "amigos" e no outro Inês se lamentava querendo sumir daquela festa, mas não podia, não ainda. Ela observava a tudo e a todos, inclusive Victoriano que bebia sem parar, ela não o queria assim e levantou para ir falar com ele quando foi abordada por Benigno que cheio de ódio queria apenas provocar Victoriano.

— Você está perfeita!! - falou malicioso e ela não esboçou nenhuma reação o deixando sem entender. - Por que não vamos ali a uma das salas e animamos essa festa em? - a segurava pela cintura apertando de leve.

— Precisamos conversar, não quero outra coisa. - falou seria.

— Se isso nos levar a transar então vamos conversar!!! - falou safado.

Ela nada respondeu e sentiu os lábios dele sobre a pele de seu pescoço e pela primeira vez se sentiu mal e se afastou saindo na frente dele, mas não foram para uma das salas e sim para o lado de fora do salão onde tinha uma área para fumantes.

— O que você tem? Até parece que não está feliz por terminar a escola. - colocou as mãos no bolso.

Inês respirou fundo ainda de costas e logo se virou o encarando nos olhos, Victoriano mesmo lutando contra suas pernas não conseguiu não cuidar dela porque ele sabia que ela iria se ferrar e ficou por perto.

— Eu estou grávida. - falou logo ou perderia a coragem.

Benigno no mesmo momento caiu na risada e olhou para os lados pensando ser uma pegadinha.

— Ta de zoeira com a minha cara? - voltou os olhos para ela. - Já podem sair seus retardados. - falou pensando que os amigos estavam na zoeira. - Quando aqueles filhos da puta pagaram pra você me zoar.

— Eu não estou zoando. - falou com a voz trêmula. - Eu descobri a alguns dias. - segurou as mãos uma na outra.

— Acha mesmo que eu vou acreditar que você safada como é está grávida de um filho meu? - riu em deboche. - Se toca.

— É a verdade!! - gritou já se alterando. - Eu estou grávida e esse filho é teu. - afirmou.

— Esse filho é teu porque eu não vou assumir essa criança que nem pode ser minha. Transamos só algumas vezes e sem chance de fazer filho. - negou com a cabeça. - Pode esquecer que não vou assumir o filho de uma vagabundinha da escola.

Inês sentiu o sangue ferver e sem pensar duas vezes sentou dois tapas em sua cara.

— Eu não sou vagabunda e esse filho é teu porque eu somente me deitei com você. - falou respirando pesado.

Benigno a segurou pelos dois braços e a bateu contra a mureta que tinha ali e ela gemeu sentindo o impacto nas costas e de imediato os olhos se encheram de lágrimas.

— O que você quer é uma surra de pica porque não se conforma que eu não quero mais te comer, mas sinto em te informar que você nem é tão gostosa assim. - sorriu a ferindo. - Eu somente fiz pra passar o tempo e também para mostrar ao seu amigo que o que eu quero eu tenho!!!

Inês se debateu para se soltar mais ele não deixou que ela saísse.

— Confesso que você foi a mais complicadinha, mas quando abriu as pernas... Foi fácil demais te comer.

— Me larga!!! - gritou derramando as lágrimas.

— Não adianta chorar, eu não te quero e se estiver mesmo grávida vai tirar porque eu não quero essa criança ainda mais com uma vadia como você!!! - apertou mais os braços dela. - Vamos nos divertir uma última vez antes que nunca mais nos vejamos.

Inês se desesperou quando sentiu os lábios dele em seu pescoço e gritou arranhando a roupa dele para se soltar, as mãos foram até seu vestido para levantar e ela gritou ainda mais se debatendo enquanto as lágrimas vinha. Victoriano que observava tudo de longe não pensou nem duas vezes e foi até eles e o tirou de cima dela o jogando no chão.

— Some!! - rosnou como um animal e Benigno cansado de apanhar dele na frente dos outros levantou gritando.

— Vagabunda, não vai colocar filho nas minhas costas não. - gritou com ela e saiu dali.

Inês sentiu suas pernas fraquejarem e chorou alto, ele a olhou com os olhos frios, sentia pena, mas ao mesmo tempo queria ser os braços que a confortariam. Inês se tremia toda e sentiu uma dor aguda em seu ventre e se curvou para frente em um gemido que o fez de imediato a pegar nos braços.

— Me leva daqui. - falou agarrada em seu pescoço. - Eu preciso de um médico. - gemeu.

Ele nada falou apenas a tirou dali e foi para o hospital com ela perdendo os sentidos no meio do caminho.

(...)

O quão rápido podemos destruir a nossa vida ou das pessoas ao nosso redor, Inês estava destruída e tinha levado Victoriano junto a ela para aquele buraco. Quando seus olhos se abriram, ela piscou várias vezes e olhou para os lados encontrando seu pai e sua mãe, pela cara que tinha Roger ele já sabia o que se passava e seus olhos cravaram nele.

— Quem é o pai, Inês? - foi o primeiro que perguntou.

— Roger... - Laura o repreendeu.

— Cadê Victoriano? - era como se o chamar fosse abrandar as coisas, mas o que aconteceu ali não foi assim.

Roger sentiu seu sangue ferver e interpretando aquelas palavras como se ele fosse o pai da criança, ele saiu daquele quarto e foi direto a recepção agarrando Victoriano pela camisa e o prensando contra a parede gritou.

— Você acabou com a vida da minha filha!!! - e Victoriano sem entender apenas sentiu o soco em sua face alarmando a todos. - Eu confiava em você e você a engravida.

Ronaldo que estava ali junto a esposa por que tinha sido chamado pelo filho se levantaram de imediato para defender o filho.

— Papai... - Inês apareceu ali gritando.

— Esse maldito vai pagar por isso!! - estava fora de si e levantou a mão novamente para acertá-lo.

Ronaldo no mesmo momento segurou seu braço e o encarou.

— No meu filho você não vai bater! - o empurrou para longe.

— Ele acabou com a vida da minha filha!!! - berrou.

Victoriano que até o momento estava quieto disse mirando os olhos de Inês.

— Pode ter certeza que ela também acabou com a minha... - e ela somente chorou...


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