Por você - IyV escrita por Débora Silva


Capítulo 6
06


Notas iniciais do capítulo

Vamos começar a desenhar os caminhos de Inês e Victoriano, logo haverá uma pequena passagem de tempo entre eles mais provável que perto do dez. Não desistam da história, eu prometo a vocês que dará tudo certo!!! Amo vocês!!! ♡



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Inês respirou fundo e pensou em esperar para falar com ele, mas estava muito apertada e entrou no banheiro das mulheres para usar, demorou uns minutos ali dentro e quando abriu a porta deu de cara com Benigno encostado na parede com um meio sorriso e um porte convidativo para a desgraça de toda uma vida. Ele sabia bem o que fazia e se aproximou mais dela a puxando pela cintura e sem uma palavra a beijou sendo totalmente correspondido por ela...

— Benigno... - falou assim que o beijo terminou.

— Eu quero que seja minha!!! - os olhos vesgos de desejo. - Me deixe te provar assim como sei que você quer me provar também!!! - beijou mais ela que não resistiu selando ali seu destino...

(...)

Quando Inês voltou para a festa tinha um sorriso iluminado no rosto, não tinham ficado ali no banheiro e sim ido para o carro dele que estava bem escondido para que ele pudesse desfrutar de qualquer mulher e ela tinha sido a escolhida da noite e seu sorriso não negava que tinha sido bom. Olhou para os lados e procurou seus amigos, mas nenhum deles estava ali, perguntou por eles, mas responderam a ela que já tinham ido embora e ela sentiu seu coração disparar.

Perguntou-se naquele momento se Victoriano ou até mesmo Cristina tinha visto o que ela tinha feito e se preocupou sabendo que depois daquela noite Victoriano não a olharia mais na cara. Inês tinha traçado seu destino ao se "deitar" com benigno e agora teria que conviver com suas escolhas, ligou para a mãe e pediu que um carro da fazenda a buscasse e não demorou nada a estar em casa.

Ela tomou um banho, conversou um pouco com a mãe e depois mandou mensagem para os dois, mas nenhum deles respondeu e ela se virou na cama incomodada sem saber pra quem contar o que tinha se passado. Claro que ela não contaria a Victoriano, mas Cristina era sua melhor amiga e iria contar sim a ela, Inês estava cansada e não demorou nada a pegar no sono.

Depois de ver que Inês saia do banheiro aos beijos com Benigno, Victoriano não aguentou mais ficar naquela festa, sentia o coração quebrado e a vontade de acabar com os dois foi grande, mas ele não o fez e foi até Cristina e a chamou para ir embora, ela cansada aceitou e perguntou por Inês e ele apenas disse que ela tinha escolhido ficar e Cristina acreditou e foi com ele.

Victoriano a deixou em casa com o gosto amargo na boca e depois foi para sua casa, não conseguiu entrar em casa e sentou na escada da entrada e olhou aquele céu vasto de estrelas e em sua mente só vinha a cena de Inês se entregando aquele maldito e isso o fez fraquejar e as lágrimas vieram com força. Ronaldo que tinha visto o filho chegar saiu da cama e o viu naquele estado.

Não gostava de ver o filho daquele modo e muito menos chorando, chorar era para mulheres e não para homens, era assim que ele pensava é sentia por ver o filho sofrer, sentou ao lado dele e passou o braço por seu ombro amparando o filho. Era um machista, mas não o magoaria com suas palavras.

— O que aconteceu? - perguntou olhando para frente para não vê-lo chorar.

Victoriano tentou engolir o choro porque sabia bem que o pai não gostava daquelas cenas, mas ele estava quebrado e sentia que não podia se recuperar daquela tombo. Tinha esperado a vida inteira por Inês e agora ela tinha se entregado a outro na primeira oportunidade que tinha surgido e pior ainda com o cara que ele mais odiava em sua vida, se era um castigo a ele tinha sido recebido com sucesso.

— Eu não quero mais viver nessa cidade!! - disse por fim. - Me deixa estudar fora daqui? Me deixa ir para faculdade de veterinário bem longe daqui? - olhou o pai com os olhos vermelhos pelo choro.

— Tem certeza disso? - ele assentiu. - Não é um gosto meu ou da sua mãe, mas se você precisa... - foi compreensivo naquele momento que via o filho sofrer. - É uma rapariga boa mesmo que te destruiu em... - não aguentou não dizer.

— Eu não quero falar dessa desgraçada. - passou a manga da camisa no rosto limpando. - Eu não quero saber mais nada dela e nem dessa cidade.

— Eu vou falar com sua mãe. - bateu de leve no ombro dele. - Vamos entrar e tomar uma cachaça? Depois você vai dormir.

Victoriano assentiu e ficou de pé e entrou com o pai, tomou apenas uma e depois de se despedir com um abraço apertado ele subiu e Valentina veio da cozinha com um pote de morango.

— Sabe que ele não pode beber... - falou como mãe protetora.

— Uma só não mata ninguém!!! - sorriu para ela, era tão linda.

— Isso tem cheiro de Inês. - ela constatou e nem tinha ouvido a conversa dos dois.

— Essa muleca ainda vai se arrepender de perder nosso filho!!! - se aproximou dela. - Ele quer ir embora, estudar fora.

Ela deu morango a ele e tocou seu rosto.

— Acho que está mesmo na hora dele mudar de ares mesmo que eu não o queira longe de mim. Olha o que aconteceu com ele nos últimos dias, ele precisa se reerguer e se for mesmo por causa de Inês... - respirou fundo. - Aqui não é lugar pra ele.

— Vamos descansar e ver se não é só uma bobeira dele, eles vivem brigando e depois se amando. - a abraçou. - Te amo.

Ela sorriu e caminhou com ele.

— Eu também te amo meu amor. - subiram e entraram no quarto ainda conversando.

Victoriano tomou um longo banho deixando que sua tristeza fosse embora junto a água, mas não deu muito certo e ele logo terminou o banho, se vestiu e deitou na cama. O celular apitou e ele viu o nome dela, ignorou e virou de lado tentando esquecer aquela noite e aquela maldita festa...

(...)

Com o passar dos dias, Inês entendeu que tinha feito a pior escolha de sua vida, tinha saído mais duas vezes com Benigno e depois disso ele disse que eles não eram um para o outro e ela se decepcionou, tentou falar com Victoriano todos aqueles dias, mas ele apenas a ignorou e seguia seus dias com o olhar frio e um coração despedaçado. Ela tinha apenas Cristina a seu lado e a amiga fazia questão de mostrar a ela o quanto ela estava errada, mas ela não tinha mais como voltar atrás.

Tudo pareceu cinza naqueles dias e Victoriano assumiu uma postura que nunca teve, o menino lindo e sorridente tinha sumido e apenas estava ali o Victoriano amargo e machucado pela mulher que amava. Ele é Benigno tinham se estranhado mais algumas vezes, mas nada que levasse a agressão, Benigno sabia perfeitamente que apenas insinuando já estava fazendo mal a ele e isso deixava Victoriano ainda mais amargo.

Ele beijou umas quantas bocas para se esquecer de Inês, mas não passava disso e no final de cada encontro se sentia ainda mais vazio que antes. Inês muitas vezes o viu com garotas, mas não podia dizer nada, ele estava a castigando direitinho com seu silêncio e suas atitudes. Inês sempre que o via sentia seu peito apertar e os olhos enchiam-se de lágrimas e ela tratava logo de fugir para que ninguém a visse. E assim o tempo passava...

(...)

UM MÊS DEPOIS...

Inês estava com sua mãe na cidade, fazia um calor insuportável e ela tinha despertado naquela manhã nada bem, sentia dor de cabeça, enjôo e quase não conseguiu se levantar da cama, mas precisava escolher seu vestido de formatura que seria em poucos dias. Ela não estava bem e a falta de Victoriano a afetava depois r sua mãe pensava que era por isso do mal estar.

Inês tinha ficado sabendo por Cristina que Victoriano iria embora logo depois da formatura e isso tinha deixado ela ainda mais abatida, eles tinham tantos planos juntos e a faculdade era um deles, mas agora ela nem se quer sabia para onde ele iria. Estava sendo ignorada totalmente por ele e mesmo que o buscasse ele se quer a olhava nos olhos e apenas saia.

— Achou um que goste? - Laura a tirou de seus pensamentos.

Inês respirou fundo sentindo o enjôo ainda mais forte e correu para o lado de fora e no primeiro latão de lixo vomitou. Laura se preocupou e correu até a filha e a segurou, se preocupou de imediato porque percebeu que não era doença e sim... Negou com a cabeça e olhou bem dentro da cara de sua filha.

— Você está grávida? - e os olhos de Inês arregalaram para a mãe.

— O que? - a voz soou grave vinda do lado delas.

— Victoriano... - Inês o olhou vendo tudo dobro e foi só o que conseguiu dizer antes de desmaiar nos braços da mãe.


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