Feito no campo - VyV escrita por Débora Silva


Capítulo 42
Capitulo 42


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde meus amores, aqui lhes deixo o fim dessa historia e espero que gostem!!!



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— Pode ter certeza que farei por ele o mesmo que faço por minhas filhas! — sentiu as pernas molhar e olhou para baixo. — Oohh meu Deus...

— O que foi? — se preocupou porque não queria problemas.

— A minha bolsa se rompeu!

Só podia ser sacanagem a menina querer nascer justo naquele momento, pensou Inês. Inês não podia fazer muito por ela e o único que fez foi gritar por Emiliano que não demorou nada para aparecer e amparar Victória que segurava na pilastra.

— O que foi?

— Me leva para o hospital, meu amor!

— O que fez com ela? — gritou com Inês que perdeu o chão.

Victória o segurou e o fez olhar para ela.

— Ela não fez nada! — apertou os dentes por sentir uma contração. — É a sua irmã que quer nascer!

Emiliano arregalou os olhos e perdeu um pouco a cor do rosto com aquela notícia, mas não poderia se desesperar ou não conseguiria ajudar, pegou Victória pelo braço e com calma desceu as escadas a colocando no carro e dali se foi sem olhar para trás. Inês encheu os olhos de lágrimas e entrou em casa pegando o telefone para ligar para Arthur e contar o que tinha se passado naquele momento e marcou a viagem para o dia seguinte, ela não podia mais esperar ou faria uma besteira da qual se arrependeria para o resto de seus dias.

Emiliano dirigiu na velocidade permitida e assim que adentrou o hospital com Victória ligou para o pai que gritou com ele por não ter avisado antes e de casa saiu depois de chamar os filhos, Victória apesar de estar sentindo dor conversou com a médica e foi examinada constatando que ainda faltava um pouco para que Mariana viesse ao mundo, foi instalada em um quarto e assim que Victoriano chegou o liberaram para estar com ela. Ela o olhou e chorou mais por ter acabado de sentir uma das piores contrações e ele correu até seu amor e Emiliano os deixou sabendo que não poderia ficar duas pessoas no quarto.

— Por que demorou tanto?

Ele acariciou as costas dela a beijando nos cabelo já que estava agarrada aos lençóis da cama.

— Me desculpe, mas se Emiliano tivesse me avisado no caminho eu tinha chegado junto com vocês!

Victória o olhou e virou com calma o abraçando no mesmo momento em que sentia outra contração e a médica entrou no quarto para examiná-la mais uma vez.

— Como estão as contrações?

— Uma atrás da outra! — respirou fundo sendo colocada na cama.

A médica a examinou novamente e pediu que um enfermeiro viesse para levá-los para a sala de parto e Victoriano a beijou muito sorrindo porque o momento de ver sua pequena tinha chegado e ele queria gritar de emoção. Victória já tinha vivido por duas vezes aquele momento e todos tinham sido diferente e com toda certeza Mariana era a que mais estava a fazendo sentir dor mais no final valeria a pena tanta dor.

Victoriano foi preparado e entrou ficando ao lado dela que tinha a testa suada por fazer força. Sem dúvida é o momento mais intenso e especial para um casal que tanto espera o momento de conhecer o rostinho de seu filho a sua continuidade e no momento que ela fez força fazendo com que sua barriga se contraísse e automaticamente diminuísse, o choro foi ouvido a fazendo deitar mais o corpo de olhos fechados ouvindo aquele choro forte os enchendo de vida.

— Quer cortar o cordão papai? — sorriu com os olhos para ele.

Victoriano tinha o coração acelerado e Victória o olhou com os olhos iluminado e Mariana foi colocada em seus braços assim que ele cortou o cordão que as mantinha ligada uma na outra.

— Oi, meu amor é a mamãe! — acariciou o rostinho dela que diminuiu o choro no mesmo momento a conhecendo.

— Meu Deus, ela é linda! — se deixou chorar beijando as duas. — Eu te amo Victória!

Ela o olhou com o mais lindo dos sorrisos no rosto e o beijou.

— Eu te amo meu amor!

(...)

SEIS ANOS DEPOIS...

Dizem que ter menina é mais tranquilo, mas não era assim que pensava Victoriano e Victória agora que Mariana completava seis anos, a pequena era uma verdadeira pimenta e deixava a todos de cabelo em pé com suas traquinagens. Victória passou o comando da empresa para Maria assim que ela terminou a faculdade e ela junto a Alejandro vivia em sua antiga casa, Emiliano assim como Fernanda decidiram estudar fora e assim que terminaram a faculdade resolveram viajar o mundo para conhecer cada pedacinho de terra possível e a cada nova cidade mandavam um cartão para os pais que podiam sentir a emoção deles em viver aquele momento.

Inês depois de uma longa conversa com os filhos partiu em sua nova jornada ao lado de Arthur que estava feliz por conseguir que ela fosse junto a ele mesmo que não ficasse mais junto, ele a amava e sabia que ali não era mais o seu lugar e juntos partiram. Inês com apenas um ano fora já estava completamente curada e já corria para todos os lados, ela também fez um longo tratamento com uma psicóloga e passou a entender melhor seus próprios sentimentos, não era amor o que sentia por Victoriano porque se assim fosse não teria abandonado tudo a seu lado para viver com outro homem, conversou muito com Arthur e resolveram se dar mais uma chance e para que a felicidade de ambos fosse completa, eles tiveram uma linda menina que recém completava seus dois anos: Elisa.

Tudo parecia ter entrado nos trilhos e a felicidade era o caminho que seguiam, Victória cedeu a Victoriano e mais uma vez tinha engravidado e levado uma bronca de sua medica por não ter mais idade para engravidar, mas ali estava o pequeno Bento com seus três anos e uma vitalidade que deixava os pais cansados já que queria correr atrás de Mariana o tempo todo. Victória era feliz com sua vida feita no campo, com seus filhos muito bem encaminhados na vida e com dois que cresciam cheios de amor e assim como os maiores teriam um lindo futuro apoiado pelos pais.

(...)

AGORA...

Era um lindo sábado para a família Santos, Victoriano já estava fora de casa desde cedo e Victória tratava de cuidar das crianças e as manterem limpas já que almoçariam na cidade, ela estava na sala observando os dois brincar sentados no tapete da sala enquanto esperava o marido chegar, ele já havia ligado e avisado que estava chegando e ali ela o esperava ao lado dos filhos. Mariana observava a mãe sempre que podia e assim que a viu se levantar para falar com a irmã no telefone, ela puxou Bento que sorriu fazendo sinal de silencio e eles saíram correndo da casa indo direto para o estabulo onde tinha seus cavalos e dois pôneis que eram deles e que passeavam sempre ao lado do pai.

— Vamos passear de cavalo, Bento! — sorriu traquina.

— Eu adoro meu cavalinho! — riu batendo palmas.

Mariana desde os quatro anos tinha aulas de montaria para que eles pudessem ficar mais tranquilos já que ela sempre foi muito esperta e num piscar de olhos estava em cima de um dos cavalinhos e isso os deixava muito preocupado, ela era muito independente e queria que o irmão fosse também e por isso ensinava tudo a ele que ria muitas vezes sem entender que poderia se machucar seriamente. Ela tirou o pônei de dentro da baia e o acariciou, era manso e já a conhecia, Mariana caminhou para fora com ele que já estava selado e o montou com uma facilidade que mesmo com os anos a mãe não tinha, o menor riu e antes que ela pudesse ajudá-lo a subir junto com ela o cavalo começou a andar um pouco rápido e Bento saiu correndo atrás e chorando porque também queria ir.

Victória que olhava de dentro da casa pela janela arregalou os olhos quando viu o filho correr atrás do cavalo com Mariana em cima e se questionou em que momento se distraiu tanto na conversa que não ligou para o silencio dos dois e seu corpo virou automaticamente para se certificar que não estava maluca e largando o telefone ela correu para o lado de fora. Victória saiu de dentro de casa o mais rápido possível e Victoriano que descia do carro se assustou por vê-la correr daquele modo e a seguiu com os olhos vendo os filhos ao longe, correu assim como ela ou até mais rápido para ver se alcançava os filhos e do nada pararam ofegantes ao vê-los dentro de uma poça de barro.

Mariana tinha sido jogada de cima do cavalo que estava assustado com tanta gritaria e ela caiu dentro da poça de barro ficando completamente suja e Bento preocupado com a irmã também se sujou todo mais a abraçou com os olhinhos cheios de lágrimas.

— Fica calmo! Calmo! — tentava acalmá-lo mais estava igual ou mais assustada que ele pelo modo como as coisas aconteceram.

Ela olhou para os pais que estavam parados com o coração na mão pelo susto e ela soltou o irmão sabendo que levaria uma bela bronca.

— Vamos brincar aqui que é mais legal! — ele riu inocente sentando e sujando mais sua roupa.

Victória não conseguiu mais ficar ali parada e avançou nos dois ajoelhando para ver se ela estava bem.

— Você está bem? — a olhou por completo mesmo estando toda suja. — Por que você é assim minha filha?

— Eu estou bem mamãe! — sorriu mais os olhos estavam cheios de lagrimas.

— Mariana, o que eu falei sobre tirar o cavalo da baia sem um adulto do lado? — Victoriano se aproximou já dando a bronca.

— Eu só queria brincar um pouco com Bento!

Bento ficou de pé e agarrou a mãe a sujando por completo e riu alto pelo modo como ela o olhou.

— Meu Deus do céu! — olhou para a blusa branca que agora estava marrom. — Vocês merecem umas palmadas por não ficarem limpos!

— Mamãe, eu te amo! — agarrou mais a mãe rindo e Mariana viu ai a chance de não receber uma bronca.

— Eu também te amo mamãe! — ficou de joelhos e a abraçou sujando todo o cabelo da mãe.

— Me solta seus porquinhos! — gritou sem conseguir segurá-los. — Victoriano, me ajuda!

Victoriano não aguentou e gargalhou da cena que tinha em sua frente, era anos de casados e ela ainda não tinha se acostumado a pequenos detalhes como por exemplo estar suja de barro como estava naquele momento por ser agarrada pelos filhos que começaram a rir do desespero dela pela sujeira. Victória como conseguiu se soltou deles que pularam fazendo mais graça ainda e ela olhou para o marido que só fazia rir dos três cobertos de barro.

— É você quem vai dar banho neles e não vamos mais a lugar algum! — olhou a roupa que tinha escolhido com tanto carinho.

Victoriano nada disse e ela saiu pisando duro por ter estragado sua roupa nova, ele deixou que eles brincassem mais um pouco e com muito custo os levou para dentro de casa, tirou os sapatos para não deixar rastro e subiram para o quarto. Victória era sempre mais rígida com eles para corrigi-los e Victoriano muita das vezes passava a mão na cabeça para que ela não brigasse e era por conta dessas atitudes que Mariana aprontava os deixando de cabelo em pé.

— Minha filha, papai já falou para não mexer nos cavalos para que você não se machuque! — os dois estavam dentro da banheira e ele tirava a roupa dela. — Você está de castigo por uma semana e não vai mais as aulas de montaria só pra aprender e entender que o que fez é muito grave e poderia ter machucado seu irmão.

Mariana o olhou nos olhos percebendo que era muito sério o que ele dizia e iniciou o choro alto que ele não fez questão de reagir e foi tirar a roupa do filho que a viu chorar e começou a chorar também porque ele amava a irmã mais que tudo e não gostava de vê-la chorar.

— Pode chorar também porque você está de castigo junto com sua irmã! — os olhava bem sério.

Victoriano tirou suas botas para não molhar e iniciou o banho nos dois que estavam em completo silêncio e Victória apareceu na porta com os cabelos preso e uma roupa comum de ficar em casa, ele era um pai maravilhoso e ela deu um meio sorriso por ele seguir educando os dois para que não fizesse mais e eles concordavam.

— Já está quase pronto o almoço!

Os três olharam para ela.

— Meu amor, não vamos perder o passeio na cidade! — não queria passar por sua de sua autoridade.

— Eles não merecem sair depois do que fizeram e estão de castigo! — cruzou os braços.

Victoriano apenas concordou com a cabeça e terminou o banho deles, ela o ajudou pegando Bento e juntos trocaram os filhos que estavam cheios de dengo. Depois de prontos os quatro desceram e almoçaram algo simples já que ela havia mudado de ideia em cima da hora mais tudo estava uma delícia e os pequenos se deliciaram com a comida rindo.

Depois de alimentados caminharam para fora e um lindo sorriso se fez presente no rosto de Victória ao ver a filha descendo do carro, as crianças gritaram o nome de Maria e correram até ela que abaixou os agarrando. Alejandro abriu a porta de trás do carro e tirou de dentro a pequena Elisa que observou tudo ao redor inclusive as crianças que foram agarrar as pernas dele.

— Quem é essa Ale? — Mariana perguntou toda curiosa.

Ele abaixou e sorriu beijando seu rosto assim como o do irmão.

— Essa é Elisa a minha irmã! — apresentou.

Victória e Victoriano se aproximaram beijando Maria e ficaram a observar a reação dos menores.

— Eu sou sua irmã! — emburrou.

Ele riu e a puxou para seus braços.

— Vocês três são meus irmãos! — riu.

Maria olhou para a mãe e depois de beijar seu rosto disse:

— Espero que não se chateie por termos trazido a pequena, mas quando estávamos chegando na cidade Inês ligou dizendo que estava de volta e ao passar por lá a pequena não quis desgrudar dele! — explicou.

— Não se preocupe minha filha, assim eles têm com quem brincar mesmo de castigo! — a beijou muito.

Victoriano se aproximou do filho que ficou de pé e eles se abraçaram mesmo com a pequena em seus braços, ele a olhou e acariciou seu pequeno rostinho e sem conseguir evitar a pegou nos braços.

— Ela é linda! — mostrou para Victória que também se aproximava para cumprimentá-lo.

— Papai solta ela! — Mariana pediu e ele a colocou no chão para brincar com eles.

— Viemos passar o dia com as crianças para que vocês possam fazer algo juntos! — Alejandro falou sorrindo porque sabia o quanto era puxado ter os dois dentro de casa bagunçando sempre. — Não precisa dizer nada e nem agradecer, apenas se divirtam um pouco juntos!

Eles se olharam com cumplicidade e não pensaram duas vezes em sair dali depois de Victoriano pegar a chave do carro, eles tinham uma pequena cabana a uns três quilômetros dali e assim que chegaram já foram arrancando as roupas e juntos deitaram na cama com ela em seu peito.

— Às vezes eu me esqueço o quão bom é o silêncio! — falou rindo e ela o acompanhou.

— Ainda bem que nossos filhos nos entendem! — o abraçou beijando seu peito.

Victoriano a apertou mais em seus braços concordando com o que ela dizia e Victória puxou o lençol os cobrindo porque não estavam ali para fazer amor como os filhos pensavam que seria e sim estavam ali para dormir um pouco no mais perfeito silêncio e seus corpos relaxaram encontrando o sono perfeito. Eles não precisavam fazer amor sempre porque a vida que tinham feito no campo era maravilhosa mais os momentos que estavam ali juntos desfrutando apenas do silêncio era mais maravilhoso ainda. Eram felizes e seriam assim para sempre!

FIM DE FEITO NO CAMPO!


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