Incursões escrita por Narrador sem nome


Capítulo 4
Parte 4 - O palácio do reino de Trachmas


Notas iniciais do capítulo

O rei de Trachmas decide uma sentença de morte a Douglas, pois o mesmo se caracteriza como o garoto que viria dos céus e comandaria um exército de monstros que destruiria todo reino, assim cabe Mayhem convencer a vossa majestade de que o certo a se fazer é envia-lo de volta ao mundo dele antes que ele realize a profecia.



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Maya aparentava estar cansada após passar dificuldade nas ruínas de Mormos e decidiu repousar entre os galhos, seu irmão achou melhor descansar antes de finalmente chegar à casa da fazenda de Poccus, Douglas se assustou ao ver uma quantidade de luzes semelhantes a olhos no fundo da floresta escura.

— Gente, parece que temos visitas.

Mayhem e Maya olharam para onde Douglas estava apontando, a luz começaram a se aproximar lentamente, uma silhueta de alguém segurando uma lamparina surgiu no meio das árvores, ao caminhar um pouco mais ele se identificou como uma raposa antropomórfica, ele utilizava um uniforme da tropa real diferenciado dos outros arqueiros que o seguiam atrás dele.

— Baal, há quanto tempo? Parece que você ganhou uma cauda nova. - Cumprimentou Mayhem.

— Sim, já faz um bom tempo que a gente não se vê.

Baal encarou Maya que desviou o olhar.

— O que o trás aqui?

— Vim levar sob custódia o jovem rapaz que está em seu time e Maya por crimes de invasão de propriedade e ataque contra uma sentinela do exército real.

— Lá vem o problema! - Exclamou Maya constrangida.

— O que você tava pensando em fazer uma coisa dessas?

— Eu precisava daquele mapa.

— Está bem, eu irei com ela, mas não entendo o que o garoto fez para ser levado também.

— Ele faz parte de uma profecia de um guerreiro que caiu dos céus capaz de controlar as feras que seria utilizado pelo reino sombrio para destruir os sete reinos, o rei decidiu executá-lo antes que seja tarde demais.

— Que história é essa?

— Eu vou morrer? - Douglas pôs as mãos na cabeça. - É assim que vou morrer?

— Ninguém vai morrer. - Alertou Mayhem. - Eu exijo falar com vossa majestade.

— Antes disso eu preciso levar os três para a prisão do centro.

— Tudo bem, lá resolvemos esse problema. - Concordou Mayhem, ele encarou Maya que desviou o olhar.

Mayhem então chamou sua atenção.

— Está bem, eu errei me levem logo.

—x-

O palácio real era o lugar que se destacava nos centro, um grande castelo branco com decorações douradas levantados por pilares de bronze que tinham gravuras de grandes cavaleiros da época em ordem cronológica faziam um caminho até a escadaria principal, por outro lado o calabouço era um lugar tenebroso e sujo onde os piores bandidos do reino se encontravam, Douglas foi levado algemado até uma jaula e foi ordenado a entregar o smartphone as autoridades, sendo jogado de maneira ríspida ele se levantou rapidamente e chocou-se nas grades.

Mayhem e Maya foram levados para um consultório onde ela poderia repousar, ainda sem entender, um deles tentou a todo custo de ir ao encontro com o rei, mas logo foi impedido por outras sentinelas no caminho.

Após um tempo para se adaptarem, Baal foi ao encontro dos dois.

— Eu não esperava que nosso próximo encontro fosse sob custódia. - Comentou Baal. - Eu sinto muito, mas isso foi necessário.

— Não se culpe Baal. - Disse Mayhem sentado ao lado da cama onde Maya repousava. - Você estava fazendo seu trabalho.

— Agradeço pela compreensão.

— Mas mesmo assim.

Mayhem se levantou e foi até a porta, colocando a face entre as grades da porta.

 - Eu preciso falar com vossa majestade.

— Porque você se preocupa tanto com aquele garoto?

— Porque Bruhen com toda certeza reprovaria essa situação.

— Bruhen não está mais aqui, ele nos abandonou.

— E só por isso nós devemos abandonar também nosso caminho moral?

— O que está tentando insinuar? Ele é uma ameaça.

— Ele é só um garoto, assustado que quer voltar pra casa, nós devemos ajudar ele.

Baal confuso o encarou.

— E se fizermos isso estaria ajudando a profecia se concretizar?

— Isso não vai acontecer, porque ele trás consigo a determinação de Bruhen.

Mayhem apresentava um olhar determinado.

— Quanta bobagem!

— Baal!

Baal parou de caminhar por um instante.

— Eu falarei com vossa majestade, fiquem fora disso.

— Muito obrigado!

—x-

Na sala real, vossa majestade, um senhor gordo careca com uma grande barba analisava o mapa dos sete reinos focado enquanto um dos comandantes da tropa relatava sobre a movimentação das tropas do reino sombrio em direção à margem dos rios, no fim da sala uma porta se abriu e Baal se apresentou.

— Baal, obrigado pelo trabalho duro. - O rei com um gesto pediu para que o comandante se retirasse da sala. - O que posso fazer por você?

— Vossa majestade, eu gostaria de levantar uma proposta sobre a sentença do jovem conhecido como Douglas.

O rosto do rei sumiu, ele ajeitou a postura e começou a dizer.

— Você sabe muito bem que a história dele bate com a profecia.

— É verdade, mas Mayhem está disposto a levar ele de volta pra casa, e acredito vossa majestade que esse tipo de atitude o faz ficar mais perto de um reino sombrio, afinal de contas ele não apresentou nenhuma periculosidade enquanto o levavam para o calabouço.

— Quem me garante que vocês levarem até o reino sombrio não seja uma armadilha? Se esse reino puser as mãos nele, pode acarretar na concretização da profecia.

— Isso não vai acontecer, posso garantir.

— E como você pode provar isso.

— Antes de o rei sombrio colocar as mãos nele, eu o matarei antes.

O rei esfregou os olhos.

— Quer manchar sua moralidade ao invés de uma execução aceita pelas regras desse reino?

— Eu posso ter minha história manchada por crimes do passado, o reino não, eu acredito que um órgão que rege a justiça deve permanecer no balanço da moralidade, pois se leva consigo a história de todo um povo.

— Pois bem, não tem necessidade de você arriscar sua moralidade de acordo com esse reino, faça sua viagem e leve o garoto de volta para casa, caso você precise matá-lo por cair nas mãos do reino inimigo eu assumo a responsabilidade.

— Mas vossa majestade...

— Faça isso antes que eu mude de ideia.

Baal abaixou a cabeça de maneira complacente.

— Muito obrigado vossa majestade.

—x-

No dia seguinte a grade de Douglas se abriu, ele se alojou para o fundo da cela assustado.

— Eu não quero morrer.

— Sua sentença foi anulada, você está livre.

— Sério? - Indagou Douglas. - Isso não é alguma armadilha pra me tirar da cela?

— Anda logo. - Disse a sentinela puxando-o da jaula.

—x-

Estava uma manhã agradável quando Douglas saiu do calabouço, ele olhou para os céus e não conseguiu controlar os olhos que marejavam de alegria.

— Como é bom está livre!

— Você ficou preso por um dia, não precisa exagerar. - Retrucou Maya.

— Maya! Que bom ver você, você está bem?

— Sim, eu descansei um pouco, obrigada por salvar nossas vidas nas ruínas.

— E então, parece que o Baal conseguiu convencer a vossa majestade! - Comentou Mayhem.

Baal surgiu entre os pilares em direção a eles.

— Vejo que vocês parecem ótimo.

— Obrigado por convencer o rei Baal.

— Não precisa agradecer, e lembre-se Douglas, tudo isso que estamos fazendo é em prol ao reino e nada mais.

— Entendi chefe raposa. - Saudou Douglas.

— E acredito que isso seja seu instrumento de batalha.

Baal entregou o smartphone para ele que agradeceu em seguida.

— Sentiram saudades? Slug, cerberus.

Mayhem apoiou o braço nas costas de Baal.

— Parece que o time de Bruhen está de volta à ativa.

— Você também conseguiu permissão para levar sua tropa de arqueiros para nos ajudar? - Indagou Maya.

— Não. Eu deixei no comando Orlak enquanto eu estivesse fora, e também estamos prestes a entrar em linhas inimigas, um grupo de quatro pessoas é o suficiente para não se ter baixas, nós só vamos para o local onde a fresta está aberta e enviaremos o garoto para o mundo deles.

— Aliás, o meu nome é Douglas.

Baal o encarou de longe e voltou às atenções ao Mayhem e Maya.

— Antes disso. Nós precisamos de recurso, alugar montarias e adquirir melhores armas e vestimentas de furtividade.

— Tipo ninjas?

— Amigo, eu estou tentando planejar um plano aqui, pode ficar quieto um minuto.

— Quanta rispidez. - Comentou Douglas.

— O vilarejo Umh, é próximo às fronteiras do reino sombrio e podemos adquirir recursos.

— Antes do vilarejo Umh nós podemos passar também na vila Aurora para obter vestimentas e armas novas.

— Montaria nós podemos conseguir por aqui mesmo, como o vilarejo de Umh é mais próximo da fronteira, levaremos daqui recursos limitados para ser suficiente até chegar até a estadia final.


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