Incursões escrita por Narrador sem nome


Capítulo 2
As feras de Poccus


Notas iniciais do capítulo

Mayhem se mantém em um dilema, prolongar o treinamento de Douglas na utilização de espadas ou arcos ou simplesmente levá-los junto com um time e protegê-lo a todo custo, mas logo Douglas nota que o celular dele não foi para aquele mundo por acaso.



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Parte 2 - As feras de Poccus.

O reino sombrio é dominado por criaturas das trevas, controlados pelo rei negro cercado por uma floresta sombria que os maiores aventureiros hesitam em entrar, poucas pessoas conseguiram de fato desbravar esse local, Mayhem tinha ciência da dificuldade e ele precisava se preparar para que a missão não se tornasse suicida.

Mas por outro lado ele estava empolgado, após tanto tempo no ostracismo e entediante vida de explorar masmorras e enfrentar feras místicas seria a primeira missão de alta dificuldade que ele iria passar.

No meio do campo, Douglas estava inseguro enquanto segurava uma espada, Mayhem de longe embainhado com a sua foi em direção a ele.

— Você tem que levantar um pouco mais a espada pra se defender. - Gritou Mayhem.

— Eu não sei se isso vai dar certo!

Mayhem golpeou a espada de Douglas que derrubou a lâmina no chão e logo em seguida caiu de bunda no chão.

— Isso não vai dar certo, você não pode simplesmente largar a espada no primeiro golpe.

— Foi o que eu disse, eu não tenho experiência com espadas.

Mayhem se pôs pensativo enquanto Douglas se levantava.

— Tive uma ideia.

Assim Mayhem entrou na casa e trouxe nas mãos um arco e aljava recheado de flechas.

— Vamos usar arco e flecha?

—x-

Douglas respirou fundo, mirou o arco em direção há uma árvore a mais ou menos quinhentos metros de distancia, ele puxou a corda com a flecha que se esticou dolorosamente, ao disparar a flecha tomou a direção diferente na qual ele previa e afundou no chão.

— Você precisa de mais força.

— Não é tão fácil assim! - Retrucou Douglas.

— O que você fazia no outro mundo? Nunca treinou com espadas ou arco?

— Bem, no meu mundo geralmente tem outros tipos de armas que não necessitam de tanto esforço humano, e no meu mundo eu estava estudando para passar em um curso de contabilidade na faculdade do centro.

— O que é isso?

Douglas notou que Mayhem estava confuso com a conversa.

— Esquece. Tem outra arma mais fácil?

— Eu tenho também um livro mágico.

— Excelente talvez magia não precise de tanto esforço para utilizar.

Douglas analisou o livro de cabo a rabo e grunhia conforme ele lia as paginas.

— E então?

— Muito interessante.

— Consegue usar?

— Não sei ler esse troço.

Mayhem pôs a mão na cabeça de frustração.

— Assim fica difícil levá-lo ao reino das sombras, como você vai se defender das criaturas de lá?

— Você pode simplesmente me proteger até o local.

— Não é tão simples assim.

Mayhem se pôs pensativo quando o bolso de Douglas vibrou assustado ele pegou o smartphone que emitia uma luz incandescente.

— Esse troço tá funcionando? - Indagou Mayhem que interrompeu seus pensamentos.

— Faz uns quatro dias que estou aqui e é a primeira vez que ele funciona.

Um logotipo esquisito de uma lança em forma de copas apareceu na tela e na primeira girada desapareceu, de repente um menu com informações de status surgiu no smartphone.

Mayhem assistia aquelas animações estupefato enquanto Douglas começava a entender o que estava acontecendo.

— Então esse é um espelho esquisito, parece até um livro com todas essas letras.

— Isso é um menu de jogo.

Douglas selecionou a opção status e mostrou o nome de Mayhem, ao clicar nele ele se surpreendeu.

— Caramba, level cinquenta e nove?

— O que é isso?

— Bem, é tipo, seu nível de experiência.

— E isso é bom?

— É bem alto.

Novamente ele começou a tatear as opções e uma delas que dizia “Captura” ele selecionou de repente um radar brotou na tela com vários pontos vermelhos rodeando a tela.

— Parece um tipo de mapa.

— Eu acho que sei como resolver a situação de defesa.

Ele seguiu em direção de um dos pontos vermelhos e ao ver um horizonte ele encontrou um cão de duas cabeças pastando calmamente, o smartphone vibrou e logo apresentou os status da criatura e as opções de batalha, captura ou “fugir”.

— Interessante esse sistema é parecido como RPG japoneses, vou tentar uma coisa.

Ao clicar o botão captura. Correntes saíram das costas do aparelho e atingiram o cachorro pelo pescoço, após alguns instantes de resistência a criatura logo se tornou parte do time dele.

— Mas o que você acabou de fazer?

— É um sistema de captura, agora posso controlar ele.

— Seria tipo magia de manipulação?

— Acho que sim, eu não sei o que é isso?

— Atualmente é conhecido como cinco formas de se batalhar nesse mundo, sendo manipulação uma delas, é a capacidade de convencimento.

— Bem, aparentemente eu meio que forcei o animal a me obedecer.

— Isso não importa aparentemente esse espelho negro tem a capacidade de comandar criaturas deste mundo, isso será de grande ajuda, será que isso lhe permite controlar qualquer tipo de fera.

Douglas encarou por um instante o smartphone que exibia os status de “cerberus” seu novo companheiro e depois encarou Mayhem.

— Eu não sei, em minhas experiências com jogo deste tipo, quanto maior o nível da fera, mais difícil fica de se controlar.

— A não ser que sua experiência seja maior que a dele, mas como medir isso?

— Bem, tem esse smartphone que posso monitorar o nível dos monstros ao redor. - Douglas mostrou a tela para Mayhem.

— Então está feito, essa será sua arma, agora nós precisamos encontrar companheiros para ajudá-lo nessa jornada e conseguir recursos e preparo para tal.

— No começo eu estava assustado ao parar aqui mas até que estou achando interessante.

— Não se esqueça que sua existência é um risco enquanto estiver aqui. - Alertou Mayhem. - Precisamos mandá-lo para o seu mundo o quanto antes.

— Eu sei disso, mas não me importaria em me divertir no caminho.

— Como pode dizer isso, diferente de desbravar masmorras, o reino sombrio não tem volta, aquilo é um pesadelo sem fim, a sanidade de todos está em jogo.

— Desculpa.

— Mas eu entendo sua empolgação, mas lembre-se, qualquer erro é fatal.


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