Um Pequeno Problema escrita por benihime


Capítulo 1
Natsume...?


Notas iniciais do capítulo

Começando aqui mais uma história que demorei horres para terminar mas valeu a espera para que ficasse nota 10 ;)
Sem mais delongas leiam e aproveitem!



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Natori voltava de seu mais recente e final ensaio para um episódio especial de uma série de televisão. Cansado, tudo que queria era comprar alguma coisa rápida para comer e ir até seu apartamento para dormir. Nada de incomum para ele, exceto que, naquele dia, havia energia youkai se acumulando no parque próximo.

Sendo ainda um exorcista, ele não podia ignorar e mandou Hiiragi, Sasago e Urihime na frente para verificar o que estava havendo. No parque, bem longe da área comum onde as pessoas costumavam ficar, estava uma sombra estranha em um frenesi de caça. O youkai parecia furioso e com um ódio cruel emanando.

Natori ordenou que as três shikis atacassem a sombra desconhecida, mas a mesma saiu da área desaparecendo nas árvores após ser atingida por uma pedra. Para ela o exorcista pouco importava e queria o atirador da pedra. Ele não conseguiu ver quem era, mas, pelo tamanho do vulto que viu correndo, ele julgou ser uma criança.

Shuuichi já não gostava de youkais, mas tinha um desgosto particular por aqueles que mexiam com crianças. Enfurecido, ele correu atrás da criança e da sombra sendo seguido das shikis. Eles estavam correndo para uma parte do parque que tinha um pequeno declive e a criança com certeza poderia se machucar.

Ele ordenou as shikis que atacassem juntas o youkai quando o trouxesse para perto e assim fizeram! Usando seus bonecos de papel ele jogou a sombra para as três atacarem. A sombra não parecia querer lutar com ele e desapareceu deixando o exorcista enfurecido. Natori se acalmou e começou a procurar a criança entre os arbustos.

Ele não encontrava a criança e começou a gritar para saber se ainda estava por perto. Em um momento, ele ouviu um choro fraco começar junto do som de algumas pedras deslizando. Indo para ponta do declive, Natori viu a criança perto de uma bolsa e tentando se equilibrar. O susto foi enorme ao reparar melhor na criança.

A criança era um menino pequeno, magro, de cabelos claros e curtos e com aquele par de olhos dourados como os de um gato que Natori reconheceria em qualquer lugar: Natsume! Mas o menino tinha seus 16 anos e aquela criança deveria ter seus 10 anos no máximo! Imediatamente ele já imaginou que deveria ter se metido em problemas e estava precisando de ajuda.

Natori estendeu a mão e ofereceu para Natsume. O menino estava apavorado e parecia bastante cansado.

— Quem é você, moço? – ele analisava o homem mais velho desconfiado e ainda assustado.

— Calma, Natsume. Sou seu amigo. – Natori sorria e viu Takashi tomar um enorme susto com as shikis que apareceram.

Como por instinto ele gritou de susto e tentou levantar para correr – o que não deu certo. Ele caiu em poucos passos se segurando para não chorar e olhando preocupado para Natori e as shikis.

— Calma! Elas são minhas shikis e não lhe farão nenhum mal. – Natori estava agitado e fez um gesto como se pedisse que a três voltassem – Viu? Elas já foram embora e nada ruim aconteceu. – ele continuou a sorrir o melhor que pode e tentava mostrar que estava tudo bem (nunca foi sua especialidade lidar com crianças e agora se atrapalhava tentando corrigir o susto que deu em Takashi).

— O que é você, moço? – Natsume novamente perguntou vendo a tatuagem de lagartixa se mover pelo rosto do exorcista e já temendo que ele fosse um youkai poderoso tentando engana-lo.

— Eu sou um exorcista que você conheceu a algum tempo. – depois de suspirar, ele decidiu fazer uma curta explicação – Eu e você demoramos um pouco para nos entendermos, mas, eventualmente, nós confiamos mais um no outro e nos tornamos amigos. – ele terminou vendo a surpresa aparecer nos olhos do menino.

— Eu e você somos amigos...? – a pergunta soou extremamente estranha e a expressão surpresa de Natsume deixou Natori com um misto de curiosidade e tristeza por algo que deveria ser tão comum parecer uma novidade para o menino.

— Eu sou sim seu amigo e você precisa de ajuda. Eu tenho um apartamento aqui perto e podemos ter uma melhor conversa lá depois de uma refeição e de cuidar desses machucados. – ele novamente tentou fazer com que Takashi aceitasse sua ajuda.

Finalmente funcionou e o menino deixou com que Natori o levantasse do declive e depois o pegasse do chão para seu colo. Mesmo sendo apenas uma criança, Natsume era surpreendentemente leve e Natori não teve problemas em carrega-lo – apenas na hora de ajeita-lo nos braços foi difícil, já que ainda sentia um pouco de dor em alguns cortes.

Natori foi o mais rápido que pode! Passou em uma farmácia para comprar o que precisava para cuidar de Natsume e foi diretamente para casa. No apartamento ele colocou Natsume no sofá para poder soltar a sacola da farmácia e pedir algo para comerem – talvez leite fosse uma boa ideia para o menino.

Bem, ao menos ele comeria... Natsume havia pegado no sono.

Com o menino dormindo agora sim que ele teria dificuldades. Nunca havia cuidado de uma criança antes e não fazia ideia do que dizer a Touko e Shigeru, ou o que estava acontecendo e por que Nyanko-sensei não estava com ele. Muitas questões para as quais não tinha as respostas, mas sabia quem poderia ajudar um pouco.

Primeiro ligou para Touko e Shigeru para avisar que levaria Natsume a um passeio comemorativo, do final das gravações de seu episódio especial, até uma fonte termal e, por isso, passariam algum tempo fora. Como o casal não tinha problemas com deixar que o menino se divertisse concordaram – ele aproveitou e descobriu que Natsume saiu para encontra-lo de manhã cedo.

Aliviado por saber que o menino estava a pouco tempo sozinho, Natori ligou para um colega das filmagens e perguntou se não podia dar-lhe dicas de como cuidar de uma criança – ele inventou que cuidaria do filho de um amigo por um tempo e seu colega lhe passou muitas dicas úteis.

Com tudo que precisa saber anotado em detalhes em um papel, Natori foi cuidar de Natsume. Pegou o menino e levou até o banheiro para lava-lo (como eram ambos homens e ele agora era uma criança, não pensou haver problemas); depois cuidou das feridas que tinha (eram a maioria alguns poucos hematomas e cortes – a mais grave era o pé que ele havia torcido); e, com tudo pronto, Natori o vestiu com uma de suas camisas e o colocou na cama.

Todo o processo havia custado a tarde toda de Natori e agora já era hora de jantar. Exausto ele pediu comida por um delivery e arrumou a bagunça que fizera pelo apartamento – nunca pensou que cuidar de uma criança fosse tão complicado na prática. Mas tinha consciência que também estava tentando ajudar uma criança desacordada e com muito medo.

Uma coisa que ele se lembrou foi de seu colega dizer que crianças ficam doentes com facilidade e que ele deveria ficar alerta – a preocupação de Shuuichi não parava de aumentar já que o Natsume que conhecia já era altamente susceptível a ficar doente. Ele com certeza passaria aquela noite cuidando do menino.

E foi isso mesmo. Na noite ele viu a criança ter problemas para achar uma posição confortável, se contorcer como se contivesse algum medo que pudesse estar sentindo em um pesadelo e pegou a febre dele logo no começo quando começou a suar mesmo com o ar condicionado ligado.


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Notas finais do capítulo

Começando a história com um pequeno mistério e o clima certo para mais leitura



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