O último Uchiha escrita por LiteraHue


Capítulo 1
Desde o início, sempre o segundo lugar


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos!
Essa é a primeira história que postarei no nyah!
Espero muito que se divirtam, toda sorte de comentários será muito bem vinda! Desde já agradeço à todos que se dispuserem a ler essa fic!

Sem mais delongas...
Tenham todos uma boa viagem!



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“Sabe que não vai sobreviver, lutar é insignificante. Saia do meu caminho, poupe o meu tempo e talvez pouparei a vida daqueles que você chama de amigos”.

 

 

O céu estava escuro. As árvores destruídas. Corpos destroçados, espalhados por todo o local. Um ar de tensão e dor sufocava qualquer um que ousasse passar ali. Um intenso odor escarlate ardia no peito, atordoando-me e abatendo qualquer dúvida que vinha à mente. Eu realmente estava envolvido numa guerra. Perguntava-me por que eu estava onde estava. Não pude explorar nem sequer o necessário. Conseguia mover apenas a cabeça, o que indicava que não obtive êxito na batalha. O restante do corpo parecia estar desconectado da minha mente. Eu apenas permanecia estirado no chão, imóvel, sujo com a mistura do sangue de pessoas que...

Eu não... Conheço... Espero que não.

A névoa dificultava a visão, entretanto notei uma silhueta, o vulto de um homem que vinha em minha direção. Eu não conseguia ver seu rosto, mas nunca me senti tão vulnerável... Tentei escapar de todas as formas, mas meu corpo não respondia aos meus comandos. Cada passo que ouvia, era um mix de sensações perturbadoramente estranhas. Sentia-me incapacitado de me defender do estranho que se aproximava cada vez mais, já que estava preso num corpo que parecia ter sido esmagado por uma manada de elefantes. O homem aproximou-se do meu corpo inerte. Pude ver um sorriso perverso e desumano crescendo em sua face e um olhar cada vez mais ameaçador. Seus olhos cravaram nos meus e fizeram-me sentir numa prisão, seus lábios estavam preparados para dizer as prováveis últimas palavras que ouviria da boca de algu...

— Daisuke! Acorda! – Sou chacoalhado por ninguém mais, ninguém menos que Katashi, meu grande amigo. O sonho se desfez na mesma hora, me deixando confuso e um pouco chateado.

— Ahh – suspirei – Detesto quando faz isso. – Reclamei. - Nunca te ensinaram que é falta de educação acordar as pessoas desse jeito?

— Isso é exceção quando estamos atrasados. – Ele rebateu.

— Tenta ser mais delicado da próxima vez... – Debochei me espreguiçando.

— Eu lá tenho cara de ser sua namoradinha?  - Refutou, me repreendendo com olhar atravessado.

— Que isso, amor... – Ironizei, segurando seu calcanhar.

— Sai fora, Daisuke! – Ele gritou, afastando-se. - Levanta logo ou vai se atrasar mais ainda!

— Atrasar? – Balbuciei, depois de gargalhar da cara dele.

— Hoje é a entrega das bandanas! – Falou, vestindo seu casaco. – Esqueceu?

Levantei desesperado e me arrumei num segundo. Katashi sabia o quanto eu esperava por esse momento. Depois de tanto esperar, finalmente o grande dia havia chegado. Estava tão ansioso que nem cheguei perto do café. Katashi saiu correndo na frente e eu fui logo atrás. Eu certamente o alcançaria se não me distraísse tanto. A rua movimentada me deixava mais ansioso ainda. Parecia que cada vez mais pessoas brotavam da terra, para ver a minha tão esperada cerimônia. Olhei para o céu, “não tem como nada dar errado, dessa vez”, pensei comigo mesmo. Trombei com o Katashi que me procurava dentro da imensidão de pessoas que se acomodavam.

— Daisuke! – Ele passou o braço pelo meu pescoço e apontou pra frente. – Olha!

Feito de madeira clara, coberto de flores, aquele era um dos maiores palcos que já tinha visto. A praça era rodeada de árvores que estavam decoradas e que davam as melhores sombras da aldeia, a grama alta era tão verde e tão macia, que eu não hesitaria em abandonar as centenas de cadeiras que estavam na frente do palco. O evento era tão grande que parecia não atender a demanda de pessoas. A emoção no momento era tão grande que, me fez achar que era a maior e mais bela cerimônia de todos os tempos. E seria nela que eu ganharia minha bandana e concluiria todo meu curso de ninja.

— A cerimônia já começou, vamos! – Katashi me puxou para procurar um lugar para sentar. De longe pudemos ver duas cadeiras vazias e corremos para alcançá-las antes que alguém as pegasse. Mas, uma delas já havia sido ocupada.

— Oi, meninos! – Ouvi a doce voz da Ayumi. Ela era a melhor estudante da história daquela escola. Além de surpreender a todos com sua inteligência, a sua beleza era estupenda. Por onde passava, deixava os caras de queixo caído, com seus cachos negros como a noite e sua pele que era tão brilhante como bronze. – Senta aqui, Katashi. – Ela o convidou, encostando a mão na cadeira gentilmente. O rosto dele ficou vermelho, era louco pela garota, e com razão.

— M-me desculpe Yumi... Eu v-vou procurar um lugar pra sentar com o...

— Não, cara. Tudo bem! – Falei empurrando ele para que se sentasse na cadeira. – Eu procuro outro lugar pra sentar... – Justifiquei com tom sugestivo.

— Tem certeza? – Ele perguntou.

— Tenho sim, absoluta. Eu vou procurar o restante dos caras pra zoar.

— Obrigada, Dai. – Ela respondeu. Katashi sequer abriu a boca, mas não conseguiu esconder a cara de felicidade por causa do meu ato de misericórdia e bondade. “Isso ainda vai me por em problemas”, pensei, andando lentamente no meio da multidão. Decidi sentar num galho de uma árvore que estava pouco próxima do palco. Seria ali que esperaria meu nome ser chamado, para ganhar meu canudo prateado e minha majestosa bandana.

Minha aldeia é conhecida por formar os melhores, os ninjas de elite do país inteiro. A bandana era o título, a prova de que eu tinha me transformado em um ninja. A partir dali, o respeito que as pessoas teriam por mim seria altíssimo, eu teria mais visibilidade. Sentei-me e vi cada estudante, cada rosto daquela escola subindo para ganhar seu novo título. E a cada nome chamado eu ficava mais nervoso, mais ansioso, por que era um nome a menos para a minha vez. E um por um, foram chamados.

Entretanto, senti que algo estava errado. Muito errado. De repente as pessoas começaram a ir embora, abraçadas e conversando com seus amigos. As cadeiras foram retiradas e as luzes foram apagadas. Não havia mais um sinal de gente no local, mas eu ainda estava lá, meu nome ainda não havia sido chamado. Eu não conseguia entender o que estava acontecendo.

— Tudo bem, eu não sou o melhor aluno da escola, mas... – Eu sussurrava apertando as mãos. -..., mas eu me saí bem na maioria das provas. C-como eu... - O coração doía, mal respirava, por acreditar na pior possibilidade de todas. Infinitamente pior. – Será que fui reprovado, ou... Que esqueceram de mim?


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Falem nos comentários!
Eu juro que tentei fugir do clichê, mas ele me ama kkkk podre Dai... Eu sou apaixonada nele... Sem brincadeira ♥
Certeza que em breve vocês o amarão tanto quanto eu o amo!

Até a próxima!
Tchau!



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