Orgulho, Preconceito e.. Georgiana? escrita por Chibi Lele


Capítulo 3
Corações quebrados.


Notas iniciais do capítulo

Oláa, pro tipo de pessoa que eu sou, até que voltei bem rápido kkkkkk. Finalmente teremos a participação mais presente desse serzinho maravilhoso que me inspirou ♥
Eu realmente não esperava que esse capítulo fosse ficar tão grande, mas era necessário, queria que esses momentos ficassem juntos em um único capítulo. Não sei como serão os próximos, mas não pretendo escrever nada muito além desse número de palavras.



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Com o passar das horas os cavalos já não galopavam mais a todo vapor, de modo que a carruagem passava a serpentear entre sacolejos leves e pequenas derrapadas nas estradas enlameadas.  

Com o máximo de calmaria que se pode esperar de uma viagem, Darcy, recostado no banco acolchoado enquanto observava o primo adormecido, começava a se lembrar do dia em que anunciara a expedição ao litoral, de como sua irmã havia ficado agradavelmente surpresa mas também de como flagrara algum tipo de conversa privada entra a mesma e o Coronel.  

 ~x~

O recibo de locação da casa de praia havia sido colocado propositalmente em cima da mesa de centro da sala privada da casa Darcy, como se para induzir a curiosidade da próxima pessoa que estava prestes a adentrar o pequeno, mas confortável, comodo.  

     - Bom dia irmão. - Lady Georgiana entrou, já observando tudo ao seu redor, não deixando de perceber o pequeno papel que parecia ter sido simplesmente esquecido em um local inapropriado para si - Senhor Jofreys disse que estava a minha espera. 

   - Sim, pensei que poderíamos tomar o desjejum juntos hoje. Não tenho nenhuma responsabilidade nas próximas horas, e o Coronel Fitzwillian também avisou sobre uma visita, então pensei que pudéssemos acompanhá-la.  

 - Perfeitamente, será um prazer. - a mais nova respondeu entusiasmada.  

     - Então, pensei que poderia me servir um pouco de chá enquanto esperamos. - o mais velho não conteve um sorriso que poderia facilmente entregá-lo.  

     - É claro – Georgiana respondeu desconfiada – deixe que eu arrumo a mesa.  

As convenções da época impediam que Georgiana, mesmo tendo conhecimento sobre o que dizia o recibo, cobrasse explicações do irmão. Essa era a parte que mais deliciava Darcy. Sempre gostou de surpreender a mais nova, e o fato de ser tão curiosa tornava tudo mais divertido.  

Georgiana começava a organizar a louça quando finalmente pode por aos mãos no papel, como quem não estava interessada passou rapidamente os olhos pelas informações mais importantes e o esticou na direção do irmão. 

     - Sim? - Darcy perguntou. 

     - Imagino que seja teu, irmão.  

Darcy olhava para irmã, com sua postura perfeita lhe entregando o papel, enquanto o mesmo, sentado em sua cadeira e com uma das mão no queixo fingia pensar, até que, finalmente, formou um falso “O” em seus lábios, como se tivesse esquecido uma informação crucial para o futuro de toda sociedade londrina.  

     - Sim, sim. - respondeu pegando o pequeno papel – Como pude me esquecer?! É de suma importância que eu devolva este recibo ao Coronel Fitzwillian. 

     - Pensei que nosso primo viria nos visitar ao acaso.  

Darcy sorriu com a perspicácia da menina. 

     - Eu nunca disse que a visita se devia ao acaso. - respondeu cruzando as pernas, esperando ver até onde a mais nova conseguiria levar suas inquisições.  

     - Irmão! - Georgiana exclamou, colocando suas pequenas mãos finamente enluvadas sobre a boca que demonstrava tamanho espanto, imitando o falso “O” que ate poucos minutos pertencia ao homem a sua frente. - Será que está tendo tanto trabalho ao ponto de esquecer informações tão frívolas?” - ela suspirava – Realmente, a idade chega para alguns.  

Ela sabia que não conseguiria obter nenhuma informação de Willian, mas isso não a impedia de entrar na brincadeira apenas para irritá-lo.  

O ranger de dentes do mais velho a deliciava, por mais que fossem irmãos não podiam se permitir tais brincadeiras constantemente, além da diferença de idade Fitzwillian estava sempre sobrecarrego com as responsabilidades da família. Aqueles momentos eram raros, e ao invés de Georgiana desejar por mais, ela simplesmente ficava satisfeita por eles existirem. Amava muito o irmão, e naqueles momentos, tão simples, eles não pareciam ser a família Darcy, mas sim uma família. Ela se sentiria culpada se não se contentasse, vide as circunstâncias.  

Antes que Darcy pudesse responder de alguma forma o Senhor Jofreys entrou novamente no recinto para anunciar o novo visitante. 

     - Coronel Fitzwillian, milords. 

    - Vejo que cheguei em boa hora. - o Coronel colocava sua cabeça ao lado do senhor mais velho que o anunciava, espiando a sala e focando seus olhos diretamente na mesa já posta para o chá.  

    - Não se preocupe Fitz – dizia Georgiana com carinho observando o primo em roupas civis – Logo a Senhora Kori chega com os sanduíches.  

   - Perfeito. - ele respondera com grande entusiasmo ao se sentar, colocando, o que pareciam ser sacolas, ao seu lado. - Sobre o que estavam conversando? - perguntou logo se enturmado, ao passo que Georgiana já servia o chá.  

   - Sobre o quanto eu pareço estar velho e cansado. - Darcy para surpresa de todos os presentes repondera com acidez e um toque de compaixão, arrancando assim risadas escandalosas de seu primo e um leve pulo da irmã, que agora parecia envergonhada do que dissera, mas mesmo assim sorria; Darcy escolheu simplesmente revirar os olhos diante de tais reações.  

    - Imagino que isso seja preocupante meu amigo. - o Coronel ainda tentava controlar o riso. - Quando uma pessoa diz, podemos até considerar brincadeira, mas duas, é um sinal.  

    - Quem disse algo? - a menina perguntava, dessa vez servindo chá para si. 

   - Charles. - Darcy respondeu rapidamente - É incrível como vocês podem ser parecidos.  

Georgiana escolherá apenas sorrir, afinal, via aquilo como um elogio, estavam falando do melhor amigo de seu irmão apesar de tudo.  

A Senhora Kori finalmente chegava com os doces e sanduíches que fariam parte daquele desjejum. E então um silêncio confortável se instalou, onde apenas as garfadas eram ouvidas, mas todos sabiam que estavam satisfeitos com tal momento.  

Ao final daquele rápido lanche, Coronel Fitzwillian foi o primeiro a ter a palavra. 

     - Então Darcy, imagino que eu esteja com algo que lhe pertença. 

    - Hm! - foi o barulho em uníssono que os irmãos fizeram ao ouvir tão afirmação, ambos com as bocas ainda cheias de bolo pareciam duas crianças curiosas. 

Darcy após o susto conseguiu recuperar a compostura e sorrir, sabia do que se tratava, ao contrário de sua irmã, que a cada momento parecia mais curiosa. 

    - Claro, como pude me esquecer. Mas, - ele fazia uma pausa dramática que não combinava com seu perfil – será que deveríamos falar disso?  

Antes que Coronel Fitzwillian pudesse conseguir responder, Georgiana interveio.  

   - Oras, não comecem com seus joguinhos, é irritante. - ela revirava os olhos enquanto os meninos sorriam. A menina sabia que eles pretendiam começar uma leve discussão para atiçar sua curiosidade, e ao fim das contas, não lhe contariam nada, como sempre.  

  - Não deveria nos repreender tão severamente Georgie. - o Coronel lhe fazia um leve cafune enquanto a mesma inflava as bochechas. - Ainda mais quando tal assunto tem haver contigo.  

   - Comigo? - ela finalmente recuperar a postura e cor nas bochechas.  

  - Sim – Darcy respondia se levantando com uma xícara em mãos para observar a vista da janela – Mas já que decidiu atrapalhar nosso pequeno divertimento, não lhe contaremos nada.  

O Coronel simplesmente cruzara as pernas sorrindo como se apoiasse o primo.  

 - O que? Mas isso não é justo, não se pode considerar um divertimento importunar uma dama. - Georgiana começava a simular um choro. 

 - E não deveria ser do feitio de uma dama simular "choro" com o intuito de dissimular cavalheiros a lhe fazerem o que é desejado. - Darcy repreendia a irmã com um sorriso sacana no rosto. Aquela face do mesmo era a preferida da menina, era tão descontraído, tão humano, tão diferente de como ele se obrigava a ser no dia a dia, de repente Georgiana se sentia... triste. 

Coronel Fitzwillian ao notar, e estranhar tal súbita mudança, interveio com seu bom humor de sempre. 

 - Irmãos são tão cansativos, é por isso que me mantenho afastado dos meus. - ele erguia a xícara como se brindasse, se vangloriando de seu feito. 

 - Haha – Georgiana simulava uma risada – Darcy e eu nos comprometemos a fingir acreditar nessa mentira deslavada. - ela sabia como o primo era apaixonado pelos irmãos mais velhos.  

   - Parece que finalmente concordamos com algo irmãzinha - Darcy agora se apoiava no ombro da mais nova, como se ensaiasse uma pose para um quadro. Ambos eram tão perfeitos que pareciam uma verdadeira pintura nesses momentos  

 - Há - Fitzwillian se mostrava ofendido - então é assim que me recompensas por ter lhe apoiado mais cedo?! Pois saiba então que Lady Georgiana saberá de tudo que planeja neste exato momento. 

Darcy ao contrário do esperado pela irmã, parecia feliz, o mesmo não parava de contar os minutos para vela arfar de alegria.  

A cena gerida pelo Capitão Fitzwillian era digna de uma peça de teatro, seus trejeitos exagerados levavam seus primos aos risos. Até que em certo momento, enquanto reclamava do fato de ser tido como um mentiroso pela própria família, pegou as sacolas que trazia consigo mais cedo e despejava seu conteúdo sobre o sofá onde se escorava agora. Nesse momento Georgiana prenderá a respiração, e talvez não tenha notado tal feito até que finalmente começasse a pular de alegria enquanto agarrava o irmão e o primo lhes agradecendo. Finalmente ligara os fatos, aquele recibo e os vestidos de tecido fino que via espalhados agora por toda sala só poderiam dizer uma coisa, teria uma grande aventura na praia, ela só não sabia até aquele momento quão grande seria.   

 ~x~

Saindo de seus devaneios e de volta a carruagem Darcy se via sendo cutucado pela bengala do primo a sua frente. Com a cara sonolenta ele chegou a abrir a boca três vezes antes de finalmente conseguir perguntar:  

     - Onde estamos?  

    - Algum lugar entre os lagos, não da para se ter ideia com toda essa escuridão.  

     - São que horas?

   - Umas 3 da madrugada. - Darcy respondia irritado por ter sido retirado de seus pensamentos. 

     - E ainda não conseguiu descansar? - o Coronel parecia abismado com a dificuldade do primo de dormir em veículos.  

    - Não facilita com você me cutucando. - respondeu revirando os olhos. 

    - Acabei acordando. - aquilo parecia ser uma desculpa suficiente para o mesmo. - Posso te contar então da carta que recebi de Rosings, tenho certeza que ela te motivara a dormir.  

Darcy riu com o comentário e a boa vontade do primo, ambos concordavam em como a narrativa de Lady Catherine poderia ser afetada e demasiado tediosa. 

  - A Lady Anne parece ter sido concedido um novo adjetivo, Joia da Coroa de Rosings, e a tanto entusiasmo nessa passagem que desconfio que ela soubesse que viajaríamos juntos. 

   - Titia sempre foi possuidora de um sexto sentido aguçado. 

  - Eu chamo isso de pré-disposição para fofocas. - o Coronel ria enquanto seus olhos rolavam pela carta tentando encontrar algo que valesse a pena ser comentado. 

  - Sabe, às vezes eu sinto pena de Anne. - Fitzwillian, a quem o comentário era dirigido, fez uma careta como se não entendesse o que o outro quisesse dizer. - Digo, a única real companhia que ela tem varia entre Lady Catherine e sua governanta, imagino ser deveras cansativo. 

O Coronel pareceu se encolher de nervoso ao ouvir o comentário.  

     - Não se comova demais Darcy, é isso que ela espera de você.  

   - Hahaha – Darcy ria do desespero do primo – Se acalme homem, estava pensando que Georgiana poderia passar as férias inverno lá. Queiramos admitir, ou não, Lady Carherine tem seu lado instrutivo quanto a sociedade.  

  - Pelos céus, poupe sua irmã do que não nos foi poupado. - Darcy gargalhou mais uma vez – E pode se sentir menos culpado, elas tem recebido mais visitas do que imagino que até mesmo desejem. - dessa vez era o Capitão que sorria, e não demorou a responder visto a ignorância do primo.  

     - Ela nomeou um novo pastor, para a pequena congregação em suas terras. 

Por um momento Darcy perdeu a cor, esperando que seu primo continuasse. 

     - Como ele reside na casa da igreja as visita bastante, parece ser um bom homem apesar de pomposo até mesmo para os gostos de titia. – ele ria sem perceber o desespero que gerara no outro – Gostaria de conhecer essa peça rara, e também sua futura esposa.  

     - Ele é noivo?  

    - Não, mas ao que parece titia pretende convencer o pobre sujeito a lhe “garantir mais diversão”. 

     - É.. nada mais divertido do que infernizar uma recém casada. - Darcy era corrido e áspero, desejando não ser percebido. - Qual é mesmo o nome dele? 

     - Há, eu não disse, é Pároco Collins.  

Haviam certas situações, que mesmo com toda intimidade existente entre duas pessoas, não valiam a pena ser comentadas. George Wickham era essa situação para Darcy, mesmo com toda amizade que dispunha do primo, não se sentia confortável para confidenciar os temores que tinha quanto a volta do ex companheiro em sua vida.  

Voltando ao seu estado normal, pode ver que Fitzwiilian já se preparava para voltar a dormir, e ele para seus devaneios.  

 ~x~

Passada toda euforia da notícia sobre a viagem Darcy se retirava do comodo para seguir com suas responsabilidades diária, enquanto Fitzwillian embalara em uma conversa com Georgiana por ser seu dia de folga. Um pouco antes de se retirar de casa se lembrou que não havia avisado a irmã que não almoçaria em casa, não faria grande diferença, quase nunca almoçava, mas era um gesto de carinho mantela sobre aviso. Por isso voltou para dentro, mas, talvez por preocupação, se manteve ouvindo atrás da porta após a exclamação do primo. 

     - Percebi que ficou triste de repente durante o chá, o que houve?  

Georgiana ao levar um susto com a pergunta, se esquivou sorrindo, só provando o quanto a pergunta havia sido certeira.  

     - Hahaha, eu não estava triste, só fico incomodada quando fazem esses joguinhos pra cima de mim.  

     - Georgiana – o tom do primo era sério - não somos irmãos, mas gosto de considerar que sim. Darcy é tão perspicaz quanto eu, ele só não percebeu por estar focado no anúncio da viagem. 

Naquele momento ambos os Darcys se sentiram envergonhados e culpados, cada um com sua razão.  

     - Te conhecemos desde que nasceu, e se não gostasse desses jogos não os faríamos com você. - o Coronel começa a sorrir, lentamente, acalmando a menina que parecia querer se esquivar daquela conversa. - Se seu irmão tivesse percebido, sabemos que este momento seria bem mais constrangedor, visto que Darcy nunca possui talento para esse tipo de conversa. - dessa vez a jovem pode sorrir de verdade.  

     - Me deixe ser o mediador de vocês. 

Após Georgiana escolher apenas soltar o ar pelo que parecia ser uma eternidade de curtos segundos e seu irmão quase adentrar a sala, ela pode falar.  

     - Acha que ele me odeia? - ela não conseguia manter a cabeça de pé.  

     - Quem? - Fitzwillian se assustara com a pergunta. 

     - Darcy. 

Naquele momento os dois homens prenderam a respiração, mas Fitzwillian tentando manter o controle da situação logo se pronunciou. 

     - É claro que não Georgiana, ele te ama tanto. - o Coronel tentava sorrir, ainda sem compreender a essência do que acabara de escutar. - Chega a ser surreal tal pergunta.  

Ela bufou e pareceu pronta para começar a explicar.  

     - Me expressei mal, não acho que ele me odeie, ao contrário... Mas – uma lágrima começava a escorrer por sua bochecha.  

O choque do Coronel era proporcional ao desejo de Darcy sair correndo e abraçar a irmã. Mas seu resquício de sanidade o lembrou que os Darcys eram conhecidos por sua dificuldade em se abrir, se fizesse o que mais desejava naquele momento, talvez nunca mais pudesse entender a irmã.  

     - Pode falar Georgie. - o tom de Fitz era calmo. - Estou aqui pra te escutar.  

     - Tudo começou no último jantar com os Bingley, Charles estava sendo um cavalheiro como sempre e me apresentou a sua irmã, Louise, a qual eu não conhecia, então Caroline começou a explicar quem era meu irmão, ele não pode estar presente no dia. Imagino que ela queria exalta-lo, mas, o que ela disse... 

 

     — HurstLouisevocês tem de conhecer o Senhor Darcy, devo dizer que é o único amigo de Charles que aprovo. Nunca conheci alguém tão determinado a ser o melhor e que conseguisse atingir o que desejasse. Mesmo tendo que conciliar a escola com as obrigações de sua propriedade após a morte dos pais.  

     - Nossa. - Louise parecia abismada. - Ele era tão jovem assim quando ocorreu tal fatalidade.  

     - Imagino que não. - Caroline continuava a explicar com todo ardor que possuía. - Mas possuindo uma irmã mais nova e tantos funcionários dependentes de si teve de abdicar de bastantes regalias que a juventude pode proporcionar, afinal, ele não poderia se permitir manchar o nome de uma dama. - ela parecia orgulhosa. 

     - Charles deveria seguir mais o exemplo do amigo – a dama continuava – ele sim pode ser considerado um homem de classe, não fica viajando a cada minuto para um lugar diferente, e se mantém em um reservado círculo social.  

A conversa se estendia, mas o resultado esperado pela dama não era o que surtia em Georgiana, a cada segundo a menina parecia se sentir mais culpada. Sabia que ele havia começado a administra a família precocemente, tinha apenas 16 anos, e já precisava cuidar de uma criança... apesar de toda fortuna que dispunha não podia se ausentar em longas viagens, tinha que cuidar da irmã... Não costumava frequentar bailes, ele dizia não gostar, mas ela sabia que isso se devia ao fato de não ter muitos amigos, algo do qual ele havia sido privado por não ter tido uma juventude menos conturbada... Pelos céus, ela parecia impedi-lo até mesmo de arranjar uma esposa. Ela se sentia cada vez pior, seus olhos pareciam encher de água, quando é que poderia finalmente dar ao irmão um pouco de liberdade, só tinha 15 anos, demoraria, a não ser que... 

 

     - Eu me sinto culpada Fitz, talvez se eu fosse mais independente, ou se eu nem mesmo existisse, Darcy pudesse ter sido mais feliz. 

     - Por Deus Georgiana, Darcy te ama, e é mais feliz do que ele acredita que seria sem você. - o Coronel tentava conforta-la enquanto pequenas lágrimas rolavam pelo seu rosto. - Darcy é simplesmente tímido, só consegue ser quem ele realmente é no seio familiar, por isso deve estar confundindo as coisas, os amigos que ele tem são suficientes. 

     - E será que ele não poderia ter sido menos tímido se não fosse obrigado a conviver apenas com o seio familiar como disse?!  

A conversa parecia ter se encerrado ali, na realidade, Darcy não sabia até que ponto teria ido, mas simplesmente não aguentava mais escutar. Se sentia péssimo, e precisava, de alguma forma, fazer com que sua irmã não se sentisse mais assim, era horrível... Estava decidido, poria fim a toda aquela confusão durante a viagem, seria o momento mais propenso e calmo para que esclarece as dúvidas, tão tolas ao seu ver, da irmã.  

A partir daquele dia Darcy apreciou mais o Whisky, ele amortecia o desespero de seu coração.  

 

O dia atual já raiava, ao longe ele já podia ver a pequena cidade litorânea, finalmente acabaria com seus problemas e poderia gozar de dias maravilhosos.  


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?? Quis postar o mais rápido possível, então ainda não tive tempo de revisar, podem me avisar qualquer erro que tenham notado ;)



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