Patrick era seu "e se" favorito. Seu melhor "Eu nunca saberei"

De infames notícias e encontros desastrosos, era para os braços de Patrick que Pete corria todas as noites.
Este, em seu contrário, sóbrio, terno e contemplativo.

As ruas de Chicago eram insuficientes para cobri-los. Eram os dois lados da mesma moeda. Não importava o quão estúpido ele fosse, Patrick o recebia, passava as mãos nos cabelos loiros-ruivos-castanhos e gargalhava com suas histórias.

A cumplicidade e a dinâmica era comentada. A família desconfiava, Deus, seus amigos provocavam.

— Você sabe, nós somos almas gêmeas. – Pete brincava.

— Claro.– Patrick riu — Você é meu melhor amigo.

Pete se contentou com o sentimento agridoce que começou a seguir em seus encontros, com o coração partido e seus sorrisos quase falsos, enquanto amaldiçoava as suas próprias mãos entre as pernas  e músicas não correspondidas.

O tempo não curava ou amenizava a dor. Pelo contrário, uma fagulha de esperança remanescia nos momentos íntimos, mesmo sem observações alheias, sua confiança mútua era piadas terríveis como beijos no pescoço de "melhores amigos".

O título que carregaria como uma ferida aberta e salgada talvez fosse seu destino, em meio à amizade, a tortura das conversas por alguém que já amou.