Por nossos filhos - LA escrita por Débora Silva


Capítulo 8
8


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amores ♥



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— Quem é ela? - Victoriano perguntou logo de uma vez achando aquela história muito estranha.

Alejandro segurou melhor a avó em seus braços sabendo que seria um tiro quando revelasse quem era sua noiva, respirou fundo e com um sorriso bem grande disse:

— Cassandra Huerta!!!

E foi o suficiente para Dana e Victoriano se olhassem a guerra estava armada novamente para aquelas duas famílias... Alejandro não deixou o sorriso de lado pelas caras que recebeu, sabia que seria um choque o que se passava entre ele e Cassandra, mas ele a amava e não a perderia por uma "guerra" que não era deles.

Victoriano absorveu aquela notícia e naquele momento olhou o filho e soltou uma sonora gargalhada, mas foi tão alta e cheia de vida que Alejandro começou a rir também e foi puxado pelo pai para um abraço. Dana ainda estava atordoada com a notícia e apenas olhou os dois ali naquele momento.

— Meu filho, você... - nem soube o que dizer.

— Papai, nem você e nem ninguém dessa família ou da dela vão nos impedir de ficar juntos. - decretou. - Eu a amo e vou lutar por nosso amor assim como ela.

Victoriano sorriu orgulhoso se tivesse feito como ele, ou melhor, se pensasse com a firmeza que ele pensava, agora estaria casado com Inês, mas o destino sabe como jogar e eles estavam prontos para serem felizes e não seria ele a estragar a felicidade do filho como um dia o pai tinha feito com ele.

— Não serei eu a estragar essa felicidade, meu filho. - o beijou. - Você é tudo de melhor que eu tenho.

Alejandro sorriu com o coração acelerado pelas palavras do pai e o abraçou novamente antes de olhar a avó.

— E você, vovó, o que me diz? - tinha um lindo sorriso.

— Eu quero somente que não aconteça uma guerra... - abriu os braços para ele. - O restante a gente improvisa. - falou brincando.

Alejandro agarrou sua avó e a beijou muito, tinha esperado uma reação totalmente diferente da parte deles, mas não foi nada como pensou, pelo menos não tinha sido ali com eles mais ainda esperava a reação de seu avô. Victoriano o levou para dentro e eles conversaram mais um pouco enquanto Alejandro comia e logo Victoriano saiu com um sorriso no rosto.

Ele montou em seu cavalo e não podia nem se quer acreditar no que se passava e em como a vida iria mudar naquele momento em que o filho tinha escolhido uma Huerta para ser o seu amor, parecia até feitiçaria já que a sua linhagem estava sempre "fisgado" por uma mulher daquela família. Cavalgou até os limites da fazenda Inês num ponto estratégico e ali desceu e sentou escorado na cerca.

Não demorou muito para que seus olhos fossem tapados e ele sorrisse com aquelas pequenas mãozinhas, as tocou e fez como se estivesse assustado com aquela abordagem.

— Meu Deus, leve tudo que tenho mais não me mate!!! - levantou as mãos. - Eu só tenho um saco de doce e uns trocados. - falou segurando a risada.

— Era só o que eu pecisava, me da logo. - falou com a voz firme e ele não aguentou gargalhando.

— Por que não vem aqui pegar? - falou recuperando o fôlego.

Emiliano soltou os olhos dele e com facilidade pulou a cerca ficando frente a Victoriano que sentiu seu peito bater ainda mais forte com sua presença, era sempre assim que se sentia sempre que estava ali junto a ele naquele lugar "secreto" dos dois. Puxou seu menino para ele e o abraçou forte sendo retribuído da mesma maneira com aqueles pequenos braços que era vida para ele.

— Eu estava morrendo de saudades, meu filho. - falou sorrindo e o sentando em suas pernas.

— Eu tamém padrinho. - sorriu para ele. - Me bandonou em... - cobrou.

Emiliano falava de tudo mesmo que algumas palavras saíssem erradas por serem difíceis ele era um tagarela e adorava conversar, principalmente com Victoriano que vinha todos os dias ficar pelo menos meia hora a seu lado, mas a dias não estava conseguindo encontrar com seu menino. Victoriano tirou o pequeno saquinho de bala e deu a ele.

— Me desculpe por não vir, mas eu tive um monte de problemas e não conseguir trazer seu docinho. - falou todo amoroso. - Mas pra compensar eu trouxe dois saquinhos bem cheios deles. - sorriu mostrando o outro.

— Eu amo muito meu docinho, padrinho. - agarrou Victoriano o enchendo de beijos mais uma vez e ele sorriu com o coração inundado de amor e ao mesmo tempo com uma vontade de acabar com toda aquela mentira.

Tinha ensinado seu próprio filho a chamá-lo de padrinho para não dizer a verdade a ele e era nesses momentos que ele sentia raiva de Inês por não assumir a verdade e deixar que ele fosse o pai que Emiliano tanto precisava.

— Como foram seus dias? - perguntou querendo saber tudo dele.

— A minha irmã chegou. - falou com os olhos brilhando. - Tassandra chegou e touxe um monteeeeee de pesentes. - abriu os braços mostrando.

— Que bom, meu filho. - o beijou abrindo a bala. - Sabe que Alejandro também chegou hoje?! - contou a ele.

— Eu quero ir lá em. - falou feliz mordendo sua bala.

Pareciam dois adultos conversando e Victoriano ficou ali aproveitando aquele momento sabendo que os dois estavam sendo vigiados pela empregada da casa que tinha ordens para não tirar os olhos de Emiliano, mas ela também não atrapalhava o momento dos dois.

Ficaram ali por mais ou menos vinte minutos conversando e rindo até que ele o colocou em seu cavalo e os dois foram passear por ali por perto mesmo. Victoriano sabia que não podia ir muito longe com ele e então ficava ali por perto fazendo todos os gostos do filho e os seus, mantendo seu coração aquecido de amor com seu filho a seu lado.

Inês que tinha tido seus dois minutos de surto por perceber que o filho não estava dentro de casa, correu até ali para se certificar que os dois estavam juntos e parou ofegando pela corrida e os olhou em cima do cavalo sorrindo. Sentiu o coração acelerar com aquela cena que via, mas não conseguia dar o braço a torcer e Victoriano a sentiu e a olhou no mesmo momento tirando o sorriso do rosto.

— Acho que nosso tempo acabou campeão. - beijou os cabelos dele.

— Não padrinho. - choramingou.

— Eu volto amanhã ta bom? - desceu do cavalo e o pegou nos braços o enchendo de beijos.

Emiliano suspirou tirando o sorriso no rosto e o abraçou mais forte não querendo ir, ele amava aquele homem de tal maneira que nem conseguia explicar. Era tão pequeno mais o sangue chamava mais forte e ele o amava com loucura assim como Victoriano amava a ele.

— Não esquece que eu te amo. - falou perto da cerca. - Eu te amo muito. - o beijou mais.

— Eu também te amo muito padrinho. - o beijou mais umas quantas vezes e Inês com o olhar mandou que a empregada o levasse.

Ela veio o pegou e ele saiu com seus saquinhos de doce, mas sem sorrir porque não queria mesmo ir naquele dia, ela se aproximou da cerca o encarando e ele não ficou par trás no olhar.

— Já disse que não te quero perto do meu filho. - foi firme e ele riu com deboche.

— O meu advogado já está com a papelada para mover a ação contra você. - apontou o dedo. - Você viu como ele saiu daqui triste? É a primeira vez que meu filho vai embora sem sorrir e tudo porque não queria ir, tudo porque ele sente a minha falta, mas você é tão covarde que prefere ver seu filho sofrer a dar o braço a torcer. - "descascou" nela.

— Cale a boca. - os olhos ficaram em chama. - Você, não sabe de nada.

— O que eu sei é que você só pensa em você e que se dane o que os outros sentem. - respirou fundo. - Mas você vai aprender e isso não vai demorar. - era uma clara ameaça.

— O que quer dizer com isso? - quase gritou.

— Que o que aqui se faz aqui se paga Inês. - foi para deu cavalo e o montou. - Não se esqueça que ainda me deve a aposta!!! De lembranças a Cassandra e diga a ela que adorei a notícia!!! - piscou e saiu dali a deixando mais uma vez com a palavra na boca e um monte de perguntas a ser feita.

O olhou ir por alguns segundos e logo saiu dali indo para casa, correu direto para o quarto da filha e entrou a encontrando somente de toalha. Cassandra sorriu para a mãe, mas não foi correspondida.

— O que foi, mamãe? - perguntou com calma.

— O que Victoriano sabe que eu não sei? - bufou odiava ficar para trás nas coisas. - Que notícia é essa que ele adorou?

Cassandra sentiu o corpo todo tremer então Alejandro já tinha dado a notícia para a família dele, aproximou-se da mãe e segurou a mão dela sabendo que as coisas iriam se complicar a partir daquele momento e disse:

— Eu vou me casar com Alejandro Santos...


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