Mais forte - MyE escrita por Débora Silva


Capítulo 5
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Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amores ♥



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— Me perdoe mamãe... - soluçou e segurou a barriga sentindo uma fisgada por tanta emoção. - A senhora terá orgulho de mim, eu te prometo!!! - sentenciava ali diante daquele tumulo seu destino.

Maria não percebeu em que momento ele se aproximou dela, apenas sentiu sua presença quando a mão foi a seu ombro em forma de consolo e ela deu um pulo ficando de pé e o encarando.

— Estevão... - os olhos ficaram um no outro sem piscar...

Maria sentiu que seu coração iria sair da boca, poderia estar alucinando com a presença dele ali? Passou a mão no rosto como se aquilo fizesse com que ele sumisse. Ela não o queria perto e muito menos naquele momento que era somente dela e de mais ninguém, mas ele estava ali e era bem real para o seu desespero.

Estevão estava tão em choque quanto ela, não queria ser um intruso ali em um momento que era somente dela, mas já estava sendo e ali naquele olhar ele se arrependeu de ter se aproximado naquele momento. Ele estava na cidade a um dia e meio e somente naquele momento achou certo falar com ela, mas ele estava enganado e qualquer chance que pudesse ter com ela tinha se perdido por invadir seu espaço.

— Me perdoa... - falou com a voz rouca.

— Suma daqui!!! - falou entre dentes. - Eu deixei bem claro que não queria mais te ver!!! - fungou para parar de chorar.

— Maria, você precisa me ouvir...

— Eu não tenho nada para te ouvir!!! - o cortou estava com tanto ódio dele e de si mesmo por ser tão louca apaixonada por ele. - Você é tudo de piro que aconteceu em minha vida.

— Não fale assim... - a voz quase não saiu com as palavras dela.

— Eu falo como eu quiser!!! - gritou. - Não manche o lugar sagrado de minha... Vá embora!!! - apontou com a mão.

Estevão respirou pesado sabendo que ali não era o lugar para se conversar e ele já tinha se arrependido, suspirou porque com ela ele somente conseguia fazer as coisas erradas e sempre que tentava ser diferente metia os pés pelas mãos. A olhou por mais alguns segundos e se virou indo dali enquanto sentia o olhar dela em sua direção.

Maria voltou os olhos para o túmulo de sua mãe e sentou deixando que mais lágrimas viessem, mas ali sentenciou que seriam as últimas por aquele amor que somente lhe causa dor. Maria sabia perfeitamente que teria Estevão em sua vida para sempre já que em seu ventre crescia um fruto de um amor que era somente da parte dela, sabia disso e precisava pensar em algo para mantê-lo longe.

Ficou ali com seus pensamentos e lembranças por um longo tempo até que suas lágrimas secaram e ela por fim se levantou sentindo uma tontura, se apoio e respirou fundo não era hora de passar mal, ela ficou ali por mais alguns segundos e logo colocou seus óculos escuros e caminhou para fora dali dando mais uma olhada para o túmulo de sua mãe. Doía tanto não ter a chance de se despedir que ela não conseguia parar de pensar e caminhou saindo daquele lugar.

Ao lado de fora estava ele de pé do lado do carro a espera dela, Estevão estava devidamente vestido em seu terno e lindo como sempre era. Maria o avistou e respirou pesado caminhando para ele sem ter como fugir e antes que ele pudesse dizer algo ela começou.

— Eu não quero que me procure, eu não quero que esteja na minha vida e nem na vida de meu filho!!! - a voz era baixa mais bem rude. - Você não merece nada de mim e muito menos dessa criança, você tem uma esposa e um lar e lá é o seu lugar... Então não me procure mais porque eu não preciso de você e de um amor mentiroso!!! - ia sair.

— Você acha que pode me dizer tudo isso e simplesmente ir embora? - a puxou para ele grudando seus corpos e ela o encarou. - Não vai me deixar com a palavra na boca!!!!

Era fogo, era amor, era vida sendo respirada no mesmo ar e ele não resistir a tentação de seu coração e a beijou com loucura.

       

Era difícil de resistir aquele homem e ela não o fez, desfrutou dos lábios de seu amor, desfrutou daquele momento que era o último. Maria e Estevão desfrutaram daquele beijo que era diferente de todos e ele sentiu em seu coração que era o último, o último beijo que daria nela.

— Me deixe tentar... - falou com a testa na dela enquanto ofegava.

Maria sentiu que podia fraquejar, mas ali não tinha mais espaço para aquele amor que estava manchado e também tinha Ana Rosa que ela sabia muito bem que ele não seria capaz de deixar por ter conseguido tanto com ela. Para Estevão os bens materiais contavam muito e ele não queria perder depois de tudo conquistado, mas bens materiais seriam capazes de suprir o amor e a felicidade ao lado de quem se quer?

— Eu... - a viu se afastar.

— Você nunca vai deixar aquela mulher e sabe por que? - os olhos ficaram ainda mais intensos. - Porque você ama mais o dinheiro do que qualquer outra coisa nessa vida!!!

— Eu amo você!!! - falou com desespero.

— Não mais que seu dinheiro... - passou a mão nos cabelo arrumando. - Ou vai me dizer que vai largar tudo com ela e viver uma vida simples aqui nesse lugar comigo? - abriu os braços mostrando ao redor. - Essa sou eu Estevão e você não está preparado pra uma assim!!!

Ele ficou em silêncio sem saber como retrucar aquelas palavras e ela respirou fundo porque o conhecia muito mais que a própria esposa e o silêncio dele valia mais que qualquer palavra saída de seus lábios.

— Adeus San Roman!!! - e sem mais se foi o deixando ali olhando para o nada sem forças para ir atrás daquela mulher que era a sua felicidade, mas ele tinha muito que aprender e não era hora de estar com ela...

Maria quis chorar, mas não o fez e caminhou por aquelas ruas até que chegou a pequena praça e se apoiou em uma das árvores tocando seu ventre que se retorceu de dor a fazer gemer, as mãos tremeram e ela sentiu que tinha algo de errado e olhou para os lados em busca de alguém.

Como um anjo enviado dos seus ela avistou seu pai saindo de uma das lojinhas e com muito custo gritou para ele que nem pensou duas vezes e correu até ela a amparando. Maria o olhou nos olhos e disse as palavras que certamente fariam com que ele a mandasse embora de casa ou até mesmo não a ajudasse naquele momento em que sentia poder perder seu bebê.

— Eu estou perdendo o meu bebê... Me ajuda... - o apertou e José a encarou por segundos que pareciam uma vida inteira, uma vida que ela não podia esperar se quisesse salvar seu filho. - Por favor... - gemeu as palavras o vendo perdido em seus próprios pensamentos a fazendo sofrer sem saber se teria ou não a ajuda de seu pai...


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