Mais forte - MyE escrita por Débora Silva


Capítulo 39
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Notas iniciais do capítulo

Até eu fiquei com dó dele!!!



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— Elas estão bem? — falou num sussurro.

— Estão sim! — deu um meio sorriso enquanto acariciava os cabelos de sua menina. — Você está bem?

— Eu vou ficar! — respirou fundo. — O importante são elas!

— Vai ficar tudo bem, você vai ver!

Ele concordou e apenas ficou observando as três com lágrimas nos olhos, mas logo adormeceu por conta dos remédios. E aquele dia se foi!

***

Quando um novo dia nasceu, Ana Rosa até tentou incriminar Estevão, mas não deu muito certo e ela teve sua prisão decretada, Renato foi indiciado como cúmplice e levado direto para o presídio assim como Ana Rosa que gritava aos quatro ventos o quanto odiava a todos. As meninas receberam alta nesse mesmo dia e Estevão ficou feliz por suas filhas poderem estar em casa e seguras ao lado de Maria, abraçou e as beijou como pode e elas se foram.

Estevão teve que ficar por mais alguns dias e dessa vez não fugiu, apenas se recuperou para poder estar novamente ao lado de sua família, assim ele pensava nos primeiros dias, mas com o passar dos dias isso foi mudando. Maria foi ao hospital poucas vezes e mesmo que ele quisesse que ela estivesse mais ao seu lado, entendeu que ela queria estar com as filhas e apenas deixou que os dias se fossem mesmo que a tristeza o consumisse por sentir que perdia tudo mais uma vez.

Foram doze dias ali naquele quarto de hospital e quando recebeu alta não tinha ninguém ali para levá-lo para casa, respirou fundo e vestiu a roupa que Maria tinha mandado no outro dia por não conseguir mais uma vez estar com ele na visita. Era um preço caro a se pagar com a solidão, mas não tinha o que reclamar já que se colhe o que se planta nessa terra, estava preparado para qualquer decisão de Maria ou fingia estar.

Assinou sua própria alta e com sua pequena mala, saiu pelos corredores do hospital, tinha a ligeira esperança de que elas estariam ali a sua espera para uma surpresa, mas não havia ninguém e ele caminhou para a saída em busca de um táxi. Pediu ao motorista que passassem num caixa eletrônico para que ele pudesse tirar o dinheiro da corrida e assim seguiram para seu apartamento, agradeceu ao chegar e seguiu para a entrada do prédio.

O porteiro lhe deu boas vindas e ele seguiu para o elevador, não tinha pressa e por isso fazia tudo devagar, olhou o celular mais uma vez e pensou em ligar para Maria, mas logo desistiu ao chegar a seu andar. Ali estava seu lar, vazio, frio e sem as risadas que eram para inundar dias atrás se não fosse aquele maldito sequestro, amaldiçoou amargamente Ana Rosa enquanto abria a porta e ao entrar o que era preto e branco ganhou cor com as duas princesas que lhe arremessaram confete gritando.

— Surpresa!

O sorriso foi o mais lindo que elas poderiam ter ganhado e a mala foi ao chão assim como ele ficou de joelhos para recebê-las em seus braços. Um abraço de preenchimento e amor que ele precisava sentir naquele momento em que se sentia um miserável por estar só, ele as beijou muito até que começaram a brigar por espaço e ele sorriu.

— Ele é meu papai! — Estrela a empurrou.

— É meu também! — quis chorar por ser empurrada daquela forma.

Estevão as olhou e não mais aguentou as lágrimas e as deixou rolar por seu rosto agradecendo a Deus por aquela chance de ver suas filhas brigarem por conta de colo e ele riu em meio ao choro. Ele as agarrou para que parassem de brigar e como elas puderam se agarraram nele com as pernas fazendo Maria rir.

— Minhas filhas!

Estevão olhou para Maria que estava encostada na parede apreciando aquele momento com um sorriso no rosto e se levantou como pode com as filhas nos braço indo até ela. Maria pegou Manu nos braços para aliviar o peso que ela sabia que ele não podia carregar, tinha conversado com o médico sobre a dieta dele e o que poderia fazer nos dias de repouso em casa e o beijou na boca acariciando seu rosto com todo amor.

Maria nunca deixou de estar pendente dele, mas com as filhas em casa e o trabalho acumulado não conseguia ir todos os dias ao hospital, mas se falavam por telefone e mesmo ele achando que estava abandonado, ela estava ali pendente dele. Estevão a beijou mais com muitos selinhos e a admirou por estar linda em uma de suas camisas, era com certeza a mulher mais linda e ele tinha muito que agradecer por ela o aceitar de volta.

— Eu te amo! — queria beijá-la como deveria, mas não o fez por respeito às meninas que olhavam para os dois.

— Eu também te amo! — sorriu. — Gostou da surpresa?

— Gostou papai? — Manu o olhava esperando uma resposta.

— Eu que fiz tudo papai! — Estrela virou o rosto dele para que ele a olhasse e entendesse que tinha sido ela a fazer. — Tudo eu! — sorriu piscando os olhinhos.

— Eu também! — Manu começou a chorar no colo da mãe.

— Não! Não! — fez com os dedos provocando a irmã e a fazendo chorar mais.

— Já chega vocês duas! — as corrigiu. — Foram as duas e pronto! — secou o rosto de Manu a beijando. — Ao invés de brigar vocês deveriam ir mostrar o presente do papai!

Manu pediu para descer no mesmo momento e Estrela também, mas com o movimento o fez sentir um pouco de dor, Maria o amparou e ele aproveitou para beijá-la como queria.

— Se aproveitando de sua condição San Roman?

— Eu só quero ter certeza de que não é um sonho! — beijou o rosto dela e logo sentiu seu cheiro. — Elas estão me chamando de pai!

Maria riu.

— Depois eu te explico e agora vá com elas que não as quero brigando!

Ele a beijou mais uma vez e a soltou indo até as meninas, mas antes fechou a porta com chave deixando a mala mais no canto. Estrela e Manu fizeram de um tudo para chamar à atenção do pai e Estevão muito satisfeito as atendeu em tudo enquanto Maria terminava uma receita que pegou na internet e já cheirava bem.

Almoçaram com tranquilidade enquanto ajudavam as meninas e depois de todos muito bem alimentados, foram para a sala e ali ele ficou agarrado a elas vendo um filme até que pegaram no sono. Maria foi a única a ficar acordada e com calma as levou para a cama depois de um tempo, voltou a sala e Estevão estava sentado ainda um tanto sonolento.

— Eu não queria te acordar!

Ele a olhou e a chamou para se aproximar.

— Os remédios ainda me dão muito sono! — a fez sentar em seu colo.

— Estevão, você ainda não...

— Só quero sentir que está mesmo assim! — a cortou. — Não sabe o quanto sofri por não te ver no hospital.

Ela riu o abraçando mais.

— Aposto que criou mil fanfics em sua cabeça de como eu te deixaria!

Ele a olhou.

— Muitas mais! — a beijou. — Me conte como as fez entender e me chamarem de pai tão rápido?!

— Renato já havia dito a elas por várias vezes que você era o pai delas e nesses dias eu fui conversando com elas junto ao meu pai e aos poucos elas foram entendendo que você não era o tio e sim o papai e então virou a briga que você viu hoje por sua atenção. — sorriu. — Elas estavam com saudades de você e não paravam de falar que tinham te machucado e que elas cuidariam de você.

— Aquele maldito nos fez um favor! — sorriu. — Eu também estava louco para vê-las e estar assim com você!

Maria o acariciou nos braços e o beijou apaixonadamente o fazendo suspirar e quando cessou o beijo ouviu.

— Casa comigo Maria Fernandez?!


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