Mais forte - MyE escrita por Débora Silva


Capítulo 36
036


Notas iniciais do capítulo

Fogo no parquinho!!!



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— Quem não deveria brincar comigo é você, Estevão! — o tom de voz mudou completamente. — Mas não irei negociar contigo já que é um pobre coitado que não tem onde cair morto!

— Não toque num fio de cabelo delas ou você vai se ver comigo! — berrou com ela, mas sentiu uma dor forte o fazendo se curvar na cama e ao olhar o celular, ela já tinha encerrado a ligação.

Estevão precisava sair daquele hospital, mas ao tentar se levantar ficou tonto por conta da medicação e não demorou nada para que ele adormecesse.

***

DOIS DIAS DEPOIS...

Maria era o desespero em pessoa por não saber nada das filhas, não tinham feito contato para pedir resgate e todos os meios de comunicação só falavam do sumiço de suas filhas, não via mais o noticiário e passava a maior parte do tempo dentro de casa para não ser obrigada a responder perguntas impertinentes. Estevão ainda se encontrava no hospital, não tinha conseguido fugir das vezes em que tentou por estar no CTI, mas assim que fosse para o quarto iria sumir dali para encontrar suas filhas, estava desesperado assim como Maria e não vê-la o deixava mais preocupado ainda.

Naquela tarde, ela olhava pela janela e em seus braços tinha o urso que elas mais brigavam por querer o mesmo, mesmo que tivessem iguais elas sempre queriam apenas aquele. Os olhos se inundaram de lágrimas e ela olhou para o céu pedindo forças para aguentar a falta de suas meninas, estava tão absorvida em seus pensamentos que se assustou ao ouvir a campainha e sem vontade alguma foi até a porta e a abriu se surpreendendo pela visita.

— Renato...

— Me desculpe vir sem avisar, mas queria saber como está com toda essa situação. — falou com calma. — Eu sei que não quer me ver nem pintado de ouro, mas precisava vir saber de você! — suspirou.

Maria o observou com calma e depois de suspirar deu passagem para que ele entrasse mesmo não sendo prudente estar sozinha com ele.

— Eu ouço todos os dias as notícias e queria saber se posso ajudar.

— Não a nada a se fazer, ninguém se quer deu notícias das minhas filhas e eu não sei o que querem! — sentou no sofá agarrando o urso com força e de seus olhos as lágrimas vieram com força. — Eu só quero as minhas filhas de volta!

Renato sentou ao lado dela e segurou em sua mão.

— Você vai encontrá-las! — com a outra mão tocou seu rosto limpando as lágrimas. — Quero que saiba que estou aqui para o que precisar!

— Obrigada! — respirou fundo para conter o choro e ouviu a campainha, só poderia ser alguém conhecido para que o porteiro deixasse subir sem a comunicar.

Maria levantou deixando o urso sobre o sofá e abriu a porta dando de cara com Estevão.

— Meu Deus, o que está fazendo aqui? — foi imediatamente até ele para que se apoiasse nela.

— Eu não podia mais ficar naquele hospital sem fazer algo pra trazer nossas filhas pra casa! — estava sentindo dor, mas ao olhar para dentro do apartamento seu rosto mudou completamente. — O que esse desgraçado está fazendo aqui?

Estevão se afastou dela e entrou mesmo não estando bom o suficiente para enfrentá-lo.

— Ele só veio me dar apoio nesse momento!

— Vai embora daqui! — pediu segurando onde foi baleado. — Não precisamos do seu falso apoio!

— Eu não vim ver você e sim Maria!

Estevão ia avançar nele, mas Maria o segurou em seus braços tocando em seu rosto.

— Meu amor, você não deveria nem estar aqui e sim no hospital para se recuperar totalmente! — tentou manter a calma. — Não pode fazer todo esse esforço.

— Eu não posso ficar naquele hospital e você aqui sozinha sem saber onde nossas filhas estão. — suspirou. — Eu quero estar junto a você!

— Vamos para o quarto que você precisa descansar! — olhou para Renato.

— Não precisa dizer nada, eu já estou indo e quero que saiba que pode contar comigo pra qualquer coisa!

— Obrigada!

Ela deu um meio sorriso e caminhou junto a Estevão ou ele poderia partir para a agressão e não era isso que precisavam naquele momento. Maria o colocou deitado na cama e sentou a seu lado, ele segurou sua mão respirando fundo por sentir dor do esforço que fez para estar ali com ela.

— Precisa de medicamentos para controlar a dor e aqui não é um bom lugar para você se recuperar.

— Se não posso ficar aqui a seu lado, eu vou para o meu apartamento, mas para aquele hospital eu não volto. — se moveu para levantar e sentiu dor. — Oohh...

— Fique quieto aí que vou ligar para o médico e pedir que mande o que precisa para cá! — o forçou a deitar. — Você é teimoso de mais e mesmo aqui não vai conseguir resolver nada!

— Entenda que de lá eu não posso te ajudar a encontrar as nossas filhas. — falou com desespero.

— E acha que nesse estado pode fazer alguma coisa? — o encarava. — Sua ferida pode inflamar e Deus sabe o que mais pode acontecer por você não se cuidar!

Ele respirou fundo e abaixou o olhar.

— Você não foi ao hospital esses dois dias e sei que está me culpando pelo que aconteceu e eu não tiro sua razão...

Ela o encarou e ficou de pé no mesmo momento.

— Eu não vou discutir isso com você nesse momento! — saiu do quarto finalizando aquela conversa.

Estevão respirou fundo e Maria desceu para a sala, ligou para o hospital e explicou a situação e suplicou que uma enfermeira viesse atendê-lo em sua casa, agradeceu e desligou colocando o telefone no lugar olhou a sala e buscou pelo urso que estava minutos antes no sofá e não o encontrou.

— Que estranho! — buscou o urso por todos os lados e logo subiu para o quarto deixando para buscar o urso depois. — Você está com fome?

Ele a olhou e a chamou com a mão para que se aproximasse e ela foi até ele.

— Eu preciso conversar com você e quero que me entenda! — se moveu sentindo dor. — Mas antes me ajuda a tirar essa blusa que está me incomodando.

Maria o ajudou e pegou uma manta para cobri-lo e ele segurou em sua mão para começar aquele assunto.

— Eu tenho pouco dinheiro e sei que não é o suficiente para trazer nossas filhas para casa e por isso eu terei que te roubar!


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