Mais forte - MyE escrita por Débora Silva


Capítulo 17
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Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem meninas!!!



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Ele tinha passado a noite toda ali bebendo e esperando por ela que nunca chegou e ele acabou adormecendo de tão bêbado que estava. Os olhos se encontraram e ele estava confuso e sentia a cabeça doer com aquela claridade toda.

— O que está fazendo aqui San Roman?

E ele buscou uma resposta para aquela pergunta que nem ele mesmo tinha, não tinha porque não podia dizer a ela que estava a esperando voltar cedo e não tinha acontecido e ele apenas conseguiu abrir a porta do carro e ao descer sentiu o corpo todo doer e se esticou. Maria apenas o olhava e depois de ele respirar fundo, virou e vomitou na roda do carro era uma vergonha ele sabia, mas não conseguiu controlar pelo tanto que bebeu naquela noite.

— Acho que deveria ir para sua casa!!! - não se aproximou para ajudar.

Estevão se recompôs depois de alguns minutos ali e a olhou por inteiro se lembrando que era aquela a roupa que ela usava na noite passada e se estava ali aquele horário era porque acabava de chegar e ele sentiu que uma fúria tomava conta dele naquele momento. Ele não tinha direito, não tinha mais estava se cozinhando desde a noite passada ao ver o beijo trocado entre ela e aquele homem que ele nem sabia quem era mais iria descobrir.

— Você está chegando agora? - não conseguiu se conter.

Maria no mesmo arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços quem ele pensava que era para questioná-la daquele modo? Ela o encarava sentindo vontade de avançar nele por se achar no direito de cobrar algo.

— E o que você tem a ver com isso? - foi grossa. - Você nem deveria estar aqui na porta da minha casa!!!

— Tudo!!! - engrossou a voz e sentiu a cabeça doer. - Você é a mãe das minhas filhas e...

— Ta aí um ponto em que vamos concordar nesse momento. - o cortou. - Eu sou apenas a mãe das suas filhas e você deveria se limitar apenas em cuidar delas e não a estar aqui na porta da minha casa me cobrando algo que você não tem direito!!!

— Você sai um estranho e ainda acha que está certa? - rosnou.

— E isso que te importa Estevão San Roman? - gritou com ele. - Eu sou uma mulher adulta e posso sair com quem eu quiser e você não tem nada a ver com isso!!! - tornou a dizer. - Vá embora que não quero que minhas filhas te vejam assim!! - estava cansada daquele show que ele fazia naquele momento.

— Esse homem poderia ser um estuprador ou coisa pior e você poderia estar morta a essa hora ou simplesmente ter colocado nossas filhas em perigo!!!

— Mas eu não estive em perigo, pelo contrário do seu pensamento eu estou muito bem, bem como eu não estive em muito tempo na minha vida. - cuspiu as palavras na cara dele.

Para Estevão aquelas palavras eram como um tiro na cara e ele passou as mãos no cabelo enlouquecido e sem conseguir controlar ele chutou a roda do carro e socou o vidro, sua raiva era tão grande que o vidro virou pedaços e ela se assustou e se afastou.

— Estevão... - o chamou assustada levando à mão a boca.

Ele respirava pesado e olhou a mão que sangrava virou e a olhou, não tinha direito a nada ali e estava fazendo um papel de estúpido e apenas a olhou por mais alguns segundos e abriu a porta de seu carro, entrou e saiu dali cantando pneu. Maria não podia acreditar no modo como ele tinha reagido e ao se virar para entrar no prédio deu de cara com seu pai e Inês, as meninas tinham os olhos arregalados e ela se aproximou de imediato delas.

— Mamãe, ele machucou a mãozinha. - Manu a agarrou e ela a segurou em seus braços a beijando muito.

— Ele estava bem bravoooo. - Estrela completou.

Maria olhou o pai depois de beijar Estrela.

— Papai, eu... - Maria ia dar uma explicação a ele.

— Não quero falar com você nesse momento!!! - pegou a neta dos braços dela.

— Papai... - ela ia protestar.

— De tchau pra sua mãe, Manuela e Estrela.

As duas fizeram o que o avô mandou e eles voltaram ao prédio e desceram direto para a garagem, Maria ficou ali parada por alguns minutos sem acreditar na atitude do pai e logo caminhou para o apartamento, era o dia de não acreditar no que se passava. Quando entrou no apartamento ela foi direto para o banho, se arrumou e seguiu para a empresa para poder falar com o pai, não o queria bravo com ela mesmo sabendo que não tinha feito nada de mais.

Quando chegou a empresa ela olhou o celular e tinha várias mensagens das amigas e ela riu com cada uma que conseguiu ler até chegar a sala de seu pai, bateu e depois de guardar o celular entrou o olhou trabalhar e entrou fechando a porta. José a olhou por cima dos óculos e voltou aos papéis que assinava e ela sentou na cadeira a frente dele.

— Papai, podemos conversar?

Ele suspirou.

— O que quer Maria? - não a olhava.

— Quero saber o porquê de estar com essa cara!!! - suspirou.

Ele largou os papéis e a encarou depois de tirar os óculos.

— Você não sabe mesmo por que estou assim? - ela negou com a cabeça. - Você saiu pra logo voltar e chegou quase sete da manhã e ainda deixou que suas filhas vissem aquele maluco socar o vidro do carro sei lá por que!!! - bufou.

Maria respirou fundo o encarando

— Estevão está com ciúmes porque eu sai com um cara e ele viu!!! - contou porque não escondia nada dele.

— Você conheceu um homem e já dormiu com ele? - negou com a cabeça.

— Papai, eu já não sou mais criança!!! - ficou de pé. - Eu tenho direito a me divertir.

— Não é mesmo, mas está se comportando como uma e se ele tivesse feito algo com você? - falou como Estevão e os olhos dela pegaram fogo ao olhá-lo.

— Ele fez sim e fez muito bem ao me dar um prazer que eu não sabia que podia sentir a muito tempo!!! - ele arregalou os olhos. - Foi somente isso que ele me deu e me parece que você e Estevão não querem que eu sinta prazer ou que tenha alguém nessa vida.

— Maria...

— É a verdade papai. - o cortou. - Eu vivi esses anos todos pra minhas filhas, você e a empresa e uma maldita recordação de um covarde que só retornou a minha vida porque perdeu tudo!!! - explodiu. - Eu sou uma mulher que precisa seguir a vida e se precisar de noites a fora pra encontrar um homem, eu irei sim sair todas as noites!!!

— Está se enganando!!! - foi o único que disse.

— Eu preciso disso pra entender que eu posso ser o amor de alguém, pra que eu possa entender que eu não sirvo somente para segunda opção ou a amante de alguém.

Era a primeira vez que explodia daquele modo e sem conseguir mais ficar ali na frente dele, ela saiu da sala e ele passou as mãos no cabelo e ali sozinho falou para si mesmo.

— Ela ainda o ama... - fechou a mão sentindo raiva.

Maria saiu dali e foi direto para a sua sala era melhor trabalhar do que ficar pensando no que o pai e Estevão tinham falado, não queria brigar com ninguém depois de ter passado uma noite incrível ao lado de Renato. Há muito tempo não se sentia tão bem e eles somente faziam boicotar o seu momento, ela respirou e começou a trabalhar para esquecer aqueles dois...

(...)

E O TEMPO SE FOI...

Estevão resolveu que a melhor conduta naquele momento era cuidar e se aproximar de suas meninas e nada mais falou para Maria, ou melhor, ele não falava com ela a não ser sobre coisas relacionadas as meninas e ela sentiu a diferença. Ele passou a buscar as meninas e a levar quando ela permitia e nesse meio tempo tentava recuperar sua empresa já que Ana Rosa seguia sumida com sua fortuna, estava tendo um bom desempenho com elas sempre que Maria permitia, ele as levava para comer um lanche ou tomar sorvete depois da escola.

Para Manu foi um pouco mais difícil de aceitar que teria que conviver com outro homem alem do avô e ele teve toda a calma e paciência com ela e no terceiro mês de convívio já conseguia alguns sorrisos dela e a sua confiança para brincar mais e a ter nos braços já Estrela tinha totalmente a personalidade dele e foi mais fácil porque ela gostava de atenção e isso ele tinha de sobra a ela que falava sem parar e de tudo para ele. Estevão estava feliz com suas meninas naqueles cinco meses que tinham se passado e não buscou mais saber dos encontros de Maria. 

José também parou de se intrometer nos encontros de Maria, ele a via sair pelo menos duas vezes na semana, mas não se atreveu mais a perguntar com quem era ou o que iria fazer apenas ficava com as netas mesmo se cozinhando por saber onde ela iria e com quem. A relação dele com Estevão era apenas pelas meninas e eles quase não se falavam e quando se falavam ele fazia questão de jogar em sua cara alguma coisa e Inês o fazia parar por conta das meninas, era complicado domar o seu amor, mas ela conseguia sempre que possível para ele não assustar as meninas.

Maria por outro lado se empenhou em trabalhar duro para conseguir finalizar os últimos desenhos de sua coleção que seria lançada em Paris, sua loja estava quase pronta e em pouco tempo teria que viajar para o seu grande lançamento, ela estava feliz e Renato estava mais presente em sua vida do que ela imaginava. Renato era um homem maravilhoso e tinha ganhado um lugar na vida dela, tinha conhecido as meninas e aos poucos ganhava a confiança delas e sempre que era possível eles saiam para passear no parque como uma família.

Era sábado por volta do meio dia e as meninas já estavam prontas para passear no parque com Estevão, elas estavam ansiosas para a chegada dele e Maria terminava de arrumar suas mochilas na sala quando ouviu a campainha tocar. Manu foi correndo e abriu a porta mesmo com dificuldade e ele sorriu abaixando para ganhar um beijo que pela primeira vez recebeu sem ter que pedir e ele a agarrou beijando muito e ela gargalhou, Estrela logo veio e também o agarrou e ele encheu as duas de beijo ficando de pé.

Maria os olhou e ele entrou para saber qual seriam suas ordens naquele dia e encostou a porta, foi ao sofá e sentou ao lado dela com as duas agarradas nele, a cumprimentou com apenas um "oi" e ela deu um meio sorriso para eles. Maria falou o que tinha dentro de cada bolsa para elas e mostrou também onde estaria o documento para se caso precisasse e ele riu daquelas recomendações toda e logo ficou de pé as colocando no chão para que pudesse ir.

— Dêem beijo na mamãe para que a gente possa ir!! - ele falou todo lindo. 

Estevão estava de bermuda, uma camisa clara e um perfume suave que não passou despercebido por ela e as meninas vieram e a agarraram beijando muito ela que riu.

— Ai meu Deus que eu vou morrer de saudades!!! - ria sendo beijada. 

— A gente já volta mamãe!!! - Manu falou toda linda. 

— É mamãe!!! - Estrela piscou os dois olhinhos e foi para perto de Estevão. 

Maria ficou de pé e deu as duas mochilas na mão dele e caminhou para a porta para abrir para eles e ao abrir deu de cara com Renato que sorriu para ela e sem pensar duas vezes beijou seus lábios e as meninas gritaram. 

— Tio Renatooooooo. - gritaram juntas indo a ele e Estevão sentiu o rosto pegar fogo com aquela cena...


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