Risky Proposal escrita por SurvivorJauregui


Capítulo 4
Capitulo 4




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Ficou imóvel ao se lembrar de seu rosto. Por algum motivo não ficou surpreso ao saber que ela joga tênis, um esporte que precisava de total concentração, estar em forma e reflexos rápidos. E também, ela não morava muito longe dali... Soube disso ao pesquisar sobre ela e sua empresa.  

Franzindo o senho, Thiago se dirigiu aos vestiários. 

 

***

As sete e meia do dia seguinte quando ia rumo ao seu escritório, Thiago entrou no estacionamento do clube de tênis. Não tinha tido uma boa noite, seus sonhos o estavam deixando louco, e o acordavam de hora em hora com imagens perturbadoramente boas em sua cabeça. Uma mulher linda, nua, e com uma habilidade incrível... Mar. 

Ele era capaz de controlar muitos aspectos em sua vida, mas não podia controlar seus sonhos. 

Desceu do carro e subiu os degraus da escada de dois em dois, passou pelo corredor que tinha vista para as quadras de baixo, e ao chegar na última retrocedeu um pouco para poder espiar sem que o vissem de lá de baixo.

Os jogadores se moviam com destreza e precisão, a bola ia de um lado ao outro da quadra em milésimos de segundo. Mar correu para frente e acertou a bola com suavidade, enviando-a para o canto da quadra. O homem que jogava com a mulher se queixou frustrado, fazendo com que ela risse.

— Minha vez - Disse ela sorridente, sacando com sua raquete. 

Estava vestida com um short branco e uma camiseta polo, seu cabelo estava completamente liso em um rabo de cavalo. De pé, pronta para receber a bola, seus seios erguidos marcavam a roupa. Tinha o pescoço suado e as pernas malhadas. O corpo de Thiago logo reagiu involuntariamente. 

Dirigiu seu olhar ao homem que com ela estava. Era mais alto que ela, com cabelo castanho ondulado, bem atrativo, mais novo que Thiago, e aparentemente em melhor forma. Imediatamente não gostou dele.

Os jogadores estavam empatados e Mar jogava com inteligência quando não podia chegar até a bola. Depois de vê-los jogar durante dez minutos, Thiago desapareceu tão sigilosamente como havia chego. 

Ela jogava para ganhar, mas também parecia desfrutar do jogo. E jogando tênis era tão sedutora como julgava ser através de seus sonhos.

Saiu com o carro até seu escritório. O mais sensato seria dizer não a sua proposta. Um não bem radical. E então não teria que vê-la novamente, porque o pior que poderia acontecer seria desejar uma mulher que certamente saia com outro homem. Ainda mais uma mulher como ela, tão inteligente, tão intensa, tão linda.

De uma mulher assim ele tinha que tomar distância desde o início. 

Assim que chegou no escritório preparou um café e estendeu os planos para a fachada do porto, fazendo um esforço para se concentrar; os anos de estudo naquela área fizeram o resto. Eram onze e vinte e cinco quando percebeu o que não estava bom no projeto. Se tratava do estacionamento. Se sentiu satisfeito ao encontrar uma maneira de solucionar aquilo e desceu rapidamente para se encontrar com Marianella Rinaldi. 

A chuva tinha parado e um pálido sol banhava as ruas de Rosario. Diria que tinha reavaliado a proposta e que não estava convencido da ideia, assim, a visita aos locais seria arruinada e ele se esqueceria desta mulher, em duas semanas voltava para Buenos Aires e seguia com sua vida como antes. 

 Os tempo ia correndo e já passava das onze e meia quando Thiago começou a perder a paciência. De alguma forma suspeitava que ela não era uma mulher impontual. As onze e quarenta e três chegou uma caminhonete pequena de cor verde, com a logo da empresa de Rinaldi em letras douradas.

— Sinto muito por me atrasar, nunca faço isso. Minha mãe tinha obsessão com a pontualidade e eu herdei isso dela; não posso suportar a ideia de que alguém está me esperando... Peço sinceras desculpas, senhor Bedoya. 

Ele tinha o objetivo de ficar ao lado do carro, soltar um discurso e voltar ao escritório, mas se viu subindo na caminhonete e olhando o belo rosto da mulher ao seu lado, como se não pudessem mais se afastar. Ela tinha um aspecto cansado, uma mulher muito diferente da que havia visto no dia anterior, e definitivamente da mulher que havia visto algumas horas antes no clube de tênis. 

— Aconteceu alguma coisa, Marianella? -Lhe perguntou.

— Nada! Eu disse que odeio chegar atrasada nos locais... É que minha amiga teve seu segundo filho essa manhã e recebi a mensagem quando cheguei no trabalho, então tive que correr para a clinica, me atrasando para a entrevista que eu tinha. - Riu de maneira nervosa - Era com um inspetor cujas ideias sobre a pontualidade poderiam competir com as da minha mãe... E me chame de Mar, por favor. 

— E sua amiga? Ocorreu tudo bem?

— Sim, felizmente!

— Você não parece tão contente. 

— Claro que estou contente - Em sua cabeça, Mar o comparou com um bruxo por perceber aquilo. 

— Tem certeza? Eu não apostaria nisso...

— Estou muito contente! - Exclamou ela em voz alta, dando ênfase ao que tinha dito anteriormente. - É um menino lindo, e eu estou muito feliz. - Olhou para o retrovisor, avançando no trafego. - Vamos primeiro ao estacionamento.  

Thiago não tinha ideia do que estava acontecendo, mas sabia que ela parecia um vulcão a ponto de entrar em erupção. 

— Sabe... É a primeira vez que não está sendo sincera desde que nos conhecemos.

— Senhor Bedoya, eu...

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

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