Nós entre os lírios escrita por Agome chan


Capítulo 1
Único Capítulo


Notas iniciais do capítulo

É assim que se faz um fucking END
Aprende beemov kkkkkkkkkk
Acho que Lysandre merecia mais do que o final que lhe foi dado, então fiz mais e espero que gostem.
Finalmente uma oneshot com maior interação deles e FELIZ xD
#Lysuki ! - Sim, o ship tem nome agora



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Pequeno…

 Os lírios naquela tarde quente e úmida de primavera estavam belos, misturados em suas diferentes cores fortes indo de um amarelo, vermelho, azul, branco. Naquele vale num amplo espaço eles ocupavam, reinando afastados das árvores e dos arbustos e entre eles eu corria.

Corria porque era uma criança muito imperativa.

Corria despido depois de ter brincado com as galinhas e entrar no bosque perto da fazenda. E pulava entre as flores, contemplando como suas pétalas subiam aos áreas e caiam no chão. Ficava deitado sobre elas contemplando o céu de azul clarinho, com nuvens branquinhas que tentava adivinha o que sua forma seria: um coelho, um camundongo, bolinhos de minha mãe e assim por diante.

Meu irmão vinha até mim, risonho com uma manta para me cobrir. Estendia a mão que aceitava e me levava de volta para casa, para comermos o almoço na mesa que nossa mãe tinha preparado. Sentado ali, minhas pernas se mexiam porque não alcançavam os chão, e meu pai com meu irmão arrumava a mesa ali fora, porque o dia estava muito bonito para comermos dentro de casa.

Me lembrando do que tinha conseguido no vale, peguei as flores que estavam na manta sobre uma cadeira perto da porta de casa e fui até a cozinha para entregar a minha mãe.

— Oh, querido, pra mim? — O rosto dela, um pouco cansado pelo sol, se iluminou. Acariciou os meus cabelos platinados como os seus. — Você é um amor. Mamãe fez o salmão assado com batatas que você adora. — E bati palmas sentido o cheiro delicioso da comida. — São meninos tão bons…

  Adolescente…

Tsuki corria pelas flores.

Seus cabelos pintados de um preto azulado, compridos ao ponto que passavam da altura de sua cintura, esvoaçavam contra a brisa, enquanto ela corria dando uma risada doce. Pequena, ela era uma garota de ascendência asiática, tão pequena. Tinha um metro e meio e eu com meus 1,80. Parecia menor perto de mim.

O vestido branco delicado com babados que usava, diferentes dos mais ordenados e pesados de lolita, era perfeito para aquele clima quente de verão. Peguei o chapéu de palha que escapou de sua cabeça, ela agradeceu prosseguindo brincando comigo.

Eu não usava as roupas victorianas que vestia na cidade, eram uma simples calça e uma simples camisa de tons pasteis. Melhores para serem sujas.

Então quando minha namorada que “fugia” de mim por aquele campo florido caiu no chão e eu sobre ela, rolando juntos sobre os lírios, abraçados e rindo, não me importei. Gostei muito na verdade.

Ficou deitada sobre mim, com o queixo apoiado nas costas de suas mãos com seus dedos entrelaçados, me observando.

Seus olhos possuíam heterocromia como os meus. Era um âmbar e outro de um castanho rosado, enquanto eu possuía um âmbar e outro verde. Qual era a possibilidade de duas pessoas com tal característica genética se encontrarem assim? Pelo o acaso? Se não era sinal do destino, não saberia qual seria.

Ela era modelo para meu irmão fazer suas roupas e comecei a admira-la desde então. Em silêncio. Levei tempo para ir aos poucos dirigindo palavras a ela para chegarmos a este ponto. Este ponto em que posso chama-la de minha namorada.

Mesmo nos momentos mais complicados de minha vida, dos mais obscuros, com meu pai tendo uma doença que ia se agravando, tinha uma luz ali que me olhava com um sorriso sincero em seu rosto delicado e pequeno.

Acariciei-o e ela deitou sua cabeça contra minha mão.

Peguei uma das flores e coloquei atrás de sua orelha. Era um lírio que do azul de seu interior ia passando para o branco. Ficava lindo em contraste ao seus cabelos sedosos.

— Foi bom ter me trago a fazenda, não acha? — Me perguntou e concordei selando um beijo em seus lábios.

Jovem adulto…

Tinha dado uma folga nas férias da faculdade de música e do trabalho com a banda. Teria que trancar de novo o curso, porque mesmo se tentasse a distância novamente por causa de mais outra turne, não seria possível. A banda não tinha gostado da ideia de pausar mais uma vez os shows, mas pude contar novamente com o apoio de meu melhor amigo de anos, Castiel.

Mais uma visita a fazendo para ver o serviço do caseiro, da cuidadora de minha mãe e para ver como ela estava. Ao meu lado no banco do carona estava minha noiva, Tsuki. Ficava fazendo “ondas” com o braço e a mão contra o vento da janela, apreciando a vista.

Estava insatisfeito com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo em minha vida, ainda mais agora após a morte de meu pai. Queria terminar logo a faculdade, mas ficava a atrasando, priorizando meu trabalho como cantor e compositor da banda que me rendava bastante. A fama já crescia e nos últimos tempos cresceu rápido demais ao meu ver. Era muita responsabilidade até com minha imagem que representava a todos do grupo e os outros integrantes idem.

Tive que adiar mais uma vez nosso casamento. Tsuki parecia estar tranquila quanto a isso, me dizendo que não precisávamos ter presa, era melhor esperarmos as coisas se acalmarem. Porém era nosso sonho. Ela era a melhor coisa que tinha me acontecido, queria celebrar isso.

Já vivíamos juntos. Ainda bem que ao menos o curso que fazia tinha ela e Castiel o fazendo também, mesmo que estejamos em turmas e anos diferentes. A universidade é a mesma, eu e Castiel conhecemos os outros integrantes por ali, já é algo.

Mantinha a atenção na estrada, mas também em minha amada. Estacionei o carro quando chegaram nos campos de lírios. Me recostei suspirando, sentindo seus braços curtos e alvos me envolverem. Ela só usava um top rendado preto com uma longa saia rosa, meia-calça e botas. Eu tinha meu grande casaco, uma camisa e uma blusa por baixo, minhas calças jeans e botas.

A abracei de volta, lhe sentido gelada e prontamente tirei meu casaco e a fiz usar, a contra gosto dela:

— Esqueci que aqui fora estava meio geladinho, mas não precisava, amor.

— É porque o aquecedor do carro é ótimo, mas você estava congelado. Tinha que ter lembrado de pegar seu casaco no banco de trás assim como eu.

— Eu sei, eu sei… desculpa.

Beijei sua testa, fechando meus olhos, limpando a minha mente só para me focar naquele momento de paz.

Fui descendo meus beijos, beijando-lhe a ponta do nariz e logo segurando seu queixo para tocar seus lábios com os meus, aquecer e umedecer sua boca com a minha, num toque tão necessitado que a paguei em meus braço em meu copo e ela teve que enlaçar suas pernas em minha cintura. Após uma serie de selinhos depois daquele beijo profundo, ela riu constrangida:

— O que há com você hoje?

— Eu… — tentei olhar ao nosso redor, porque estava ficando um pouco vermelho. As flores se moviam junto ao vento, umas não resistiam e caiam dos caules. Era outono. — Não sei. Desculpe, amor.

— Tudo bem, tolinho. Você precisava e espairecer.

Olhando no fundo de seus olhos eu sentia que ali, sendo envolvido pelos seus braços em meu pescoço e suas pernas, seu rosto pressionado novamente contra o meu em mais um beijo caloroso… que ali era meu lugar.

Adulto…

A vida como compositor de músicas e escritor era mais simples. Tsuki estava certa. Minha esposa estava sempre certa.

Nunca sonhei em ser celebridade, só desejava viver na arte. Mas acabei me tornando com a fama que subiu rapidamente da banda. Castiel sabia lidar mais com ela do que eu e com os anos aquilo ia me consumindo. Achei que iria ficar zangado comigo quando decidi sair de frente dos holofotes e preferir trabalhar nos bastidores, mas como sempre, ele compreendeu e já esperava por isso.

Porque me entendia melhor do que eu mesmo. Ele, Tsuki, meu irmão e meus pais sempre entenderam.

Sentia falta deles… meus pais.

A vida na fazenda tinha seus benefícios, mas mantinha os imóveis que ainda possuía em algumas cidades, porque infelizmente grandes eventos artísticos ocorrem nos centros o que era um grande beneficio para mim da vida urbana. Quando precisasse escapar, aquela fazenda estaria sempre ali para mim e meu irmão.

Adorava cuidar dos animais e era adorável ver Tsuki com dificuldade todas as vezes que tentava subir num cavalo por ser muito pequena.

Mas tinha que admitir que depois que ela montava, ela conseguia ser mais rápida com eles do que eu. Sempre ganhava as corridas.

 Naquele inverno não estávamos interessados nessas brincadeiras, claro. Passei pelo vale de líricos, mostrando-os ao Castiel a quem eu explicava o caminho dentro de seu carro que ele dirigia veloz.

— Nem dá pra ver direito Lysandre.

— É inverno, Castiel. Venha na próxima primavera, estarão lindas.

— Ou você me manda foto. Não vou vir aqui pra ver flores, Lysandre.

Ri dele resmungando como sempre.

— E a final venho aqui hoje por que?

— Não seja ingrato. — Bateu seu cotovelo contra o meu. — Estou te dando carona.

— Porque tem um bom vinho na fazenda… e porque minha cunhada estará lá, correto?

— Sim, quero muito ver a Rosayla.

Manei a cabeça:

— Não é dessa que me referi.

— Eu não vou dizer mais nada.

Na sala na grande mesa estava estendia os diversos pratos que eu e Tsuki tínhamos preparados. Estávamos nós naquele reencontro perto do natal. A irmã de minha esposa, AkiMitsu, que abriu a porta para nós e pude reparar depois que ela me cumprimentou e viu Castiel saindo do carro.

Entrei em casa abraçando Rosayla que logo se afastou para mostrar a barriga que começava a se forma da criança que ela esperava.

Fiquei extasiado e fui tentar abraçar meu irmão e ele também por reflexo, mas lembramos que ele carregava a panela. Rimos. Leight depois de coloca-la na mesa veio me abraçar para poder lhe desejar felicidades.

Passamos aquela noite rindo contando novidades e relembrando das coisas do passado, enquanto bebíamos vinho tinto, com exceção de Rosayla.

Fiquei vermelho quando a conversa foi parar no meu casamento com Tsuki e nos fizeram recriar a cena dela entrando na igreja, porque achavam graça na cara “de bobo” que tinha feito. Ela pegou os lírios azuis de um dos vasos e foi dando pequenos passos em minha direção, enquanto os outros riam também.

E quando se aproximou pude fitar melhor seu rosto, tirando uma mecha de seu cabelo. Não sabia se seu rosto estava corado pela vergonha ou por estar ficando um pouco bêbada. Só pensava que era a mulher mais linda que tinha visto, sóbrio ou não.

— Minha nossa, Lys! — falou Rosayla. — Minha vez já foi, agora quando eu terei meus sobrinhos?

AkiMitsu ainda completou:

— Eu ainda também quero saber.

Nós dois ficamos mais vermelhos. Jantar em família geralmente deveria ser tão constrangedor assim?              

Pai… 

Era primavera.

Os grilos cantavam e voltava para casa com as laranjas no cesto da bicicleta, pensando no bolo que seriam feito delas para um café da tarde.

Tinha deixado elas naquele campo, enquanto fui colhe-las.

Uma crianças cabelo branco como as nuvens do céu corria de sua pequena mãe e do gato que a acompanhava. Tsuki segurava a longa saia do vestido para ir atrás da menina ágil, que usava um macacãozinho jeans, entre os lírios de cores mais diversas.

— Lily! — Gritei lhe chamando, parando a bicicleta onde tinha outra caída que era a de minha esposa.

Ela parou olhando para trás para me ver. E ao me ver, correu até minha direção. Deixei minha bicicleta e estendi meus braços me agachando.

— Papai! — Pulou em mim que a peguei com facilidade.

Tsuki vinha exausta.

— Podia ter chegado mais rápido, amor.

— Me desculpa. — E lhe dei uma serie de beijos que lhe causavam cocegas.

Fim.


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Notas finais do capítulo

Estava fazendo essa oneshot imaginando como seria uma relação da docete e Lysandre com os dois progredindo e mudando juntos. Porque apesar de imaginar Castiel e AkiMitsu terminando e voltando, Lys e Tsuki não imagino não. Pra mim são como Leight e Rosayla, uma vez juntos... é isso kkkkk casam e etc., é pra sempre. #Lysuki4EVER
(Depois faço do Armin e Milla pq eles merecem)



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