O Recomeço escrita por Ragnar Lothbrok


Capítulo 12
A Reunião


Notas iniciais do capítulo

Oi! Não sei se ainda tem alguém aí que acompanhava minha história, mas gostaria de pedir desculpas. São quase 10 meses sem postar! Foi um ano longo e eu realmente não tive tempo. Não deveria ter feito todas aquelas promessas, achei que daria conta. De qualquer forma, nunca esqueci dessa história que eu gosto tanto de escrever e agora, finalmente, tive tempo! Não posso prometer postagens frequentes, mas vou me esforçar. Esse capítulo ficou mais curto do que eu pretendia, mas nos próximos dias não terei mais tempo e queria postar um logo hehe. Espero que gostem :)



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Harry e Ron tiveram que acordar cedo. Odiaram, especialmente Ron. Desde que finalmente puderam descansar, essa era a primeira vez que levantavam da cama cedo de verdade. Não estavam acostumados com essa rotina. Infelizmente, a tal reunião com o Ministro, sobre a qual eles nem sabiam o assunto, foi marcada para as primeiras horas do expediente. Assim, após se despedirem de uma apreensiva Sra. Weasley, que havia acordado para lhes preparar o café da manhã, Harry e Ron saíram de casa para ir ao Ministério da Magia, acompanhados pelo Sr. Weasley.

— Não acredito que a gente tem que acordar tão cedo — resmungou Ron, bocejando enquanto eles caminhavam um pouco antes de aparatarem para o Ministério.

— Sinto muito filho, mas o Ministro está muito ocupado ultimamente, como vocês devem imaginar, e só conseguiu esse horário — respondeu Arthur, que também demonstrava sinais de sono.

— Você podia nos dizer sobre o que é essa reunião tão misteriosa duma vez, né pai. Já tô ficando nervoso e explicaria o porquê a mãe tá tão estranha — reclamou mais uma vez Ron.

— Filho, já expliquei pra vocês dois que esse é um assunto sério que Shacklebolt em pessoa gostaria de falar com vocês, longe de qualquer influência minha ou de sua mãe — disse o Sr. Weasley.

Harry pensou bastante sobre essa reunião durante a noite. Realmente não tinha ideia do que o Ministro queria. Eles já haviam conversado bastante no dia anterior sobre as mais diversas questões da guerra. Não conseguia pensar em nada que ainda pudesse ser discutido, ainda mais sem Hermione. Ele e Ron notaram que a garota ficou um pouco chateada por não ter sido convidada, o que realmente era estranho. Eles eram o “Trio de Ouro”. Pelo menos era assim que o Profeta os chamava agora. Isso com certeza aumentou muito a curiosidade dos dois. Como assim Hermione não seria envolvida? Esperavam que tudo fosse resolvido logo. Moly e Arthur já sabiam do que se tratava, mas não falavam sob nenhuma hipótese, o que os deixou cada vez mais curiosos.

— Garotos, quero que me prometam apenas uma coisa — começou a falar Arthur, enquanto olhava sério para seu filho e Harry, que também já era um filho. — Vocês são adultos. Já passaram por muitas coisas na vida e são perfeitamente capazes de tomarem as suas próprias decisões. Quero que pensem nisso quando estiverem na reunião. Façam o que vocês sentirem que é melhor para as suas vidas.

— Sim, Sr. Weasley. Prometemos — respondeu Harry, sem entender muita coisa.

Assim, os três aparataram até Londres e chegaram ao Ministério rapidamente por meio de umas das cabines telefônicas. Foi um caos. Ao perceberem que Harry Potter e Ronald Weasley estavam bem no centro do local mais movimento de todo o Ministério da Magia diversas pessoas e repórteres cercaram os três, tentando um aperto de mão, um autógrafo ou uma foto. Depois de muito esforço, Arthur arrastou os dois até os elevadores enquanto eles tentavam atender a todos, o que era muito difícil. Harry, com aquele seu jeito constrangido, ia se virando, já Ron parecia estar curtindo muito a fama. Sorria bastante e apertava a mão de todos.

— Isso foi demais!!! — berrou Ron, depois que eles conseguiram entrar no elevador e fechá-lo.

— É só o começo, te prometo que cansa — respondeu Harry, não tão animado quanto o amigo.

— A verdade é que eu fui um idiota. Devíamos ter ido para outro lugar. Esqueci que agora vocês são as maiores celebridades do mundo bruxo — disse o Sr. Weasley, sério e irônico ao mesmo tempo.

Após esse conturbado ocorrido, sem maiores distrações, os três conseguirem chegar à sala do Ministro da Magia, que agora exibia uma placa com o nome “Kingsley Shacklebolt” na porta.

— É aqui que deixo vocês, meninos — falou o Sr. Weasey, antes de bater na porta — Me encontrem na minha sala depois. Boa sorte!

Harry e Ron se olharam nervosos. Finalmente iriam descobrir sobre o que se tratava tudo aquilo. Nem tiveram muito tempo para pensar, pois rapidamente Kingsley abriu a porta e os convidou para entrarem.

— Harry, Ron, bom dia! Sentem-se por favor. Perdão por fazê-los acordar tão cedo nas suas tão merecidas férias, mas era a minha única opção. Espero que não estejam com muito sono — disse o Ministro, enquanto sentava em sua cadeira.

— Estamos bem — mentiu Harry. — Só muito curiosos para saber sobre o que se trata tudo isso.

— Compreendo — respondeu o Ministro, sério. — Aposto que também não entendem porque a senhorita Granger não está aqui. Bom, vamos esclarecer tudo rapidamente então. Apenas temos que esperar mais uma pessoa quem vem a essa reunião.

Nesse momento, alguém bateu na porta. Harry e Ron se olharam confusos. Kingsley pegou sua varinha e fez um sinal para que ela se abrisse. Então, uma bruxa já muito conhecida entrou: Minerva McGonagall. Nesse momento, os dois jovens bruxos ficaram de boca aberta. Agora que não entendiam nada mesmo.

— Bom dia, Ministro. Bom dia, meninos — disse a Diretora de Hogwarts, sentando em uma terceira cadeira ao lado de Harry. — Desculpem o atraso, estava terminando algo importante na reforma do castelo.

— Sem problemas, Direitora McGonagall — respondeu Shacklebolt. — Eu perguntaria mais sobre como estão as coisas em Hogwarts, mas depois conversamos. Os dois ainda nem sabem sobre o que falaremos e estão apreensivos.

— Sim, dá para ver pela cara deles — disse a Diretora, enquanto olhava as expressões de confusão de seus antigos alunos.

— Pois é. Não estamos entendendo absolutamente nada mesmo. Parece uma daquelas aulas de poções — falou Ron, fazendo Harry rir.

— Bom, vamos logo ao assunto então! — disse o Ministro. — Baseado nos históricos de vocês dois e em tudo o que vocês passaram no último ano, eu a Diretora McGonagall chegamos à conclusão que nenhum de vocês quer voltar pra Hogwarts no próximo ano letivo, estou certo?

— Sim — respondeu Harry, surpreso pela fala do Ministro. — Não tem mais como ter aula normalmente. Não dá.

— Pois é. Eu concordo com o Harry — disse Ron. — O único problema são os NIEMS. Ainda não sei o que fazer da minha vida.

— Esse é justamente o propósito dessa reunião Sr. Weasley — respondeu Minerva. — A vida profissional de vocês. Ainda na época da escola, os dois desejavam ser aurores. Me digam, vocês ainda têm essa aspiração?

Os dois concordaram e logo as peças começaram a se encaixar. Porém, nenhum dos dois tinha certeza se era aquilo o que eles estavam pensando, então não falaram nada, ainda que tivessem uma suspeita forte.

— Bom, vocês são apenas jovens e já tem um histórico impressionante. Derrotaram diversos bruxos das trevas, incluindo o próprio Voldemort — disse o Ministro, sem medo de dizer aquele nome tão assustador para alguns. — Sinceramente, eu acho que, com treinamento, seriam aurores espetaculares. Além do mais, com a guerra, nós perdemos muitos homens. Precisamos repor e vocês parecem as melhores opções. É claro que nós entendemos se não quiserem agora, vocês passaram por muita coisa recentemente. Se preferirem voltar em alguns anos a oferta ainda estará de pé.

— Mas senhor, nós não completamos a escola — disse Ron, confuso. — Nem mesmo fizemos os NIEMS. Como poderíamos ser aceitos.

— Ron, por favor — respondeu Shacklebolt, quase rindo. — Vocês já fizeram coisas muito mais importantes que uma nota, já provaram seu valor em batalhas. A própria Diretora McGonagall concordou com isso. Então, vocês aceitam?

Mais uma vez, os dois se olharam. Agora entendiam todo aquele papo do Sr. Weasley e toda a preocupação de sua esposa. Hermione não foi chamada pois iria continuar na escola. Tudo fazia sentido e, apesar da guerra tão recente, os dois sentiam que poderiam ser muito bons naquilo e gostariam de começar logo suas novas vidas. Seria complicado contar isso para suas namoradas, mas era um problema para depois.

— Eu aceito — disse Harry.

— Eu também — continuou Ron. — Agradecemos muito pela oportunidade Ministro, não vamos desapontá-lo. Nem a senhora, Professora McGonagall.

— Tenho certeza disso Sr. Weasley. Estou muito orgulhosa de vocês — respondeu a Diretora de Hogwarts, com um sorriso.

— Eu também, garotos — completou Shacklebolt. — Embora, eu devesse parar de chamá-los de garotos, não é mesmo? Bom, como vocês já devem saber, o treinamento para se tornar um auror leva cerca de 3 anos. Porém, como temos poucos indivíduos aptos no momento, o treinamento de vocês deve ser um pouco mais curto, durando cerca de 2 anos. Ao mesmo tempo, a tendência é que vocês já participem de algumas missões antes, baseado na sua experiência. Deixaremos vocês de férias até o início do ano letivo em Hogwarts, para que aproveitem com os seus amigos. Depois, vocês começarão o treinamento.

— Parece ótimo, senhor — respondeu Harry, entusiasmado.

Seu sonho iria se tornar realidade. Ele e seu melhor amigo aurores. Mal podia esperar. Claro que seria uma vida agitada, afinal, caçar bruxos das trevas não costuma ser algo tranquilo. Porém, era uma perspectiva de vida normal. Teria um emprego no Ministério, trabalharia, ganharia um salário. Parecia ótimo. Ron estava igualmente feliz. Estava orgulhoso de si mesmo e poderia fazer algo que ele realmente gostava, que era bom e poderia se tornar ainda melhor. Pelo visto ele não era o caso perdido da família Weasley mesmo.

— Ótimo! — respondeu o Ministro. — Depois enviaremos a papelada para vocês assinarem. Harry, um outro assunto que queria falar. Agora você já é maior de idade. Precisa ir até o Gringotes para dar uma boa olhada no seu patrimônio, podem ter novidades. Leve algum adulto responsável com você. Recomendo o Sr. Weasley, com certeza ele o ajudará bastante.

— Ah verdade! Obrigado por me lembrar senhor — disse Harry, organizando mais um compromisso em sua cabeça. — Com tudo o que aconteceu nem lembrei de dinheiro.

— É normal Harry, sem problema — falou Shacklebolt. — Um outro assunto importante que devemos tratar são os julgamentos dos Comensais da Morte. Vocês terão que testemunhar em alguns. Porém, conversaremos sobre isso depois, com a Senhorita Granger presente. Bom, não vou mais tomar o tempo de vocês. Acho que deviam ir para casa contar as novidades. Molly vai ficar louca, boa sorte!

— Obrigado Ministro — respondeu Ron. — Porém tem mais um assunto que nós gostaríamos de falar rapidamente, pode ser?

— Claro, pode falar.

— Eu não sei se o senhor soube, mas quando a guerra ficou mais séria e nós tivemos que nos refugiar, Hermione enviou seus pais para a Austrália, sem memória — começou a explicar Ron. — Agora, nós temos que buscá-los e reverter os feitiços. Pretendemos fazer isso ainda nas férias, mas gostaríamos de ter certeza que é seguro. O senhor poderia se comunicar com o Ministério de lá para ter certeza?

— Claro que posso — respondeu Shacklebolt, surpreso. —Mas vocês não gostariam que eu enviasse alguém do Ministério para fazer isso? Vocês já passaram por tanto. Deveriam descansar.

— Nós sabemos senhor — disse Harry. — Mas a Hermione realmente quer fazer isso. Ela que os enfeitiçou no começo, sabe.

— Tudo bem, eu entendo — disse o Ministro, compreendendo a situação. — Garantirei que tudo ocorra da forma mais segura possível.

— Obrigado — falou Ron, feliz que tudo estava resolvido. — Acho que vamos indo agora então.

— Se vocês não se importam, eu gostaria de acompanhá-los até sua casa — disse Minerva. — Acho que posso ajudar quando contarem da notícia para sua mãe, Weasley.

— É, acho que ajudaria mesmo — concordou Ron.

Por fim, Harry, Ron e Minerva deixaram a sala do Ministro da Magia e se dirigiram a do Sr. Weasley. Os dois ainda estavam perplexos com toda a situação. Seriam aurores de verdade. Entretanto, seu desafio mais próximo era contar a novidade para Molly, Gina e Hermione. Com certeza não seria nada fácil. Já prevendo as discussões, Harry e Ron já começaram a pensar em sua argumentação muito antes. Pelos menos teriam o auxílio de Minerva, o que certamente ajudaria bastante. Assim, eles se preparavam para o que prometia ser um almoço bem turbulento.


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Notas finais do capítulo

Quero andar mais com a história, mas esses capítulos ainda são introdutórios e importantes! Prometo que ela ira avançar mais nos próximos capítulos!



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