Natasha

Aniversários nunca foram algo a se celebrar pra mim, especialmente porque meu aniversário significou por muito tempo apenas o dia em que eu passaria pela iniciação da fase seguinte do projeto viúva negra. Devido a isso eu fiz questão que essa data não fosse um dia conhecido pelos que me rodeiam hoje, só de imaginar a cara de pena das pessoas quando me perguntarem o porquê de eu não celebrar essa data já é o suficiente para que eu fique enjoada.

Porém é o aniversário de Steve e ele mesmo fez questão de comentar a respeito e nos avisar que iria comemorar, mas do jeito dele. Isso não fez Tony deixar de planejar uma festa com direito a bebidas e muitas garotas para dar em cima de Steve. A festa começou bem antes do aniversariante chegar, ele chegou atrasado porque havia ido buscar Peggy na casa de repouso, entrou na festa com Peggy em uma cadeira de rodas sendo empurrada por uma enfermeira e ao seu lado também estava Sharon. Fiz questão de me manter fora de vista para que não tivesse a necessidade de fingir simpatia com a loira, não é novidade pra ninguém que eu não vou com a cara dela, por isso estava me esforçando para não causar desconforto a ninguém já que é aniversário de Steve.

Uma meia hora depois de Steve chegar vi Pepper entrar com uma mesa de rodinhas e um bolo de pelo menos um metro quadrado, ele era na forma do escudo de Steve, o que me fez revirar os olhos. O vi sorrir e acompanhar a todos ao cantarem para ele “parabéns para você”, por um milésimo de segundo nossos olhares se encontraram, eu estava sentada na parte mais distante de onde os parabéns aconteciam. Levantei minha taça de champanhe e pronunciei:

Meus parabéns Rogers!

Ele sorriu e fez uma pequena reverência em agradecimento. Me voltei para a bancada do bar novamente ao notar que eles começavam a cortar o bolo e Steve começou a fazer um pequeno discurso em agradecimento a todos e blá blá blá…

— Bolo? - Ele aparece um tempo depois ao meu lado com uma fatia de bolo em um pequeno prato de porcelana, o que com certeza foi ideia da Pepper colocar em uma festa que abrigava mais de duzentas pessoas pratos caros e frágeis. Aceito o pratinho da mão dele sorrindo e o coloco na bancada do bar, dou o ultimo gole da minha bebida e então me viro de frente pra ele que tinha em seu rosto um enorme sorriso estampado.

— Então…Uma centena? - Ela o questiona com um sorriso torto.

— 77!

— Ual! Pra um coroa você até que está em forma! - Steve ri baixando a cabeça.

— Não gosta de festas de aniversários né? Me desculpe por tê-la feito vir, eu só queria que todos estivessem aqui sabe?

— Eu não disse que não gosto de estar aqui Rogers, não ponha palavras na minha boca!

— Desde que cheguei você está aqui com o mesmo copo de bebida na mão, nem mesmo bebendo você está o que é no mínimo incomum.

— Me observando Rogers? Então deveria ter notado que nesse meio tempo eu sai…

— Quem disse que eu não notei? Acho que deve ter passado pelo menos uns dez minutos fora da minha visão panorâmica. - Brinca ele.

— Isso é perseguição agora? - Ele ri novamente.

— Onde foi?

— Bem… Sei que supostamente todos aqui trouxeram presentes e…

— Não precisa me comprar nada, sabe que não sou ligado a essas coisas materiais.

— Jesus! Eu só não vou enfiar uma meia na sua boca por me interromper a cada frase porque hoje é seu aniversário! - Pego do bolso do vestido uma caixinha preta que cabia perfeitamente na palma da mão dele.

— Eu disse que não precisava comprar nada!

— Abre logo! E além do mais eu não comprei exatamente! Eu só fiz alguns ajustes. - Steve sorriu e abriu a caixinha, era a bússola que ele carregava com a foto de Peggy. Em uma das missões ela quebrou durante um confronto e Steve parou de carregá-la como antes, quando procurava um presente para ele, encontrei um especialista em restaurações de objetos antigos e imaginei que seria uma boa ideia. A antiga foto de Peggy agora ficava em um álbum que ele tinha no seu quarto, então pedi que na parte inferior onde antes tinham gravadas apenas a marca ou algumas informações técnicas, colocassem uma foto da mãe dele, coisa que não foi nem um pouco fácil de conseguir.

— O espaço para que coloque a foto de Peggy ainda existe, eu só não quis mexer ainda mais nas suas coisas.

— Talvez eu coloque outro foto no lugar. - Ele ainda admirava o objeto.

— Gostou?

— Eu nem sei o que dizer! - Ele de fato ficou surpreso com o presente.

— Feliz aniversário Rogers! - Steve sorri e se inclina me abraçando de forma carinhosa e antes de nos separarmos ele dá um beijo no meu rosto.

— Posso perguntar como conseguiu entrar no meu quarto e pegar isso? - Sorri.

— Uma espiã jamais revela seus segredos! - Digo, mas em seguida pego no meu bolso uma chave e estendo em sua direção.

— Uma cópia?

— Na verdade a sua cópia, aquela que fica na sua mochila e não a que mantém junto as chaves da moto.

— Ok! - Steve ri novamente e faz uma cara engraçada observando minha mão que ainda estava estendida em sua direção já que ele não pegou as chaves.

— Eu prometo que não vou te apunhalar com uma chave Rogers!

— Quer saber? É melhor que fique com ela, assim quando eu perder a minha é mais fácil de encontrar a outra. - Franzi a testa e olhei para a chave, mas antes de protestar Clint chega para parabenizar Steve e rapidamente coloco a chave no bolso do vestido novamente temerosa de Clint fazer perguntas e começar a implicar comigo.

…

Narrador

Horas depois Clint caminhava ao lado de Natasha no jardim da mansão vingadores, ela não estava cansada e Clint a convidou para tomar um ar.

— Então? Fiquei sabendo que uma bússola foi o melhor presente que Steve recebeu, acredita nisso? E eu dei a ele um sistema de som para aquele jipe tosco que comprou recentemente.

— Steve não liga para o preço das coisas Clint, sabe disso!

— Foi por isso que resolveu reformar a única peça que ele tem da vida antiga? - Natasha achava que ninguém sabia que ela tivera dado a bússola.

— Só achei que ele tinha um maior apreço pelo significado da bússola do que por qualquer coisa que eu comprasse.

— Foi legar da sua parte! Ele passou a noite observando a foto da mãe na parte de trás da bússola.

— Que bom que ele gostou.

— Agora vamos falar sério! Eu acho que você está afim dele! - Natasha gargalhou alto.

— Que ideia Clint.

— Eu sabia! - Clint começou a andar de costas na frente de Natasha para poder encará-la.

— Você vai cair Barton.

— Faz quanto tempo?

— Clint!

— Qual é? É óbvio que você gosta dele, qual o problema em admitir? Ele não tá com a loira aguada e a Peggy… Bem, a Peggy tem a idade real que deveria ter, ele não. O tempo deles passou Nat!

— É uma pena saber disso, mas o que eu tenho com isso Clint, Steve pode ter a mulher que ele quiser!

— Exatamente! O que quer dizer que você também tem uma chance.

— Você viaja demais Clint! E de qualquer forma… - Natasha diminuiu os passos e falou quase sussurrando. - Ele é tão tímido!

— E? Qual o problema nisso?

— O problema é que eu não vou chegar pra ele e dizer abertamente o que eu quero! Por diversas vezes eu já deixei a entender algo e o máximo que consigo é que ele fique vermelho feito um pimentão!

— Qual é Nat! O cara nunca teve um relacionamento de verdade antes de ser congelado e depois… Não sei se ele teve oportunidade pra ter essas experiências, mas não significa que ele não esteja interessado!

Natasha percebe que Clint muda a expressão e para de andar o encarando, ele tinha um enorme sorriso no rosto como se esperasse que algo extraordinário acontecesse.

— O que? - Ela pergunta.

— Em novembro…

— O que tem?

— O que têm em Novembro Natasha Romanoff?

— Nem vem!

— É o mês do seu aniversário!

— Cala a boca! Sabe que eu não gosto de celebrar aniversários!

— Porque eles te trazem lembranças traumáticas, mas não significa que algo não tenha capacidade de mudar isso!

— Clint eu vou dizer isso só uma vez e eu espero que entenda o recado. NÃO DIGA A NINGUÉM SOBRE MEU ANIVERSÁRIO, EU NÃO QUERO COMEMORAÇÕES!

— Não precisa ameaçar também né? - Clint se faz de ofendido, mas logo volta a caminhar ao lado dela e coloca outro assunto em discussão.

…

Natasha

Depois do presente, Steve ficou muito mais próximo a mim, e eu não vou mentir e dizer que desgostei. Passamos a treinar mais vezes juntos e em algumas noites até o fiz sair comigo para um Pub próximo, o fiz dançar uma vez, mas só uma vez porque descobri que Steve não é muito bom nisso.

Julho, Agosto, Setembro, Outubro e finalmente Novembro, mais especificamente dia 22 de Novembro.

Geralmente eu me ocupo neste dia para não dar a Clint oportunidade de fazer nem uma gracinha, mas acho que fui bastante clara a respeito do meu aniversário, então resolvi ficar em casa e descansar de uma missão recém acabada. Clint me recepcionou no início do dia com um pequeno embrulho e um abraço, agradeci e retribui o abraço, mas tão logo me arrependi.

— Alguma data especial? - Tony pergunta nos flagrando.

— Só estou entregando a ela uma encomenda que a dias estava da minha bolsa, nada de mais! - Agradeço mentalmente por Clint ter tido o cuidado de embrulhar o presente em jornal e não em papel de presente, estava com minha bolsa de treino já que me dirigia a academia onde iria treinar com Steve, o que ocorria periodicamente.

— Bom dia! - Steve aparece arrumado para sair em sua moto, ou pelo menos é o que deduzo já que vestia a jaqueta de couro.

— Qual é Rogers, vai me dar um bolo? - Brinco pois rotineiramente treinamos nesse horário e não esperava que hoje fosse diferente.

— Como adivinhou? - Ele ri. - Até a noite!

A noite? - Penso indignada, mas mordo a língua e vou para a academia. Treino até o horário do almoço, isso porque Clint me arrastou para a casa dele, Laura havia preparado um almoço especialmente para mim, eles não cantaram parabéns nem nada, mas ficou claro que o almoço era pelo meu aniversário, especialmente quando Lila e Cooper me entregaram um quadro com uma foto onde estávamos eu e a família Barton.

…

Narrador

Natasha passou a tarde brincando com Nathaniel e os dois mais velhos, a tardinha Clint a devolveu para os vingadores que estavam em sua maioria acomodados na sala assistindo a um filme.

— Boa noite! - Ela fala e ouve um coro em resposta e estão dá por falta de alguém. - Steve ainda não voltou?

— Não! Parece que o Cap finalmente decidiu aproveitar um pouco da vida! Não me admira se ele passar a noite fora! - Brinca Sam e Natasha sorri forçadamente, para sua sorte o ambiente estava escuro o suficiente para que não fosse tão perceptível.

— Vou pro meu quarto, qualquer coisa me chamem. - Ela diz um pouco sem graça.

— Boa noite! - Alguns dizem, outros estão muito entretidos com o filme para desejar-lhe bem estar.

Natasha nunca se sentiu incomodada com a falta de atenção de ninguém, mas por algum motivo a frieza de todos a estava incomodando um pouco.

Natasha! Porque as pessoas iriam te tratar diferente hoje? Porque é seu aniversário? Não é você mesma que diz que não gosta de celebrar seu próprio aniversário? - Pensa ela consigo mesma ao caminhar para seu quarto, porém há uma luz dentro de seu quarto e não parecia ser a lâmpada acesa, ela coloca a mão em cima da arma que fica sempre presa a sua cintura.

Abre a porta vagarosamente sendo surpreendida com um caminho de velas levando pra varanda de seu quarto, o quarto estava meticulosamente limpo e iluminado apenas pelas velas que por acaso eram aromatizadas, ao passar pela cama vê um buquê de rosas vermelhas no criado mudo que antes tinha alguns livro de sua preferência.

Ela já estava bastante confusa, mas ficou mais ainda ao chegar no fim das velas e ver uma mesa posta com dois pratos cobertos, uma garrafa de champanhe e Steve sentado em uma das pontas com um sorriso bobo no rosto. Natasha ficou estática olhando para Steve, ela estava mais do que surpresa, até mesmo porque aquilo era romântico demais para amigos fazerem. Steve se levanta um pouco desajeitado e pega ela pela mão a trazendo para a cadeira onde deveria sentar. Natasha senta, mas ainda está surpresa de mais para formar uma frase decente.

— Por favor diz alguma coisa pra que eu saiba que não vai querer me matar na primeira oportunidade! - Steve fala isso fazendo uma expressão de sofrimento exagerado que faz Natasha rir um pouco.

— Eu só… Não esperava isso tudo! - Ela diz e pela primeira vez em muito tempo sua resposta carregava timidez o que faz Steve sorrir.

— Então quer dizer que gostou? - Ele pergunta esperançoso, mas Natasha não responde exatamente.

— Posso perguntar primeiro o porque exatamente de tudo isso? - Ela ainda não queria acreditar que aquilo era só pelo seu aniversário.

— Bem… Podemos pular o jantar e ir para o que interessa! - Ela vê Steve se levantar e voltar com um cupcake com uma velinha em cima, ele coloca o bolinho na frente de Natasha e acende a vela.

— Isso é sério? - Ela pergunta rindo e Steve começa a cantar “parabéns pra você” enquanto ela gargalhava olhando pra ele incrédula.

— Agora que ouviu a música até o final você é obrigada a fazer um pedido e soprar a velinha! - Natasha semicerrou os olhos.

— Acabou de inventar isso!

— E dai! Fecha os olhos, faz o pedido e sopra a vela! - Ele a ordena, Natasha balança a cabeça rindo e o obedece.

— Pronto! Satisfeito? - Ela diz.

— Claro que não! Nós nem jantamos ainda! - Ele destampa os dois pratos e coloca o pequeno bolinho de lado para que possam jantar.

Conversaram enquanto jantavam e ao terminarem Steve retirou os pratos e afastou a mesa para que pudessem aproveitar o frio da madrugada na varanda de Natasha. Ele a entrega uma taça com bebida e beberica a própria.

— Então… Isso foi ideia do Clint não é mesmo? - Ela pergunta.

— Na verdade não! - Natasha olha pra ele. - Surpresa?

— Ninguém além dele sabia do meu aniversário, não me convence que não tem dedo dele nisso!

— Bem… Digamos que usei as aulas de espionagem que me deu pra descobrir a data do seu aniversário e só consegui quando ouvi Clint conversando ao telefone sobre um almoço que Laura queria fazer pra você, no meio da conversa ele disse: Sabe que ela não comemora aniversários!

— Estou impressionada com suas habilidades! Queria que se empenhasse desse jeito nas missões!

— Nas missões eu não tenho a mesma motivação, até mesmo porque você sempre esta comigo e sei que é melhor que eu! - Natasha desvia o olhar dele um pouco sem jeito pelo que ouviu.

— Desculpa fraca essa sua! Agora me diz logo o porque das velas e de todo esse romantismo! - Natasha vê Steve ficar um pouco nervoso.

— Bem... Já faz algumas semanas que eu queria te chamar para sair, mas estava com muito medo que recusasse ou que acabasse com nossa amizade por isso...

— Então pensou que me forçar a jantar contigo era mais eficiente! - Natasha ri novamente dele.

— Precisamente. - A acompanha na risada.

— E porque deduz que eu recusaria? - Ela pergunta ficando um pouco séria.

— Você tem medo de ganhar novas cicatrizes... e eu também, então eu não queria que isso se tornasse mais uma para um de nós ou para ambos. - Natasha fica calada o observando. - Eu sei que esse dia de alguma forma não te traz boas lembranças, eu deduzi porque você não é tímida e nem adversa a festas, o que significa que há algo errado com a ocasião, dai eu pensei que se eu fizesse algo inesperado você pudesse ter pelo menos uma lembrança boa nessa data. - Com a falta de resposta dela Steve apenas se volta para a sacada observando o luar.

— Tem razão, eu tenho lembranças desagradáveis ligadas ao meu aniversário, então obrigada pela preocupação. - Ele sorri ainda encarando a lua.

— Thor tentou me ajudar com isso tudo, mas eu vou te confessar que comprei a comida num restaurante... Ele conseguiu me fazer queimar uma perfeita torta de carne que já fiz inúmeras vezes. A unica coisa que ele precisava fazer era desligar o fogo quando o alarme soasse porque eu precisei ir até o supermercado, quando cheguei Wanda estava com a forma de assar dentro da pia, a torta ficou tão queimada que ficou dura feito pedra. - Natasha gargalhou novamente.

— Não sabia que tinha pedido ajuda...

— Eu sou terrível em mentir, você sabe disso. Entrar na torre no meio do dia com pacotes de velas, buquê de rosas e vinho branco não passou despercebido por ninguém, a minha sorte é que por incrível que parece até Tony me deu privacidade e não tirou onda com a minha cara.

— Tony? Eu agora estou desconfiada, tem certeza que ele não sabotou a comida ou a bebida?

— Talvez o cupcake! - Steve brinca, se silenciam por mais alguns minutos. - Quer falar sobre o que te faz não gostar dessa data?

— Não! - Ela diz de forma simples, mas não irritada.

— Tudo bem, podemos falar de qualquer outra coisa… Ou… Se preferir eu posso te deixar descansar!

— Sabe o que eu pedi? - Steve fica confuso por um instante.

— Não é pra contar, assim não se realiza.

— Só se você impedir que eu conte! - Ela o desafia.

— Não me obrigue a te calar!

— Você não tem coragem Rogers! É muito cavalheiro pra isso, e mesmo assim hoje é meu aniversário e teoricamente você vai fazer o que eu quiser…- Natasha se vê calada pelos lábios de Steve contra os seus, ele a deu um selinho demorado que a deixou sem reação.

— Agora você se calou! - Ele diz com o rosto ainda muito próximo ao dela, Natasha não sabia exatamente o que fazer agora, então resolveu deixar de lado seu bom senso que lhe dizia que aquilo não ia dar certo e o puxou pela gola da camisa em um novo beijo, mas agora o forçando a colar o corpo no dela.

…

Na sala

— Isso é melhor de que qualquer filme de romance! - Diz Wanda suspirando ao olhar para a tela da TV de onde os vingadores acompanhavam o jantar a dois de Natasha e Steve.

— Vocês são tão hipócritas! Estavam a dez minutos querendo me matar por ter instalado a câmera na varanda do quarto da ruiva e agora estão todos compartilhando do voyeurismo!

— Eu acho melhor pararmos por aqui! - Diz Sam começando a notar que o casal estava ficando animado.

— Sam tem razão! - Visão pega o controle pra desligar, mas Tony toma da mão dele antes.

— O capitão virgindade está a ponto de ser ex-virgindade, não perco isso por nada!

— Que nojo Tony! - Wanda reclama, mas antes que eles continuassem a briga Sam diz.

— Não acredito! - Os quatro olham pra tela onde Natasha retira da calça a arma e aponta para a câmera que os gravava atirando na mesma sem precisar nem mesmo mirar.

— Como ela sabia? - Tony pergunta indignado.

— Ela é a melhor espiã da América e não ganhou esse título por deixar passar uma câmera dentro do próprio quarto Tony! - Esclarece Wanda sorrindo.

…

Natasha havia notado a câmera na hora que entrou, mas não se importou até aquele momento, até mesmo porque sua mente estava bastante ocupada para isso, só que quando ela viu a possibilidade de esquentar as coisas ali, achou por bem preservar um pouco de dignidade a si e a Steve, porém o barulho do tiro pegou Steve de surpresa e além de a abraçar com mais força ele a mordeu sem querer.

— O que foi? Estamos sob ataque? - Ele pergunta assustado, mas Natasha estava ocupada sentindo a dor do lábio machucado apenas aponta na direção que atirou.

— Tony está nos assistindo? Ai meu Deus! - Steve conclui e descola de Natasha se sentindo envergonhado.

— Provavelmente todos eles estavam, não deve confiar no Tony pra te ajudar nesse tipo de coisa! Ele não tem muita noção do que é espaço pessoal. - Steve a encarou e viu ela fazendo caretas ao falar devido ao machucado.

— Eu te machuquei? - Ele pergunta preocupado.

— Com certeza! Você me mordeu, mas acho que eu mesma provoquei isso já que atirei sem te avisar nada.

— Deixa eu ver! -  Natasha não gostava de cuidados excessivos, mas não queria começar uma briga, não hoje, ela deixou Steve analisar seu lábio ferido. - Me desculpe.

— Está tudo bem Steve!

— Mas sangrou...

— Acredite quando eu digo que já sofri piores ferimentos, agora por favor vamos continuar o que estávamos fazendo sim? - Steve ficou corado porque ele a havia tocado de uma forma que em sua cabeça não era correto, mesmo com o consentimento dela.

— Acho que estamos indo rápido demais, não acha? - Natasha o encara séria e começa empurrá-lo em direção ao interior do quarto. - Quer dizer… Não é que eu não queira, é só que talvez devêssemos esperar um pouco mais, nos conhecermos melhor… - Natasha continua a o empurrar até que ele senta na cama

— Tem certeza disso? Eu não quero que pense que eu fiz tudo isso pra te levar pra cama na primeira oportunidade ou-ou... - Ele gagueja um pouco nervoso, pois ela começava a tentar desabotoar a camisa dele.

— Rogers, hoje  é meu aniversário e eu preciso desembrulhar meu presente… - Ela falava ao mesmo tempo que chutava as botas para longe.

— D-D-Desembrulhar? C-C-Como assim?

— Você entendeu direitinho o que  quis dizer, agora relaxa! - Dito isso ela se debruça sobre ele e...

Bem… Usem a imaginação!