Last Chance escrita por Rayanne Reis


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem? Espero que sim.

Obrigada por estarem lendo e espero que gostem do capítulo.

Primeira parte do capítulo a Aurora está com 11 meses e na segunda, é o aniversário de 1 ano dela.



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—Chegamos. – Edward anunciou entrando pela porta dos fundos da casa dos pais. Aurora esticou os braços assim que viu a tia vindo na direção deles.

—Oi princesinha linda da titia. – Alice a pegou no colo e a rodopiou.

—Tiali. – Abraçou a tia pelo pescoço.

—Você é tão fofa. Dá vontade de morder. – A encheu de beijos. – Ah, você está aí?

—O que me deixa mais impressionado é que você realmente não notou a minha presença aqui. Acha que ela chegou aqui sozinha? – Provocou abraçando a irmã.

—Desculpa, irmãozinho, mas sabe que todo mundo nota primeiro a Aurora e só demais se lembra da sua existência.

—Ah, eu sei muito bem disso e não me importo nem um pouco. Quero que ela seja amada.

—E ela é. Muito. – A apertou mais forte e Aurora resmungou.

—A tia está te perturbando? – Edward a pegou de volta no colo e a pequena tentou descer.

—Papai. – Reclamou se contorcendo no colo dele. A ouvir o chamando de pai ainda o deixava emocionado como se fosse a primeira vez. O vocabulário dela estava ampliando e ela amava falar e conversava bastante com os ursinhos dela e com os personagens dos desenhos.

—Nada de fazer bagunça. – Alertou a colocando no chão e ela saiu engatinhando. – Acho que ela vai andar a qualquer momento. – Edward tirou o celular no bolso, não queria perder o momento.

—Acredito que sim. Ela está com 11 meses. – Os dois estavam com os olhares fixos nela. – O que vai dar de presente de aniversário para mamãe?

—Estava torcendo para que você me ajudasse a escolher. – Edward nunca foi bom com presentes.

—A mamãe estava doida para fazer uma viagem. O que acha?

—Qual o destino? – Uma viagem seria um ótimo presente, o pai também poderia ir.

—Havaí. – Esme sempre quis curtir as praias do Havaí e o momento era perfeito. Os últimos meses foram difíceis para todos eles.

—Você cuida disso e eu pago. – Piscou para ela e Alice comemorou. – Quando quiser ter uma segunda lua de mel é só me avisar. Acho que te devo um presente de casamento.

—Achei que tivesse me dado a geladeira. – Apontou confusa.

—Sei que pedi para a mamãe comprar algo, mas ela não me disse o que era. Espero que tenha gostado.

—Amei e foi de muita ajuda, mas estou um pouco chateada agora que descobri que o presente não foi de coração.

—É claro que foi de coração. Eu só não sabia o que comprar. Sabe que não sou bom com presentes.

—Aquele perfume que deu para a mamãe deixou todo mundo com dor de cabeça. – Riu lembrando da mãe se coçando toda quando usou o perfume e eles reclamando do cheiro horrível.

—Depois disso nunca mais confiei na opinião de uma vendedora.

—Você tem de comprar em um lugar de confiança e pedir indicações. Escutar a sua irmã, que é sábia, também ajuda.

—Vou me lembrar disso da próxima vez. – Apertou o nariz dela e olhou em volta procurando pela filha. – Aurora. – A preocupação o deixou em estado de alerta e ele saiu correndo pela casa dos pais a procura da filha.

—Aqui. – Esme avisou, carregando a neta.

—Que susto. – Ele levou as mãos ao coração. – Caramba, me distrai por um segundo e ela sumiu. Poderia ter se machucado.

—Está tudo bem, filho e crianças são assim mesmo. – A colocou de volta no chão.

—Mãe, acho melhor pegá-la de volta.

—Achou? – Alice apareceu na sala. – Aí está você. Ela está bem. – Cutucou o irmão de brincadeira. Achava que ele se preocupava demais, mas o entendia bem e era normal ele como pai sentir medo. – Mamãe, Edward e eu já decidimos o seu presente. – Avisou e Esme sorriu.

—Ora, crianças, vocês não precisam me dar nada. Já tenho vocês e esse é o melhor presente que uma mãe poderia ter.

—Já está decidido, mãe. Vamos te dar um presente incrível e você vai aproveitar.

—Isso mesmo, mãe. E vai levar o papai junto. – Edward acrescentou e antes que pudesse completar, viu a filha ficar de pé, sozinha. – O celular, Alice. – Pediu baixinho, sem querer assustar a filha e Alice começou a gravar. 

—Mamãe? – Aurora perguntou confusa, olhando em volta e depois andou vacilante até o pai. – Mamãe. – Choramingou e ele a abraçou bem apertado.

—Sua mamãe vai acordar logo, bebê. Enquanto isso o papai está aqui e vai cuidar de você.

—Ela andou. – Esme comemorou e eles riram.

—É, bebê, você andou. – Deixou a tristeza de lado e se concentrou no presente. – Parabéns, meu amorzinho.

—Solta. – Pediu e Edward a colocou no chão. Ela tentou se colocar se pé, mas caiu algumas vezes até obter sucesso e andar novamente.

—Estou perdido, agora. – Edward riu vendo a filha andar e cair algumas vezes no chão da sala. – Atenção triplicada agora. Vem cá. – Correu atrás dela assim que ela começou a subir as escadas. – Aí não, bebê. É perigoso. – Avisou e ela mudou de direção.

—Quando ela começou a andar? – Carlisle perguntou surpreso e Aurora foi na direção dele o abraçando. – Como essa mocinha é inteligente e esperta. Acho que isso merece uma comemoração. Ele cumprimentou o filho com um aceno de cabeça, ainda estava chateado com as coisas que Edward revelou a ele.

—Fiz bolo de chocolate. – Esme avisou e Carlisle saiu atrás dela, segurando a mão da neta.

—Conseguiu gravar? – Alice virou a tela do celular para que ele pudesse ver. – Ótimo.

—É para Bella?

—Sim. Sei que não é a mesma coisa de ver ao vivo, mas quero que ela veja tudo sobre a filha. Quero que ela sinta um pouco da emoção que estou sentindo nesse momento. Bella já perdeu tantos momentos, Alice. Não consigo imaginar como vai ser quando ela acordar.

—Se acordar. – Alice o lembrou e ele fechou a cara.

—Ela vai acordar. Não posso perder as esperanças e nem desistir dela. Minha filha vai ter a mãe presente. – Declarou dando as costas para ela e indo até a cozinha. Como o pai disse, era hora de comemorar.

 

[...]

 

—Tema de joaninha. – Emmett apontou empolgado para a decoração.

—Achei fofo e ela não desgruda daquela joaninha que deu para ela. – Além da roupinha, Emmett havia dado uma joaninha de pelúcia a ela.

—Eu sei das coisas. – Gabou roubando um docinho. – Caprichou na festa.

Edward pensou em não fazer nenhum tipo de comemoração, era o aniversário de um ano da filha, mas era também o aniversário de um ano em que Bella estava em coma.

Ele relutou um pouco, mas decidiu que a filha precisava de uma comemoração. Era um momento importante. Então faria uma festa pequena. Apenas com a família, alguns amigos de Bella do hospital e uns poucos vizinhos. Todos eram gentis com ele e com a filha.

O apartamento era pequeno para acomodar a todos, então ele resolveu utilizar o salão de festas do prédio.

—Cadê a aniversariante? – Olhou em volta e a viu nos braços de Rosalie. – Ela está muito fofa e Rosalie muito linda. Vou me casar com essa mulher.

—Agora? – Perguntou surpreso.

—Não. As coisas estão complicadas no serviço e acho que ainda não estamos prontos. Vou ter que contar a verdade a ela.

—Eu sei. – Declarou, derrotado. Não poderia pedir ao amigo que mentisse para sempre, mas também não queria que contasse a verdade a Rosalie sobre ele. E se ela contasse a todos e eles tirassem Aurora dele?

—Não pretendo contar sobre você. Só vou dizer que me pediu para investigar, pois estava preocupado. Ela não precisa saber o que você fazia.

—Achei que quisesse contar a verdade a ela.

—Sobre mim. Que eu menti dizendo que não sabia que Bella era amiga dela e que só me aproximei porque você pediu.

—Eu não pedi para você se aproximar dela. – O lembrou e Emmett riu.

—Desculpa se sou proativo, meu amigo. A questão é que quando a pedir em casamento, vou contar tudo sobre mim. Não cabe a mim contar sobre você.

—Certo. Acho que é justo. Rosalie é uma boa pessoa e merece a verdade. Espero que vocês sejam felizes juntos.

—Eu também espero. Ei, Joaninha. – Emmett pegou a sobrinha no colo.

—Em. – Por mais que Emmett tentasse, ele ainda não havia conseguido fazer a sobrinha falar o nome dele. E também não ensinou mais nenhum palavrão a ela.

—Joaninha, você pode me chamar de lindão. Acho que é mais fácil. – A pequena riu exibindo as covinhas.

—Como esse meu namorado se acha. – Ela deu um sorriso fraco.

—Vamos dar uma volta por aí. – Emmett avisou deixando os dois a sós.

—Ele é também muito sutil. – Rosalie riu sufocando o choro. – Edward, eu nunca pensei que fosse demorar tanto. Ela tinha que estar aqui. Não é justo ela não estar.

—Eu sei. – Ele a abraçou. – Se tem alguém me merecia estar aqui é a Bella. Aposto que ela já tinha esse momento planejado e teria dado uma festa bem melhor e teria tanta alegria, pois ela é a própria alegria. Vou passar no hospital mais tarde.

—Não consegui ir lá hoje e acredito que Charlie e Renée também não.

—Ela vai acordar, Rosalie. – Apertou a mão dela. – E quando ela acordar tudo estará completo. Só temos que continuar aguardando. – Ela fungou e afastou dele, secando as lágrimas.

—A festa está muito linda e Aurora está feliz. – Ela estava agora nos braços de Jasper, que a erguia no alto para ela pudesse tocar nos balões. – Não é uma festa completa, mas o importante é que ela está bem. É uma garota saudável, alegre e amada. Bella ficaria orgulhosa.

Será? Edward sempre sentia que tudo o que fazia, ainda não era o suficiente e que precisava fazer mais. Talvez ele nunca se sentisse bom o bastante para a filha.

—Hora de cantar parabéns. – Renée anunciou e todos se reuniram ao redor da mesa.

—Papai. – Ele a segurou e juntos começaram a cantar parabéns.

—Assopra a velinha, bebê. – A inclinou e ele teve que a ajudar a soprar a vela, aproveitou para fazer o pedido no lugar dela. – Que Bella acorde logo.

[...]

—Oi, Bella. Desculpa ter sumido, é que estive ocupado organizando o aniversário de 1 ano da nossa filha. - Olhou em volta e tudo parecia igual, nenhuma mudança e isso o matava um pouco a cada vez que ele ia visitá-la. - Esse último ano foi tão maravilhoso e tão triste ao mesmo tempo. Nunca imaginei que pudesse sentir tanto amor assim por alguém quanto eu sinto pela Aurora. A minha vida tem girado em torno dela e tudo o que tenho feito é pensando nela. Consigo passar horas apenas a vendo dormir e cada mínimo detalhe é como se fosse algo grandioso, bem, para mim é grandioso. A primeira vez que ela falou papai pensei que meu coração fosse parar. Sei que é só uma palavra, mas tem um significado indescritível. Agora eu sei o que é amar incondicionalmente e o que é colocar a vida de alguém a frente da sua. - Fez uma pausa para recuperar o fôlego. - Todos os dias ao lado da Aurora tem sido de muita felicidade e pensar que eu poderia nunca ter a conhecido. Bella, eu amo tanto ela e sei que você me entende, pois você a amou desde o começo. Tenho sido muito feliz, mas também há uma tristeza muito grande dentro de mim. Tudo o que tenho vivido, você está perdendo e eu sou o culpado por isso. Você ainda não viu o sorriso dela, não viu ela andar ou a chamar de mãe. Bella, eu juro que se pudesse trocaria de lugar com você. Faria de tudo para que a nossa filha tivesse a mãe ao lado dela. Tenho me esforçado muito para fazer o melhor, mas isso nunca será o suficiente. Ela precisa de você, Bella. Então, acorde! Todos nós precisamos de você e sentimos a sua falta. Volte para nós, Bella. - Implorou dando um beijo na testa dela. – Deveria ter dito isso e lamento ter deixado você pensar o contrário, mas, você é importante para mim e não é só por ser a mãe da minha filha. É por ser quem você é, uma pessoa doce e maravilhosa, que ama mesmo quem não merece e que se importa quando ninguém se importa. – Ele respirou fundo e saiu antes que começasse a chorar.

Não era fácil continuar, a dor e a culpa eram esmagadoras e ele não conseguia esquecer que Bella só estava naquela cama porque se envolveu com ele. Teria que fazê-los pagar, mas também precisava pagar pelo que fez a ela. Começaria pelos Volturi e já era hora de fazê-los sofrer.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Por esse final já podem imaginar o que Edward fará a seguir. O próximo da lista que se cuide.
Sobre quando a Bella acordará, ainda vai levar um tempo, mas ela vai acordar.

Comentem, palpitem, indiquem e recomendem a vontade.

Bjs e até mais.